A Filha Da Morte escrita por Messer


Capítulo 32
Back In Black


Notas iniciais do capítulo

Back In Black - AC/DC
De volta ao Luto... Bem, Bianca está de volta, mas será se é ao luto?
Bianca.



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Bem, aquele tal do Elmo das Trevas funciona. 

Quando eu cheguei no Olimpo, vi a destruição. Havia batalhas por todos os cantos, e meu ouvido não parava de chiar. Eu corri, tentando ajudar as pessoas mais debilitadas. Só conseguia ver algum pouco por causa do Elmo. Eu ainda estava correndo, quando senti uma queimação horrível no braço. Por impulso, coloquei a mão para ver o que estava acontecendo, e vi que era sangue. Havia um guerreiro com uma espada de bronze celestial com um risco de vermelho na ponta. Eu fiquei irada. Nem esperei, e puxei a minha faca, e me parece que ele riu com desdém. Até que prestou atenção na lâmina e na minha expressão. Eu o ataquei, e senti sua essência de vida sendo sugada pela faca. Ele se transformou em pó cinza. Aquela foi a primeira vez que eu havia matado alguém.

E, com um susto eu me lembrei do meu pai. Eu precisava achar Atlas. Nem mesmo um deus aguentaria ficar lá por tanto tempo. Mesmo meu pai.

Concentrei minha mente em tentar achar o titã. Mas, eu não estava mais no Olimpo. Me encontrava em um lugar militar. Havia armas de fogo, espadas, escudos distribuídos pelas paredes e em algumas estantes protegidas por vidro. E eu vi que havia um exército de monstros. E o titã estava com uma lança apontando para o chão. Melhor, para um garoto caído e machucado. Eu joguei a faca de ferro estígio no chão, convocando guerreiros zumbis. Logo, o chão começou a rachar  e mãos esqueléticas a agarrarem o ar. Corri em direção ao titã.

Quando eu puxei novamente a faca do chão praguejei em silêncio por ser tão pequena. Eu jamais iria conseguir evitar o curso da lâmina! Desejei incansavelmente que fosse uma espada curva. Talvez assim iria conseguir interromper. Não demorei a chegar, e coloquei a faca, interrompendo a lança, que descia aos poucos. Quando percebi, era uma espada negra, curva, e de um pouco mais que um metro. Suspirei aliviada. Por idiota, desejei estar com minhas roupas habituais por baixo de uma armadura romana. E senti o peso de meu corpo aumentar. Não pude deixar de sorrir com minha sorte.

Os zumbis começaram a atacar os monstros, que gritavam com o susto. Eu conseguia ver todos se transformando em pó. Desejei que as sombras sumissem em parte, e minha visão clareou. Pude ver melhor o titã. Ele tinha os cabelos negros penteados para trás com gel, usava uma armadura completa e sua pele era morena. Corpulento, ele poderia liderar um exército. Alguma parte idiota no fundo da minha mente disse que ele era quem deveria dar as ordens. Mas uma coisa, que sempre me fez ser diferente, foi a intensa rebeldia. Nunca deixei tão fácil assim que me dessem ordens.

E, bem, um general não deveria ter uma expressão de terror no rosto, como aquele estava. Todos ao redor foram se afastando, e eu podia muito bem saber que eles queriam correr e nunca mais voltar. Atlas colocou mais força na lança, mas eu aguentei facilmente. daria no mesmo que ele estivesse tentando quebrar mármore sólido com um jornal.

Para completar o desespero dele, lancei:

- Você mudou, Carol - eu disse, irônica e me divertindo bastante. Todos estavam atônitos, em choque. Não esperavam algo assim. - Que tal dar uma voltinha?

Canalizei meus pensamentos a voltarem para a montanha. Sombras nos envolveram, e, quando elas cessaram, estávamos de volta ao monte onde o Céu tocava a Terra. Pude ver meu pai logo atrás do titã, fazendo força para aguentar o peso do céu. Gotas de suor dourado escorriam dele. Tinha alguns pequenos ferimentos, mas não era muito sério.

O titã viu minha distração e colocou quase toda sua força na lança. Meus braços tremiam com o esforço. Mas eu surpreendi-o. Chutei Atlas no tórax com toda minha força, e ordenei as sombras para ajudar-me. Ele voou até onde estava o meu pai, que não se deixou segurar. Atlas voltou a segurar o céu, e Hades foi jogado abaixo do penhasco.

- NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOO!!!! - O titã berrou. - DE NOVO NÃO!

Mas não esperei muito mais. Os monstros voltaram a se recuperar do choque, e estavam se preparando para me destruir. Olhei para trás, para o garoto que eu tinha salvado. Era Jared. Ele tinha um pequeno pedaço de vidro cravado na bochecha, que sangrava. Tinha diversos cortes, e seus olhos azuis elétricos estavam assustados. Eu o ajudei a levantar, mas ele estava extremamente cansado e seus joelhos cederam. Passei um de seus braços por meu pescoço, afim de dar apoio a ele, e seguimos devagar para onde meu pai estava caído. Atlas nos xingava de mais nomes do que eu conhecia. Alguns monstros tentavam nos atacar, mas com um movimento com a mão eles se transformavam em pó. Mas isso me deixava cansada.

Quando cheguei a junto de meu pai, era quase Jared que estava me carregando. Eu me ajoelhei e entreguei o Elmo a ele. Percebi que estava com a forma de uma caveira, mas, ao chegar na mão do deus, ele se transformou  em um elaborado elmo, no estilo dos outros. Quando olhei para meu pai, ele tinha uma expressão dura, de como o que eu tinha feito era errado. Mas ele colocou o Elmo das Trevas, se levantou, puxou a espada e começou a lutar com os outros. Isso foi chato, pois eu havia tirado-o de uma punição nada legal.

Suspirei e me ajeitei. Tirei o braco de Jared de meus ombros, e ele olhou agradecido a mim.

- Pensei que iria visitar o seu pai no Mundo Inferior.

Eu dei um riso de nervoso.

- Você não vai morrer tão fácil assim. Tem muitos favores a me pagar - eu disse, e ele pareceu meio envergonhado.

Mas, antes que ele pudesse responder, algo me jogou para longe, com o que me pareceu um tapa. Consegui ver um gigante, mas logo eu só vi pedras e mais pedras, como se eu estivesse caindo de um abismo. E eu me toquei que estávamos ao lado de um abismo.

Eu caia pelo abismo. Não conseguia me transportar, pois as sombras eram muito rápidas. Tudo o que via, era o céu e o Jay mergulhando atrás de mim. Como assim? Já não basta que eu também vou morrer, ele veio junto? Então, quando chegou perto, me agarrou pela cintura. Eu o abracei, e comecei a chorar em seu ombro. Então, o vento cessou. Morremos, pensei. Mas, quando abri os olhos, percebi que ainda enxergava o abismo. Nós estávamos voando.

Ele parecia tão chocado como eu. Nossos rosto estavam perto, mas eu recoloquei a cabeça em seu ombro. Não muito depois, voltamos à beira do abismo. Não dei mole dessa vez, e me separei dele, puxei o arco e comecei a atirar feito um demônio.


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Notas finais do capítulo

;'(
Eu não recebi nenhum review. E só falta mais dois capítulos para a fic acabar. Que tal me alegrar, ein?



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