Originals escrita por Bellah102


Capítulo 4
Capítulo 3 - Rebekka




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Angela

                -Está chegando a hora. Posso sentir.

                Disse Esther, quando lhe entreguei mais um copo de sangue. Ela fez uma careta e desviou os olhos do conteúdo, engolindo-o.

                -Como pode estar tão calma?! Não tem medo do que vai acontecer?

                Esther fez que não, baixando o copo e olhando pela janela.

                -Nós bruxas fomos treinadas para não temer a morte. Fazem parte da natureza, e como escrava dela, preciso estar naturalizada com isso. E eu bem sabia que nada de bom aconteceria ao dormir com um Original, mas aqui estou eu.

                -Como... Como você imagina que vai ser... Seu filho?

                -Não vai ser um bruxo. Vampiros são contra o balanceamento da natureza. Os deuses jamais permitiriam – Concluiu, suspirando e tomando mais um gole com uma careta. Aquilo parecia tão desagradável – Minha linhagem vai estar acabada. Mas imagino que ela se pareça muito com Klaus. Na minha família, sempre nos parecemos muito com nossos pais. Está vendo este nariz? Posso lhe garantir que não pertencia à senhora minha mãe, ah, não.

                Sorri, olhando pela janela.

                -E como vai chamá-lo?

                -Me diga você. Será seu. Como você vai chamá-lo?

                Olhei pela janela, sonhadora.

                -Elijah, se for um menino. Nomeado pelo Grande Elijah das Terras Altas e o Elijah MataDragões. E Rebekka, se for menina. A Virgem Rebekka, Rebekka e as doze rosas... Todas histórias lindas.

                -Oh, promete-me, Angela.                                                                                                                      

                -O que, Esther?

                -Que jamais vai perder este teu jeito alegre e sonhador de viver. Que não vais deixar a dor do caminho que escolheste abater-te.

                -Prometo. – Coloquei uma mecha do cabelo loiro de Esther atrás de sua orelha. – Não se preocupe. Estarei com minha família. E eles me farão feliz.

                -Oh, pequena Angela. És doce e ingênua e não vê, mas eu, no auge dos meus 40 anos, já vi mais do que desejaria. Eu sei. Todas as bruxas sabem. Nada de bom pode vir de um Vampiro Original. Seus próprios pais tentaram caçá-los todos, quando viram o que havia acontecido, mas era tarde demais. Já estavam soltos. Mas costumavam ser uma família feliz. Lembre-se de minhas palavras, jovem Angela: Niklaus Mikaelson é um monstro. Ele não ama como nós

                Fiz que não, cruzando os braços.

                -Ele me ama, Esther.

                -A você sim. Você o conquistou. Mas não espere que ele ame o resto do mundo, como você faz.

Klaus

                Um choro baixinho ecoava pela casa. Porém não era mais minha herdeira barulhenta. A monstrinha estava miraculosamente dormindo. Quem chorava era Angela, escondendo o rosto nas finas mãos. Ajoelhei-me a frente da cadeira de mogno. Mobiliara a nova casa a seu gosto, e ele era atraído à formas e cores que lhe lembrasse de casa, coisa que só madeira escura e bem entalhada poderia fazer.

                -Porque choras, esposa minha?

                Ela pareceu se assustar, levantando o rosto, alarmada. Quando viu que era eu, suspirou e estendeu os braços para um abraço. Puxei-a para perto de mim, determinado a protegê-la de todo e qualquer mal que lhe afligisse o coração que me pertencia.

                -Foi só a morte de Esther. Sabe que nos tornamos amigas.       

                -Era o preço. Agora temos nossa Rebekka. Não era isso que queria?

                -Eu sei. – Ela disse, assentindo. – Mas pelo amor de Deus, Nik, precisa alimentar a criança com o sangue da própria mãe? Isso é abominável.

                -Não há sangue sobrando por aí. E precisamos alimentá-la até que aprenda a caçar e se defender.

                Ela suspirou.

                -Eu entendo. Mas não deixa de parecer errado.             

                Fiz que sim.

                -É só temporário. Vamos ensiná-la logo. Prometo.

                Acariciei seu rosto e ela sorriu entre as lágrimas, beijando minha bochecha castamente. 


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