Que Chegue Até Você. escrita por L-chan_C-chan


Capítulo 14
Parte XIV – Flagrante.


Notas iniciais do capítulo

Olá, bolinhos de arroz da tia Candy. *w*
Antes de qualquer coisa, gostaria de agradecer à SetDragon, que deu a primeira recomendação de Que Chegue Até Você! *-*
Muito obrigada, fiquei muito feliz!
Bem, eu terminei o capítulo e revisei umas duas vezes. Resolvi postar hoje porque amanhã vai ser a formatura de oitava série da minha irmãzinha, e eu tenho que marcar presença. :3



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Parte XVII – Flagrante.


– Onde você estava Hinata? – O pai perguntou mais uma vez, agora mais alto. Hina estava em choque, tão surpresa que perdera a fala. Mas tratou de recuperá-la assim que viu os orbes de pérola idênticos aos seus se estreitarem, em um claro sinal de desconfiança.

– Pai! O que faz aqui?! – Ela tentou ser o mais natural possível, mas temia que seu coração acelerado pudesse entregá-la. – Eu pensei que só voltasse depois do ano novo... – Hiashi cruzou os braços, ainda insatisfeito.

– Você não respondeu a minha pergunta. O que estava fazendo fora de casa, essa hora?! – Podia notar os olhos dele fagulhando em raiva.

– Oh... – Na sua mente, mil e uma desculpas passaram, mas ela tratou de dizer a mais convincente. – Bem, eu ajudei alguns colegas da sala nas provas... – Não era exatamente mentira. – Então me levaram pra um parque de diversões. – Ela puxou as orelhas de Minnie da bolsa, sorrindo. – Acho que queriam me agradecer. – Novamente, não era uma mentira. Tirando o plural da frase... Mas Hiashi ainda não estava convencido. – Eu nunca fui a um parque de diversões. – Desviou o olhar enquanto falava, temendo que ele captasse algum sinal de nervosismo. – Como o senhor não estava em casa, e ninguém aqui comemora o natal... Não achei que teria problemas.

– Neji permitiu que você saísse com esses tais colegas? – A cada frase, ele parecia mais desconfiado. Hinata hesitou muito, por medo de meter o primo em algum tipo de encrenca, mas assentiu quando viu que ele ficava impaciente.

– Claro que permitiu! – Ela soou ofendida. – Pelo menos não disse nada demais. – Murmurou mais baixo, e Hiashi suspirou profundamente. – Neji nii-san diz que minhas amigas são boas companhias. – Se apressou em dizer. – Sakura-san sempre fica em primeiro nos exames. – Ele ergueu a sobrancelha.

– Bem... Se Neji não tem nada contra, também não tenho. Mas que nunca mais chegue no horário que chegou hoje, entendido? – Ela assentiu, e o reverenciou.

– Desculpe por isso pai. – Pediu. – Boa noite. – Desejou antes de seguir em direção ao quarto. Seu coração estava a mil, disparava como se fosse uma bomba! Hina sequer podia acreditar que tinha conseguido enrolar o pai – e mesmo que fosse algo horrível para uma filha se fazer, ela não conseguia evitar sentir-se tão animada com o fato de conseguir manipular a verdade de tal maneira!

Foi só quando chegou ao quarto que notou o pequeno aparelho branco que havia ganhado de presente minutos atrás vibrar no bolso de sua jaqueta. Ao olhar o visor e notar três chamadas não atendidas, deu graças aos céus por Naruto tê-lo configurado para não tocar, e atendeu apressada. – Naruto! – Sussurrou baixinho para não acordar a irmã.

– Você está bem?! Ele brigou com você?! – Ela não se surpreendeu com o desespero na voz do namorado, e um sorriso nasceu por reparar a preocupação.

– Eu estou bem. – Ela garantiu, ainda com a voz baixa. – Disse que tinha saído com a Sakura-san, e ele pareceu acreditar. – Ouviu o amado rir do outro lado da linha.

– Hinata Hyuuga, a minha Hinata Hyuuga, mentindo para o pai? Isso é um pouco surpreendente. – Ela sorriu, sentindo o rosto se avermelhar. – Meu pai disse que só voltam pra Tóquio depois das festas... – Hina murmurou um “sim” muito desanimado em resposta, e eles ficaram em silencio por alguns minutos. – Parece que não vamos poder nos encontrar por um tempo. Fico feliz que tenha aceitado o celular. – Ela riu baixo.

– Praticamente me obrigou a isso!

– Bem, pelo menos assim não vamos perder contato. Você não fica feliz em saber que vamos continuar nos falando, mesmo longe? – Ela se jogou na cama.

– Sim... – Murmurou, embora não acreditasse em suas próprias palavras. Afinal, era incapaz de ficar feliz em saber que ficariam se tocar por toda aquela semana que, eles sabiam, seria muito longa.

– Eu vou ligar todos os dias, nessa mesma hora. – Ele garantiu, parecendo ler a mente da amada. – São só alguns dias, Hinata... Só alguns dias... – Mesmo que Naruto prometesse que o tempo passaria num piscar de olhos, duvidava disso.


Os feriados de natal e fim de ano chegaram. O natal foi alegremente comemorado em todos os lares da pequena vila – exceto o dos Hyuuga, que não viam a menor graça no evento. Minato e Kushina levaram os filhos até Okinawa, para comemorarem o evento na casa dos avós, Tsunade e Jiraya. Naruto passava a maior parte do tempo mandando e-mails para a namorada – que quase nunca eram respondidos – e imaginando o que ela deveria estar fazendo em dado momento.

O motivo de todo aquele silêncio pela parte da morena era que a pobre Hinata na teve tempo nem mesmo de respirar naqueles dias. Embora os Hyuuga não comemorassem o natal, Hiashi fez questão de botar todos para trabalhar na casa. Hina e Neji tiveram que reportar todos os acontecimentos dos últimos tempos em longos relatórios – embora nada tivesse realmente saído da rotina – e a moça sequer pôde fazer as receitas natalinas que a irmãzinha tanto gostava.

Os Uchiha também comemoraram, mas de maneira diferente. Mesmo que o natal fosse uma data em família, a verdade é que os filhos de Mikoto e Fugaku estavam muito grandinhos para querer passar o natal ao lado dos pais. Embora Itachi e Sasuke fossem sérios, eles não deixavam de serem homens.

Sasuke passou a noite e a manhã de natal com Sakura. Mesmo sem fazer nada que Ino dizia ser “obrigatoriamente colocado no programa de natal de um casal”, foi um momento memorável para ambos. Ficaram juntos, sentados na sacada da casa de Kakashi e Rin, com um edredom grosso cobrindo seus corpos, assistindo a um show de neve muito melhor – e mais romântico, claro – que qualquer ceia natalina.

Eles estavam degustando o maravilhoso chocolate quente feito pela tia de Sakura, conversando sobre o futuro quando juntos, trocando beijos e carícias doces quando caíram no sono. Sakura amanheceu espirrando, e mesmo que culpasse o amado incansavelmente – já que segundo ela, não a havia abraçado suficiente na noite anterior – fez questão de passar o resfriado para ele.

O ano novo foi diferente. Todos, incluindo os Hyuuga, foram até o templo de Konoha. Hina era a única garota da sua idade vestida de forma tradicional, trajava um belo quimono lilás feito de seda pura; era belamente bordado com borboletas feitas de fios de ouro. Todo aquele exagero era demais para a sempre tímida filha de Hiashi, então aquilo a envergonhara infinitamente. Diferente dela, Naruto estava orgulhoso e, mais que isso, revoltado. Afinal, a sua namorada era a mais bela dentre todas as jovens da vila, e ainda assim ele não poderia puxá-la para apresentá-la aos tão queridos avós, que estavam ali para a rotineira visita de fim de ano. Sequer podia puxá-la para roubar-lhe um beijo, e sussurrar em seu ouvido o quão linda estava... Mas mesmo que não lhe fosse permitido falar com palavras, seus olhares na direção da moça o entregavam completamente, tanto que até mesmo para o pai da garota notara, e fez questão de deixar bem claro para a filha que ela não deveria retribuí-lo – embora a mocinha conseguisse olhar na direção de Naruto vez ou outra.

Desta vez, Sasuke ficou ao lado da família e Sakura, com Ino. As meninas fizeram questão de cumprimentar Hina, mesmo que tivessem que passar por Hiashi para isso, mas para a surpresa de todos ali, o pai de Hinata não brigou, nem ofereceu olhares desagradados a ninguém. Foi educado e agradeceu às garotas por sempre cuidarem de sua filha.

Mas mesmo que tivesse tanta coragem para enfrentar Hiashi, a Haruno não conseguiu se aproximar dos Uchiha. Mesmo que ela considerasse seu relacionamento algo sério – na verdade, mais do que sério – ela não conseguia imaginar-se se apresentando aos pais de Sasuke como sua namorada. E Sasuke parecia tão disposto a apresentá-la para os pais quanto ela para ser recebida como a “nora”, pois por mais que Mikoto fosse gentil e Fugaku fosse educado, ela duvidava que eles gostassem de um relacionamento tão pouco proveitoso.

Ino, ao contrário da amiga, estava flutuando de felicidade. Havia passado a noite de natal com Sai, e como a própria tinha imaginado, havia se tornado uma mulher ao badalar da meia-noite. – Ele foi tão gentil... – Dizia à amiga. – Doeu um pouco, mas isso não importa, já que eu o amo. – Murmurava romanticamente, e tornava a murmurar as mesmas palavras de meia em meia hora.

Quando a noite caiu, e o show de fogos começou, Hinata e Neji eram os únicos adolescentes dentro de casa. A garota estava deitada em sua cama, já banhada e usando a camisola. Com o celular em mãos, olhava amorosamente para a foto do namorado, suspirando em saudades, quando recebeu o tão esperado e-mail. Sorriu ao ver uma foto sua, que ele tinha furtivamente tirado no celular, e na legenda descreveu-a como “a mais bela dentre as belas”.

“Odeio a ideia de esconder nosso namoro”, ele disse em outro e-mail. “Não faz ideia do quanto eu quis roubá-la hoje, e do quanto eu quis beijá-la”.

“Obrigada.” Ela sorria enquanto digitava. “Também não gosto de esconder isso, mas temo que ele tente nos proibir; você não conhece meu pai como eu...”.

“Ele pareceu gostar da Sakura”. Ele respondeu quase que instantaneamente. “Talvez goste de mim também; todos gostam de mim”. Ela riu.

“Meu primo não gosta de você.”

“Mas seu primo não gosta de ninguém L”. – Ela estava rindo, respondendo quando recebeu outra imagem, e suspirou quando a viu.

Era uma foto do céu, dos fogos, na verdade. Fogos que, de dentro do quarto, graças aos grandes muros que cercavam a mansão em que vivia, ela jamais podia ver. “Gostaria que estivesse aqui...”. Ela suspirou apaixonada, e assim passaram o resto da noite, trocando e-mails melosos e românticos que fariam qualquer uma das irmãs mais novas vomitarem se lessem.

~

Itachi não foi o último a chegar a casa àquela noite, mas gostaria de ter sido após ouvir o foco da conversa dos pais: o futuro de Sasuke. Como já era suficiente maduro para ouvir aquele tipo de conversa, que ele sabia que não ia gostar nenhum pouco, se aproximou da sala cautelosamente, para que primeiro pudesse saber do assunto e depois para poder enfim opinar. – Eu não gosto dessa ideia. – Ouviu a mãe falar com uma voz tristonha. – Itachi já não para em casa... Se o Sasuke for para o exterior eu vou enlouquecer! – Exclamou ela, depressiva.

– Eu sei querida, sei que odeia ficar longe deles... – Viu Fugaku envolver carinhosamente os ombros da esposa. – Mas aquele garoto é inteligente, trabalhador... Ele tem um futuro, você sabe disso. E como pais, temos que proporcionar as melhores oportunidades-... – Ele cessou as palavras assim que notou a imagem do filho mais velho em pé na soleira da porta, de braços cruzados e sobrancelhas juntas. – Pensamos que fosse demorar Itachi.

– Que droga vocês estão falando?! - Mikoto se encolheu nos braços do marido, que suspirou.

– Isso não é assunto seu. – O pai foi claro, mas o rapaz bufou.

– Como não pode ser “assunto meu”?! Qual é o seu problema, pai?! – Estava tão possesso que não conseguia pensar no que dizer direito. – Sasuke tem uma vida aqui, sabiam?! Ele tem amigos! E até uma garota de quem gosta! Vocês não podem simplesmente decidirem a vida dele, não podem simplesmente mandá-lo para sabe-se lá onde, como fizeram comigo! – A mãe suspirou, e aproximou-se do filho, mas Itachi fez questão de se esquivar do toque materno. Definitivamente não estava com humor para aquilo.

– Querido, só estamos pensando no bem do seu irmão... Só esperamos que ele se torne um homem tão bom quanto você. – Mas Itachi riu forçadamente.

– “Um homem tão bom quanto você”?! – Fitou a mãe com irritação. – Eu fiz tudo o que vocês queriam... Tornei-me o exemplo perfeito de filho, o exemplo perfeito de irmão. Não tenho amigos, não tenho namorada, não tenho nem vida! Só o que faço é seguir o papai com esses negócios insuportáveis, tudo para que o meu irmão possa ter uma vida normal de adolescente! – E encarou o pai – Mas não é o suficiente para você... O grande Fugaku precisa ter a família perfeita, não é? A esposa dona de casa enfurnada numa cozinha, mesmo que a mamãe seja a mulher mais inteligente dessa vila! O filho mais velho, o incansável aprendiz que sonha em herdar todos os negócios do pai, mesmo que eu simplesmente odeie o seu trabalho! E agora, o filho mais novo formado no exterior!

– Não fale assim com seu pai, Itachi... – Mesmo que Mikoto pedisse com tanto fervor, já era tarde demais. Mais que isso, era o inevitável, já que o mais velho guardava há muito aquelas palavras.

– Você não pode ter só um filho perfeito, não é? – Soou frio como o gelo. – Não basta fazer a mamãe deixar de lecionar, não basta me fazer desistir do meu sonho... Você não vai se cansar até decidir o futuro do último membro de sua família não é?

– Por Deus! – A mãe exclamou, e parecia tão desesperada que o irmão de Sasuke deu meia-volta, e saiu pela porta da frente. Fugaku não disse uma palavra sequer. Não por medo, e muito menos por surpresa da reação do filho. Na realidade, já esperava que aquilo acontecesse quando Itachi descobrisse. Mas respeitava o filho, e também respeitava seus sentimentos. Afinal... No fundo, Fugaku sabia que ele estava certo.


Itachi seguiu sem rumo por entre as estradas de Konoha. Estava tão cansado de tudo... Do trabalho, da família e principalmente, do pai. O insuportável manipulador, o homem que até hoje, ele tinha ouvido e obedecido única e exclusivamente pelo bem do irmão. Claro que Itachi, inteligente como sempre fora, imaginou que algum dia aquele dia chegasse, só não esperava ser tão cedo.

Estava centrado em seus pensamentos, tentando pensar em algum jeito de convencer os pais a não mandar Sasuke para lugar nenhum sem que se estranhassem de novo, mas não conseguiu pensar em nada. E mesmo que tivesse conseguido pensar numa forma, com certeza se esqueceria da ideia assim que viu aquela cena tão surpreendente: Sasuke, que a propósito havia se afastado da família com a desculpa de conversar sobre as provas com Naruto, não estava com o Uzumaki coisíssima nenhuma! Na verdade, em comparação, estava com uma companhia muito melhor que o filho de Minato. E muito mais inteligente claro...

Era Sakura Haruno. A órfã, sobrinha de Kakashi. Muito mais famosa por sua inteligência do que pro sua beleza, mas aos olhos do primogênito dos Uchiha, até que ela era jeitosinha. E pelo visto não era só Itachi quem achava isso, já que Sasuke estava muito a vontade com a garota, segurando suas mãos intimamente, e murmurando coisas que o mais velho preferia não saber no ouvido dela. Mas mais chocante do que qualquer coisa foi ver o seu irmãozinho, o seu irmãozinho que sempre fora tão apegado a ele, beijar uma garota.

~

Hinata não disse a ninguém, mas deu graças aos céus quando as festas chegaram ao fim. Claro que ninguém poderia culpá-la por querer que o pai ditador fosse embora para finalmente cair nos braços de seu tão amável e amado namorado, com quem sempre trocava mensagens carinhosas e ligações melosas.

Na manhã da viagem de Hiashi, ela preparou um delicioso café da manhã supersaudável, ajudou-o com os documentos que precisaria posteriormente, colocou os analgésicos – sempre usados pelo pai – na pasta de trabalho e se despediu com a maior cortesia do mundo.

Neji se surpreendeu quando viu a prima, afobada demais para esconder qualquer coisa, tirar o celular do bolso da jaqueta, mas permitiu que ela ligasse para Naruto – ele nem precisava ser muito esperto para adivinhar aquilo. – Vamos nos ver! – Ela pediu assim que ele atendeu. Naruto riu com a afobação na voz da namorada.

– Acalme-se. Meu pai nem saiu ainda, não é melhor esperar um pouco?

– Papai disse que não vai esperar o senhor Minato... Ele acabou de sair. Por favor, Naruto... Estou com saudades. – Pediu manhosa, fazendo com que o loiro sentisse o rubor subir pelo rosto.

– J- Já que você insiste... – Ele murmurou constrangido, e ela sorriu. – Nos encontramos perto da escola.

– Certo. – Ela preferiu não se despedir antes de desligar, já que odiava se despedir de Naruto, e correu para a suíte do quarto.

Fez questão de trocar o moletom escuro por uma saia de prega preta e uma camisa azul colada ao corpo. Após ajeitar o cabelo, passar uma maquiagem muito leve nos olhos e vestir as adoradas sapatilhas negras, colocou o celular e a carteira dentro de uma bolsa pequena, e saiu de casa sem lembrar-se de se despedir do primo ou da irmã. Embora aquilo definitivamente não fosse do feitio de Hinata, a verdade é que ela estava feliz demais por ter sua liberdade de volta, e ansiosa demais para encontrar o seu tão amado Uzumaki. Ansiosa pelas carícias, pelos abraços e principalmente, pelos beijos demorados que ela sabia que receberia.

Quando chegou à portaria da escola, não havia nenhum sinal de alma viva no lugar, assim como ela imaginava. Então, como qualquer garota apaixonada e insegura, ela puxou o espelho pequeno de dentro da bolsa e reviu a maquiagem.

Mesmo que não se considerasse uma expert no assunto, concluiu que era o suficiente para não se achar muito feia, ou muito simplória.

Estava tão ansiosa, tão tensa que sequer notou que Naruto, ao contrário do que ela pensava, já estava ali. Escondido, mas já estava ali. Ele a abraçou repentinamente por trás, surpreendendo-a assim como queria. Ela riu; virou-se e pela primeira vez, roubou um beijo de Naruto.

Por um minuto, o loiro ficou completamente sem reação, surpreso pela atitude da sua até então tão tímida namorada. Mas depois que conseguiu assimilar o fato, concluiu que talvez, só talvez... O fato de ficarem separados não tivesse sido completamente perdido.

Ele a abraçou firmemente, sendo fielmente retribuído, e a ergueu do chão, apertando-a contra seu peito. – Eu senti sua falta! – Exclamou enquanto exalava o delicioso perfume de floral do cabelo da amada.

– Eu também senti a sua... – Ela murmurou baixinho, perto da orelha de Naruto, mas mesmo que o intuito não fosse provocá-lo, foi inevitável ele sentir um tremor passear pelo corpo. Tremor muito útil esse, que o fez beijá-la de novo... E de novo... E mais uma vez, incansavelmente.

Estavam tão mergulhados em seu próprio mundinho amoroso e apaixonante que não puderam notar a presença de um espectador nada agradado com o espetáculo. – HINATA! – Hiashi exclamou do carro, fazendo os dois se separarem imediatamente. – Venha. Agora. – Ele falou pausadamente. O maxilar do pai de Hinata estava rígido, assim como todo Hiashi. Os olhos estavam sérios, estreitos e mortíferos. A filha hesitou por medo, mas assim que caiu em si, se deu conta que o melhor a se fazer era obedecê-lo.

– S- Senhor Hyuuga! – Naruto a seguiu, quase tão tenso quanto à namorada. – Eu posso explicar! Na verdade, eu devo explicar! – A voz saía tão trêmula que o pai de Hinata não se deu ao trabalho de olhar no rosto do filho de Minato. Ele abriu a porta traseira do carro, e depois de Hinata adentrar ao veículo, mesmo que Naruto estivesse à janela, falando incansavelmente sobre suas boas intenções com a garota, Hiashi pediu para que o chofer voltasse para o clã Hyuuga.



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Notas finais do capítulo

Aí tá o capitulo! o
Sinceramente, não sei o que vão achar sobre ele... Espero que gostem, assim como eu gostei. :3
A partir do próximo capítulo, as coisas vão ficar sérias.. @@
Não sei quando vou postar, mas torçam para que eu fique inspirada. :D
Espero que tenham gostado.
Mais uma vez, agradeço pela linda recomendação, SetDragon-san. sz
Dúvidas, críticas, opiniões... estou à disposição! :D