Que Chegue Até Você. escrita por L-chan_C-chan


Capítulo 15
Parte XV – Proibido.


Notas iniciais do capítulo

Yooo, minna-san! Hoje é aniversário da tia Candy! Dezenove anos, muito obrigada. :3
E adivinhem só~?! Eu passei o dia em casa, escrevendo o capítulo pros meus lindos leitores!
Pois é! O aniversário é meu e o presente é de vocês! u.u
Como eu prometi, devo postar uma maratona, já que vou viajar quarta-feira que vem! Estou com todo o gás, então preparem-se! :D



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Parte XV – Proibido.

O caminho para o clã Hyuuga nunca tinha sido tão longo. Nem mesmo quando voltara à Konoha depois de anos. Mas aquilo era de se esperar. Afinal, quando voltou à sua cidade natal após a morte de sua mãe, o que esperava por Hinata era o desconhecido. Agora, entretanto... Ela sabia exatamente o que a esperava.

Hiashi permaneceu silencioso pelos longuíssimos sete minutos, que pareciam mais cinquenta. Sua expressão era rígida, e estava tão furioso que sequer pôde manter a expressão indiferente de sempre. Hina fitou o chão por toda a viagem, e quando chegoaram à residência Hyuuga, ela se perguntou se queria mesmo que o caminho passasse rápido.

O pai foi o primeiro a descer do carro, e não precisou mandá-la acompanhá-lo. Juntos, adentraram na casa principal, e mesmo com o olhar de estranhamento de Neji e Hanabi, seguiram em silêncio até o escritório do senhor Hyuuga.

Hiashi se sentou no seu lugar de sempre, e olhou para a filha como se a convidasse para se sentar também. Hina obedeceu, como sempre, e com os punhos cerrados sobre o colo, olhou fixamente para o rosto do pai, embora evitasse as pérolas parecida com as suas, só que mil vezes mais frias. – Você pode começar a explicar. – Ele ordenou.

–... Explicar o quê? – Ela tentou erguer os olhos na direção dos do pai, mas se arrependeu no mesmo instante. Ele definitivamente tinha algum poder sobre as reações da filha, pois assim que o fitou, sentiu a espinha congelar. – Eu e o Naruto-kun estamos namorando, como pôde ver... – Todo o esforço que fazia para não gaguejar não parecia convencer o pai. – Ele é um bom rapaz, papai... Ele ajudou na minha adaptação e-...

– “Bom rapaz”?! – Hiashi bufou. – Sei bem quem é Naruto Uzumaki. Mais de uma vez, Hinata... Mais de uma vez, vi aquele rapaz se agarrando com raparigas da sua idade, nas ruas, no meio do mato... Aquele garoto não tem o menor pudor! Não tem a menor decência! – Hina não pôde evitar o comentário em sua mente, um comentário idiota como “não se usa mais o termo ‘rapariga papai’”, mas ela fez questão de não expressar a nota em voz alta.

Ela sabia bem do passado de Naruto, e mesmo que isso tirasse toda a sua confiança, mesmo que isso a magoasse profundamente, estava decidida a passar por cima de tudo para ficar ao seu lado. Mas mesmo que pudesse passar pelo passado dele... Mesmo que pudesse passar por tantos obstáculos, não sabia o que fazer agora. – Você vai parar com essa pouca vergonha agora mesmo. – O pai falou resoluto. – Se eu sonhar que você e esse moleque estão se agarrando de novo, vou mandá-la de volta para Kyoto. Sozinha. – Deu ênfase na última palavra, e viu o rosto de sua filha empalidecer.

Sozinha...?! Se fosse há um ano, ela não estaria tão triste. Se ele tivesse dito aquilo assim que ela chegou à vila, ela definitivamente faria de tudo para voltar para a cidade em que passara a maior parte de sua v ida, mas sozinha...?! Aquilo era impensável! Inconcebível! Como poderia deixar a tão querida e amada irmã de lado?! Como poderia ignorar o fato de Hanabi odiar ficar sozinha, e odiar o clã Hyuuga. Deixá-la seria o mesmo que assinar seu certificado de ódio.

Baixou a cabeça e teve que se segurar para não chorar. Lentamente, assentiu em concordância. – É muito bom mesmo. – Ouviu o pai falar, desta vez, mais tranquilo. Com um suspiro profundo, Hiashi colocou sua pasta de negócios sobre a mesa de trabalho, e de lá retirou alguns papeis. – Saia. E quando sair peça para Neji entrar.

– Sim pai. – Ela se levantou, e tristonha saiu do escritório. Assim como havia sido mandada, chamou o primo e avisou-o do ocorrido. Mesmo que Neji quisesse ser castigado assim como ela, já que havia contribuído com o namoro de Hina com Naruto, a prima implorou tanto para que ele não fizesse que o Hyuuga acabou por aceitar.

Aquelas semanas foram terríveis. Hiashi fez questão de adiar a viagem de negócios para vigiar a filha e o sobrinho, pois mesmo que ambos garantissem que ele não tinha nada a ver com nada, ele ainda estava desconfiado. Afinal, o cabeludo era inteligente demais para deixar um namoro com o exibicionista numero um da vila passar despercebido.

Quando as aulas foram retomadas, Hina sequer se aproximou do namorado, e mesmo ele não tinha coragem de conversar com ela em publico... Mas onde conversar, então?! Hinata não olhava mais para seus olhos, e mesmo que Neji sinceramente lamentasse pela prima, também não fazia questão de ajudá-los.

Eles não podiam falar em publico, mas também não podiam se encontrar em particular, nem em horário de aula, nem nas horas livres, já que o patrono dos Hyuuga parecia não fazer muita questão de voltar à Tóquio.

Mesmo que Minato pedisse e insistisse, ele simplesmente negava, alegando que as filhas precisavam dele ali. E foi quando a primavera enfim chegou que eles – Naruto e seus amigos – viram a oportunidade perfeita.

As últimas provas já tinham se passado e ao que parecia todos, até mesmo Naruto, estavam aprovados sem dependências. Era fim de março, e o aniversário da monitora se aproximava. Como é o dever de um bom namorado e de uma melhor amiga, Sasuke e Ino estavam planejando, juntos, uma festa surpresa de aniversário para a Haruno. E enxergando as melhores oportunidades para que Hina e Naruto se acertassem, Ino convocou a amiga para ajudar nos pratos. Como Hiashi surpreendentemente se orgulhava da amizade da filha com a órfã Haruno, permitiu que ela fosse depois da loira garantir que Naruto não estaria lá – uma mentira da qual ela jamais se arrependeria de ter contado, não depois da alegria do Uzumaki ao saber da notícia.

Quando o dia 28 de março chegou, todos os amigos mais íntimos de Sak estavam na casa dos Uchiha – que a propósito, com exceção de Sasuke, estavam todos juntos em Okinawa. O filho mais jovem de Mikoto era o encarregado de ocupar a namorada enquanto Ino, Hina e Kiba faziam os últimos preparativos – embora todos os convidados já estivessem lá. Todos cantaram quando a rosada entrara na casa, e ela, constrangida e feliz, abraçou-os e agradeceu. Foi uma festa divertida para a maioria das pessoas, menos para a Hyuuga, que mesmo orgulhosa por seu papel de amiga, não conseguia deixar a tristeza de lado.

Sentada no sofá, na mesma sala em que ela e os amigos haviam estudado tanto para as provas de meio ano, revivia as doces lembranças mentalmente, e apenas mentalmente. Naruto não estava na festa, e todos estavam tão concentrados na aniversariante que ela se sentia livre para mostrar-se nostálgica. – Hinata! – Ouviu Sasuke chamá-la de repente. – Desculpe pedir isso, mas... Eu comprei um presente especial para Sakura. – Murmurou baixinho. – Mas quero fazer uma surpresa. Se eu subir agora ela vai perceber... Pode ir lá em cima pegar no meu quarto? – A morena corou com a ideia de entrar no quarto de um rapaz, ainda mais um rapaz popular como Sasuke era, mas concordou em nome da amizade. – Subindo as escadas, é a segunda porta á direita. – Avisou assim que ela se levantou, e discretamente, a morena subiu as escadas da casa, hesitante e envergonhada.

O corredor era longo e cheio de portas – não tantas quantas no clã Hyuuga, mas muitas para ela achar exagerado. Assim como o colega havia instruído, ela entrou na segunda porta à direita.

O quarto de Sasuke era estupidamente organizado – ainda mais que o de Neji -, mas ela não perdeu tempo e seguiu para a escrivaninha, julgando ser o melhor lugar para se guardar um presente. Estava abrindo a primeira gaveta quando ouviu, em suas costas, uma voz triste. – Você demorou... – Reconheceu imediatamente, e se virou assustada. Naruto coçou a nuca, constrangido. – Precisávamos de um lugar reservado, então eu pedi ajuda ao Sasuke. – Ela sentiu o rosto enrubescer, e o coração disparou quando foi abraçada. – Eu senti sua falta... – Ele murmurou sincero, e ela encolheu.

Não podia... Não devia... Exato! Ela não podia fazer aquilo! Não podia ignorar as ordens do pai, não devia estar ali com Naruto!

Esquivou-se desajeitadamente dos braços do loiro e sem dizer nada, seguiu para a porta. Obviamente, ele segurou seu pulso antes que ela pudesse fugir. – Ei! – Exclamou surpreso. – O que está fazendo? Ninguém pode nos ver aqui, não tem que se preocupar. – Ela negou com a cabeça.

– Eu não posso ficar perto de você! – Aquilo doeu. Tanto ao ser dito, quanto ouvido. Ainda assim, ela prosseguiu. – Não podemos ter mais nada, então vamos acabar com isso de um jeito que ninguém se magoe! – “Há não ser eu, claro”, adicionou mentalmente. Mas, para sua surpresa, foi mais uma vez abraçada. Agora mais forte.

– O que está dizendo?! – Pôde sentir a irritação na voz do amado. – Está dizendo que não me quer mais? – Ela sentiu o rosto enrubescer, e as lágrimas encherem os olhos. Negou com a cabeça, incapaz de uma mentira daquelas. – Então por que...

– Não posso! Meu pai me manda de volta pra Kyoto! Se ele me mandar de volta, eu vou ficar longe da Hanabi, longe dos meus amigos... Longe de você! Eu não vou aguentar isso! – Os punhos do rapaz se cerraram, e ele a soltou.

– Então é assim?! A primeira ameaça do seu pai e você quer acabar tudo?! – Mesmo que soasse furioso, estava magoado. – Se era assim que você ia se comportar, como uma menininha covarde que só tem corpo e idade para tomar suas próprias decisões, não devia nem ter começado com isso! – Ela recuou assustada. – Que droga Hinata! – Ele exclamou, mais alto do que o necessário. – Sabíamos que ele ia proibir, não é?! Sabíamos que ele ia fazer algo, mas eu realmente achei que você me amasse o suficiente para dar um basta no seu pai! – Ela baixou os olhos, tristonha. Ainda segurava as lágrimas, assim como ele.

Naruto sentou-se sobre cama de Sasuke, derrotado. Sentia seu coração tão dolorido, se não mais, do que na época em que Sakura rompera o relacionamento tão curto. Estava a ponto de gritar, a ponto de quebrar todo o quarto do melhor amigo, mas não o fez. Não por medo de Sasuke surrá-lo – o que ele certamente faria se Naruto agisse com aqueles impulsos – mas por cuidado para não assustá-la mais do que Hina já devia estar.

Estava com o rosto escondido pelas mãos, rosto baixo que encarava o chão fixamente, quando sentiu as mãos suaves tocarem as suas. Ergueu os olhos azuis e lá estava ela, com uma expressão tão triste quanto a dele. Ajoelhada em frente ao corpo do namorado; ergueu os braços para enlaçar o pescoço do Uzumaki, de modo que se abraçaram por longos minutos, minutos que puderam acalmar o coração de ambos. Ele a ergueu do chão com facilidade, e a deitou sobre a cama grande; sem pedir permissão, beijou os lábios róseos que saudosos, que retribuíram de bom grado. Os longos beijos quentes e a necessidade fizeram com que o Uzumaki sentisse liberdade suficiente para carícias mais ousadas do que as normais. E Hinata, que sentia tanta necessidade de ser amada quanto ele de demonstrar seu amor, permitiu. Não apenas as carícias... Mas os beijos ousados, os apertões constrangedores e o amor desejado por ambos. Amor que, a propósito, renderia belos puxões de orelha de Sasuke mais tarde, mas que valeriam a pena, assim como a dor de Hinata, e o sangue nos lençóis favoritos do melhor amigo do Uzumaki.

~

– Não acredito que transou com a Hinata na minha cama. – Ouviu o amigo reclamar mais uma vez.

– Só está irritado porque ganhamos de você e da Sakura-chan. – Naruto murmurou sorridente. Estava emanando felicidade desde que o fim da festa de Sakura, por motivos óbvios, segundo o pensamento de Sasuke. O caçula dos Uchiha, após perceber a bagunça que aqueles dois pervertidos tinham feito em seu tão precioso quarto, fez questão de bater na porta dos Uzumaki, mesmo em plena madrugada, e obrigou Naruto a abrigá-lo. Mesmo que o loiro merecesse dormir no chão depois de ter acabado com seu conjunto de cama favorito, o Uchiha se recusou a dormir na mesma cama onde Naruto geralmente fazia orgias em seu tempo de garanhão. – Além disso, só paguei na mesma moeda. – O moreno bufou ao ouvir a desculpa.

– Sorte sua que ela é silenciosa. Se tivéssemos ouvido qualquer coisa da sala, Sakura provavelmente entraria lá e arrancaria seus testículos. – Viu o amigo fazer uma careta, e riu. – Então... O que resolveram? – Naruto deu os ombros.

– Vamos continuar nos vendo às escondidas. Ela disse que o pai vai viajar logo, então... – Mas então ele suspirou. – Sabe, não gosto de fazer as coisas desse jeito. Não entendo porque aquele velho não me deixa namorar a Hina... Sou bonito, rico e passei de ano facilmente! – Sasuke ergueu a sobrancelha esquerda após o “facilmente”. – Ele não devia ao menos reconsiderar?!

– Hiashi só deve querer evitar que Hinata seja contaminada com alguma doença venérea. – Murmurou enquanto se virava para o lado oposto do amigo, preparando-se para dormir. Naruto revirou os olhos.

– Sabe bem que eu me cuidava. – Mas o Uchiha deu os ombros.

– Vamos dormir garanhão. Amanhã vai ter que pedir permissão ao Neji, então é bom repor as energias que perdeu essa tarde.

–... Eu amo ela... – Concluiu meia hora depois, rompendo um longo silêncio. E foi respondido com uma almofadada na cara.

~

Após o fim do ano letivo, Hiashi decidiu deixar Konoha.

Era o fim da tarde quando terminou as malas. A família acabara de voltar da cerimônia de encerramento, e Neji mal havia se formado e já tinha sido convocado para uma reunião antes da partida do tio. Segundo o primo, Hina soube que estava terminantemente proibida de receber quaisquer visitas masculinas, e que ele deveria ficar de olhos bem abertos no menino Uzumaki.

Claro que, àquela altura do campeonato, Neji já tinha tomado consciência de que a prima só seria feliz se ficasse ao lado de Naruto. Por isso, fez questão de ignorar as ordens do tio, e pedindo para que ela fosse cautelosa, permitiu que eles tornassem a sair juntos. Claro que toda aquela liberdade jamais seria fornecida caso ele soubesse que o maldito loiro já havia violado sua não mais tão inocente prima. Muito menos se ele soubesse que sua ajuda serviria para que eles continuassem com aquilo, que era uma pouca vergonha aos olhos de qualquer Hyuuga.

As férias foram muito bem aproveitadas para o jovem casal, e as poucas semanas de descanso foram muito literalmente cheias de amor.

Tanto amor era demais para o melhor amigo de Naruto, que passaria suas férias da primavera carente de carinhos, tudo graças a uma viagem da namorada, que visitaria faculdades na capital. Mesmo que Sasuke quisesse ter ido, teve a viagem surpreendentemente vetada pelos pais, e ele jamais teria sabido o motivo se naquela tarde, após sair com Naruto e a namorada e se estressar com tanto romance, voltou para casa mais cedo e flagrou uma incomum discussão entre Itachi e Fugaku.

Uma discussão que ele concluiu ser séria após ouvir os berros frustrados do irmão, que dizia com todo fervor: “Não vou permitir que façam algo assim!”. Afinal, Itachi era a tranquilidade personificada, e era quase milagroso vê-lo naquele estado, tão furioso. – É tudo pelo bem do seu irmão. – Ele se escondeu ao ouvir o pai mencioná-lo. – Sasuke tem um futuro muito promissor, e nós temos condições de mandá-lo para o exterior. Ele vai voltar um advogado formado, assim como eu sempre planejei.

–“Eu”, “Eu”, “Eu”! Você só pensa em você não é?! Eu já disse e repito: Não vou permitir que vocês estraguem a vida do meu irmão como estragaram a minha! – As sobrancelhas de Sasuke se juntaram diante a afirmação do irmão. – Vocês só mandam Sasuke pra América por cima do meu cadáver! – E concluindo, ouviu os passos pesados de Itachi subirem as escadas.

Sasuke ficou paralisado, surpreso pelo motivo da briga. Então... Mikoto e Fugaku estavam planejando mandá-lo para o exterior. Era a primeira vez em anos que o caçula via Itachi desafiar o pai, e se sentiu estranho por ser a causa daquilo.

A mãe não tardou a notar sua presença, e ele simulou sua chegada com um “estou de volta” sorridente, mas na realidade, não conseguiu deixar de pensar na discussão pelo resto do dia.

Quando as aulas no Colégio de Konoha foram retomadas, todos comemoraram por estarem na mesma sala. Agora eram todos veteranos! Estavam a um passo de ser adultos e a partir de agora, suas vidas na sociedade começariam. – Consegui um estágio no grupo Uzumaki. – Com um braço possessivamente enlaçado na cintura da namorada, Naruto se gabou.

– É, deve ser mesmo muito difícil conseguir um emprego na empresa do seu pai. – Sasuke murmurou de seu lugar – ao lado de Naruto, como sempre. As sobrancelhas loiras se juntaram.

– Sabe que meu pai não me daria um emprego assim. Ele só permitiu que eu trabalhasse porque me acha capaz.

– Ele só quer que você tenha juízo. – Mas o loiro bufou.

– Mal humor deve ser contagioso. – Ino cantarolou assim que chegou a sala, sorridente como sempre. Abraçou as velhas amigas e colegas, e cumprimentou os amigos. Sentou-se ao lado de Sakura, que por sua vez, sentava-se à frente de seu namorado, assim como Hinata. E enquanto as garotas fofocavam sobre as mil e uma novidades das férias de primavera – Hinata sobre os avanços na timidez, Ino sobre os avanços no relacionamento e Sakura sobre o interesse em prestar medicina para a Toudai* – e os garotos trocando as rotineiras farpas, como sempre faziam durante todo o ano, mal se deram conta da surpreendente nova aluna que adentrou à sala.

Mas aquela garota definitivamente não era alguém que gostava de ser ignorada. Na verdade, ela adorava ser notada mais do que tudo. E diante daquele fato, não se envergonhou ao sentar-se sobre a mesa de Sasuke, com as pernas nuas cruzadas, quase completamente a mostra pela saia curta, fato que fez todos no circulo de amigos a olharem com estranhamento, exceto Hinata, que estava mais surpresa. – Sasuke-kun! Eu voltei! – A ruiva exclamou com energia, com um sorriso grande que Sakura sentiu vontade de arrancar daquele rosto idiota.

– Karin! – Naruto exclamou surpreso, e sem vergonha nenhuma, ela se lançou nos braços do loiro.

– Meu Narutinho! – Ela cantarolou. – A Karin voltou. – Murmurou ao pé do ouvido do Uzumaki. Tomada pelo ciúme, inconscientemente, Hina se levantou, e todos olharam na direção da morena.

Diante de tantos olhares, alguns curiosos, outros incentivadores e alguns surpresos, ela só pôde desviar seus grandes orbes perolados da cena. – Eu volto logo... – Murmurou envergonhada, antes de sair as pressas da sala.

Sak se levantou imediatamente, e após lançar um olhar frustrado na direção de Naruto e Karin, seguiu a amiga até o banheiro, que era o refúgio de todas as mocinhas envergonhadas que não sabiam o que fazer. E enquanto dava passos irritadiços pelo corredor, concluiu mentalmente que, só pela presença de Karin Uzumaki, aquele ano definitivamente seria cansativo.



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Notas finais do capítulo

Toudai = Universidade de Tóquio.
~
Então pessoal, o que acharam? :3
Eu revisei só uma vez. Como sabem, a pressa é inimiga da perfeição, então desculpem-me por qualquer errinho. :D
~
Gostei muito do capítulo enquanto escrevia, espero que vocês também tenham gostado. :3
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Dúvidas? Críticas? Sugestões?! Sempre estou disposta! :D