Originals escrita por Bellah102


Capítulo 2
Capítulo 1 - Vá embora!




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Klaus

                -Nik. Você me assustou.

                Ela disse sorrindo.

                -Não, não assustei. Se fosse minha intenção...

                -Eu já estaria morta.

                Ela disse revirando os olhos. Parecia achar meus refrões previsíveis nos últimos tempos.

                -E como vai a minha insolente favorita?

                Ela suspirou e voltou-se novamente para a imprensa. As folhas em que trabalhara no dia ainda estavam espalhadas pela longa mesa a sua frente.

                -Trabalhando, como sempre estive e como sempre estarei.

                Disse, baixando o rosto de volta ao trabalho, triste.

                -Porque tão triste moça bonita?

                Perguntou passando os braços ao redor da sua cintura.

                -O mundo é injusto. Demais, Nik.

                Disse, parecendo amargurada. Pousei meus lábios em sua orelha, sussurrando-lhe:

                -Não pode ser como diz. Você não seria minha.

                -Não sou tua! – Enfureceu-se, empurrando-me para longe dela e indo apressada para outra mesa para buscar algum símbolo que não possuía na sua. Ela virou-se e olhou em meus olhos. Seu olhar azul era como uma faca toda feita de diamante – Aliás, se sou assim tão sua, porque não me toma como esposa?

                -Já lhe disse mil vezes o porque – Eu disse, irritado por termos recaído naquela história novamente. E depois eu era o previsível – Estou tentando entrar na mais antiga ordem vampirica existente. Não posso tomar uma mortal como esposa.

                -Então me faça como você!

                -Nunca! – Eu disse, aproximando-me dela – Você é boa. E pura. O sangue tiraria isso de você e não quero isso.

                -Não me importo Nik! – Disse, colocando a letra na bandeja e já procurando as próximas. De costas para mim, seus atos me pareciam agressivos – Não quero mais essa vida, mergulhada até os cotovelos em tinta preta e sofrimento! Meus pais se foram e meus irmãos me deixaram. Foram para a Rússia com promessas e de voltar e simplesmente se esqueceram de mim. – Esbravejou, com as mãos tremendo. Eu nunca a tinha visto tão brava. Angela era a face da serenidade – Foram embora Nik. Me abandonaram com nada a não ser promessas fazias – Completou, magoada. – Me traíram – Disse, quando eu estava prestes a me aproximar para consolá-la. – E então... Então vem VOCÊ. – Disse, virando-se para mim raivosa – Brinca comigo como se eu fosse seu brinquedo e então vai embora com mais milhares de promessas. Amanhã. No futuro. Quando eu entrar na ordem. Promessas, promessas, promessas, já não dá para viver assim!

                “Eu tenho sido paciente – Continuou. – Nos conhecemos desde que eu era uma pequena aprendiz nessa sala, mas esse tempo já passou. Eu já não agüento mais esperar. Eu já tenho 20 anos agora. Preciso me casar e dar continuidade a minha família. Mas você deixou claro que não quer que faça isso com você e não posso fazer isso com você por perto. Porque eu lhe amo demais e não suportaria.”

                -O que está dizendo?

                Perguntei, abestalhado com toda aquela explosão. Minhas mãos fecharam-se em punhos. Eu não podia perdê-la. Ela era a única criatura do mundo que ainda acreditava que havia salvação para mim. A única capaz de me amar. Era a pessoa que mais me conhecia no mundo todo.

                -Estou dizendo para ir embora. Estou dizendo Nik... Se me ama, me deixe viver minha vida.

                Fiquei quieto, observando-a. Faziam 12 anos que nos encontráramos à beira daquele lago, mas eu ainda pensava em Angela como uma criança. Minha criança. E minha missão para com ela era protegê-la. Não podia imaginar que alguma dia, ela me pediria para deixá-la. Ela era pequena. Minúscula. Nova. Não podia tomar decisões assim.

                -Angela... Eu não posso.

                -Porque não Nik? Não quer que eu seja como você, e não me deixa ser como eu devo ser... Não sou sua mascote, Klaus. – Seus olhos encheram-se de lágrimas. Ela jamais me chamara de Klaus. Desde o primeiro momento havia sido Nik. – Eu te amo. Mas não posso viver assim.

                Fiz que sim, me aproximando. Toquei seu rosto, levantando-o para mim. Os olhos azuis estavam torturados, porém determinados. Ela não ia desistir. Acariciei sua bochecha com o polegar, observando-a, esperando um, qualquer sinal de hesitação. Beijei sua testa, memorizando cada detalhe do seu rosto.

                -Será como diz, love. Eu irei – Nunca chorara em vida e não podia chorar em morte. Estava destinado a jamais derramar uma lágrima. Porém naquele momento, senti que se pudesse, derramaria mares delas. – Porém se sentir-se solitária...

                -Meu amor de Mikaelson, preciso de você. Meu gigante de Mikaelson, de carinho venha me prover.

                Sorri.

                -Sim. Então eu saberei.

                Ela fez que sim.

                -Adeus, Nik.

                Suspirei.

                -Adeus, bela Angela.


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