- Sebastian! Onde será minha loja? – Escutei a voz de um jovem ecoar por entre os tapumes.

- Aqui Jovem Mestre. – Sebastian respondeu com voz imparcial. Havia coisas que ainda não sabia sobre ele... Pensei comigo mesma.

- Sejam bem-vindos à minha obra. – Disse com um sorriso acolhedor, sem querer dizer que estavam sendo inoportunos.

- Obrigado. – Respondeu Ciel com olhar seco.

- O que os trazem aqui? – Perguntei com o mesmo sorriso.

- Apenas não esperava poder vê-la assim tão cedo em sua obra, normalmente... – Ele se poupou a dizer, parecendo ter se lembrado de algo importante.

- Bom eu realmente considero que esta obra é de extrema importância para ser deixada de lado, não? – Perguntei agora, sem o sorriso.

- Certamente... – Ele respondeu ainda pensativo.

- Escute, - comecei – teremos muito a tratar no jantar. – Disse com um sorriso malicioso e olhar frio. – E é lá que iremos decidir em qual área ficará sua loja. – Foi uma afirmação, embora parecesse que ele iria me responder, o interrompi com a mão. – Então, porque ainda tenta visitar todo dia, sua talvez não futura área logística? – Agora sim era uma pergunta, porém ele não havia como responder, suas bochechas estavam vermelhas de raiva, mas era muito educado para me responder. “Cheque-Mate” pensei comigo mesma, e neste instante minhas costas arderam. Percebi que Izadora e Sebastian discutiam separados, mas ao pensar naquilo, Izadora esboçou um leve sorriso.

- Sebastian! Vamos! – Disse Ciel com sua bengala por fim, seu olhar ainda estava irritado.

- Ai ai... – Disse apenas, esperando que Izadora dissesse algo.

- Vamos Jovem Mestra? – Ela perguntou por fim, enquanto eu caminhava pela construção, argumentando com alguns dos construtores.

- Sim, afinal, devo me preparar para um jantar. – Disse sorrindo, ela o retribuiu e me guiou até a carruagem. – O que você estava fazendo com Sebastian? Ao em vez de permanecer ao meu lado? – Perguntei completamente insatisfeita com o trabalho de Izadora naquela tarde, meu olhar demonstrava isso e ela percebera.