Percy Jackson E O Sacrifício Do Herói escrita por MandyLove


Capítulo 7
06 – Meu Lar Em Guerra


Notas iniciais do capítulo

Oi Pessoal ^-^ Me desculpem por demorar tanto para postar, além de ter tido vários contra tempos pessoais fiquei sem internet por alguns, longos, dias, mas aqui esta o capitulo novo e ele esta bem grande ^-^
Bom, antes de lerem o capitulo, eu queria agradecer Lilliel Sumire Eucaristia pela 50ª recomendação em PJFDZ (Uau, cheguei até a quinquagésima recomendação, isso é muito INCRÍVEL) e a Larinha Jackson e a katylove pelas recomendações nessa fic, eu AMEI as recomendações, muito obrigada *-*
Agora, eu espero, que gostem do capitulo...



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Saltei do píer mergulhando no lago de canoagem, como era bom estar em contato com a água e depois de tudo que tinha acontecido hoje era bem relaxante.

Emergi e ouvi as risadas de Damon. Ele estava no píer junto com Grover. Fazia muito tempo que eu não vinha o garoto bode, que de garoto não parecia mais, e quando o via mal podíamos conversar com tantas coisas que nós estavam acontecendo.

– Quer vir? – perguntei a Damon esticando os braços em sua direção, os olhinhos de meu filho estava brilhando ao olhar para a agua. Era irônico isso sabendo que ele era filho de Zeus.

– Yee. – disse ele sorrindo assentindo freneticamente.

– Ele realmente parece ser seu filho. – disse Grover rindo colocando Damon de pé.

Com passinhos desengonçados Damon veio em minha direção. Eu tinha colocado uma fralda própria para esse momento, então não tinha nem um perigo de algo acontecer.

Já fazia algumas horas que estávamos no acampamento e já tinha passado da hora do jantar. Os outros campistas estavam em volta da fogueira enquanto que Grover veio comigo e Damon nadar um pouco no lago já que estava muito calor.

Bom, Grover não quis entrar na agua claro. Ele não era fã de agua, não podia nadar muito bem por causa de seus cascos e uma vez quase se afogou. Se ele pudesse evitar a agua, ele evitava.

Annabeth estava na Casa Grande conversando com Quiron sobre algo que ela não queria que eu estivesse por perto. Esse segredo todo que ela estava escondendo estava me deixando muito inquieto e confuso.

Nico estava na enfermeira sendo tratado por um filho de Apolo e ficaria lá por pelo menos dois dias, ele realmente tinha quebrado o braço e também tinha perdido muito sangue. Quando chegamos ao acampamento ele estava tão pálido que parecia que tinha virado um fantasma.

Annabeth havia levado Nina junto com ela. Nossa filha estava um pouco manhosa e não queria sair de perto da mãe. Quem ousasse tentar pegar ela do colo da mãe ela abria a boca e chorava, e muito.

Bom, sobre o que aconteceu depois da nossa luta na lanchonete, digamos que não vamos ser culpados por destruição de propriedade particular, a lanchonete e o estacionamento, e nem acusados de assassinato em massa.

Todos os mercenários que estavam atrás da gente morreram, os quatro que estavam na lanchonete morreram pisoteados pelo Leão de Neméia e os que tinham ido atrás de Annabeth no banheiro também estavam mortos.

Annabeth não quis dar muitos detalhes sobre o que tinha acontecido no banheiro e também eu nem me dei ao trabalho de perguntar. Eu queria conversar com Annabeth a sós, eu sentia que ela estava escondendo alguma coisa de mim.

Só espero que nossa conversa não termine com a gente brigando. Se conversarmos não é, porque Annabeth pode ser mais lisa do que quiabo – escutei Anthony falar isso uma vez e pela explicação que ele me deu, isso encaixa perfeitamente em Annabeth quando ela não quer contar alguma coisa.

Fiquei brincando na agua com Damon enquanto colocava a conversa em dia com Grover. Ultimamente ele estava tendo mais problemas em proteger a natureza do que encontrar novos meio-sangues. O ultimo meio-sangue que Grover trouxe foi um filho de Hefesto de cinco anos chamado Joseph.

Ainda bem que o fluxo de novos meio-sangues baixaram um pouco se não, não teria lugar para todos aqui no acampamento e seria uma grande bagunça.

Saímos da agua antes que Annabeth aparecesse e viesse brigar comigo por deixar Damon brincar na agua por tanto tempo e a essa hora da noite. Gover enrolou Damon em uma toalha e o entregou a mim depois que sai do lago.

– Seco. – disse Damon apontando para mim.

– Sim e você também vai ficar. – falei sorrindo começando a seca-lo.

Fomos andando e conversando em direção à ala dos chalés, Damon fazia diversas caretas enquanto eu o estava secando, até que ouvimos alguns barulhos, parecendo gravetos se partindo, vindos da floresta.

– Tem alguém ai? – perguntou Grover confuso dando alguns passos em direção à floresta.

Um imenso dragão de metal, uma serpente de 18 metros de comprimentos e de dentes afiadíssimos, rugiu saindo da floresta com suas asas de metal como as de um morcego, duas vezes mais cumpridas que seu corpo e quando elas batiam faziam o som tal como uma cascata de moedas caindo de uma maquina caça-níqueis, abertas e seus olhos penetrantes de rubi.

Esse dragão me era estranhamente familiar.

Grover se assustou com o surgimento do dragão e quase tropeçou em seus pés ao tentar se afastar do dragão que pousou a onde ele estava meio segundo atrás.

– Não se preocupem. – disse Leo aparecendo sei lá de onde ao meu lado. Ele estava brincando com uma chave de fenda em sua mão direita. Todas as vezes que eu vejo o Leo ele tem que estar com alguma coisa na mão, na maioria das vezes é algum tipo de ferramenta.

Jason e Piper estavam do seu lado e se segurava para não rir, provavelmente da cara de espanto que eu e Grover estávamos fazendo enquanto que Damon ria descontroladamente apontando para o dragão de metal.

Piper veio para perto de mim e fez carinho na cabeça de Damon. Por um momento ele esqueceu do dragão de metal e voltou sua atenção a Piper sorrindo para ela, Piper conseguia encantar as pessoas – usando sua beleza, ou seu dom de filha de Afrodite – mas logo ele voltou a olhar para o dragão quando este abriu suas asas.

Jason também se aproximou de nós e bagunçou um pouco os cabelos de Damon, mas meu filho somente tirou a mão de Jason de cima de sua cabeça sem tirar os olhos do dragão fazendo Piper rir.

– Não nós preocuparmos? Ótimo conselho. – resmungou Grover.

– Esse é festus. – continuou Leo sorrindo satisfeito.

E como sempre é em grego antigo minha mente logo entendeu o que festus queria dizer, mas agora era diferente. Festus queria dizer feliz em latim e eu não sabia de onde tinha vindo que eu sabia latim.

– Quem é festus? – perguntei atordoado olhando para o dragão.

– É aquele dragão que a gente enfrentou com Silena e Charles. – ouvi a voz de Annabeth atrás de mim. Me virei rapidamente em sua direção e a vi vindo em minha direção com a nossa pequena Nina no colo.

Olhei para o dragão de metal de novo e me lembrei daquele caça bandeira em que encontramos esse dragão com Charles e Silena. Era triste pensar nós dois, mas eu sabia que eles estavam juntos mesmo no outro mundo, Nico havia nós garantido isso.

– Leo o encontrou no final do verão passado e fez alguns ajustes. – continuou Annabeth.

– Como você pode saber disso? – perguntei intrigado segurando Damon com um pouco mais de força, ele estava fazendo de tudo para ir mais perto do dragão de metal. – E desde quando ele tem asas?

– Piper tinha me contado em uma das vezes que ela me ligou. – disse Annabeth simplesmente dando de ombros. Annabeth e Piper tinham virado boas amigas nesses últimos meses. – Leo as encontrou por ai.

– Oi bebê. – disse Piper sorrindo indo para perto de Annabeth e pegou Nina do colo dela. Minha filha não parecia nem um pouco que teria uma ataque de choro por não estar mais no colo de sua mãe.

Como disse, Piper realmente encanta as pessoas.

– Dalão. – disse Damon insistindo em tentar ir em direção a festus.

– Pode deixar ele toca-lo, festus é legal. – disse Leo sorrindo e levantando o polegar para cima.

– Uhum, muito legal. – falei sarcasticamente segurando Damon com mais força. – Quem sabe outro dia, agora preciso colocar uma roupa em Damon.

– Seria melhor lhe dar um banho antes já que estava no lago até essas horas, não é? – Annabeth me lançava um olhar questionador. – Só ai, depois, colocar uma roupa nele.

– Você já deve ter se acostumado com isso. – disse Grover baixo só para eu ouvir apontando com a cabeça para Annabeth.

– Você que pensa. – falei abrindo um sorriso de canto. – Mas às vezes é divertido.

– Mas, dalão. – insistia Damon apontando para o dragão que levantou a cabeça e lançou uma coluna de fogo para o céu fazendo Damon abrir a boca maravilhado e eu recuar alguns passos para trás.

– Dragão metido. – gritou alguém de algum lugar, acho que vinha da fogueira talvez, parecia uma voz familiar, mas eu não me lembrava de onde.

– E você é um invejoso, treinador Hedge. –retrucou Leo gritando bem alto.

Treinador Hedge era o sátiro que estava com Jason, Piper e Leo no Grand Canyon quando fomos atrás de Jason, ele era um professor de educação física que ficava nos chamando de cupcakes e sempre usava um boné enterrado na cabeça.

A trombeta soou dando o toque de recolher.

– Bom, cada um para o seu chalé. – disse Annabeth e apontou para a floresta. – Leo.

– Certo, capitã. – disse Leo batendo continência, esse garoto tem problemas. – Vamos Festos, hora de deixar eles irem para a caminha.

Leo subiu facilmente nas costas de Festos e o dragão levantou voou. Virei o rosto para o lado fechando os olhos e protegi Damon da rajada de vento que as asas de Festos produziram levantando alguns grãos de areia.

– Dalão. – choramingou Damon tirando minha mão de seu rosto vendo Festos entrar na floresta novamente.

Jason e Piper foram para seus respectivos chalés enquanto que Grover foi atrás de Juniper e Annabeth e eu fomos levar Damon e Nina na Casa Grande.

Depois de darmos banho neles e os colocar para dormir levei Annabeth até a porta do seu chalé, mesmo a gente estando praticamente casados ainda era proibido meio-sangues de pais divinos diferentes ficarem no mesmo chalé.

Mas isso era algo fácil de contornar.

Tomei um banho um pouco demorado e só coloquei um shorts. Deitei na cama e tentei ficar acordado esperando por Annabeth como havíamos combinado, porem, os minutos foram passando e nada da minha Sabidinha chegar.

Por fim fui vencido pelo cansaço que se acumulou pelo dia turbulento e acabei dormindo.

Eu não tive nem um tipo de sonho de meio-sangue, mas eu desejaria ter tido mil sonhos e nada acontecer ao meu redor do que ter que enfrentar o que estaria para acontecer em poucas horas no acampamento.

O rugido alto e forte de Peleu me despertou. Meu coração batia fortemente e eu sentia que não era porque eu tinha acordado com um susto, se bem que eu queria que fosse isso quando descobri o real motivo de eu estar sentindo medo nesse momento.

Pulei da cama rapidamente e peguei a primeira camisa que eu vi na minha frente e a vesti, coloquei ela ao contrario, mas isso não fazia a menor diferença no momento.

Assim que abri a porta do chalé três eu vi uma coluna de fogo se estendendo pelo topo da colina. Peleu estava pairando acima do pinheiro a onde o Velocino de Ouro parecia ter ganhado mais vida com as chamas ao seu redor.

Com um bater forte de asas Peleu conseguiu extinguir o fogo ao lado do pinheiro, mas uma mancha preta, eu não conseguia enxergar bem daqui e ela era muito rápida, se jogou em cima do dragão guardião lançando os dois em direção ao anfiteatro destruindo tudo a onde caíram.

Agora que eu podia enxergar melhor por estar mais perto vi que a mancha preta na verdade era outro dragão, com o dobro do tamanho de Peleu, que tinha na calda espinhos grossos e pontiagudos que iam por sua coluna até chegar no topo da cabeça parecendo um chifre.

– Casa Grande. – a voz desesperada de Edwin chegou ao mesmo tempo em que sua mão chacoalhou meu ombro. – Estão invadindo a Casa Grande.

Olhei para a Casa Grande e vi todas as luzes acessas e em todas as janelas haviam movimentos de lutas inclusive na janela que dava para o quarto dos meus filhos.

Corri em disparada para a Casa Grande com Edwin na minha cola. No caminho vi vários meio-sangues lutando entre si e alguns monstros que passaram pela barreira junto com mercenários, cara como eu odeio mercenários.

Os meio-sangues que estavam lutando contra os campistas eu nunca tinha visto aqui no acampamento. Fiquei confuso com isso, mas eu tinha algo mais importante para pensar no momento. Muito mais importante.

Edwin tirava qualquer um que entrava no meu caminho e Albert, meio-irmão de Annabeth, se juntou a ele facilitando que eu conseguisse chegar com rapidez na Casa Grande.

Assim que coloquei o pé dentro da Casa Grande fui de cara com as costas de um mercenário. Como eu estava em velocidade o mercenário caiu de cara no chão. Sem perder tempo acertei um soco bem forte em seu rosto, acho que acabei quebrando sua mandíbula, o deixando inconsciente no chão.

Havia mais três perto da escada que levava para os outros andares e quando eles escutaram o estrondo do outro mercenário caindo no chão apontaram as metralhadoras que estavam usando em minha direção.

– Uoh. – bati rapidamente a mão sobre o relógio e em meio segundo ele se transformou em um escudo me protegendo, minha roupa na verdade, das balas lançadas sem parar vinda das metralhadoras.

Os tiros pararam e essa era minha oportunidade. Abaixei o escudo e estendi o braço com força me concentrando nós três mercenários jogando-os contra a parede. Avancei na direção deles e usei o escudo para acerta-los com força e os joguei em direção a porta da frente fazendo eles abrirem um belo buraco nela ao atravessarem.

Fiz o escudo voltar a ser um relógio e tirei contracorrente do bolso transformando a caneta em espada rapidamente. Não dei dois passos para fora da escada e um corpo foi arremessado em minha direção. Não tive tempo de desviar e nem espaço.

Fui jogado escada a baixo junto com o corpo pela força com que ele foi jogado. Um grunhido feroz saiu da pessoa que foi jogada em cima de mim e com certeza não parecia a de um humano, mas antes que eu pudesse pensar em quem era olhos tomaram conta da minha visão e eu já sabia quem era.

Com velocidade Argos estava de pé e todos os seus olhos, o que pode ser bem estranho até mesmo para mim, pareciam estar direcionados aos cinco meio-sangues que estavam no topo da escada.

Ele estendeu suas duas mãos e uma espada se materializou em cada uma. Me pergunto como ele conseguiu segurar as espadas tendo olhos até em suas mãos.

Meu sangue ferveu ao ver quem eram os meio-sangues no topo da escada e ainda mais ao ver que dois deles seguravam Nina e Damon, ambos estavam dormindo, presos em seus braços enrolados em seus cobertores.

– Sinto lhe informar, mas chegou atrasado, Perseu. – disse Adalberto Kripke filho de Phobos sorrindo cruelmente para mim e depois gargalhou alto. – Na verdade, não sinto não.

Os outros que estavam com ele eram Roger Singer e John Geer filhos de Deimos, Adamastor Bote filho de Nêmeses e Velmir Gamble filho de Éres. John estava segurando Damon enquanto que Adamastor estava segurando Nina, ótimo, eu já tinha os meus alvos prioritários.

– Soltem os meus filhos e podem sair daqui sem problemas. – falei ameaçadoramente.

Adalberto gargalhou alto girando sua espada habilmente em sua mão e começou a descer as escadas, os outros quatro começaram a segui-lo.

– Ou oque, filho de sardinha? – perguntou ele debochadamente. – O que vai fazer com a gente se não quisermos entregar seus preciosos filhinhos?

– Vou te mostrar. – falei estendendo a mão na direção deles me concentrando na agua no corpo deles, mas estranhamente nada acontecia.

Não vai funcionar. disse uma voz grossa na minha cabeça me assustando. Eles estão em volto de uma magia que impedi que você controle a agua no corpo deles. Uma magia bem poderosa. Três dos olhos de Argos estavam direcionados a mim seriamente e entendi que era ele que estava falando na minha cabeça.

– Então, estou esperando. – disse Adalberto sorrindo levantando os braços. – Nada? – perguntou fazendo uma cara triste. – Que pena, então vamos leva-los.

– Você não vai leva-los. – rosnei antes de avançar em sua direção.

Adalberto bloqueou o meu ataque e uma explosão ocorreu logo atrás de mim, mas não me importei e continuei a investir contra Adalberto.

– Saiam daqui. – gritou Adalberto jogando seu corpo contra o meu. Firmei os pés no chão e joguei o corpo de Adalberto contra a parede.

John e Adamastor pularam pela lateral da escada e correram em direção enquanto que Roger e Velmir vieram para cima de mim, mas eu fui rápido e pulei pela lateral da escada indo atrás de John e Adamastar para fora da Casa Grande.

Pelo conto do olho vi Argos lutando contra Ciclopes, ou pareciam ciclopes, que entravam aos montes por um buraco que tinha se abrido na parede. Eles tinham o tamanho de um homem normal, mas tinham somente um olho. Algo na minha mente dizia que eu já tinha ouvido falar no nome deles, mas agora eu estava pouco me importando com isso.

Quando estava quase alcançando John e Adamastor uma parede de chamas se formou na minha frente me fazendo parar bruscamente. Não pelas chamas, eu poderia atravessar elas, mas sim porque um enorme dragão se postou na minha frente.

– Belo pai esses pirralhos têm, hein? – gritou Adalberto enquanto ele Roger e Velmir passavam correndo bons metros longe de mim e do dragão.

Apertei contracorrente com mais força e avancei em direção a esses miseráveis, mas o dragão também avançou em minha direção bloqueando meu caminho com sua enorme pata.

Bufei irritado e saltei subindo em sua pata. Ele tentou me tirar de cima dele, mas cravei contracorrente em sua pata até o cabo e ele urrou de dor levantando voou.

Assobiei o mais alto que eu consegui e com esforço consegui tirar contracorrente da pata do dragão. A má noticia é que eu cai em queda livre e o dragão tinha voado bem alto, a boa noticia foi que poucos segundo depois uma mancha preta me pegou no ar.

Eles estão indo para a além da colina chefe. disse BlackJack dando um mergulho rasante para escaparmos  das chamas que o dragão lançou contra a gente.

– Rápido, BlackJack. – gritei.

Nem precisava dizer. Eu nunca tinha ouvido BlackJack falar tão serio assim, ele sempre tinha alguma piada para contar mesmo depois das frases serias, agora ele permanecia bem quieto dando mais seriedades a suas palavras.

BlackJack desviou de mais dois dragões que estavam no acampamento, ainda tinha mais dois pelo que pude ver lutando contra Peleu e Festos me deixando mais espantado ainda com a magnitude desse ataque contra o acampamento.

Eu não vi rastro algum de Quíron ou do Sr. D pelo acampamento e isso estava me deixando muito intrigado. Pelo que eu me lembrava, antes de sair da Casa Grande ao deixar Damon e Nina lá, Quíron e o Sr. D estavam entretidos jogando algum jogo de cartas.

Na pista logo após a colina tinha uma carruagem presa a cinco pégasos cercada por vários monstros que estavam preparados para atacar quem quer que fosse o inimigo que os enfrentaria e vi Adalberto e seus amigos entrarem na carruagem com meus filhos nela.

– Droga. – rosnei frustrado.

BlackJack deu uma guinada para a esquerda que quase me derrubou. Eu havia abrido a boca para perguntar o que por Poseidon ele estava fazendo quando vi Annabeth desacordada, com um ferimento na cabeça que estava sangrando, sendo carregada por um gigante hiperbóreo que ia em direção à carruagem também.

– Ande logo seu gigante inútil. – vociferou Adalberto.

Nico estava lutando junto com alguns guerreiros esqueletos contra vários monstros e meio-sangues tentando desesperadamente ir até Annabeth. Dava para ver que ele estava muito cansado e machucado, mas ainda se mantinha determinado gritando por Annabeth.

É só colocar a chefa nas minhas costas e ir até seus filhos, chefe. Eu vou leva-la a um lugar seguro. Assim que BlackJack falou isso três pégasos voaram em direção a carruagem e começaram a atacar os monstros os dispersando e graças a isso atrasando eles também.

Saltei das costas de BlackJack na frente do hiperbóreo que parou assim que me viu. Ele tinha um tronco de arvore na outra mão e levantou ele pronto para me acertar. Rolei para o lado desviando do tronco que se partiu ao ser chocado contra o chão.

O gigante hiperbóreo soltou uma baforada em minha direção, formando uma nuvem de névoa branca, e eu senti a temperatura cair. Saltei para o lado desviando da nuvem que cobriu de gelo o lugar em que eu estava um segundo atrás.

BlackJack deu a volta e deu um coice na mão em que o hiperbóreo segurava Annabeth a soltando. Consegui pega-la antes dela cair no chão, mas o hiperbóreo não ficou parado e tentou pisar em cima de nós dois.

Deixei Annabeth deitada no chão e levantei a espada ficando de joelhos. O hiperbóreo urrou de dor ao enfiar o pé em minha espada e recuou pulando com um pé só, seria engraçado se não fosse o momento tenso em que eu estava. Aproveitei a oportunidade e arremessei contracorrente acertando bem no peito dele.

O gigante hiperbóreo congelou, se transformando em gelo. Rachaduras surgiram em seu corpo começando do ponto a onde contracorrente estava cravada em seu peito e elas foram ficando mais longas e mais largas, até que ele desmoronou em uma montanha de cacos azuis.

Contracorrente se perdeu no meio do gelo, mas eu não precisava me preocupar com isso. BlackJack pousou ao lado de Annabeth e a peguei no colo colocando-a em cima de BlackJack que logo levantou voou.

Fiz menção de ir até a carruagem, mas já era tarde de mais. Eles haviam acabado de sair da minha vista e os pégasos que tentavam atrasa-los estavam caídos no chão tentando se esquivarem das investidas de monstros que os rodeavam.

No entanto nada disso me importava. Eu tinha conseguido salvar Annabeth, mas eu já não podia salvar meus filhos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo e me desculpem mais uma vez pela demora, vou tentar não demorar para postar o próximo, mas não garanto nada.
Tenho que atualizar as outras fics minhas que estão pendentes e responder todos reviews, então posso acabar demorando um pouco.
Muito obrigada a todos que leram o capitulo. Bjs ^.^



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