Faraway escrita por Maria Lua


Capítulo 19
Exclarecer


Notas iniciais do capítulo

Gente, nesse capítulo anterior eu senti a falta de muitos de meus leitores... Os que sobraram, pelo menos, não me decepcionam, e fico feliz que estejam gostando. É quase a reta final da Fanfic, e espero que gostem ♥



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Narração por Scorpius Malfoy

Eu estava ansioso. Minhas pernas ficavam batendo no piso e fazendo um barulho muito irritante, e eu estava me controlando para não roer o que sobrara de minhas unhas. Isso... Isso era tão gay! Eu ia para um encontro e estava assim, cheio de agonias.

Eu pensei em desistir, porque era bem provável que nesse estado eu estragaria tudo, mas agora não dava mais. Eu estava na frente da porta do quarto dela há alguns minutos apenas esperando a coragem para bater na porta.

E se eu cheguei cedo demais? Ela podia estar em um banho, e eu podia atrapalhá-la. Aí ela iria sentir raiva de mim e nem iria querer mais falar comigo.

De repente, no meio de meu conflito psicológico, a porta se abre bem em minha frente, e logo a Rose se assusta com minha presença ali fora. Eu tinha certeza que nesse momento não existia pessoa mais vermelha no mundo que eu.

- Scorpius? – falou, com uma voz desanimada. – Você tá aqui há muito tempo?

- Rose! É... Não, não... Cheguei agora, na verdade você abriu a porta bem na hora que eu ia bater pra te chamar. – menti, levantando um meio sorriso. Não pude deixar de reparar que ela parecia meio abatida, mas resolvi deixar isso pra lá, podia ser impressão minha. – Então... Vamos?

- Claro... – falou, fechando a porta. Ela estava meio cabisbaixa, e isso me deixava ainda mais nervoso. Fomos caminhando em silêncio até o estacionamento da Grifinória.

Assim que chegamos eu abri a porta do carro para ela entrar, sorridente, e ela limitou-se a levantar um canto da boca, como se apenas agradecesse o ato. Eu rodeei o carro, meio confuso, e entrei. Eu ia ligar o carro e partir, levando-a para o lugar surpresa de nosso encontro, mas não conseguiria sem saber o que estava acontecendo. Parei e fitei-a, esperando que ela percebesse a minha atitude.

- O que foi? – ela perguntou, confusa e um pouco assustada.

- É o que eu quero saber. Aconteceu alguma coisa? Você está tão abatida... – falei, tocando o rosto dela levemente. Ela virou o rosto para o lado, como se quisesse me esconder algo. – Você sabe que pode me falar qualquer coisa.

- Não é nada... Vamos indo logo... – falou, um pouco impaciente.

- Eu não vou mexer um músculo até você me contar o que aconteceu. – cruzei os braços, encarando-a. Ela deve ter reparado que eu falei sério, e logo voltou-se para mim, como se escolhesse as palavras certas.

- Hoje o treinador do Belmore Flames veio falar comigo depois do jogo... – ela começou, e logo meus olhos se arregalaram. Belmore Flames é o melhor time de quadribol que já habitou esse planeta! – Ele queria me convidar para fazer um teste para entrar para o time na classificação Júnior...

- Rose! Isso é fantástico! A Belmore Flames é um time só para os melhores, qualquer um que entra lá vira lenda! – exclamei, empolgado, e só então reparei que ela não havia chegado à parte ruim.

- Aí é que está. Você não entendeu ainda, não é? Eu teria de ir morar na Rússia... – ela mordeu o lábio inferior, levando o olhar para o chão. Só então eu percebi o que ela queria dizer. Ela iria mudar de país, perder o contato comigo e dar um “olá” para a fama e sucesso que ela tanto esperou toda a vida.

Parecia egoísmo de minha parte querer que ela ficasse, ainda mais agora que estávamos começando a criar uma história, até porque ela merecia tudo o que viria a seguir, e o futuro dela dependia da Belmore Flames.

- Quando? – perguntei, simplesmente.

- Eu tenho um mês para pensar antes dos testes. – falou, abaixando a cabeça. Sem hesitar, eu levantei seu rosto e o pus em frente ao meu, encarando seus olhos fixamente. Ela tentou desviar o olhar, envergonhada. Eu sorri para ela.

- Que tal falarmos disso depois? – perguntei, e então ela olhou para mim novamente, arqueando as sobrancelhas. – O que você acha dos trouxas? – perguntei, esquivando qualquer assunto imaginável.

- O quê? – perguntou, dando espaço pra uma gargalhada.

- Os trouxas. O que acha deles? – insisti, rindo do quanto a deixei confusa. – Apenas responda.

- Eu os acho o máximo! Muito criativos, ainda mais com sua visão dos bruxos. – falou, pondo a língua para fora, divertida. – Mas por que a pergunta?

- O que acha de irmos hoje na feira de Ano Novo dos Trouxas? – perguntei, e logo vi seu rosto se acender. Não esperei a resposta, e simplesmente dirigi. A festa não era muito longe dali, e com alguns feitiços nós chegamos em alguns minutinhos.

Assim que pisei fora do carro eu senti uma inundação de animação. Os trouxas podiam ter mil defeitos, mas suas festas eram espetaculares.

À medida que íamos andando víamos crianças soltando fogos e adultos sentados em suas mesas, conversando tranquilamente. Olhei para Rose, que agora já esboçava um sorriso e esfregava os braços, provavelmente por conta do frio. Aproximei-me dela e pus meu braço em volta de si, aquecendo-a.

Continuamos caminhando até que chegamos ao fim de linha, na beirada de um lago. A lua estava bem em cima de nossas cabeças, e ela iluminava as águas de forma inexplicável. Olhei para o rosto de Rose, que analisava toda a paisagem ao nosso redor. Seus olhos brilhavam e destacavam sua pele branca. Seus lábios rosados pareciam se ressecar aos poucos, e eram eles que me puxavam para si cada vez mais.

Terminando meu transe ela começou a me fitar.

- Que horas são? – perguntou. Mostrei meu relógio à ela, indicando 23:59 em ponto. – Falta só um minuto... – ela virou-se para a Lua novamente, espremendo os olhos.

- O que temos que fazer à meia noite? – perguntei, confuso.

- Você nunca foi em uma festa de Ano Novo? – balancei a cabeça negativamente. – À meia noite, no primeiro segundo do novo ano, nós fechamos os olhos e desejamos o que mais queremos para esse ano que está começando.

Assim que ela terminou nós olhamos pra frente, e alguns segundos depois vários fogos de artificio explodiram sobre nós, iluminando a noite. Apertei sua mão fortemente.

“Eu desejo muita Rose nesse meu novo ano”


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Notas finais do capítulo

E ENTÃÃÃÃO? O que achaaaaaaram?
Gente eu tenho uma reclamação. Onde estão os pães de meus mendiguinhos? Eles estão um tanto magros ultimamente, seria maravilhoso um pedaço de pão para meus bbs *--*
Bjsss gente, até o próximo o/