Faraway escrita por Maria Lua


Capítulo 2
Arrependimento


Notas iniciais do capítulo

OH MY MERLIN! Eu posto uma Fanfic apenas com o prólogo e ganho 34 reviews? *O* Claro, se não se lembram, eu fiz isso APENAS para ajudar os medigos ( Isso porque ninguém está vendo meu interesse próprio nessa Fanfic >.< )
Devo agradecer a vocês por uma coisa: Essa semana 34 mendigos dormiram de barriga semi-cheia. Agora uma proposta: A cada recomendação, um mendigo ganha uma cesta básica! SHAUHSUAHASU
Muito obriagada aos reviews, principalmente o da Bola de Pelos! Giie, eu estava morrendo de saudades de você minha DIVA! ♥
Beijos e boa leitura. Õ/



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Narração por Rose Weasley

Eu nem havia cansado com meu último movimento. Com muita facilidade eu peguei a bola que ia em direção contrária a mim. Tudo estava muito silencioso na quadra. Todos me encaravam boquiabertos.

Realmente era uma surpresa para todos que eu, a garota a quem repreendiam por ler durante a aula, soubesse jogar quadribol, ou até mesmo voar. E sem querer ser metida ou algo assim, eu jogo muito bem. Melhor do que muitos garotos do time.

Mas quadribol é algo que eu gosto muito desde criança, e fico muito grata que meu pai tenha me ensinado, mas eu tenho certeza que ele não me daria permissão para jogar no time, porque é coisa de homem.

Ah! Mas coisa de homem é mulher, então não me venham com essa.

Eu fui descendo vagamente com a minha vassoura, e, assim que pousei no chão, várias pessoas começaram a assobiar e aplaudir. Eu conseguia ouvir meu nome sendo clamado de lá. Sorri largamente com a sensação.

Vários jogadores vieram até mim perguntando sobre como fiz aquilo, e pelo canto do olho eu vi o Hugo sair da quadra. Pensei em ir atrás dele, porque pela cara ele parecia chateado, mas ignorei a vontade e fiquei ali.

– Rose, como você... De repente você... – Alvo, o meu primo, tentou me perguntar algo, mas se embolou com as palavras. Eu o abracei, tentando me reconfortar. – Você joga bem demais! Eu nem vi você voar para a bola, deve ter sido em algum dos momentos que eu pisquei, porque foi muito rápido!

Pensei em tentar responder como fiz aquilo, mas reparei que nem eu mesma sabia. Apenas fiz.

Percebi a animação de meu primo, e então me lembrei de alguém que não deve estar tão animado assim. Scorpius ainda estava lá em cima, boquiaberto, olhando para os aros, como se assistisse a um replay de tudo o que aconteceu.

– Ei Malfoy, depois você me diz o resultado, tudo bem? – gritei, despertando-o. Então resolvi deixa-lo terminar as entrevistas, saindo da quadra.

Eu fui seguida pelo Alvo, e logo a Lilly se juntou a nós no vestiário do time. Ela estava um misto de surpresa, decepção e raiva. Seus olhos verdes azulados fumegavam.

– O que você fez? – falou em tom ameaçador e sombrio. Não é novidade que eu e ela não nos damos muito bem. Talvez seja pelo fato de ela ser princesinha demais comparada a mim.

– Joguei quadribol. Como se você não soubesse que eu jogo desde que sou criança. – dei de ombros. Toda a minha família, no caso o meu pai e o deles dois, jogou quadribol profissionalmente, e eles sempre gostaram de ensinar para mim, o Alvo, Hugo e James. Eu sempre tive o sonho de ser a próxima Weasley no ramo dos esportes.

– Sim, mas não no time da escola. – berrou quase se descabelando. – Rose! Agora eu vou ficar conhecida como a prima da esquisita que joga quadribol como um garoto! – surtou, criando caso para a situação.

– Ah, então é com isso que você se preocupa, não é? O que os outros vão pensar de você. Então uma dica: passei menos maquiagem, porque já pensam que você é uma vadia oferecida. – olhei diretamente para Alvo, que nos observava meio assustado. – E você, vai me discriminar também? Agora já está feito.

Ele analisou Lílian, sua irmã caçula, e rapidamente pôs-se em sua frente, vendo que ela queria pular em meu pescoço.

– Lilly, vá embora, depois eu falo com você. – ele pediu em tom baixo, quase um sussurro. Então ela me fuzilou novamente com os olhos por um segundo e obedeceu. Logo ele se voltou para mim, sorrindo. – Cara, você foi incrível na quadra! – saudou sorridente.

Suspirei alivada. Somente o Alvo mesmo para me apoiar em um momento desses.

– Ei, eu jogo quadribol, mas isso não significa que você pode me chamar de cara. – repreendi, sorrindo. Logo ele veio me abraçar de novo. – Ai Alvo, eu estava morrendo de medo. Ainda estou, olha para isso.

Afastei-me dele e levantei minha mão na altura do pescoço, mostrando o quanto ela tremia. Eu ainda sentia um embrulho no estômago só de me lembrar do que havia acabado de fazer.

– Caramba, você deixou o Scorpius horrível! Ele vai sofrer com piadas o resto do ano letivo! – ele gargalhou, e eu me senti extremamente mal com isso. Odiava fazer algum mal para alguém, mesmo sem ter tido a intenção.

– Pode até ser, mas eu fiz isso para acabar com esse preconceito de meninas não jogam quadribol. Isso eu acho ridículo. Espero que agora outras garotas criem coragem de jogar agora, porque na época de nossos pais a melhor goleira do mundo foi uma mulher, Abbey Stark. – falei, fitando o chão. – E eu tenho muito orgulho disso.

Em minha mente apenas uma pergunta pairava: eu fiz o certo? Eu estava morrendo de medo de sair dali e ser vaiada ou que fiquem me abusando depois disso. Nem sei por que eu o fiz.

Logo senti meus olhos queimando e eu percebi que iria chorar. Rapidamente cobri os olhos com as mãos, e me sentei na poltrona mais próxima.

No momento o que eu mais queria era estar com o meu pai, o meu herói. Ele saberia o que falar e iria me ajudar a superar isso. Mas não, estou aqui me borrando de medo. No momento eu tinha medo até de olhar no espelho e ver barba crescendo, de estar me transformando em homem por causa disso.

Passei minha mão por todo o rosto, preocupada. Quando o Alvo percebeu que eu queria mesmo ficar sozinha, ele saiu. Ouvi seus passos se afastarem, e assim que não conseguia mais ouvi-los eu me debrucei em minhas pernas e, abraçando-as, ou comecei a chorar.

Deixei as lágrimas de arrependimento descerem por meu rosto e me encharcarem. Aos poucos elas foram diminuindo, porém sem cessar. Eu sabia que meu rosto já devia estar vermelho e inchado, e eu me senti no maternal quando a criança não aceita ter que deixar o pai ir para casa. No caso eu queria estar com meu pai o tempo todo, que é meu ponto seguro. Logo, pensando na distância entre meu pai e eu, voltei a chorar.

Eu estava distraída com o líquido quente descendo por minhas bochechas e meu queixo, e só fui despertar por completo quando ouço uma voz.

– Engraçado, depois de uma defesa daquelas eu esperava qualquer reação sua, menos essa.


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Notas finais do capítulo

NINGUÉM sabe quem falou não é? Minha tentativa super frustrante de fazê-los se perguntar "Quem falou isso?" deu... nessa bosta de pato...
Mas enfim, quero lembrar uma coisinha:
1 review = 1 pão para mendigo
1 recomendação = 1 cesta básica para um mendigo
PS: Um pão dura dois dias, uma cesta básica dura duas semanas!
UHSAUHSAHASHU' #Campanha salve um mendigo! Twittem gente! HUSAHUASHUSA'
Beijos e até o próximo amores de minha vida! Õ/