Faraway escrita por Maria Lua


Capítulo 6
Decisões


Notas iniciais do capítulo

MIIIIL DESCUUULPAS! Gente, vocês não vão acreditar, mas eu fui para QUATRO recuperações, e pior, entre elas, PORTUGUÊS. Sabe o que é isso? Castigo eterno. E só agora eu pude entrar para terminar esse capítulo.
Boooom, aqui está! Muito obrigada a quem comentou e recomendou. Os mendigos agradeceem! Beeeijos e boa leitura frôr *o*



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Narração por Rose Weasley

Por um segundo eu fiquei em transe. Eu havia mesmo ouvido aquilo de Scorpius Malfoy? Ele havia pedido para eu entrar para o time?

Uma onda de satisfação percorreu minha face, e eu me senti realizada por dentro. Foi então que eu passei os olhos por baixo de mim, vendo todas as pessoas boquiabertas nos encarando. No meio da multidão eu via um longo sorriso do Luke Zabine, e à sua esquerda o Hugo.

O Hugo, meu amado irmão caçula, estava com a expressão desapontada, quase que com raiva. Ele balançou a cabeça da direita para a esquerda freneticamente, e logo depois saiu correndo no meio da multidão.

Olhei novamente nos olhos de Scorpius. Cinzas e brilhantes, ansiosos por minha resposta. Ele havia notado a minha agonia no olhar, e me olhava tentando ler-me. Uma parte de mim gritava para eu aceitar e entrar para o time logo de uma vez, mas a outra dizia que eu tinha outra prioridade no momento.

Esse lado falou mais alto.

Eu não me aguentei, apenas redirecionei rapidamente a minha vassoura e voei em busca do Hugo. Ele já havia se afastado demais, mas eu não desistiria de acha-lo.

Dei mais algumas voltas na praça, olhando em cada canto, atrás de cada árvore, mas não o achei. Resolvi, então, descer da vassoura, e procura-lo a pé. Assim que desci e usei meu feitiço para levar minha vassoura a meu quarto, eu o vi. Bem mais afastado, colado ao muro oeste dos limites de Hogwarts, Hugo estava sentado no chão, mexendo com um graveto na terra.

Devagar e silenciosamente eu me aproximei dele, que estava distraído. Ele só notou minha presença quando eu já estava me sentando ao seu lado. Ele ameaçou se levantar, mas eu o segurei pelo braço, o obrigando a me esperar.

- Hugo, o que houve com você? Aconteceu alguma coisa? – perguntei com o tom de voz baixo. Ele limitou-se a bufar, balançando a cabeça freneticamente da esquerda para a direita, como anteriormente.

- Comigo, nada, é claro. Porque tudo sempre acontece com você! Presentes, oportunidades, tudo vai para você, até talento. – falou, fitando o chão e brincando com uma pedra.

Fitei-o por uns instantes. O que ele queria dizer com aquilo? Talento, oportunidades... Ele se referia ao convite que o Scorpius acaba de me fazer para entrar para o time? Mas o que ele... Ah! Só então a ficha pareceu ter caído. Hugo também havia se inscrito para goleiro. Eu tomei seu lugar.

- Hugo, eu sinto muito... Eu não sabia que você ia ficar chateado comigo, eu só... – comecei, mas fui cortada.

- Você não entende mesmo. Eu sempre fui o caçula, o pobrezinho sem talento. Todo mundo quando se junta no natal vai atrás de você perguntar como foi o seu ano, como você está, se ainda joga. Você sempre foi a favorita de nosso pai, e sempre foi boa em tudo. Eu acabei sempre sobrando, nunca fui Hugo Weasley, sempre fui “o irmão de Rose Weasley”. – falou estressado, e eu vi lágrimas rápidas descerem por seu rosto. Não pensei, levei minhas mãos até lá e as enxuguei. Ele limitou-se a afastar seu rosto de meu toque, quase repulsivamente.

- Hugo, eu sinto muito! Não sabia que você se sentia assim... Eu nunca quis te magoar ou fazer mal... – senti meu rosto queimar, e as lágrimas desceram ágeis por meu rosto, e se derramavam em minhas pernas. Eu me sentia morta por dentro, afinal eu amo muito o meu irmão, e me machuca saber que eu o fiz mal.

- Não se preocupe. Eu já estou acostumado. Depois de amanhã nós voltamos para casa para o natal, e você vai poder contar suas histórias de como você entrou para o time. Vai poder ser o centro novamente. Mas eu não ligo, pode ser o centro das atenções, porque tudo o que eu teria para contar é que perdi para a minha irmã na seleção para o time. – ele levantou-se, e dessa vez eu não quis impedi-lo.

Hugo saiu andando enquanto eu via gotas de chuva começar a cair do céu. Não fiz esforço para poder fugir da chuva, apenas fiquei lá.

Eu me sentia um monstro por ter feito tudo aquilo com meu irmão. Sentia-me mal por não ter percebido antes o mal que eu o fazia. Tudo o que ele disse se tornou verdade em minha cabeça. Uma verdade que eu não sabia enxergar. Não queria.

Meus olhos começaram a se fechar devagar, e eu apoiei minha cabeça em meus joelhos enquanto abraçava minhas pernas. Estava ficando frio, e eu não queria resistir a ele.

Eu sempre fui fraca quanto a isso de sentimentos. Não me importava se me magoasse, o que importava era que eu não magoava ninguém. Sempre gostei de ser boa com os outros, e ser amada, querida.

Mas agora eu vejo que se é perfeita para uns, para outros pode ser repulsiva, como foi o caso de meu irmão. Só de imaginar que meu irmão estava chateado comigo eu já me sinto fraca, murchando por dentro.

Eu permanecia na mesma posição, chorando e sentindo a fria chuva perfurar minhas costas. Foi quando ouvi alguém gritar meu nome, e logo um toque quente me despertou. Levantei minha cabeça devagar, vendo um rosto meio embaçado. As lágrimas nos meus olhos e a chuva não me deixaram ver quem era, mas eu sabia.

- Rose, você está bem? – ele se agachou, apertando meu pulso para verificar minha temperatura. – Você está gelada, vamos, eu te ajudo a entrar! – ele tentou me levantar, mas eu rejeitei sua ajuda, sacudindo-me.

- Scorpius, me deixa... – puxei com força o meu braço para mim, fazendo-o me soltar. Por um instante eu achei que ele fosse embora dali, e me deixasse como eu pedi. Eu realmente não queria que ele fizesse isso, mas não tinha escolha. O orgulho falava mais alto.

Ao contrário do que imaginei, ele não saiu. Ele se sentou ao meu lado e me abraçou.

- Saia da chuva, me deixe em paz! – falei, balançando-me um pouco sem sentir minha própria pele por causa do frio.

- Não vou sair sem você. Todo mundo está preocupado lá dentro, e você aqui adoecendo na chuva. Entra comigo, senão nós dois ficamos doentes juntos. – falou seguro.

- Então vamos ficar doentes juntos. – falei, devolvendo-lhe a segurança.

Por um minuto ficamos em silêncio. Eu encarando a grama molhada, enquanto ele ouvia atentamente os trovões rangendo acima de nós. Nós sabíamos que corria o risco de um nos acertar, de nós morrermos, e de ficarmos doentes, mas nenhum dos dois parecia disposto a dizer nada.

- Você... Não me respondeu mais cedo... Sobre o que eu te perguntei. – ouvi sua voz já mais rouca vagamente, e só então me lembrei do significado de suas palavras. Ele se referia ao pedido para entrar no time.

Chaqualhei-me um pouco, tirando o excesso de água de cima de mim, que se acumulara aos poucos.

- Sobre isso... – cocei a garganta, sentindo que minha voz estava fraca, quase parando. Scorpius parece ter percebido, porque ele segurou meu rosto e balançou a cabeça freneticamente, como se me pedisse para parar de falar.

- Depois. Mas eu fico feliz de tê-la no time, de verdade. – ele falou, apoiando a cabeça em cima da minha.

Eu suspirei. Entre quadribol e o meu irmão, eu sem dúvidas preferia o meu irmão.


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Notas finais do capítulo

SUA CACHOOOOOORRA, REJEITAR O SCORPIUS? Digo, o quadribol? Pelo Hugo? Aiin, eu amo o Hugo, mas pelo amor de Merlin, QUANTO EGOÍSMO! #CampanhaRoseNoQuadribol
TWITTEM!
Gente, uma novidade: Eu entrei para o Ask! Ahauhuahauhu!
http://ask.fm/LuaSanchez25
Ele ta aqui, e me perguuuuntem, e coloquem depois o hashtag (#) #Faraway ok?
Beeijos