Guardiã do Rei escrita por Miss America


Capítulo 24
Observe


Notas iniciais do capítulo

A-A-A-ADIVINHA QUE DIA É HOJE?
~le todos silenciam. *cri cri cri*
Bem, hoje é meu aniversário uaahauhauauauaua
~le todos: dããã
Ok, isso foi tosco.
Bem, eu tinha planejado postar dois caps de uma vez como comemoração do meu aniver (tipo aquelas lojas "fazemos aniversário mas quem ganha o presente é você") mas o próximo capítulo vai ser, tipo, MUITO importante e vou precisar de tempo pra escrever ele.
Ah, esqueci de pedir: alguém notou a referência ao Último Olimpiano na briga do Percy X Annie? Quando ela chama ele de covarde? Tem essa cena no livro, e eu ri muito lendo ela, e achei que tinha que aparecer por aqui.
Enfim, aproveitem!
E tem notas no final, prestem atenção nelas :)



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Percy entrou a passos silenciosos em seu quarto. Olhou pela porta afora para certificar-se que ninguém o seguia. Encostou a grande porta com cuidado e abriu o guarda-roupa de madeira. Lá no fundo, ele encontrou seu baú trancado a chave. Existiam muitos desses pelo castelo, e Percy conseguira aquele em especial quando tinha onze anos. O baú era importante, pois, conforme se dizia no castelo, pertenceria ao natimorto do rei Leonard.

Diziam-lhe que o baú era assombrado pelo espírito da criança que nunca nascera, mas Percy não acreditava nisso. Pelo contrário; detestava quando alguém lhe dizia que não poderia fazer tal coisa por ser demasiada assustadora. Percy ignorou o que diziam e subtraiu o baú nunca usado das velhas coisas que sobraram do rei morto e, desde então, era lá que guardava o que julgava mais precioso para si.

O baú não era grande, mas estava cheio de papéis e objetos que Percy guardava há cinco anos. Arrastou-o para fora até perto de sua cama, onde se sentou. Com um sorriso nostálgico, abriu-o, e admirou todas as tranqueiras que havia lá dentro.

Desde pedras coloridas até potes com areia e água do mar, passando por desenhos de criança a pinturas perdidas na biblioteca que ele encontrava vez ou outra. Percy acariciou cada “tesouro” com uma cautela única e terna, como se cada peça daquela pudesse desvanecer-se rapidamente.

Apesar da emoção, o que realmente Percy queria estava ao fundo do velho baú. Com cuidado extremo, o menino puxou o livro antigo e desgastado pelo tempo debaixo de seus artefatos secretos. Trouxe-o para o colo e assoprou a fina camada de poeira que o cobria. A capa, vermelha e com um desenho desbotado em dourado, tentava ainda formar a imagem de um castelo nas nuvens.

Percy abriu o livro, temendo que se rasgasse. As folhas estavam amareladas e quebradiças, mas seu conteúdo permanecia intacto – exceto pelas últimas vinte páginas, que foram arrancadas e que ele jamais encontrara.

Ouviram-se passos. Percy fechou bruscamente o livro e aguardou. Os passos distanciaram-se, e o menino deu um suspiro de alívio. Voltou a abrir lentamente o volume. Ninguém sabia que aquele livro antigo estava em suas mãos.

Percy o encontrou quando ainda era pequeno, antes mesmo de encontrar o baú. Foi no dia em que Fritz deixou a porta aberta de uma das saletas da gigante biblioteca, onde, segundo ele, estavam guardados os livros que continham as lendas e fábulas pagãs e amaldiçoadas de muitos povos. Como Percy nunca foi uma criança comportada, impulsivamente adentrou à saleta quando Fritz saiu e pegou o primeiro livro que mais lhe chamou a atenção: o livro vermelho com o desenho de um castelo forte e belo, acima de nuvens e campos arborizados.

Lá, ele leu, escondido em seu quarto, sobre como o vingativo pai dos deuses gregos desejava vingança. Mas ele apenas tinha esse poder a cada cento e vinte anos, e sempre que essa data se aproximava, os deuses e seus filhos – deuses menores ou semideuses – reuniam-se para derrotá-lo e atrasar sua vingança em mais cento e vinte anos.

Havia também a história que vinha acompanhada do desenho de um rapaz forte segurando uma espada em uma mão e a outra estava junto de uma terceira mão, da qual só havia o desenho do membro. Aquele era o Herói, alguém que era escolhido pelo Oráculo para dar o golpe final e derrubar o Senhor do Tempo – o pai vingativo – de volta às profundezas.

A mão em questão pertencia a outro dono cuja missão era apenas lutar lado a lado com este Herói. Em várias batalhas, a missão incluía encontrar o Herói, que poderia estar vivendo em terras distantes e não tinha conhecimento de seu dever. Geralmente, estas pessoas eram semideuses.

A partir daí Percy passou a crescer sem entender como heróis poderiam morrer como criaturas diabólicas, até o dia em que estes mesmos heróis invadiram sua vida do pior modo possível.

Percy releu novamente a história do Herói da batalha. E leu duas vezes a mais sobre a mão ajudadora que tinha como dever protegê-lo e acompanhá-lo em lutas e treinamentos. Porém, antes que a história sobre a mão pudesse terminar, as folhas foram arrancadas ou provavelmente queimadas, sobrando apenas pedaços que permaneceram colados à brochura.

O menino sentiu um arrepio percorrer suas costas. Poucas horas antes, discutira de forma tão grave com Annabeth e sentia-se péssimo. Mas, ao prestar atenção em suas palavras, lembrou-se instantaneamente da história. Infelizmente, desatento como é, ao mandá-la embora para que pudesse pensar, o fez de forma estúpida e conseguiu piorar o que já estava ruim.

Agora, escondido em seu quarto, lia as páginas do livro com um pressentimento terrível. Annabeth fora vaga demais em suas respostas, e ele sabia que ela não era assim. Arriscava-se a ponto de enfrentar um Conselho rígido como o seu, e para quê? Inteligente como era, deveria estar distante dali, vivendo uma vida livre de tensões e execuções.

Mas ela ainda disse algo a mais. Disse algo sobre proteger. Talvez tenha escapado de seus lábios sem a permissão dela, no calor da discussão. Ela tentou consertar, mas era tarde.

Percy engoliu em seco, tendo a impressão esmagadora de saber as intenções de Annabeth Chase no castelo.

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– É melhor o senhor ir falar com aquele garoto, porque se eu tiver que ir temo que Percy nunca mais fale – bradou Annabeth, irritada, olhando pela janela do quarto de Quíron e balançando sua adaga para dar ênfase ao que dissera.

Quíron suspirava em sua cadeira, relendo a mesma frase do livro pela décima sexta vez*. Annabeth havia chegado há vinte minutos, mas de tanto andar pelo quarto gesticulando e reclamando do príncipe acabou por parecer bem mais tempo.

– Você sabe o que penso disso – falou solenemente Quíron, esfregando os olhos.

Annabeth virou-se com as sobrancelhas franzidas.

– Se não pode falar com ele por mim, o que veio fazer aqui?

– Não sei, talvez acompanhar o menino desde os cinco anos, aconselhar uma mãe mortal e desesperada ou defendê-lo de Fritz e os Castellans, quem sabe – respondeu, fazendo Annabeth rolar os olhos.

Ela batucava a ponta dos dedos compulsivamente no peitoral da janela.

– Não podemos ir sem ele? – perguntou com um sorriso.

Quíron apenas a encarou, fazendo-a finalmente sentar-se apoiando o queixo nas mãos.

– Percy é... – começou.

– Difícil? – sugeriu Quíron.

– Insuportável – disse. – Não importa o que eu lhe diga, nada é mais importante do que seu dever como rei.

– Mas você o compreende, é claro.

Annabeth fez uma careta.

– Não. Segundo ele, nunca serei rainha. E o que isso importa? Ele não vê que, não interessa o que faça pelo reino, nunca vão ficar satisfeitos? O reino não gosta de Percy em pessoa, independente de suas atitudes.

– Então lhe diga isso – sorriu Quíron.

– Somente quando eu estiver junto de minha adaga de novo – respondeu séria.

– Ah, já ia esquecendo-me – disse Quíron, alcançando uma caixa comprida debaixo de sua cama. Ele andava como uma pessoa normal agora, já que recebeu de ajuda dos deuses uma magia que escondesse sua metade cavalo enquanto fosse necessário.

Annabeth seguiu seus movimentos atentamente com os olhos, e não gostou do modo como Quíron ria de sua atitude.

– O que é isso? – perguntou, tentando não parecer interessada.

– Isso – começou o centauro, abrindo a caixa estreita e comprida – é a única coisa que temos do pai de Percy.

Ele pousou a caixa sobre uma mesinha de madeira ao lado da cadeira onde Annabeth estava sentada. De dentro, vinha uma luz dourada. Quando Annabeth pôde enfim ver seu conteúdo, surpreendeu-se com a beleza e autoridade que a espada de bronze celestial possuía. Dela reluzia o brilho dourado que iluminou o rosto de Annabeth, quando esta se aproximou da arma.

– Não me diga que o garoto vai ter essa espada – falou indignada.

Quíron assentiu.

– Presente do pai. Surgiu um dia, ao crepúsculo, enquanto eu traçava estratégias de guerra.

– Não havia nada escrito? – pediu Annabeth. – Nenhuma mensagem? Nada em especial?

– Não, não – ele balançou a cabeça, olhando para a espada reluzente. – Apenas uma folha presa à caixa escrito “Perseus”. Nada mais. Foi fácil entender o que era.

Annabeth segurou a espada em suas mãos para sentir-lhe o peso.

– É muito bonita – elogiou, mas ainda preferia sua adaga.

– Chama-se Anaklusmos – contou Quíron.

Annabeth arregalou os olhos para ele.

Contracorrente – sussurrou. – É ela – piscou os olhos, como se não acreditasse. Então, sua expressão mudou – Quando lhe dará?

– Quando chegarmos ao Acampamento é claro – disse, com as sobrancelhas balançando de forma a sugerir o que realmente queria.

Annabeth inspirou longamente e depositou a espada de volta à sua caixa.

– Alguma sugestão de o que devo fazer?

Quíron lhe entregou um pequeno frasco de vidro, onde dentro havia uma solução aquosa e esbranquiçada. Annabeth olhou curiosa para Quíron.

– Onde o encontrou? – sussurrou.

– Ah querida – sorriu. – Fritz esconde muitas coisas naquela Igreja.

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– Swart, tudo pronto para a coroação amanhã? – perguntou Percy ao mestre da moeda, na mesa de Conselho.

– Sim senhor – respondeu o homem prontamente. – Acontecerá no Pico Inglês*, que possui a vista para o mar e é dentro da cidade. Muitos aldeões se propuseram a ajudar, o que nos ajudou muito, reduzindo nossos gastos. Será às quatorze horas e trinta minutos*, senhor. – então Swart olhou para Annabeth com um sorriso – Mais uma vez, obrigado senhorita, pela ideia brilhante.

Todos na mesa de Conselho remexeram-se desconfortáveis em suas cadeiras. Percy e Annabeth trocaram um olhar nervoso.

– Não foi nada, senhor – ela disse, tímida. – Apenas servindo o reino.

Dern Castellan riu discretamente.

– Algum problema, Dern? – perguntou Swart.

– Não com o senhor – provocou.

– Então podemos continuar – interferiu Arnold. – Por favor, Perseus.

Percy revirou descontente as folhas sobre a mesa. Sua cabeça estava distante da reunião, e forçá-la a se concentrar no assunto era cansativo. Ainda mais olhando para sua esquerda a todo o momento e vendo Annabeth, e pensando que ela poderia estar ali por motivos muito maiores do que simplesmente “viver dignamente”.

– Muito bem – suspirou. – Coroação é assunto encerrado. Bem, Britneyz, creio que pode nos falar mais sobre seus projetos culturais...

– Oh, claro – sorriu Arnold Britneyz. – Quero investir em alguma forma de conhecimento às crianças, que envolva música ou artes.

– Já temos a escola – resmungou Fritz.

Arnold ignorou.

– O senhor sabe que May Castellan, sozinha, pode não conseguir educar todos os prisioneiros resgatados para que tenham conhecimento suficiente para trabalhar.

Ryan lhe encarou da outra extremidade da mesa. Não parecia muito feliz.

– Educá-los? Para quê?

– Ora, serem mais eficientes – os olhos de Arnold estreitaram-se – deveria encarar isso como uma boa sugestão, afinal, poderá melhorar a sua área, senhor Browne. O comércio.

Ryan Browne olhou perdido para todos na mesa.

– Ah claro – gaguejou. – É muito boa, talvez, pensando desta forma.

Percy fitou Arnold. Era o senhor de Sol Poente, e sempre muito amigável, embora suas ideias de cooperação ao reino quase sempre fossem um pouco espalhafatosas. Mas Percy não estava com ânimo para questioná-lo, portanto, o deixou falar.

– Poderíamos ter jovens instruídos e assim não detestariam tanto o novo trabalho, já que foram tirados de suas terras – contou. – Com certeza é um bom estímulo – sob os olhares desconfiados de todos, Arnold fixou os seus em Annabeth – O que me diz, senhorita? Já esteve no lugar de um prisioneiro antes. Acha que merecem a instrução?

Annabeth mordeu o lábio inferior. Percy estava curioso para ouvi-la falar, mas Dern interrompeu.

– Ela não tem nada a dizer, cabeça de vento – bradou. – Pelo menos eu me recuso a ouvir sua opinião. A última quase custou a vida de nossa rainha.

Percy encarou Annabeth. Ela olhava fixamente para a mesa à sua frente, controlando-se.

– Não acho que ela tenha estado tão errada – interferiu Swart. – Graças a ela, teremos uma ótima cerimônia de coroação.

– Calem-se – disse Arnold. – Pedi a opinião da moça, não a dos senhores.

Fez-se um silêncio, onde todos olhavam para Annabeth. Ela, então, olhou desafiadoramente para Fritz:

– Bem, em minha humilde opinião, creio que todos mereçam educação e um pouco de respeito por terem perdido seus lares. Mas, peçamos ao sacerdote o que pensa de tudo isso, afinal, lhe foi ensinado o amor a todas as criaturas.

Fritz surpreendeu-se com a pergunta e encarou Annabeth de volta com ódio estampado na face.

– Por mim, não faz diferença – murmurou.

– Diga-nos, sacerdote – insistiu o príncipe. – A visão da Igreja tem influência em muitos pontos da lei. Deveria ter nesta também.

O velho rangeu os dentes.

– Sim, sim – falou, com todo seu mau humor. – A garota está certa. Devemos amar. E, sim... muitas vezes prisioneiros de guerra merecem o perdão divino – hesitou, mas sob o olhar opressivo de Percy ele continuou, bravo. – Certo. Deem educação a essa gente. Arnold e a menina... – olhou para Annabeth com desprezo - ...estão certos.

Percy sorriu. Annabeth apenas agradeceu com um aceno de cabeça e voltou a ficar séria.

– Conselho encerrado – anunciou Percy, mais cedo do que de costume. Mas, aparentemente, ninguém se importou. Todos deixaram a sala em poucos minutos, restando apenas Annabeth e ele.

– E a senhorita ainda consegue – disse Percy, alinhando as folhas que tinha nas mãos.

Annabeth inspirou, anotando alguma coisa em outra folha com uma pena.

– Ordens do príncipe – lembrou ela. – Que eu deveria fazer parte do Conselho.

– Se quiser sair, fique a vontade – ofereceu ele, colocando-se em pé.

Ela estreitou os olhos.

– Não, obrigada – respondeu, com certo tom de sarcasmo na voz. Era como se a menina não quisesse abrir mão do desafio lhe imposto, por mais que aquilo a irritasse.

Percy a encarou enquanto ela escrevia. Lembrou-se da história, mas não era possível. A mão e o Herói eram sempre homens. Por que uma mulher? Ainda pior, uma menina?

Mas, espere. Ele colocou uma menina no Conselho.

Quando Percy quase desligou-se por completo raciocinando algo que não queria, Annabeth lhe olhou com curiosidade.

– Algum problema? – ela parecia preocupada.

– Não, nenhum – respondeu ele, deixando-a profundamente intrigada.

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Era só o que faltava. Annabeth esperou por quatro meses, e agora, um dia antes de conseguir levá-lo para o Acampamento, tudo daria errado?

Percy estava agindo de forma suspeita. Não, ele não poderia saber de tudo. Como o faria? Nem no Acampamento a história sobre a Batalha era conhecida corretamente, como seria fora de lá? Não, não. Eram coisas de sua cabeça. Além do mais, apenas mais um dia. E ela deixaria o castelo para sempre.

Enquanto pensava nisso, atravessava o corredor em direção ao quarto que ainda dividia com Rachel. No caminho, deu de cara com Luke Castellan. Mas ela ainda estava distante, poderia dobrar à esquerda e escapar sem que ele pudesse impedir, porém Annabeth não queria. Ela tinha que falar com ele. Tinha de encontrar um meio de saber tudo sobre os Castellans, e aquela, talvez, seria sua última chance.

– Boa tarde senhor – ela sorriu.

Luke pareceu surpreso com sua atitude.

– Boa tarde senhorita – cumprimentou sorrindo. – Precisa de alguma coisa?

Sua conversa casual e indiferente irritava Annabeth.

– Ah, claro, preciso – continuava fingindo alegria. – Poderíamos conversar?

Luke assentiu.

– Gostaria de ir a algum lugar...

– Não – Annabeth olhou para os lados, mas os corredores estavam vazios. – Aqui está bom. Prometo ser breve.

– Sem problemas.

Annabeth, atrás das costas, segurava sua adaga com firmeza, atenta a qualquer movimento brusco.

– Sabe, acho muito bonita sua espada. Foi forjada aqui mesmo?

Luke franziu o cenho, confuso e frustrado com a conversa.

– Não sei como isso pode lhe interessar senhorita, mas, sim – disse, sem muita certeza. – Por quê?

Annabeth olhava no fundo de seus olhos azuis, tentando adivinhar se Luke dizia a verdade ou não.

– Onde, exatamente?

O rapaz deu de ombros.

– Não sei, pra dizer a verdade. Parece que o homem que a forjou já morreu. Ganhei de meu pai, quando comecei a usar aço nos treinos. Creio que tinha uns doze anos.

A espada como presente de pai. Percy.

Ela inspirou e expirou, diminuindo a tensão sobre seus ombros.

– Obrigada – sorriu, e ia deixando a sala, quando o menino a segurou pelo braço fazendo-a voltar. A adaga quase caiu das mãos de Annabeth, mas Luke a viu e tirou a arma dela.

– Senhorita, o que exatamente quer saber? – perguntou, fitando-a atentamente e segurando sua preciosa adaga diante de seu rosto.

Annabeth tentou reagir, mas seu braço doía com a força com que lhe era usada para apertá-lo.

– Apenas curiosidade – falou.

– Por quê? Quer uma espada em vez de uma adaga, desta vez?

– Apenas se for forjada com bronze celestial – disparou de repente, pensando que Luke, caso achasse ser mortal, não saberia o que era.

Luke piscou os olhos.

– O quê?

Era o momento. Annabeth lhe deu um chute no joelho e ele a soltou com um grito. Annabeth correu tentando distanciar-se, mas em poucos metros Dern surgiu, forçando-a a parar.

– O que está acontecendo aqui? – perguntou com a voz grave.

Annabeth engoliu em seco.

– Nada, senhor – disse sem pensar e voltou a caminhar, mas Dern a parou novamente.

– Luke, o que significa isso?

O menino loiro olhou com uma mistura de confusão e raiva para ela.

– Ela é louca! – gritou. – Veio encher-me a cabeça sobre minha espada e algo sobre como foi forjada... e o que é “bronze celestial”?

Dern Castellan arregalou os olhos. Olhou para Annabeth furioso, e, não podendo conter a raiva, apertou sua mão ao redor do pescoço dela, erguendo-a no ar.

– Eu sabia – disse. – Sabia que teria uma filha de coruja aqui.

Annabeth segurava-se desesperada no braço forte de Dern, quase sufocada.

– Quem... é... você? – pediu, a voz sumindo aos poucos junto com o ar que respirava, mas a resposta veio somada ao silêncio de Dern.

Como nunca percebera? O homem usava anéis. E um deles, tinha a cabeça de duas cobras entrelaçadas.


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Notas finais do capítulo

*Lugar fictício. Pra dar exemplo (de como imaginei):
http://3.bp.blogspot.com/-0YXUQegyVWY/T-N1jgvl8bI/AAAAAAAAArA/DKIA1BdlkaE/s1600/nova-zelandia-penhasco.jpg
**"décima sexta vez": 16 = minha nova idade! uahauhau
***"Catorze horas e trinta minutos" = hora que eu nasci uahuahuaha
É claro, se não tivesse babaquice eu não estaria comemorando aniversário LOL
.
Desculpem a jogada tosca do anel, tava sem ideia de como contar pra vocês quem era o Dern aí me surgiu isso
'-'
era pra ser uma cena mais tensa mas tava ansiosa uahahauha
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Bem, prestem atenção: hoje foi meu 1° dia de aula, o que significa que as postagens aos milhares como tava sendo ultimamente vão cessar. Se vocês tiverem sorte, vou voltar ao sistema de postar sempre na sexta.
Dois: o próximo cap, como disse lá em cima, vai ser importante. Quem quer ver a coroação? Quem quer ver a Nancy de novo? Quem quer dicas sobre Fritz? Quem quer ver a Annie e o Percy... ah, deixa, vou falar demais.

Três: Sobre a pergunta de ontem. Obrigada, gente, pelas ideias! Considerei todas, sério, mas o resultado vocês vão ver só quando eu postar a fic (que vai ser curta, prometo!), provavelmente depois do fim dessa daqui.
Besos! (aquele momento que percebo que tenho que aprender "beijos" em outros idiomas).