A Filha Da Morte escrita por Messer


Capítulo 24
Adore


Notas iniciais do capítulo

Sei lá, acho que essa música combina com o capítulo. Mas acho que vocês não vão achar uma ligação. Pelo menos, não agora.
Adore - Paramore
Jared



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Eu estava sentando junto dos meus irmãos, esperando o jantar, quando um grito quebra todas as conversas. Vinha do meio do pavilhão. Começou a brilhar, então eu desviei meus olhos. O grito foi aumentando de volume e ficando mais real. Quando olhamos novamente, Bianca estava lá, e gritava feito uma louca. Ela estava com um vestido branco, como na Grécia antiga. E usava sandálias. Seu pai tentava acalma-la, e começou a chamar seu nome. Ela abriu os olhos e se calou. É estranho o que a apartação pode fazer com as pessoas. Eu lembro que quando fiz isso, fiquei com medo de me aproximar de qualquer deus por uma semana.

Hades se levantou e se sentou junto a mesa dos deuses. Todos estavam em sua aparência real, com uns cinco metros. Bianca continuou de pé lá, sem fazer nada, só observar todos com seus olhos. Eles pareciam ter piorados. Não eram mais os olhos de morto. Ela parecia uma louca, de tanta intensidade que seu olhar tinha.

– Você não deu educação para sua filha, Hades? - Meu pai começou a falar. Ele estava com a cara fechada para a garota no meio do pavilhão, a qual se encolheu com o tom de voz de meu pai. Ele nem deu moral. Talvez, até mesmo tenha colocado mais medo na garota.

Antes que ele pudesse se pronunciar novamente, ela se ajoelhou.

- Bem melhor assim. Agora, vá para sua mesa - meu pai falou com desdém, e tirou os olhos dela. Atena observava tudo aquilo com uma quase preocupação nos olhos. Quando percebeu o que eu fazia, ela me fuzilou com o olhar. Não pensei outra vez, e desviei meus olhos para Bianca. Ela caminhava para uma mesa não muito longe da minha. Mas se me viu, não demonstrou.

Quando achou sua mesa, se sentou com seus dois irmãos. Eles eram bem parecidos com ela, tirando o fato que tinham cabelos e olhos pretos. Ela se sentou, e os garotos não tiravam os olhos dela. Então, murmurou alguma coisa, e o garoto mais moreno disse algo. Ela sorriu de um jeito irônico.

Os nossos jantares foram servidos e eu fui obrigado a desviar o olhar dela, pelo cutucão que levei de um irmão meu, e ele fez um gesto para a mesa divina. Então percebi que Afrodite via tudo aquilo com uma tremenda atenção, e Hades fazia uma cara de desconfiado.

Aquela maldita maldição. Literalmente.

Mal toquei na minha comida. Mesmo depois de alguns dias após a batalha, não tinha muita vontade para comer. Ainda mais pelo jeito que Bianca havia ficado. Estranha. Misteriosa. Mas isso, ela sempre foi. Agora, ela me dava medo.

Quando terminamos o jantar, me desviei da fila, chamei Aline e fomos atrás de Bianca. A garota não aguentou e pulou em cima da amiga. Sinceramente, não entendo. Aline parecia tão séria e preocupada, e no momento que a viu, foi como injetassem uma enorme dose de alguma droga que nos deixa bem louquinhos. E depois de derruba-la, deu um soco no braço dela. Vá entender a Aline.

- Oi - eu disse, meio tímido, o que quase nunca acontece. Mas queria que eu fizesse o que, com aquele jeito que ela fosse me mandar para o Tártaro?

Mas, para a minha sorte, ela sorriu, tirou Aline de cima dela e me deu um breve abraço. Então, pulou em cima da Aline e elas começaram a correr por aí.

– Ei, dá pra vocês parar? - Eu gritei meio de longe, correndo entre o bosque, atrás das duas loucas. Quando as achei, elas estavam sentadas perto de uma cerca de ferro, que parecia evitar que as pessoas caíssem de lá. Elas observavam a cidade lá embaixo. Era simplesmente lindo.

– O que aconteceu? - Perguntou Bianca, meio rouca.

– Ah, nós vencemos a batalha, e você ficou desacordada por uns três dias - respondeu Aline, com indiferença.

– Três dias?

– É.

– Três dias??

– Sim, três dias. Agora, dá pra parar de ficar repetindo isso?

Eu ri. Elas olharam para mim como se eu tivesse falado um palavrão.

– O que foi? Isso foi engraçado.

Aline simplesmente balançou a cabeça e voltou a olhar para Nova Iorque. Bianca pensou por um momento e assentiu, então se virou para a cidade. Eu me sentei ao seu lado.

– Você está bem? - Perguntei, hesitando. Ela não respondeu de imediato. Ao invés disso, começou a brincar com seu colar.

– Acho que sim - disse, ainda olhando para a cidade. Então, virou os olhos para mim. Por mais que parecesse uma louca, não pude deixar de sentir dó do que aconteceu a ela.

– Como você conseguiu e maldição? - Perguntei, e ela pareceu desconcertada. Franziu a testa e, se ia dizer algo, foi interrompida.

– Bianca, não se deve ficar andando pelo Olimpo a noite - um garoto de pele de oliva, os cabelos bagunçados e os olhos negros, feito de louco (igualmente como a Bianca estava e como seu pai é) disse. Então olhou para mim e Aline, e fez uma cara de desgosto. - Mesmo acompanhada. Vamos.

– Ah, Nico! - Ela disse, fazendo uma cara de como se não tivesse gostado nadinha disso. - Eu fiquei três dias de cama. Me deixe eu conversar com eles, só um pouco!

– Não. Vamos pro templo. O pai ta te esperando lá.

Ela suspirou, cansada e entediada, e se levantou para se juntar junto do irmão.

– Você é Nico Di Angelo? - Perguntei, meio curioso. Me contaram várias histórias sobre o acampamento americano, e Nico faz parte dele. Ele era um belo herói, pelo o que me contavam. Ele assentiu, e se virou. Bianca se despediu com um aceno de mão, e foi atrás do irmão.

– Meio antissocial ele, não? - Disse Aline, meio desconcertada.

– Pois é. Pensei que fossem mais amigáveis - eu disse, e me dirigi para o templo de Zeus.


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Notas finais do capítulo

Muuuiitoo obrigada pelos reviews e por lerem! Considerem- se amados!



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