Os Novos Jogos escrita por Diana


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Música do capítulo: We Found Love - Rihanna https://www.youtube.com/watch?v=kqaGZYDGcUw
Só lembrando que não é preciso ouvir as músicas, mas eu as coloco porque é como o que o personagem está pensando.
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Espero que gostem!



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Diana's POV




Fiquei de vigia essa noite, junto com Penny e Hayley. Nós nos sentamos em troncos ao redor dos outros e olhamos além das árvores, a fogueira ainda acesa. Porém, algumas horas depois, as duas adormeceram inconscientemente e resolvi não acordá-las. Queria mesmo ficar um pouco sozinha.

Infelizmente, eu não tive a oportunidade. Minutos depois de Penny e Hayley dormirem, Chace veio sentar do meu lado e conclui que ele nem sequer chegou a dormir realmente. Permaneci em silêncio, mas ele não.

Não devia ter feito aquilo hoje.

Aquilo o quê? - perguntei, olhando para ele confusa.

Ter ido com Nathan hoje mais cedo – ele explicou, olhando para as próprias coxas.

Alguém ir logo seria melhor que outra briga – eu respondi.

Mesmo assim, não devia ter ido.

Por que não?

Ele é louco. Poderia ter te matado.

E por que isso te importaria? Nathan estaria fazendo um favor.

Não estaria, não. - Chace pegou minha mão delicadamente, o que me deixou nervosa. - Me importaria mais do que imagina.

Eu tinha certeza do que ele queria dizer com isso, mas não sabia como responder. A verdade era que eu também me importaria mais do que demonstrava se ele fosse morto. Nós conversávamos em um sussurro, quase inaudivelmente. Chace aproximou o rosto do meu.

Acho que devemos correr o risco – disse.

Soltei uma risada curta, feliz.

Eu tenho certeza que devemos. - Chace me beijou e envolveu minha cintura. Foi um beijo calmo, nada demais, mas significou muito para mim.

Era errado o que estávamos fazendo, embora eu tivesse dúvidas de que algo ainda fosse considerado errado nas atuais circunstâncias. Esses eram os Jogos Vorazes. Ali, não haviam regras. Se você tivesse a chance de aproveitar fazer o que queria ao menos por uns dias, tinha que abraçá-la com as duas mãos. E era isso que eu faria.



Jade's POV



Peter e eu não tínhamos mais rumo. Batemos em um corredor sem saída.

De novo.

Nós dois não aguentávamos mais. A fome e a sede nos assombravam e nossos corpos não queriam mais se mexer. Passamos um dia e meio naquele labirinto sem encontrar o fim, desviando e escapando por um fio de armadilhas quase invisíveis.

Não podemos passar a noite aqui – disse Peter, com razão. Monstros podiam aparecer, e apesar de estarmos cansados, a necessidade de algum líquido nos motivava a prosseguir.

Tudo bem – minha voz saiu rouca e áspera.

Retrocedemos poucos metros e tomamos outro caminho para a esquerda. Nossas pernas e mãos tremiam pela falta de vitaminas e a fraqueza. Se encontrássemos qualquer tributo naquele momento, não seríamos capazes de nos defender.

Facas voaram em nossas cabeças, e nós mais caímos do que nos abaixamos de propósito. Elas atingiram a parede oposta com uma distância perfeita uma da outra. Rachaduras se esticaram de onde as pontas encostaram e se prolongaram pelo chão. Pequenas pedras do teto começaram a cair em nossas cabeças junto com poeira, que logo era tanta que não dava mais para se enxergar um palmo a frente.

Peter se apoiou nos joelhos e segurou meu pulso, se pondo em pé em seguida e me puxando pelo corredor. Virou a esmo em alguma outra direção e parou. A poeira ali já não era mais tão densa, e podíamos ver que estávamos de frente a uma bifurcação, cujos interiores eram escuros demais para saber o que havia.

E agora, por onde? - perguntei, ofegante.

Peter ainda segurava meu pulso, mas o soltou ao responder:

Não tenho ideia. - Olhou para os dois lados com uma expressão de dor, e entendi que pensava. - Tenho a impressão de que já fomos para a direita alguma vez, e também não tinha nada, sem saída.

Então vamos para a esquerda? - Meus olhos localizaram o lugar que eu falara e senti um frio horrível na espinha.

Vamos – Peter concluiu.

Caminhamos devagar até aquele lado, Peter na frente. O corredor era um breu e apertado, tanto que tive que espalmar as mãos para saber onde estava indo.

Tem alguma coisa aqui – disse Peter.

Cuidado – não pude evitar dizer.

Senti que Peter deu um passo a mais, e a partir daí tudo desmoronou. O chão se abriu em um alçapão com duas portas iluminadas e Peter caiu lá dentro. Várias lâminas saíram dos extremos do alçapão enquanto ele caía. Elas foram de encontro a ele e eu não podia fazer nada. Cortaram-no em pedaços e o sangue dele espirrou em tudo, principalmente em mim.

Um grito se formou em minha garganta ao mesmo tempo em que o canhão soava. Meu subconsciente tomou o controle e só me dei conta de que estava gritando e correndo quando bati em uma parede, já bem longe do alçapão. Minha cabeça rodou e eu caí no chão, chorando.



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Notas finais do capítulo

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