A Hospedeira - Coração Deserto escrita por Laís, Rain


Capítulo 9
Mais lembranças




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Darling please don't go.
When I read the letter you send, it made me mad mad mad
When I read the news that it brought me, t made me sad sad sad.
But I still love you so, I can't let you go
I love you- ooh baby I love you...
 D`yer Mak`er - Led Zeppelin

 

POV – Logan

“Não sei, não, Logan. Acho que você vai ficar encrencado!”, choramingou Lindsay, em meio a um acesso de tosse.

“Não me importo, você precisa comer!”, disse, enquanto balançava orgulhoso num dos dedos a chave que tinha roubado do pescoço do bêbado esborrachado no sofá. “Você não está com fome?”, perguntei enquanto abria o cadeado.

“Um-hum”, disse Lindsay balançando a cabecinha afirmativamente. Seus cabelos ruivos caiam sobre os ombros com o movimento, seriam lindos se não estivessem sempre sujos e mal cortados, a não ser durante a visita da assistente social. “Mas estou com medo. Joseph vai bater em você se acordar.”

“Então eu acho que você não quer esta deliciosa maçã que achei aqui, não é?”, disse, passando a maçã em várias direções diante do nariz dela. Os olhinhos de minha amiga acompanhavam o movimento de minha mão, como se estivessem hipnotizados pela fruta. Finalmente, o cheiro gostoso fez com que a fome vencesse o medo e ela começou a dar as maiores mordidas que sua pequena boca permitia.

Joseph era o lixo humano que se autointitulava nosso “pai adotivo”. Ele e sua mulher, Barbara, cuidavam de cinco crianças, incluindo Lindsay e eu, em troca de uma pensão que o governo lhes oferecia por cada um de nós. É só que “cuidavam” queria dizer, quando não havia nenhum assistente social por perto, que eles nos deixavam dormir em camas nojentas, cujos lençóis raramente eram trocados; davam-nos apenas comida necessária para não morrermos de fome; e garantiam que mantivéssemos a casa deles limpa. Não que cinco crianças de 5 a 12 anos fossem boas faxineiras, mas, afinal, éramos em cinco e prezávamos pela integridade de nossos ossinhos. Então, dávamos nosso melhor.

A maldita chave era o objeto mais cobiçado por todos nós. Pelo cadeado que ela abria, podiam-se desvendar todos os maravilhosos segredos escondidos na geladeira branca e enferrujada que, para mim e Lindsay, parecia a coisa mais enorme e atraente do mundo. Meses depois, na primeira vez em que vi uma geladeira sem cadeado, achei que havia algo errado com ela. Minha nova “mãe” me contou que geladeiras normais não tinham cadeado, e que as pessoas deveriam poder comer à hora que quisessem. De fato, podiam, se conseguissem sair de seus quartos trancados e se esgueirar pela cozinha sem atrapalhar os “convidados” que se divertiam com drogas e sexo na sala. “Não diga nada ou vai engolir esse cigarro aceso”, disse-me ela no dia em que me pegou depois de arrombar a fechadura. Mais longos meses de tortura começavam para mim ali.

Mas antes disso havia Lindsay. Eu tinha seis anos e ela, cinco e morávamos com Joseph e Barbara desde quando podíamos nos lembrar, o que não era muito. Havia mais três garotos na casa, mas eles cuidavam de si, unindo-se ocasionalmente contra o mal maior, mas não querendo ter que se preocupar com os pequenos que não podiam realmente ajudar e só davam trabalho.

Sem ninguém por nós, Lindsay e eu acabamos nos tornando inseparáveis e eu ficava feliz por ter a quem proteger. Já que ninguém faria isso por mim, ao menos eu podia fazer por ela. Nós nos esforçávamos para fazer os trabalhos domésticos, embora eu acabasse fazendo quase toda a parte dela, e nos mantínhamos fora de encrencas. Mas, naquela semana, Lindsay começou a ficar doente. Mark, o “irmão” mais velho, disse que se ela comesse ficaria melhor, então eu transformei a chave no pescoço de Joseph no maior propósito que podia governar a mente de um garoto de seis anos.

Finalmente, depois de três dias esperando a oportunidade certa, vi Joseph cair num sono profundo depois de encher a cara enquanto Barbara visitava uma amiga. Movi-me como um gato, treinando pela primeira vez as habilidades que me seriam úteis muitas outras vezes mais tarde na vida. Girei a corrente no pescoço dele com todo cuidado até o fecho ficar visível. Então, eu a roubei. Se é que se pode roubar algo que deveria ser seu.

Eu sabia que aquilo acabaria mal para mim, e me preparei para assumir a culpa inteiramente sozinho. Eu não podia deixar que Lindsay fosse punida, e se sobrasse para os outros eles acertariam as contas comigo mais tarde. Uma simples maçã não deveria ser notada, mas nossos estômagos vazios não nos permitiriam ficar só nisso, foi o que eu tive certeza quando pude abrir a geladeira e ver tudo que nos era negado.

Lindsay estava feliz, um sorriso espontâneo e inconsciente tinha se fixado nos seus lábios sujos de bolo de chocolate, quando uma sombra enorme jogou seu corpinho no chão, derrubando-a com um tapa da cadeira em que estava sentada. Parti da outra ponta da mesa o mais rápido que pude, cego para o fato de que um menino pequeno nada podia contra um gigante bêbado e enfurecido. Eu não sabia o que fazer, mas ainda assim, parti para cima dele armado com meus pequenos punhos em riste. Era como um motociclista acelerando para bater num muro e foi isso que aconteceu. O muro me bateu de volta e eu pude ouvir o choro de minha amiga e irmã, enquanto uma escuridão quente se abatia sobre mim.

Meus olhos se abriram para a escuridão enquanto eu tentava limpar o sangue que caía sobre eles, quando percebi que tinha sido apenas um sonho, uma lembrança vívida demais. Depois que Estrela chegou, menos de dois meses atrás, eu vinha sendo continuamente invadido por lembranças de meu hospedeiro. O fardo das emoções humanas, do qual a dureza de Logan tinha me poupado, estava finalmente caindo sobre meus ombros. E o peso era insuportável.

Senti uma lágrima escorrendo por meu rosto, algo quase inédito para mim. Aquilo me queimava por dentro e eu sentia apenas que precisava ver Estrela. Procurei-a pelo quarto enquanto meus olhos se acostumavam com a escuridão, mas lembrei-me tarde demais que estava em meu próprio quarto, no apartamento pequeno e quente no centro de Phoenix.

A ausência dela, cuja presença preenchia meus dias e mesmo algumas noites em que eu me deixava ficar até a hora de dormir, cantando para ela a canção preferida de Lindsay, pesou mais que a dor da lembrança. Eu só queria sair correndo dali e dizer a ela que...

Dizer o quê? Que eu precisava dela? Que eu queria e podia protegê-la neste mundo terrível e amedrontador? Será que eu podia mesmo?

A única coisa que tornava este mundo seguro para mim era não sentir, mas parece que esse barco tinha zarpado há muitas semanas. Foi quando aquela pequena Alma chegou, apegando-se imediatamente às lembranças de Peregrina e aos sentimentos humanos que ela desenvolvera. Estrela não tinha pensado duas vezes antes de proteger aqueles que ela achava que amava, chocando-se constantemente contra o muro que era eu.

Ela achava que os humanos não a machucariam. Mesmo com um bebê deles revolvendo suas entranhas, ela se manteve forte, zelando pelo filho que consumia seu corpo, impedia que ela conhecesse algo além de um quarto de hospital e a fazia lembrar constantemente de coisas que a faziam sofrer. Ela amava Peregrina, mesmo sem nunca tê-la conhecido, e atormentava-se com o destino de sua Alma irmã. Ela amava o filho de outra e estava disposta a tudo para cuidar dele, como nunca ninguém tinha sido capaz de amar meu hospedeiro ou sua amiguinha, morta e esquecida, que Estrela trouxe de volta das profundezas das lembranças sufocadas de Logan.

Ela era maravilhosa. Ela era tudo que podia ser. E quem realmente a machucava éramos nós. Sua espécie. Seus irmãos. E eu. Um determinado e ordeiro Buscador.

**********

Assim que romperam os primeiros raios da manhã, eu entrei no quarto de Estrela. Águas Claras sob a Lua ainda não tinha chegado para fazer sua ronda matinal e eu encontrei Estrela dormindo de lado, toda embolada em torno da barriga que mal começava a aparecer, protegendo-a com os braços pequenos. Afaguei de leve seus cabelos, num gesto que tinha se tornado habitual para mim desde quando, há duas semanas, tínhamos nos ligado depois de sua primeira confissão: o nome do pai do bebê. O nome do homem que Peregrina amava. O nome que fazia o peito de Estrela arfar e o meu se contorcer em dores estranhas que eu não sabia nomear.

Desde então, eu tinha tentado ser digno da confiança dela, incapaz de revelar aos outros seu segredo: o de que ela se lembrava de tudo. Eu sabia que se isso fosse descoberto, eu teria que fazer o que fosse necessário para descobrir a informação que desejávamos. Eu só não conseguiria suportar que tivesse sido eu a causar essa dor a Estrela. A grande dor que a libertaria da prisão a que ela tinha se condenado quando se apaixonou pelos humanos de Peregrina. Ela me odiaria para sempre por ter-lhe dado a liberdade. É um mundo estranho este. Sentimentos estranhos.

Estrela abriu os olhos e sorriu um sorriso espontâneo e inconsciente. Ainda com os braços protegendo a barriga quase imperceptível, ela girou o corpo e olhou para mim. Foi como se o sol me iluminasse depois de uma noite de sete anos. Ali, naqueles olhos, eu pude finalmente ver a luz. A ordem das coisas, sempre precisa e inabalável para mim, tinha sido reescrita.

— Bom dia, Logan. O que faz aqui tão cedo? Está muito cedo, não está?

— Bom dia, Estrelinha. Sua aparência está bem melhor hoje. Eu só quis estar aqui com você quando Águas Claras trouxer o resultado de seu exame.

— É hoje, não é? Ela me disse que um ultrassom comum só detectaria o sexo do bebê daqui a cinco semanas, mas que existe um exame de sangue que pode fazer isso agora. Mas por que você quer estar presente?

— Ora essa, para saber se chamo essa coisinha de Feioso ou Feiosa! Para o que mais seria?

Estrela me olhou com ar repreensivo, mas reprimiu um sorriso. As indiretas sarcásticas entre nós já tinham começado a se tornar um jogo agradável, que espantava o tédio da dissimulação a que estávamos entregues quando havia outros por perto.

— Águas Claras me disse que em uma semana eu poderei me mudar para um lugar só meu.

— Sim, eu sei. Já estou providenciando um lugar aqui perto da Estação de Cura. Assim, se você precisar, vai poder chegar aqui depressa – eu disse, pensando em como seriam os meus dias sem estar perto dela o tempo todo.

— Não vou precisar – disse ela com ar misterioso. – Mas o que é isso que você trouxe aí? – perguntou, apontando para um embrulho esquecido em minha mão.

— Ah, até tinha esquecido! Você está tão acabada hoje que me fez esquecer do resto.

— Você me disse que eu estava com a aparência melhor! É tão difícil ser gentil por mais de dois minutos?

— Sim, ficar perto de você é insuportável! – brinquei, dizendo o oposto do que pensava. – Acaba revelando o pior em mim. E em você também. Só porque você está um pouquinho melhor, não quer dizer que esteja com uma aparência agradável.

— Agora sim você está parecendo meu Buscador!

— Deixa disso, Estrelinha. Você diz isso como se fosse algo ruim ser quem eu sou.

— Não, não é. Você é um cara grosso e desagradável, mas eu gosto de você.

— Também gosto de você – disse, sentindo meu coração disparar. – Mas vamos parar com essa baboseira! Veja, eu te trouxe um presente — apressei-me em mudar de assunto, entregando-lhe o embrulho.

Estrela desembrulhou o livro que eu trouxe e leu o título em voz alta:

— Dicionário de Nomes. O que é isso? – ela perguntou, me olhando intrigada.

— É uma lista de nomes humanos e seus significados. Achei que seria apropriado, já que você vai descobrir o sexo da criança hoje.

— É um presente muito bonito. Obrigada. É a primeira vez que eu ganho um presente. Se não contarmos a caixa com os lápis de cor — disse ela, com lágrimas nos olhos.

Senti meus olhos queimarem também, mas a sensação não era familiar e espontânea como parecia ser para ela. Também não era estranha, entretanto. Eu tinha descoberto como era há poucas horas.

— Me diga como é, Estrela. Chorar. Por que os humanos choram?

— Ah, por que será que não me admira você não saber disso?

— Vai voltar a ser malcriadinha comigo, é?

— Não. Me desculpe. É como... como... liberdade! É bom e ruim ao mesmo tempo, mas você sente que precisa daquilo. E quando acontece... Bom, é como se um peso fosse tirado de seus ombros.

Lembrei-me das lágrimas de Logan quando Lindsay morreu. Foi a última vez em que ele realmente chorou. Foi a última vez em que ele se permitiu ser livre para sentir. Depois daquilo, uma espécie de escuridão assumiu o controle, e Logan decidiu que não deixaria jamais que seus sentimentos o fizessem prisioneiro novamente. Ironicamente, ele fez isso dizendo adeus ao que Estrela chamava de liberdade.

— Eu posso dar uma sugestão? Se for menina?

— Contanto que não seja “Feiosa”!

— Lindsay – eu disse, ignorando a brincadeira e sem me dar tempo de pensar.

— Lind-say – disse Estrela devagar, saboreando o som das sílabas, enquanto folheava o Dicionário. – É bonito. Eu gosto do som. Hummm... deixa eu ver. Pronto! Diz aqui que é de origem Celta e significa “pequena ilha”. Uma pequena humana no meio de Almas. É perfeito! De onde você tirou isso?

— De uma lembrança. Do meu hospedeiro. Era alguém que ele amava.

— Será que eu estou entendendo direito ou você está começando a se apegar ao meu bebê?

Eu estava. Era um pedaço dela. Outro pequeno ser que precisava de proteção. Alguém que eu jamais permitiria que sofresse. Mas eu não diria isso a ela.

— Como se alguém pudesse se apegar a um carocinho provocador de vômito! E se for menino, que nome você escolherá?

Estrela não respondeu, apenas passou uns minutos folheando o livro, passando as páginas de lá pra cá.

— John – ela disse, finalmente.

— O que significa?

— “Deus é misericordioso”. Mas não é por isso que eu gosto.

— Por que, então?

— Você vai me achar ridícula por dizer.

— Eu já te acho ridícula sem dizer. Não tem como piorar. Vamos lá, me conte.

— É o nome do pai dele. Aqui diz que Ian é o mesmo nome em um idioma chamado gaélico.

Algo estranho aconteceu comigo. Subitamente, me peguei desejando ter matado esse tal de Ian. Queria mesmo era nunca ter visto Estrela e poder viver sem sentir e ter que lidar com emoções opressoras como as que eu tinha naquele momento.

— Isso é uma besteira, Estrela! Você é mesmo uma ridícula. Esse homem, esse humano não ama você. Ele amava Peregrina. E o seu bebê nunca vai conhecer o pai. Ele não pode nem sequer saber de onde veio. Senão, seus preciosos humanos estariam condenados. Você vai cria-lo como seu filho, vai inventar uma história qualquer para ele, já que você é uma mentirosa especialista. E nós vamos dizer a todos que os tiros danificaram seu cérebro. E eu vou poder voltar à minha vida sem ter que pensar nunca mais em você!

— Você vai conseguir? Vai se esquecer de nós? – perguntou Estrela, acariciando a barriga. – Eu não queria que fosse assim. Você é meu único amigo. Mas talvez seja melhor.

— O que você quer dizer com isso?

— Eu não ia te contar, Logan. Mas acho que não consigo sem você. Só que para a proteção de todos, vou precisar que você minta por mim.

— Como assim? Mais do que estou fazendo?

— Sim. Sinto muito. É o último e maior presente que eu peço, mas eu preciso de você, meu amigo – disse ela, segurando minha mão. — Daqui a uma semana, quando eu for liberada para ir para uma casa, eu vou para a minha casa. E vou legar Peregrina e o bebê comigo.

— VOCÊ ESTÁ MALUCA? – gritei quando a compreensão me invadiu. – Você vai morrer no deserto. E se não morrer, eles te matarão quando chegar lá. Não é a sua casa, sua imbecil! É a casa de Peregrina – disse controlando minha voz, mas ainda incapaz de controlar minha fúria.

— Eu sei. É por isso que não posso sobreviver neste corpo sem levá-la de volta para lá.

— E de que vai adiantar você leva-la dentro de um criotanque? Você acha que esse tal de Ian vai cair em seus braços, sabendo que você tomou o lugar de quem ele ama?

— Eu sei que não. Não pensei nem por um momento que seria fácil. Mas meu filho precisa viver entre os dele. Você vai dizer que nós fugimos para o deserto, mas que quando você foi me procurar, percebeu que tínhamos morrido, eu e o bebê. Você nos enterrou e voltou para casa, sem saber onde estava Peregrina ou seus humanos.

— Você vai morrer, Estrelinha. De verdade. E vai levar Lindsay ou John com você.

— Não, não vou. Eu me lembro como chegar. Depois que o bebê estiver seguro e a mãe dele estiver em casa, eu posso morrer. Não me importo.

Eu me importo. Isso não conta?

— Sim. Conta muito. Eu amo você, Logan. Sempre vou me lembrar de que você foi o único amigo que eu tive. Enquanto viver, seja por uns meses ou por muitos anos, vou ser grata pelo que você fez por mim – disse ela, acariciando meu rosto enquanto as lágrimas escorriam pelo dela.

Mais uma vez, elas tinham sido causadas por mim. Mas desta vez era diferente. Ela chorava por minha causa, não por minha culpa.

Como eu pude pensar que poderia esquecê-la? Agora era tarde demais para mim. Se eu tivesse previsto isso... Se o coração do meu hospedeiro não estivesse tão fechado para o amor, eu poderia tê-lo entendido quando ele se aproximou. Eu poderia tê-lo evitado.

Abracei minha única amiga, meu único amor, e, pela primeira vez em sete anos, soube o que era paz. Entender era a liberdade. Senti-a me invadir à medida que minhas próprias lágrimas me faziam compreender que eu sempre estaria preso a Estrela por minha própria vontade. E que, estando preso a ela, eu iria aonde ela fosse.


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Notas finais do capítulo

Esperamos que tenham gostado! Eu particularmente amei esse capítulo... O próximo pode demorar um pouco, nós ainda não o escrevemos, e ainda estamos tendo idéias para ele.
Mas eu acho que não vai passar de terça-feira.
Ok, florzinhas, até o próximo! E reviews sempre são bem vindos!