She Will Be Loved escrita por blossomed


Capítulo 8
Não sou normal


Notas iniciais do capítulo

Heey desculpem pela demora... Mas aqui está mais uma capítulo fresquinho.
Espero que gostem :))
xxJuhxx



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Siglas: P: Porteiro

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John e eu havíamos nos aproximado muito após os meninos terem descoberto meu passado, pelo menos uma parte dele. Parecia que ele queria cuidar de mim, eu achava fofo. De vez em quando eu me perguntava se o que sentia por ele era mesmo amor. E é claro que Austin e Emily sempre tinham a resposta que não ajudava em nada. E o que será que ele sentia por mim? Por que eu complicava tudo? Por que eu não só perguntava para ele? É parece que não seria tão fácil assim.

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Deixei o apartamento e fui em direção ao mercado, fui a pé mesmo porque era perto, e além do mais eu não tinha carro mesmo. Em pouco tempo cheguei e enquanto me decidia entre Coca e Pepsi – Lá não tinha Guaraná L - uma voz por cima de meus ombros falou: - Pepsi é melhor! –

Reconheci de primeira a voz, era de John.

K: Vai ter que ser, aqui não tem Guaraná.

Peguei a garrafa e a coloquei na cesta, me virei para ele que se encontrava confuso.

J: O que é guaraná?

Eu ri e dei um abraço nele, seguido de um beijo estalado na bochecha.

K: É um refrigerante brasileiro.

Ele deu um sorriso tímido e pegou minha cesta.

K: Obrigada!

Seguimos andando e conversando, enquanto eu pegava as coisas e as-colocava na cesta, por fim perguntei:

K: Como você sabia que eu estava aqui?

J: Eu não sabia, também vim comprar coisas.

K: Aham.

J: Confia em mim vai!

O examinei de cima a baixo e perguntei.

K: Cadê sua cesta então?

Ele ficou surpreso com minha pergunta e eu sabia que tinha pegado ele, então John começou a corar colocando a mão atrás da cabeça e coçando-a levemente.

J: Ahm...

Eu comecei a rir desesperadamente da sua cara e quando percebi que ele não ria comigo diminuí meu “escândalo”, então ele começou a rir da minha cara! Eu dei um tapinha no seu braço.

Saímos dali e continuamos andando e conversando. Eu me sentia segura com ele, estava feliz por ele estar ali, sentia que com ele eu podia ser eu mesma, ele era como um porto seguro. Fomos até a fila do caixa e quando chegou nossa vez, John insistiu em pagar, mas eu não deixei, então começamos a discutir que nem crianças bobas. A mulher do caixa nos fitava em silêncio com uma cara estranha, nojenta.

A discussão parecia não ter fim, então para melhorar meu humor e me fazer pagar mais mico, John começou a fazer cócegas em mim, como ele sempre fazia quando nós discutíamos. A mulher do caixa ainda nos fitava com uma cara estranha, mais nojenta do que a anterior.

A fila se prolongou e eu comecei a escutar xingamentos e vaias. Pedi – ou melhor, IMPLOREI – que ele parasse, e ele me escutou. Quando demos uma olhada no ambiente, começamos a rir ainda mais, o que só resultou em mais xingamentos – somos muito retardados -.

Acabamos pagando metade cada, e enquanto saíamos rindo, eu esbarrei em uma estante que continha sacos de farinha, e um por um foram caindo. Começamos a rir mais e quando um homem se aproximava saímos correndo de lá, parecíamos duas crianças. Rapidamente chegamos em minha casa.

J: Está entregue senhorita! Quer ajuda com as sacolas?

K: Hm que chique! Muito obrigada gentil senhor! – Fiz reverência – Rimos.

K: Não precisa! Eu consigo levá-las sozinha.

J: Ui desculpa sua forte!

K: Haha eu sei que sou! Então acho que a gente se vê amanhã?

J: Sim! Você vai almoçar com a gente?

K: Não vou poder, prometi à Emiy que iria com ela no médico.

Dei um beijo em sua bochecha e adentrei o prédio. Quando me virei John ainda não havia saído do lugar, e me olhava. Dei um sorrisinho tímido até que o elevador chegou. Era impressionante o jeito que o mesmo me fazia sentir tão segura e insegura ao mesmo tempo. Talvez eu pudesse dar uma chance ao amor, mas o medo ainda me corroía por dentro. Eu tinha medo de estragar tudo, incluindo nossa amizade.

Meus pensamentos foram interrompidos quando o meu celular apitou e o visor do mesmo acendeu. Era uma mensagem de Marissa, na qual ela pedia que eu ligasse o Skype. No mesmo eu pensei que seria a hora de contá-la a verdade, pois até agora ela não sabia de John, nem da minha confusão nem de... NADA. Eu não havia tido coragem de contá-la – ótima melhor amiga eu – mas decidi que seria hoje o dia. Eu estava pronta. Liguei o Skype e começamos a conversar, já no começo percebi que havia alguma coisa de diferente nela, mas isso não me impediu de contar tudo à ela sobre Londres, John, os meninos, Emily e todos os meus pensamentos em relação a tudo, ela como Austin e Emily me disse a mesma coisa, que John estava apaixonado... Mas ainda acabou me dando ótimos conselhos também. Por ser minha amiga mais antiga ela me conhecia melhor do que todos e sabia sempre o que dizer, ou era isso que eu achava, até que resolvi expor minha curiosidade e perguntá-la se havia algo de errado, não tive resposta e após alguns segundos tudo o que eu recebi por minha curiosidade de amiga foi um belo: - Não tem nada de errado! Está tudo bem! Confie em mim!

Ela sabia que eu havia mesmo percebido que havia algo de errado, então apressou-se para terminar a conversa e passados cinco míseros minutos desliguei o computador, decidi guardar o resto das compras enquanto pensava porque Marissa estava daquele jeito. Subi e fui tomar um banho, viver minha sem graça e sedentária de sempre. Resolvi dar uma volta em Londres, já que não tinha nada para fazer.

Ao sair do elevador já fui lançada de olhares das pessoas que se encontravam no saguão, até que o porteiro falou:

P: Que shortinho curto em Kamilla!

K: Cala boca Gabriel!

Ele me olhou com cara torta, a única que o mesmo sabia fazer e eu saí dali vitoriosa. Odiava aquele homem, odiava mesmo. A raiva rapidamente saiu de minha cabeça, pois prestava atenção em cada milímetro das ruas.

Me peguei observando o riacho, o mesmo em que eu e John fizemos uma guerra de água alguns dias atrás, sorri quando esse pensamento veio em minha cabeça e fiquei fitando meu reflexo nas águas claras. Concluí que já estava tarde e voltei para casa a pé mesmo. Entrei no prédio e Gabriel não estava lá, agradeci por isso e subi para meu apartamento, quando cheguei já estava exausta da caminhada então fui dormir.

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Siglas: M: Meredith

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Acordei com o som alto e irritante de meu despertador, que me fez pular – ou melhor, me jogar – da cama. Fiz minha higiene, troquei de roupa, tomei um suco e saí.

Assim que cheguei na escola fui surpreendida pela esbelta figura de Meredith Wembler, uma das “populares “da escola.

K: Bom dia Meredith. – disse atropelando as palavras, querendo sair dali o mais rápido possível-

M: Espera, eu quero falar com você – ela disse interrompendo minha passagem –

K: Posso ajudar? – respondi tentando ser a mais educada possível e dando um sorriso forçado-

M: Não. Sou eu quem posso te ajudar – Ela disse olhando diretamente para mim, mais alta, com seu salto de pelo menos 10 centímetros, biscate – Soube que você...

K: Qualquer coisa que você soube de mim é mentira – disse interrompendo-a e saindo dali antes dela terminar de pensar sobre o que havia acontecido e o que responder –

M: BISCATE!

Ela gritou as palavras com força, me fazendo parar e fazendo o corredor inteiro se silenciar. Olhares foram distribuídos para mim e para ela, que se aproximou.

K: Poupe-me da sua falta de argumento, tudo o que você sabe de mim é mentira, porque pelo que eu saiba quem é biscate aqui é você.

Dei meia volta e saí andando dali vitoriosamente, enquanto ela ficou lá parada, tentando raciocinar o ocorrido. É eu não gostava das pessoas ali, estava me perguntando por que ela teria vindo falar comigo somente para me xingar.

Parei para pegar meus livros no armário e percebi os enfeites de Natal delicadamente espalhados por todos os cantos da escola, então percebi que o mesmo se aproximava. Vi cartazes sobre uma apresentação de fim de ano que teria música, poesias, teatros... A lista de inscrição estava enorme e muitos alunos estavam entusiasmados, mas eu não era um deles.

Eu estava entusiasmada com o Natal, seria meu primeiro Natal fora, e ele era o único feriado que eu realmente gostava. E assim como ele o baile também estava chegando, eu odiava bailes.

É, eu não era normal, nunca fui, nem nunca vou ser.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e que deixeem reviews!
Vou tentar postar mais capítulos amanhã de manhã, porque vou passar o fim de semana fora e não sei se vou conseguir postar. :/
E além do mais eu tenho que compensar vocês pela semana sem postar né? haha
Para não perder o hábito: Twitter ----> @juhh_goomes
xxJuhxx



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