She Will Be Loved escrita por blossomed


Capítulo 17
Eu não te reconheço mais


Notas iniciais do capítulo

Ooooolá ;)
Dessculpem a demora queridos, eu achava que podia postar muito nas férias mas... aushaushauhs
Em compensação aqui está um capítulo MUITO grande, na verdade o maior que já escrevi, no qual vocês vão descobrir quem é dono da POV desconhecida haha
Agora vão leer! Divirtam-se :)
xxJuhxx



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SIGLAS: O: Oficial

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K: O que aconteceu com você? – Disse me aproximando, mas algo me fez parar...

Ao seu lado se encontravam alguns saquinhos, uns com um pó branco e outros com comprimidos transparentes, a parede estava molhada e haviam alguns cacos de vidro no chão, ela ainda segurava uma garrafa de Whisky pela metade, suas mãos estavam sujas de sangue assim como sua blusa um estilete se encontrava perto de sua perna.

Não sabia o que fazer, o que dizer. Só fiquei lá que nem uma idiota parada, até que realmente me caiu a ficha e eu decidi apanhar o estilete. Fui me aproximando vagarosamente, com medo de alguma reação inesperada dela, e me agachei, ficando de joelhos em sua frente, estiquei meu braço e antes que eu pudesse tocar o mesmo ela novamente virou o rosto para mim, que rapidamente trouxe meu braço de volta para perto de meu peito.

E: Sabe qual é o meu problema Kamilla? Sabe o que aconteceu comigo? – Ela disse gritando enquanto uma lágrima escorria pelo seu rosto –

Eu não respondi, fiquei apenas observando-a, que além de estar com o rosto machucado, estava com o interior machucado, seus olhos exalavam medo, dor, raiva, tudo explodindo... Mas o porquê daquilo tudo? Ela deveria ter consumido pelo menos metade das drogas que estavam no chão, e sua mente deveria estar fritando por causa das mesmas.

E: É tudo culpa sua! – Ela gritou rapidamente e bruscamente se levantando com um pulo, fazendo levantar-me junto e ficar de frente para ela –.

K: Como assim Em?

E: Não me chame de Em! Meu nome é Emily!

K: O que aconteceu? Por favor, se acalme você bebeu muito! – Eu disse ainda assustada com a reação dela –

E: Eu não estou bêbada porra!

K: Calma Emily! Vamos para dentro eu te ajudo a se limpar.

E: Eu não vou com você sua vagabunda! – Aquilo realmente havia me machucado, principalmente porque ela não estava brincando –.

K: Por que você está me chamando disso o que eu fiz?

E: Você só destruiu a minha vida mais ainda! Satisfeita?

– O que eu havia feito? A Emily já tinha brigado alguma vez comigo, ou ficado chateada? Pensa Kamilla, vamos! –

Enquanto eu não falava nada, ela começou a rir sarcasticamente.

K: O que foi?

E: Você realmente não sabe o que fez não é? – Fiz que não com cabeça, ela olhou para o chão e começou a falar num tom de voz mais baixo –.

E: Já não bastava você ter o John, você tinha que roubar o Greg de mim também? – Ela disse deixando escorrer mais uma lágrima, agora olhando para mim –.

– Pera... O que? Eles já se conheciam? Hã? O Greg namorou a Emily? -

Tentei reorganizar meus pensamentos para tentar entender o que aquela frase significava.

E: Você não deve estar entendendo nada não é? – Ela disse soltando outro riso sarcástico novamente, eu fez que “não” com a cabeça –.

E: Sabe Kamilla, eu namorei o Greg há seis meses, e nós erámos aquele tipo de casal meloso, sempre estávamos juntos, e além dele ser um namorado ele era meu melhor amigo, eu sempre podia contar com ele, mas então ele disse que eu estava sendo muito ciumenta, e nós discutíamos muito, e por fim terminamos, mas não era isso que eu queria, na verdade nunca foi isso que eu quis. – Ela disse andando em círculos -

E: Então você chegou e estava tudo bem, até você começar a sair com ele, mas você não podia por que ele é somente meu! Mas como você é ou era minha amiga eu deixei passar, até você continuar saindo com ele, e não saber responder se vocês eram somente amigos. Mas como eu disse ele É SÓ MEU! Então comecei a te dar dicas para se afastar dele...

K: Pera; Foi você quem...

E: Sim, eu que contratei o homem para bater no carro do Austin, eu que atirei no prato para ele quebrar, e não você que o bateu na pia, eu que mandei o mesmo homem avisar, ou melhor, relembrar o Greg que ele é só MEU, mas pelo visto nada adiantou, e nada impediu você.

Eu estava em choque, como que a pessoa em que eu confiei desde que cheguei em Londres podia ser tão diferente do que eu achei que era. Emily, sempre esteve do meu lado, e eu sempre achei eu podia confiar nela, do mesmo jeito que eu achei que a conhecia, mas eu estava totalmente errada. E ela havia feito isso tudo só por causa de ciúmes?

K: Mas por que somente comigo?

E: Como você é boba Kamilla. – Ela disse rindo sarcasticamente – Você acha que foi a única “amiga” do Greg depois que terminamos?

Eu fiquei com medo do que ela falaria depois. Se haviam tido outras, o que ela havia feito com elas?

E: Pois então, as outras digamos que tiveram um fim pior do que o seu.

Fim? Meu Deus o que ela havia feito com as outras meninas? Minhas pernas ficaram bambas e eu só queria sair correndo dali desesperadamente, para casa, eu só queria ir para casa nesse momento. Pensei em minha situação, com medo da pessoa que eu julgava ser minha melhor amiga, que eu julgava ser somente uma indefesa e doce menina.

K: O-o que vo-você fe-e-z com a-as outra-a-as? – Engoli em seco com medo da resposta –

E: Ah... – Ela disse andando para longe, se se agachando – Digamos que elas estão em um lugar melhor, e não podem mais me impedir de ficar com Greg – Então ela pegou o estilete na mão e veio lentamente em minha direção –

K: Você matou meninas inocentes por causa de ciúmes?

E: Agora que você entendeu?

É eu realmente não conhecia mais a Emily, que pelo visto era uma menina idiota que achava que matar era engraçado e que era uma brincadeira que ela poderia fazer com qualquer uma. E por causa de ciúmes! Será que ela estava dizendo isso por causa das drogas e do álcool, ou porque era realmente verdade?

K: E o que você vai fazer com esse estilete? – Disse baixo apontando para o objeto de prata em sua mão –

E: Impedir você de atrapalhar minha relação com Greg. – Engoli em seco. Quando aquelas palavras saíram da boca dela eu fiquei em choque, meu corpo todo ficou dormente; Será que era mais um pesadelo meu? –

Fui lentamente dando passos para trás na direção da porta enquanto ela dava passos em minha direção, ainda sem desgrudar meus olhos dos dela.

Então foi aí que eu previ meu fim, ela saiu correndo em disparada, me fazendo correr também, para fora do prédio. Continuei correndo pela calçada, enquanto ela se aproximava, eu estava totalmente desesperada, nunca tinha acontecido isso comigo minha vida inteira, e eu já havia passado por muita coisa. Então comecei a abrir minha bolsa, que tinha cadernos e folhas, que foram ao chão, e pelo visto minha ideia boba tinha dado certo, ela havia escorregado, e isso meu fez sair em disparada, pelas ruas.

Saquei meu telefone enquanto tentava discar qualquer número, ainda desesperada, olhei para trás e não a vi, mas continuei correndo, estava muito assustada para parar, então foi quando eu vi o prédio de Harry. ALELUIA! Alguma coisa tinha que dar certo para mim nesse dia, então olhei para trás mais uma vez e a vi virando na esquina. Nossos olhares se encontraram e ela começou a correr MUITO rápido.

Parei derrapando na entrada do prédio e toquei o interfone bruscamente várias vezes, e o porteiro que já me conhecia abriu o portão, então fui em disparada na direção das escadas, por que o elevador eu tinha certeza que iria demorar para chegar, ouvi o porteiro gritar alguma coisa, mas não dei ouvidos e subi as escadas euforicamente. Não sabia como tinha aguentado correr tanto, pois o caminho da minha casa até a de Harry era de oito quadras.

Então quase arrombei a porta, que por sinal estava aberta, todos os meninos estavam lá, e seus olhares rapidamente se dirigiram a mim, que comecei a trancar a porta. Ainda ofegante me virei para eles e deixei-me escorregar encostada na porta até o chão, onde comecei a pensar sobre o ocorrido e chorar.

H: Hey Káh, o que aconteceu? Por que você está assim? – Ele disse se aproximando de mim, assim como os outros –.

K: E-eu, a-a E-emily... –Estava soluçando muito e não conseguiria explicar para eles que a Emily, menina que eles “conheciam” e amavam era uma assassina e queria me matar, por causa de ciúmes –.

J: A Emily... –

John perguntou me olhando confuso e antes que eu pudesse responder, comecei a escutar alguns gritos lá fora então me desencostei da porta que der repente começou a tremer, pois estava sendo empurrada e chutada, e a maçaneta estava sendo virada de um lado para outro rapidamente. Droga, o porteiro também a conhecia, e é claro que a havia deixado entrar.

E: Kamilla sua vagabunda eu sei que você está ai dentro, acha que só uma porta e seus amiguinhos idiotas vão te proteger?– Ela disse gritando e chutando a porta e a maçaneta –

Os meninos arregalaram os olhos e se viraram para mim, – que chorava em silêncio – agora assustados.

P: TPM?

Paul o idiota de sempre com seus comentários idiotas de sempre, fez todos bufarem fuzilando-o, que ao levantar as mãos em gesto de inocente levou uma almofada na cara, obra minha, que dei um grande sorriso sarcástico e recebi em troca uma careta.

K: Você tá achando que isso tudo é brincadeira? – Antes de ele responder eu disse – Pois não é.

A porta foi chutada mais algumas vezes.

A: O que aconteceu Káh?

K: Sinceramente Au, até agora nem eu entendi direito. – Disse fazendo beiço, olhando para baixo e jogando minha bolsa no chão–.

Rapidamente senti braços ao meu redor, e retribuí o abraço, afundando minha cabeça no ombro de Austin, que apoiou o queixo em minha cabeça. E der repente o abraço de duas pessoas virou um abraço comunitário, e todos os meninos se juntaram ao abraço. Mas como sempre, alguma coisa tinha que estragar o momento, ou melhor, tínhamos que voltar para a realidade.

Um grande barulho veio da porta, fazendo com que todos nós em um impulso, nos separássemos e olhássemos na direção da mesma. O canivete da Emily, havia sido fincado com tremenda força na porta, de modo com que ele a atravessasse. Arregalei os olhos ao vê-lo ali, assim como os meninos. Aquela menina estava realmente maluca.

K: Eu preciso de um telefone. AGORA! – Gritei fazendo com que os meninos parassem de olhar para a porta e procurassem, um -.

H: Aqui! Achei um! – Harry gritou e me jogou o aparelho, que se espatifou no chão, antes de sequer tocar minha mão, me fazendo soltar uma gargalhada -.

P: Ei! Esse era o meu celular!

K: Agora já era! Eu preciso de outro rápido!

H: Foi mal Paul! – Ele disse fazendo Paul bufar –

J: Aqui! – John disse correndo em minha direção e me entregando um –

Disquei rapidamente os números, e o telefone começou a chamar, ninguém atendia, e cada segundo que se passava parecia uma eternidade, até que...

O: Alô?

K: Senhor eu preciso de ajuda! É uma emergência! – Eu disse rapidamente -.

O: Se acalme moça, qual é o endereço? Precisa de alguma ambulância?

Passei o endereço de Harry, e ainda tive de explicar que não havia ocorrido nenhum acidente/assassinato, mas sim que eu estava presa dentro do apartamento com mais quatro pessoas, com uma psicopata rondando a porta. Sim, uma psicopata. E até o homem entender que era uma emergência e que ele já deveria ter mandado alguma viatura, foi mais uma eternidade. Quando finalmente terminei a ligação, uma pergunta havia se formado em minha mente.

K: Vocês acham que a Emily escutou a ligação e foi embora? – Perguntei baixinho com medo dela ainda estar do outro lado –

John se aproximou da porta e olhou pelo olho-mágico.

J: Não tem nenhum sinal dela.

Ele então começou a destrancar a porta.

K: Não! Você tá doido? – Andei até ele, e o empurrei voltando a trancar a porta –

P: Ela pode estar escondida, do lado da porta, e ai quando você abrir...BU! – Paul disse colocando as mãos nos meus ombros, por trás e me dando um empurrão, o que me fez gritar e sair correndo, fazendo os meninos caírem no chão de rir –

K: Isso não tem graça! – Disse cruzando os braços e arqueando as sobrancelhas -.

H: Do seu ponto de vista não tem mesmo! – O-respondi com um sincero dedo do meio. Sim, eu te amo Harry. –

A: Paul, eu acho que não é a Emily que está de TPM hoje. – Ele disse em meio a gargalhadas, passando o braço por meus ombros –

K: Vocês são muito chatos sabia?

Então todos vieram para cima de mim, me abraçar, mas levaram foi tapas.

K: Agora eu não quero abraço de ninguém!

Enquanto eles ainda rolavam de rir, alguns gritos foram escutados do lado de fora. Então eu arregalei os olhos e os meninos na hora pararam de rir e se levantaram, ficando do meu lado, todos nós em silêncio, então ouvimos mais e mais gritos, e alguns barulhos abafados que pareciam mais chutes.

Eram duas vozes, uma fina e de mulher que eu julgava ser de Emily, e outra grossa, era de um homem. Podia ser um dos ajudantes e Emily, podia ser um policial, mas eu não havia escutado nenhuma sirene. As vozes falavam rápido, e alto, algo que eu não conseguia distinguir, mesmo tendo me acostumado com o sotaque britânico.

A campainha soou então nós todos nos entreolhamos, e esperamos alguém ter coragem de atender a porta, ou melhor, de chegar perto da mesma. Ouvimos o barulho agudo novamente, e algo que me vez relaxar por dentro e por fora.

O: Abram a porta! É a polícia! – A voz grossa disse -.

Então eu dei um passo para frente, e os frangos ficaram me olhando, ainda parados no mesmo lugar. Continuei andando devagar em direção à porta, e parei para olhar no olho mágico, era mesmo ele. Virei a cabeça para trás, balançando-a, confirmando aos meninos que era mesmo o oficial. Comecei a destrancá-la, agora mais rápido, porque sabia que não era nenhum estranho.

K: Sim? – Perguntei baixo, quase sussurrando –.

O: Você foi a mulher que fez a ligação há alguns minutos atrás?

K: Fui eu sim. – Respondi ainda baixo, olhando para o chão –.

O: Tem mais alguém ai com você?

Balancei a cabeça, abrindo mais a porta, para que o oficial pudesse ver os meninos, que deram um aceno tímido.

O: Bom... – Ele disse analisando o canivete manchado de sangue, fincado na porta – Você conhece esta menina? –Ele disse agora olhando para mim, e apontando para o lado.

Coloquei a cabeça para fora e vi Emily, que estava algemada, ainda se debatendo, sendo segurada por mais dois outros oficiais, no fim do corredor.

K: Sim... Nós todos conhecemos ela. Ela é... Era minha amiga. – Disse com a voz um pouco trêmula –

O: Bom, eu vou precisar que vocês todos me acompanhem até a delegacia – Ele disse apontando para os meninos, que assentiram com a cabeça –.

K: Só vou pegar minha bolsa. – Disse e o oficial assentiu e foi andando na direção dos outros dois –

Entrei no apartamento, sem fechar a porta, peguei minha bolsa no chão e os meninos pegaram seus casacos e celulares, e nós saímos e enquanto Harry trancava o apartamento, fiquei observando o canivete, ainda fincado na porta. – Que medo - Pensei sozinha.

Fomos todos na viatura, que por sinal era muito pequena para cinco pessoas no banco de trás. Emily foi em outra, com mais dois oficiais. Enquanto ninguém conversava, pude ter a chance de finalmente pensar e refletir sobre o ocorrido. Nada de mais. A pessoa que eu considerava minha melhor amiga, ou melhor, minha única amiga aqui em Londres, tinha uma segunda vida que ninguém sabia, na qual ela era uma psicopata e assassina ex-namorada ciumenta. Que ao achar que eu estava interessada em seu ex me perseguiu por oito quadras, e me prendeu dentro de um apartamento, com a intenção de me matar. Como eu disse nada de mais.

Percebi que havíamos chegado, e desci da viatura, enquanto caminhava em direção ao prédio cinza misturado com azul, senti uma mão em volta do meu pescoço.

J: Não se preocupe, vai ficar tudo bem. – Ele sussurrou no meu ouvido, me fazendo ficar com arrepios –.

Assenti com a cabeça e passei minha mão em sua cintura, e até chegarmos ao prédio ficamos assim, e se eu disser que não havia gostado era mentira, pois eu havia. E muito.

Eles levaram a Emily para uma sala e a primeira a ser interrogada fui eu, senti um frio imenso na barriga, não sei por que, e me levantei da cadeira, mas antes de dar um passo, uma mão me puxou para baixo, e a pessoa me deu um beijo na bochecha. John. Sorri, e senti o sangue esquentando nas maçãs, e para os meninos não verem que eu estava corando saí dali rapidamente. O frio na barriga havia sumido.

A sala era totalmente branca, com o chão revestido de azulejos, e o teto com algumas rachaduras, havia uma janela grande, e na frente dela uma mesa, branca também que de um lado havia uma cadeira, e do outro, duas. Emily estava sentada em uma das cadeiras, e do outro lado o mesmo policial. Sentei-me ao lado dela, mas me sentei bem na ponta da cadeira.

E: Pode chegar mais para o lado, eu não mordo.

K: Mas, mata. – Falei fria e séria.

O policial percebeu a tensão na sala, e decidiu fazer o interrogatório com uma pessoa de cada vez. –Já devia ter feito isso de primeira – Pensei sozinha. Então depois de ser levada para fora, ele voltou para dentro e se sentou em seu lugar.

Acomodei-me melhor na cadeira e comecei a falar para ele tudo que havia ocorrido, incluindo antes de hoje, o modo como ela vinha agindo, sobre o acidente, que ela havia ido falar com o homem, que o homem havia aparecido novamente, e que supostamente ele fora contratado por ela, contei de Greg, que depois teria que fazer depoimento e ser interrogado. Também contei sobre hoje, sobre as drogas, o álcool e sobre tudo o que ela havia me dito. E ele foi anotando algumas coisas e me escutando com atenção. Acho que tinha ficado aqui pelo menos uma hora. Levantei-me e saí dali, em direção aos meninos, que ainda estavam nos mesmo lugares, no saguão. Paul dormia no ombro de Austin – Ownt – que estava lendo uma revista. Harry estava mexendo no celular e John escutando música. Todos olharam para cima quando me aproximei.

J: Como foi? – Ele disse tirando os fones –

K: Eu só disse o que sabia. E o que ela me contou. – Falei me jogando na cadeira –

J: Você parece cansada.

K: E estou... Aqui só tem cadeiras duras? – Ele deu uma risadinha –

A: Agora você vai contar tudo para a gente.

K: Ah não meninos! Eu vou ter que falar tudo de novo? Perguntem para o oficial!

A: Mas ele não vai dizer! – Austin disse choramingando, fazendo beiço –.

K: Então eu conto depois, mas digam a ele que eu não disse nada, e que vocês também não sabem de nada certo? – Eles assentiram –

J: Por quê?

K: Porque ele acha que vocês sabem de tudo, desde o que ela me disse lá em casa.

H: E o que ela disse?

K: Eu conto depois!

H: Calma bravinha! - Ele disse rindo –

K: Desculpem meninos, eu só estou cansada e confusa com essa história toda.

A: Tudo bem. – Ele disse sorrido, então voltou a ler a revista –.

Encostei a cabeça no ombro de John, que passou o braço por meus ombros, me aninhando. Roubei um fone de ouvido dele, e comecei a escutar uma música que reconheci como Yellow do Coldplay. Então só fiquei lá observando o tempo passar, enquanto um por um, os meninos entravam e saiam da sala. Quando John, que fora o último finalmente voltou, Paul que todos achávamos que estava dormindo levantou da cadeira com um pulo e gritou de animação:

P: FINALMENTE!

Fazendo todas as pessoas que estavam no saguão da delegacia levantarem a cabeça na direção dele, algumas assustadas, tipo eu e algumas irritadas, tipo Emily, que somente revirou os olhos e voltou a se concentrar no... Teto (?).

P: Vamos! Vamos! – Ele disse me puxando da cadeira –

K: Vamos para aonde? – Eu disse rindo –

P: Vamos embora! Finalmente! Vamos Kam’s!

A: Eu acho que não podemos ir ainda Paul. – O sorriso dele desapareceu, e ele se sentou novamente na cadeira, emburrado –.

K: Ele parece uma criança – Eu disse olhando para ele e rindo –

A: Ele não parece, ele é. Um bebezão. – Nós ficamos conversando e rindo, até que o policial apareceu –.

K: Já podemos ir oficial McKenna?

O: Já, vocês estão liberados, mas a sua... A senhorita Edwards deverá permanecer aqui.

K: Ela vai ser presa? – Perguntei com medo da resposta –

O: Não exatamente, ela vai ficar sob observação até o outro menino vir fazer depoimento amanhã, e então decidiremos isso.

K: Tudo bem, obrigada.

Quando saímos do prédio eu já estava exausta e Paul pulava por ai (?) feliz da vida, menino sortudo.

J: Que outro menino que vai fazer depoimento?

Logos todos os meninos, curiosos começaram a prestar atenção na conversa.

K: O Greg, aquele que você conheceu outro dia quando estava indo na lanchonete com Harry.

H: Sei, e o que ele tem haver com a história?

K: Ele era ex-namorado da Emily.

J: Ah tá.

P: Ei gente, vamos comer alguma coisa?

K: Vamos! Estou morrendo de fome!

A: Achei que você estava cansada. – Ele disse junto de uma risada irônica –

K: Mas eu não vou dormir com fome! – Que desculpa esfarrapada , com um dia daqueles eu não iria dormir de qualquer jeito -

H: Mas onde vamos comer a essa hora da noite?

Então foi ai que me dei conta de que eram meia noite e quarenta e cinco.

J: Vamos para o único restaurante aberto uma hora dessas! Mc Donald’s!

Então nós saímos correndo que nem doidos até o estacionamento, e foi quando eu percebi que não tínhamos vindo de carro, e sim de viatura.

A: Cadê o carro?

K: A gente veio de viatura meninos.

H: A casa de alguém é perto?

P: Se a gente ao menos soubesse onde estamos.

K: Nós estamos no estacionamento da delegacia! – Disse rindo –

P: Em que rua né? Em que parte da cidade? Melhorou Kamilla?

K: Muito.

J: Estamos na King’s Road.

K: É perto da sua casa Paul.

A: Então vamos para lá, e de lá pedimos Mc Donald’s!

P: Nem para eu convidar vocês não é?- Então começamos a rir e ir na direção da casa de Paul –

Quando chegamos lá, joguei minha bolsa no chão e me joguei no sofá, enquanto eles me observavam atentos.

P: Sua educação me comove Kam’s.

K: Olha quem fala! Não fui eu que cheguei bêbada na sua casa e quebrei o abajur. –Lembrei-lhe do acontecimento na noite do baile -

Os meninos riram e ele saiu para fazer o pedido.

A: Chega pra lá sua folgada, eu quero sentar e não tem outro sofá aqui.

K: Tem um tapete, ninguém mandou você ser lerdo.

Então ele me olhou com raiva e foi para a cozinha, mas der repente voltou correndo e pulo em cima de mim.

K: Sai de cima de mim seu gordo! O que você foi fazer na cozinha? Comer mais para se jogar em cima de mim?!?!

John, Paul e Harry só riam da situação, até que...

H: Montinho na Káh!

K: Não, não vocês são...

Eu nem tive tempo de terminar minha frase e já tinha sido enterrada por um monte de gordos, e eu não tinha força o suficiente para empurrá-los, nem conseguia ver a luz da sala mais. Até que finalmente...

P: Você ainda está viva?

K: Claro que sim né seu idiota! – Abri os olhos dando um peteleco na sua cara –

A: Agora você vai chegar pra lá? – Dei espaço para eles se sentarem, em silêncio –.

A: Obrigada. – Ele disse sarcástico –

Logo o lanche chegou e nós comemos, e como sempre, uma guerra de fritas teve de ser realizada. Fomos assistir a um filme qualquer, mas logo os meninos dormiram, o que me deu chance de repensar o longo dia que tive.

Bom, eu sonhei com John, e com essa confusão toda do dia havia me esquecido desse detalhe, desse pequeno grande detalhe. Então memórias do baile vieram na minha mente, na verdade somente uma:

“J: Kamilla...

K: Sim?

J: Eu te amo.

K: Eu sei Johnny, também te amo.

J: Não Kamilla, eu te amo de verdade!”

Aquele momento, por mais que John estivesse bêbado, foi importante e com certeza significava algo para mim, é o que eu mais temia estava acontecendo, eu poderia mesmo estar me apaixonando. Mas será que ele me via de uma forma diferente de amiga? Tentei expulsar esses pensamentos de minha cabeça, e pensar somente em Emily... E na confusão que ela tinha me metido, ou melhor, na confusão que ela havia se metido.

Só de pensar que ela estava no meu apartamento enquanto eu dormia, coisa que normalmente não me assustaria, agora assustava, e muito. Por que ela era assim? Ainda mais por causa de uma coisa tão boba... Greg vai ficar tão surpreendido quanto eu quando souber do ocorrido. Eu realmente havia perdido minha única amiga aqui em Londres, minha melhor amiga.

Depois de muito tempo consegui dormir, mas parecia que nem nos meus sonhos eu estaria segura.


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Notas finais do capítulo

Então... O que acharam? Emily eim? Quem diria u.u
Espero que deixem reviews pelo maior capítulo que escrevi! Por favor! Eu imploro! haha #desesperada :/
Espero que tenham gostado!
Viram a one-shot que eu escrevi? SE não o link tá aqui, e dá no máximo 5 minutos de leitura, então se vocês puderem :)
http://fanfiction.com.br/historia/301478/Mariana/
Twitter ----> @juhh_goomes
Beijoocas
xxJuhxx



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