Faraway escrita por Maria Lua


Capítulo 23
Despedidas


Notas iniciais do capítulo

Genteeee, esse é o PENÚLTIMO capítulo! Querem uma sugestão? Leiam esse capítulo ouvindo as primeiras músicas do meu Tumblr ( http://oi-eu-sou-legal-beijo-tchau.tumblr.com/ ), que elas vão causar um climinha especial haha
Enfim, eu espero que vocês gostem, nos vemos lá embaixo, beijos ♥



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Narração por Rose Weasley

Três dias que mais me pareceram uma eternidade. Três dias sem nem sinal do Scorpius, e esse foi o tempo para minha sanidade evacuar, como se também houvesse me abandonado. Todos me diziam “ele fez por seu bem, ele só quer vê-la ter um futuro”, ou então “vocês iam ter que terminar em algum momento, pelo menos agora você pode seguir sua nova carreira em paz, sem homens”.

Mas eu não quero e nem preciso de homens, só preciso do Scorpius. Mas por que, meu Merlin, isso foi acontecer logo agora? Por que eu não me apaixonei antes, mais cedo, quando eu ainda podia fazer algo pra impedir tudo isso?

Vejo-me sem saídas, escolhas ou seja lá o que for. Eu não decidir ir para Londres – o Scorpius decidiu por mim. Eu não quis que nós terminássemos, mas ele decidiu isso. Eu sei que ele fez isso pensando em mim, mas eu deveria ter o direito de escolha. Agora que nós terminamos eu não sei se ainda tenho um motivo pra lutar pra continuar em Hogwarts, afinal eu ficaria para vê-lo ficar com outras meninas?

Não. Agora que já tomaram minhas decisões, vou seguir com elas. Ir para Londres, trazer orgulho e fama para o sobrenome Weasley. Meu pai, minha mãe, meus primos, tios, meu irmão, todos eles me incentivam e deram muito duro pra conseguir pagar minha passagem. Eu tinha que honrá-los.

Essa decisão já estava tomada, mas era como se ainda houvesse uma cordinha, um pequeno fio me prendendo nas paredes de Hogwarts. Eu sabia quem segurava a outra ponta do fio, e sabia que por mais que nós tentássemos nos convencer de que está tudo bem, de que tudo vai melhorar, a distância e saudade vai nos matar. Scorpius. É tudo o que eu penso há dias. Aliás, há meses.

Amanhã bem cedo eu estarei no trem para ir pra Londres, pela primeira vez sozinha. A partir de amanhã minha vida inteira vai mudar, e aquela “rata de laboratório” vai virar uma atleta globalmente conhecida. Isso me assusta. A grandiosidade de tudo isso, tudo o que eu vou ter que enfrentar sem ajuda nem colaboração de ninguém... Só o pensamento deixa-me de pernas bambas!

Eu estava desde o começo da tarde jogada na cama, olhando o teto. Digamos que eu estava me preparando psicologicamente para amanhã, para mudar.

O som de batidas na porta me assustou, e por impulso eu gritei: – Quem é? Logo um som meio baixo de uma voz rouca que eu bem conheço. Scorpius. Isso mais me parecia um delírio, mas corri até a porta e a abri. Nesse momento não liguei pra minhas roupas simples, cabelos bagunçados, mas só a visão daquele rosto me trazia felicidade. Era como um copo cheio d’água. Eu estava transbordando alegria.

- Rose... – ele falou, com o tom ainda meio baixo. Decifrando sua expressão eu percebi que ele parecia um pouco tímido de estar ali. Mas como, por quê? O que eu mais queria era beijá-lo, e que ele retribuísse.

Percebendo os segundos que parei encarando-o, boquiaberta, eu falei, arfando:

- Scorpius! É, hã... Quer entrar? – perguntei, dando espaço para ele passar, e em seguida fechei a porta atrás de nós. – Sente-se, por favor... – indiquei minha cama. – Desculpa a bagunça... Eu estou de mudança.

- Sim, eu sei... – falou, e passou o seu olhar do chão para meus olhos. – Rose, eu não podia deixa-la ir sem me despedir... Eu... Eu vou sentir tanto sua falta... – sua voz falhou, como se as palavras o ferissem.

- Não tinha quer terminar assim, Scorp. – sussurrei.

- Tinha sim. Aliás, tem que terminar assim. Você nasceu pra isso, quadribol. Seu lugar é lá, jogando. – falou, bruscamente. Ele parecia tentar se convencer daquelas palavras.

- Não Scorpius. Eu nasci pra você, e meu lugar é aqui, ao seu lado. Não adianta você falar nada, eu continuarei com minha opinião. Ainda dá tempo de mudar, de vender as minhas passagens, de poder ficar aqui! – falei, aproximando-me dele.

- Não! Não é o que eu quero! – falou, em tom alto.

- Não quer que eu fique com você? – perguntei, confusa.

- Não é isso, eu gostaria que fosse possível... Olha, todas as decisões que eu tomei em relação a nós foi pensando em você. Em momento algum eu pensei na dor que eu sentiria ou no rumo que eu tomaria após sua ida. – retrucou. – Eu tentei por esses dias tentar conseguir uma passagem para mim, um lugar pra eu ficar, um jeito de me sustentar na Rússia, mas não consegui.

- Se você me falasse eu teria te ajudado! – o interrompi,

- O fato é que você vai realizar o seu sonho, Rose. Você vai por nós, e vai fazer nosso sacrifício valer a pena. – ele aproximou-se, tocando minhas mãos. – Eu te amo, e nunca vou deixar de amar. Talvez um dia o destino me leve até você, e eu esperarei esse dia ansiosamente. Só quero que me prometa uma coisa, você pode? – perguntou, e eu senti as primeiras lágrimas escorrerem por meu rosto.

Assenti, enquanto ele limpava as lágrimas com as pontas de seus dedos.

- Eu quero que você realize seu sonho por completo. Quero que tudo o que você mais desejou na vida seja cumprido, e que não me esqueça, apesar de tudo. – pediu, beijando minhas mãos.

- Eu te amo. – Eu não me segurei, e nem queria me segurar. Apenas agarrei o seu rosto e o beijei suavemente. Foi um beijo sem igual. Um misto de amor, saudade, tristeza, desafios... Era tudo o que eu menos queria sentir, mas é o melhor consolo que eu poderia esperar. Um beijo de despedida.

Narração por Scorpius Malfoy

Quando eu saí do quarto da Rose, foi que a ficha caiu: Aquela era a última vez que eu a via pessoalmente. A última vez que a tocava, que dizia que a amava, que eu a tinha para mim. Amanhã a minha vida seria monótona, baseada apenas em estudar para conseguir um bom emprego e puder ir para Londres.

Chances baixas, quase impossíveis. O que me restava era o meu amor por ela e a esperança. Podem dizer que era ou foi um amor adolescente, um clichê, mas eu digo que sei o que sinto, e meu coração não tem mais idade para me iludir. Se me apaixonei, foi pra valer.

Acho que pode-se considerar o meu azar fora do comum. Quando acho algo que vale a pena se lutar, eu perco. O que me resta fazer é aguentar essa dor. O que me faz sobreviver agora é saber que eu provei meu sentimento pela Rose, e um dia ela tem quer perceber o sacrifício mortal que fiz por ela.

Impossível amá-la menos, impossível deixar de amá-la. Impossível respirar sem saber que ela está bem. 


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Notas finais do capítulo

AI MEU DEUUUUS, tô nervosa kkkkk eu amo terminar fanfics, e acho que hoje mesmo, à noite, posto o próximo capítulo. Tenho tudo planejado já.
AH SIM! Lembrando: é no último capítulo que o inesperado acontece, e é lá que vai mudar tudo!
BEIJOSSSSS MEUS AMOREEEES ♥
Té o próximo