She Will Be Loved escrita por blossomed


Capítulo 19
Kiss Me Like You Wanna Be Loved


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, mais um capítulo hoje! Por que É MEU ANIVERSÁRIO! haha *----*
Então como disse, esse vai ser um capítulo crucial na história, esse e o próximo, que vai ser o penúltimo. Infelizmente. :,(
O título vem da música Kiss Me, do Ed Sheeran.
Espero que gostem
xxJuhxx



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Havia se passado uma semana, desde que eu havia descoberto a verdadeira identidade de Emily, e ela não tinha mais ido para a escola, o julgamento seria daqui a três semanas ainda, mas ela não podia sair de casa até a mesmo, ela teria de responder por muitos crimes, e por tentativa de assassinato.

Com os meninos tudo estava o mesmo, ninguém havia mais tocado no assunto de sábado passado, nem mesmo John. Às vezes eu achava que ele estava meio distante de mim, mas alguma ação inesperada da parte dele sempre destruía essas possibilidades. Ele havia me chamado para ir fazer um passeio com ele, pois eu estava em Londres há quase cinco meses e ainda não tinha visitado a London Eye. Eu estava animada, e é claro quando ele me chamou para ir com ele, Austin teve de ser o bobão de sempre.

Nesse momento no caminho para a escola sozinha. Eu havia conhecido uma menina na biblioteca essa semana, e nós havíamos conversado uma quantidade relativamente boa, para sermos consideradas amigas. Seu nome era June, e ela era particularmente bonita. Olhos cinza e o cabelo ruivo natural. Ela fazia biologia, matemática e português comigo. Pelo menos eu não estava sem amigas, mas iria demorar um bom tempo até que eu confiasse nela, o que não ocorreu com Emily.

Cheguei na escola e o dia foi normal, apresentei June aos meninos e percebi que Harry babava nela. Isso poderia me dar uma chance de zoar com ele. Ri sozinha. Coitado, June aparentava ser daquelas meninas difíceis. O resto do dia foi bom, parti para casa e já fiz a lição, amanhã seria um dia especial e John parecia tão animado quanto eu.

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Acordei cedo, estava animada, olhei o relógio e ainda eram sete da manhã, John só iria vir às nove. Decidi fazer panquecas, havia aprendido com Harry, e depois de quase queimar a cozinha algumas vezes, acho que finalmente aprendi como se fazia.

Depois de comer lavei a louça, e tomei um banho. Coloquei dois casacos, luvas, tudo o que podia, pois estava nevando e fazia um frio enorme. Sequei meus cabelos e as nove em ponto John estava na porta de casa. É verdade o que dizem britânicos são mesmo pontuais.

Saímos e conversamos o caminho inteiro, a conversa fluía bem, e chegamos rapidamente lá. Demorei a sair do carro, que estava bem quentinho, ao contrário do lado de fora. Mas depois de cinco minutos de “briga”, eu finamente cedi e fomos em direção à majestosa roda gigante, e eu claro tirei muitas fotos, parecia uma boba. Ficamos pelo menos dez minutos na fila que estava grande para um sábado de manhã.

Finalmente era nossa vez, e entramos na cabine, a vista era maravilhosa, e eu apreciei cada segundo dentro da mesma. Principalmente quando a roda parou lá no alto, e eu fiquei maravilhada, assim como da primeira vez que havia visto a neve. Queria que aquele momento nunca passasse, por que eu não pensava em problemas, em complicações, em medos. Só pensava que momentos bons como aquele deveriam durar para sempre.

Olhei para John e ele me observava, sorri de orelha a orelha.

K: A vista daqui é simplesmente incrível.

J: Que bom que esteja gostando.

K: Deve ser mais bonita ainda de noite.

J: Prometo que um dia te trago de noite.

Sorri novamente, e me virei para a janela. Tirei algumas fotos, incluindo uma nossa. Então a roda finalmente desceu, e fomos almoçar em um restaurante ali perto mesmo. Se o dia acabasse nesse momento diria que foi um dia perfeito.

J: Tenho uma surpresa para você!

K: Mais uma? – Disse rindo –

J: Sim vamos!

Saímos do restaurante e ele tapou meus olhos.

K: Precisa disso mesmo?

J: Precisa! Você não pode saber onde estamos indo.

K: Nossa que maldade. Por que não?

J: Porque é uma surpresa! – Ele disse rindo –

K: Tá, eu já entendi. Mas posso confiar em você?

J: O que você acha?

Não respondi, só sorri e continuamos andando por mais cinco minutos, até que ele parou.

K: Chegamos?

J: Sim.

Então ele tirou as mãos de meus olhos e eu vi uma cabine telefônica vermelha antiga, que nem aquelas que nós vemos em várias fotos, ou até mesmo em filmes antigos. De paisagem estava o Big Ben. A neve se acumulava nos quadradinhos de vidro que formavam a janela, e também na parte de cima da cabine. Meus olhos deveriam estar brilhando naquele momento.

J: Gostou da surpresa?

Eu me virei para ele e literalmente pulei em cima dele, abraçando-o muito apertado. Ele começou a rir e eu fiz o mesmo.

K: Muito obrigada mesmo por me trazer aqui Johnny, eu estou muito feliz!

J: É já deu para perceber isso.

Quando percebemos que ainda estávamos abraçados, nos soltamos e ficamos nos olhando por alguns segundos em silêncio, então eu o quebrei.

K: Podemos entrar na cabine?

J: Acho que sim, por que não tenta?

Abri a porta e grande parte da neve caiu em cima de minha cabeça, fazendo John gargalhar. Eu me virei para trás lentamente e o fuzilei, o que o fez rir mais ainda. Joguei uma bola de neve nele, e ele parou de rir, dando vez a mim.

Então adentrei a cabine e fiquei observando-a em silêncio, o telefone antigo, que não deveria mais funcionar, mas mesmo assim o tirei do gancho, e passei de leve meus dedos nele. O coloquei de volta e fiquei observando cada detalhe, até que John quebrou o silêncio.

J: O que você tá fazendo?

K: Observando.

J: O que?

K: Não sei. A vista daqui de dentro, a cabine em si, o telefone.

J: Por quê?

K: Ai John para de ser chato.

J: Chata é você.

K: Idiota.

J: Boba.

K: Doido.

J: Por você.

Quando ele respondeu isso eu congelei, era como se tivesse acontecendo o baile novamente, só que agora ele não estava bêbado e poderia estar dizendo a verdade, ou pior, ele poderia estar gostando de mim de verdade.

K: Como? – Disse quase sussurrando, olhando para o chão –.

J: Na manhã seguinte do baile eu não me lembrava de nada do dia anterior, mas enquanto tomávamos café da manhã eu só havia lembrado de você saindo correndo chorando. E sábado passado eu finalmente lembrei de tudo.

K: Tudo mesmo? – Perguntei mais baixo ainda –

J: Sim, inclusive o que eu disse a você.

K: E era verdade?

J: Sempre foi.

Naquele momento eu não consegui dizer mais nada, e eu nem consegui olhar para ele mais. Um silêncio desconfortável tomou conta da cabine, e eu não sabia ao certo se ele estava olhando para mim ou para outro lugar, esperando uma resposta. Não ousei levantar a cabeça, e só fiquei fitando o chão em silêncio, pensando no que dizer.

Se ele realmente gostava de mim, por que será que eu não conseguia simplesmente ficar feliz? Por que eu sentia tanto medo? Por que nem eu conseguia saber o que de fato sentia por ele? Antes que eu pudesse responder todas essas perguntas, ele tocou meu queixo levemente, levantando minha cabeça, me fazendo olhar para ele.

Ele então foi chegando mais perto, aproximando cada vez mais nossos corpos, nossos rostos estavam a pelo menos um palmo de distância um do outro, seus olhos estavam de um azul escuro incrível, e ele chegava cada vez mais perto.

Então ele finalmente me envolveu em um beijo calmo, doce, um beijo inesperado. Sua língua pediu passagem e eu rapidamente a cedi, coisa que eu não faria nunca. Então ele me beijou como se estivesse querendo isso há muito tempo, era um beijo calmo, e também apaixonante, era o beijo perfeito. O beijo que eu havia esperado muito tempo para receber.

Mas mesmo assim, alguma coisa me dizia que eu não poderia estar ali, que eu estava fazendo tudo errado. Mas eu não queria sair, na verdade eu acho que sempre quis estar ali, com ele. Um arrepio correu por todo o meu corpo, e rapidamente eu o soltei.

J: O que foi?

Não respondi nada, só fiquei olhando-o, em silêncio. As lágrimas finalmente começaram a cair e antes que ele levantasse a mão para enxugá-las eu disse:

K: Sinto muito.

E saí correndo chorando. Aquilo não poderia ter acontecido, e por mais que eu tivesse adorado aquele beijo, ele não poderia ter acontecido. E a pergunta que pairava em minha cabeça era, o que seria da nossa amizade agora?

Essa foi a única pergunta que esse tempo todo eu havia tentado evitar responder, mas agora tudo tinha ido por água abaixo. Será que ele ainda continuaria gostando de mim depois de tudo o que fiz?

K: Eu sou uma idiota! – Disse para mim mesma, colocando as mãos na cabeça –.

Eu ainda não tinha chegado ao apartamento ainda estava no meio da rua chorando. Não sabia exatamente onde estava, mas eu não queria ir para lá, queria ficar sozinha. Pensar.

Desliguei meu celular e continuei andando. O que eu realmente sentia era medo. Medo de arriscar e acabar com tudo. Minha cabeça só pensava no medo que me corroía, e lembranças ruins vinham em minha cabeça, somente elas. Mas será que era isso que eu realmente deveria fazer? Eu deveria fugir do que realmente sentia só por que achava que era certo? Mas isso era realmente certo?

Eu tinha certeza que sentia algo a mais por John, por que se não sentisse eu não teria saído correndo daquele jeito. Mas será que eu deveria ignorar esses sentimentos do jeito que eu estava fazendo? Será que eu devia mesmo me concentrar somente no medo que ainda era guardado?

Demorei a chegar em casa, e quando o fiz tomei um longo banho e remédio para dormir, por que eu sabia que não iria conseguir fazê-lo, mas eu não estava nem um pouco afim de ficar acordada.

E como sempre, eu não estava segura em meus sonhos também.


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Notas finais do capítulo

Então?? John finalmente se declarou para a Káh! ALELUIA! Mas ela não teve uma resposta boa, com a situação... :(
Mas não se preocupem, os romances não costumam a terminar assim não é?
Falei mais do que devia u.u
Mas só porque É MEU ANIVERSÁRIO!!! Eu já disse isso u.u Todos comemoram! Só que não :p
Beijocas
xxJuhxx