Faraway escrita por Maria Lua


Capítulo 17
Declarações


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEY *-------------*
Estou sentindo a falta de muitos de meus leitores viu, e não estou gostando disso nem um pouco u.u
MÚSICA DO CAPÍTULO: http://www.youtube.com/watch?v=w1oM3kQpXRo
Ouçam essa música principalmente no final, assim que passar para a narração da Rose :3
Boa leitura ♥



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Narração por Scorpius Malfoy

Eu mal podia me segurar no chão de tão contente. Eu nunca me senti assim depois de um beijo. Era como se algo houvesse se acendido dentro de mim, uma chama da qual eu nem sabia a existência. Quando nosso beijo parou a única coisa que pensei foi em puxá-la de volta para mim, mas não deu, ela correu de mim.

Isso queria dizer que ela estava arrependida de me beijar? Não era possível, isso nunca havia acontecido, e eu tenho certeza de que a havia visto sorrir ao se afastar. Ou eu podia estar louco, não sei.

Vendo que eu estava parado no meio do campo sem reação alguma, eu fui caminhando em direção ao campo para tirar o uniforme do jogo. Ao chegar senti uma mão pesando em meu ombro – Zabine.

- E aí cara? – ele falou, se pondo em minha frente. – Conseguiu falar com ela?

- A gente se beijou de novo... – falei, dando um sorriso bobo. Ele logo alargou seu rosto, animado.

- Cara, isso é ótimo! Você a chamou pra sair? – perguntou. – O que aconteceu depois?

- Ela fugiu. – falei, e ele começou a rir. – Não ria cara, ela não fugiu do verbo fugir, apenas saiu. Tinha outra coisa pra fazer. Ah, vai à merda! – falei, dando um soco leve em seu ombro.

- Cara... Ela fugiu de seu beijo! – voltou a gargalhar.

- Não tem graça! – falei, tentando não dar importância. Continuei no processo de trocar minhas roupas, dando as costas a ele.

- Mas... Ela gostou? É que ela pode ter gostado e sentido vergonha, ou se sentido confusa, não sei. Vai que ela estava mexida por causa da parada do irmão dela? Ou com o pai? Sem falar que ela quebrou uma sociedade em menos de um minuto em campo. Qual foi a reação dela? – perguntou, pousando a mão novamente em meu ombro.

Parei pra pensar. Realmente, fazia muito sentido. Eu realmente acho que estou amando essa garota, e não é por ela ter fugido após nosso segundo beijo que eu vou desistir. Isso pode ter uma explicação, e mesmo que não tenha eu vou continuar tentando. Tenho que continuar, e ela tem que saber.

Sem responder a pergunta de Zabine, eu sai dali, indo em direção ao pátio da escola. Sempre que passava alguém ao meu lado eu perguntava pela Rose, mas ninguém a havia visto. Mas não importava, porque uma hora ela apareceria na minha frente, e eu não a deixaria passar até saber o que eu estou sentindo.

Narração por Rose Weasley

Assim que a entrevista terminou, eu saí caminhando pelo pátio, apenas pensando mesmo. Eu havia dito ao meu pai que estava indo tomar um banho e trocar de roupas, e eu realmente ia, mas pelo caminho mais longo.

- Rose? – alguém me chamou, e reconheci minha colega da aula de Poções. – O Scorpius Malfoy está louco te procurando. – avisou, e logo continuou andando, após dar um leve sorriso safado para mim.

Se fosse para resumir o que eu senti quando ela disse o nome do Scorpius, acho que eu resumiria em “animada”. Senti curiosidade, surpresa e até mesmo empolgação. Mas animação é o resumo exato.

Logo continuei andando e, no caminho, várias outras pessoas me pararam para dar o mesmo recado. Pelo visto estávamos indo a caminhos opostos. Logo eu passava falando para várias pessoas que eu o estava procurando também, porque assim nós nos encontraríamos em algum momento.

Passaram-se os minutos, e nada de ele me aparecer. Eu já havia até desistido, mas continuava perambulando, pois sempre falavam em minha família que era só você parar de procurar que você encontrava. Era essa a minha esperança.

Fui em direção à Grande Torre, onde eu conseguia ver todo o pátio em sua visão completa. Assim que eu subi as escadas, olhares fixos no chão, eu sem querer me bati em alguém, e quase caio da escada por trás, mas esse alguém me segurou pelo braço.

- Rose! – olhei para cima ao reconhecer a voz do Scorpius, que me puxou para o degrau de cima. Logo, vendo que a diferença de altura era grande, ele desceu um degrau, e mesmo estando em um local mais baixo que o meu conseguia me superar em altura.

- Eu estava te procurando... – falamos, praticamente em uníssono. Rimos.

- Pode falar. – falei, vendo que nem eu sabia o motivo de está-lo procurando. Ele parecia tão confuso quanto eu.

- Bem, eu... Queria falar com você sobre o nosso beijo. Os dois, quero dizer... – ele parecia confuso, e eu fiquei realmente com medo do que ele iria falar. Foi um erro aceitar o beijo? – Eu quero dizer... Bom, eu não sou bom com essas coisas, então vou falar logo. Eu acho que te amo. – ele fechou os olhos com força ao pronunciar, e foi abrindo-os aos poucos, bem devagar.

Fiquei raciocinando o que havia acabado de ouvir. Eu esperava que ele viesse me falar “não conte para ninguém o que aconteceu, é muita vergonha para mim beijar... Bem, você”, mas não. O Scorpius me surpreendeu falando algo que eu nunca esperava ouvir de ninguém.

Ele acha que me ama.

Enquanto ele achava que me amava eu guardava uma certeza dentro de mim. Não sei se o que eu sentia por ele era amor. Nunca acreditei em amor jovem, porque geralmente adolescentes confundem amor e atração, mas era tão intenso... O modo que ele me fazia sentir quando estávamos juntos, seja eu uma partida de quadribol, um telhado ou em uma escada, era único. E o tempo que nós voltamos a nos falar era muito pouco para ser amor, mas sem dúvidas era algo especial.

Reparei que ele ainda esperava uma reação minha, mas eu não sabia como reagiria. Deveria falar o que eu sentia? Deveria dar um chute em seus ovos e sair correndo? Aguardei para saber se ele tomaria alguma atitude.

Após um tempo, ele disse:

- Olha, não quero que você retribua esse sentimento, mas eu tinha que te contar. Eu precisava. Sou meio novo nisso de amar, então decidi te falar logo. Eu não sabia mais como lidar com isso. – ele falou, e virou o rosto para o lado, tentando esconder as rodelas avermelhadas em suas bochechas.

Eu não sabia o que falar. Eu tinha que fazer alguma coisa, senão ele iria embora sem saber o que eu sinto. Rapidamente, sem pensar, pus a mão em sua nuca e o puxei rapidamente para mim, beijando-o.

O beijo, que pareceu durar pouco tempo, na verdade havia sido meio longo. Calmo e leve eu sentia nossas línguas ritmadas, e logo nós nos afastamos bem lentamente, olhando no fundo dos olhos um do outro.

- Eu acho que sinto o mesmo por você... – falei, com a voz meio fraca.


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Notas finais do capítulo

AWWWWWWWWWWWWWN *-------*
Quem curtiu?
Gente eu tava com apendicite e aí fiz uma cirurgia na sexta-feira para retirar o apêndice, e então vou ficar duas semanas sem ir para a escola. Resumindo: CAPÍTULOS NOVOOOS!
Bom, eu tô indo agora, mas deixem um pãozinho para meus mendiguinhos, ok? Beijuuuuus ♥