Faraway escrita por Maria Lua


Capítulo 24
Eternamente


Notas iniciais do capítulo

GENTEEEEEEEEEE DO CÉU! Cheguei no último capítulo, imagine! Parecia ontem que eu criei essa fanfic, e hoje já está aqui! Enfim, é um capítulo muito romântico, e espero que gostem, beijos ♥



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Narração por Rose Weasley

Acabo de dar o meu primeiro passo para o nunca mais. Eu entrei no trem prendendo a respiração para não chorar mais do que havia chorado a madrugada toda. Vi um lote onde alguns dos jogadores novos estavam sentados, conversando. Alguns me chamaram, mas fingi não ouvi e fui para um lugar vago, no fim do trem.

Lá fora chovia, parei e observei fixamente as gotas prendendo-se na janela. Instantes depois, entramos em movimento. O único pensamento sóbrio que veio em minha mente foi: agora é tarde demais.

Não havia mais nada que eu pudesse fazer pra impedir que as lágrimas descessem – eu não sou e nem quero ser forte o bastante pra isso. Nesse momento me sinto uma criança de onze anos, saindo de casa e indo para Hogwarts, pensando “como vou passar um ano inteiro sem ver meus pais, minha família?”. Eu superei isso. Passei dessa fase com muito sucesso, mas e agora? Vou ter o mesmo resultado?

Eu chegaria à Rússia e comandaria tudo? Tomaria o controle da minha vida novamente? Por que meu Merlin, por quê?  As possibilidades me deixam nervosa. Não vou conseguir sozinha. Ah!, mas se ao menos fosse isso que mais me incomodasse! Era aquela cordinha que me prendia no “passado”. Era como se quanto mais eu me afastasse, mas ela fazia força pra me trazer de volta.

Parecia uma automutilação, mas comecei a contar em minha cabeça tudo o que me fazia lembrar o Scorpius, para guardar pra sempre como uma recordação. Aquele sorriso simples que dizia “não queria estar com ninguém além de você”, os momentos em que ele encara o chão, envergonhado, o cheiro de grama cortada e pasta de dente de hortelã, sua voz rouca que esquenta minhas bochechas, o seu jeito de me chamar de “Rô”, o arrepio que sinto quando ele beija meu pescoço, e cada gesto que por mais insignificante que pareça, faz meu mundo girar!

Fico pensando o que seria de mim sem esses detalhes que sacodem minha mente e me fazem arrepiar? Normal é chato, e apenas ele me faz parecer diferente. É uma loucura! Só com esses pensamentos eu consigo sorrir, no meio das lágrimas.

A promessa. Talvez fosse isso que me impedisse no momento de pular pela janela do trem e ir para Hogwarts beijá-lo novamente. Eu prometi que realizaria meu sonho, o sonho em que batalhei minha vida toda pra realizar – jogar quadribol com garotos, como garotos.

Porém, no momento em que entrei na quadra de quadribol de Hogwarts pela primeira vez, no teste, eu realizei esse sonho. Eu joguei como se fosse do time, e acabei quebrando uma barreira entre meninas e esportes. Eu havia realizado o meu sonho.

Ou seja, eu podia voltar. Eu devia voltar. Nada me prende na Rússia, nada.

Mas o Scorpius me prendia em Hogwarts, com aquela cordinha invisível, aquele laço que criamos. Eu necessitava voltar. Agora.

Levantei, por impulso. Notei que havíamos enfim chegado, e que se eu saísse daquela porta como Rose Weasley, os jornalistas me invadiriam, e eu teria de ficar. Aí é que está. Como Rose Weasley.

Abri minha bagagem de mão rapidamente e peguei algumas roupas. Troquei-as e pus um pano em minha cabeça, junto a óculos escuros e uma jaqueta escura. Eu estava camuflada, só precisava agora da minha passagem, e então voltaria para o Scorpius.

Narração por Scorpius Malfoy

O calor do sol em cima de mim me mantinha são. Eu estava na quadra de quadribol, apenas me torturando um pouco com lembranças sobre a Rose. Eu acertava todos os aros com violência, apenas querendo, ou então tentando, esquecer a vida por uns minutos de meu dia. Nunca ninguém se sentiria tão culpado como eu pelo que aconteceu.

Eu me arrependia de tê-la deixado ir. Eu deveria ter ido arranjar um jeito de poder ir com ela, sem ter que me causar esse sacrifício todo. Eu me odiava por ter feito tudo isso.

Eu teria que voltar no passado, e tentar lembrar o que eu era antes dela. Difícil, me parecia uma lembrança tão distante! Era como se eu estivesse vivendo no modo automático, como se não soubesse o que eu fazia nesse inferno de universo, como se ela fosse o sentido e o centro de tudo e um pouco mais.

Eu queria. Eu desejava. Eu necessitava dela comigo, agora.

- Scorpius? – ouvi uma doce voz difícil de esquecer soar por trás de mim. Delírio. Loucura. Não poderia ser ela, até porque eu a havia visto pela janela sair de Hogwarts. – Scorpius... – junto à voz, alguns passos se aproximaram de mim. Virei para trás, perplexo.

Era ela.

Aqui. Ao meu lado.

- Rose...? – falei, mas ela pôs o dedo indicador em meus lábios, calando-me.

- Eu prometi pra você que realizaria meus sonhos e voltaria pra você, correto? Eu realizei meu sonho do quadribol, mas... Nem todos os meus sonhos foram realizados. No momento em que eu me apaixonei por você pela primeira vez, você virou meu sonho. E eu continuo me apaixonando por você a cada instante de minha vida. Estou cessando hoje com aquela vontade louca de realizar meus sonhos, e estou começando por agora. – falou, e sem espaço de tempo, ela me beijou.

Um doce misto de loucura, desejo, saudade, amor, e tudo junto. Algo louco, um beijo que eu mal sabia que existia que eu mal sabia que me faria tão bem assim. Ela me faz bem.

- Mas e a Rússia? – perguntei, arfando em seu rosto.

- Foda-se a Rússia, eu tenho você. É tudo de que preciso. – ela beijou-me novamente, de maneira feroz, deixando-me louco. Eu a abracei e a carreguei, tirando-a do chão. Sentir a minha pequena com a pele colada a minha era como uma dádiva, era mais do que eu poderia pedir. Era tudo.

- Você me promete mais uma coisa? – pedi, olhando-a nos olhos, ela ainda em meus braços.

- Pra você, qualquer coisa. – sorriu, dando-me um selinho novamente. Afastei seus cabelos ruivos do rosto, os pondo atrás da orelha.

- Me promete que nunca mais vamos nos afastar, e que vamos ficar juntos para sempre? – perguntei, sorrindo. Ela fez cara pensativa, divertida.

- Depende. Eu prometo se você me prometer que nunca mais vai me forçar a me afastar, pode ser? – falou, e nós rimos e voltamos a nos beijar.

Eu estava completo. Sem mais nem menos, o que eu precisava estava em meus braços. Minha ruivinha, minha pequena, minha princesa, minha atleta, enfim... Minha. Eu nunca mais a deixaria sair de perto de mim, e agora eu sabia o significado de “para sempre”.

FIM


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Notas finais do capítulo

Sabem o quanto dói escrever "FIM" em uma fanfic? Enfim gente perfeita que eu mais que tudo, em alguns instantes eu vou postar o capítulo "Agradecimentos", pra eu poder me expressar bem pra vcs haha, BEIJOSSSS, nos vemos lá!