Across The Ocean escrita por Annie Chase


Capítulo 6
Brigas, mágoas e novas lágrimas.


Notas iniciais do capítulo

Oiê! Tudo bem com v6 lindas leitoras? Amei os últimos reviews. Espero que continuemos assim. Uma nova recomendação também seria bom... (kkk)
Boa leitura!



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 Pov: Percy.

Entrei no quarto esperando encontrar aqueles olhos nebulosos me encarando, mas só o que encontrei foi sua linda dona deitada timidamente em minha cama, parecia que ela escolhera fingir que não estava deitada. Estava com as pernas e braços encolhidos próximo ao peito, os cabelos caindo para fora da cama, numa posição quase fetal. Sua expressão era tranquila, a respiração era calma e compassada, ela parecia uma linda estátua grega ou uma pintura famosa. A observei por alguns instante até finalmente perceber que ainda estava parado na frente da porta entreaberta apenas adimirando-a domir. Cheguei um pouco mais perto dela, tomando todo o cuidado possível para não acordá-la, consegui chegar na ponta dos pés até  beirada da cama. Peguei-a com cuidado, comos se transportasse um boneca feita da mais fina porcelana, consegui ajeitá-la melhor no centro da cama, peguei algumas cobertas quardada em um velha cômoda e a cobri. Não resisti a quase incontrolável tentação de tocar sua pele alva e macia. Deixei a ponta de meus dedos tocarem sua face, num movimento parecido com o que ela fizera comigo mais cedo, deixei com que meus dedos deslizassem por seu lindo rosto de boneca, peguei-me dando um sorriso involuntário. Inclinei-me até ela e depositei um beijo no topo de sua testa. Parecia um ato bem diferente da personalidade que todos esperavam ver do Capitão Jackson, mas, como já havia mencionado antes, ela me deixa completamente perdido, me levando a fazer coisas que não faria se ela não estivesse por perto. Por um segundo, esqueci a raiva que ainda ardia em meu peito por cusa dela, esqueci de sua origem nobre e do povo que ela representava em meu navio. Naquele estranho momento, ela era apenas a garota que fazia meu coração acelerar.

Tive uma certa inveja de Luke Castellan, por ter aquela mulher ao seu lado. Espero ao menos que ele tenha cuidado bem dela durante esse tempo. Tinha certeza de que ela fora a escolhida pelo conselho como seu passaporte para o trono, o que mostrava que aquele casamento era um belo arranjo para colocá-lo no poder, mas nada disso impedia que ela sentisse algo mais por ele, não é mesmo? Nada garantia que ela não estivesse apaixonada por ele, talvez não pelo fato de ele ser um bom homem ou coisa parecida, mas por ter sido destinada a ele. Desejei por um segundo estar no lugar de Luke no dia de seu casamento, o qual fiz questão de interromper, só para esperar alguém como ela ao lado do altar. Não sie muito bem o motivo de pensar nisso agora, mas sabia apenas que Luke era um homem de sorte, uma sorte que ele não merecia.

Já vivi junto do príncipe por tempo suficiente para saber o que se passa em sua mente. Posso dizer que não são boas coisas, ele sempre se mostrou um homem malígno e egoísta. Em minha infância, antes de tudo de ruim começar a acontecer, na época que minha doce e dedicada mãe ainda estava viva, nós morávamos nos fundos do palácio de Luke. Minha mãe era uma das criadas mais antigas e confiáveis do castelo, por isso, quando aparaceu grávida, a família real deixou que ela continuasse trabalhando para eles. Mas nada disso adiantou quando me descobriram meio-sangue, minha mãe e eu formos terrivelmente punidos e minha mãe foi sacrificada da pior forma possível. E antes disso tudo acontecer, eu e Luke erámos amigos, ou eu achava que erámos alguma coisa assim. E era nisso que tentei me agarrar quando tudo começou a desmoronar em minha vida, achei que alguém nós ajudaria, achei que Luke protegeria o "amigo", mas nada disso aconteceu, tudo o que ele fez foi olhar para minha mãe e eu com desprezo, como se não passássemos de ratos em seu porão. Lembro-me que o confrontei depois da morte de minha mãe, ele me procurara para me provocar por causa de minha perda e origem. Foi naquele momento que ele ganhou a famosa cicatriz no rosto, eu a fiz. Estava tão magoado que mal consegui olhar em sue rosto, e depois de ouvir todas as suas provocações, mal pude conter todo o meu ódio. Acabei por descobrir meu poderes naquele dia, mandando tudo pelos ares, fazendo o lago próximo ao palácio formar um onda gigante e jogar o príncepe para longe. Peguei uma adaga que caíra das roupas do príncipe e fiz-lhe um corte no rosto, não me pergunte o motivo, eu só queria que ele ficasse marcado para sempre. Toda a vez que ele se olhasse no espelho lembraria que fracassou em matar o velho amigo.

Acabei dormindo observando-a dormir, deitado em uma poltrona que ficava em um canto escuro do quarto. Acabei não tendo sonhos, o que era bom, já que sendo meio-sangue os olhos podem ser muito mais que sonhos. Talvez fosse por eu estar bem, me sentindo naquele dia. Não sabia muito bem que horas eram quando acordei, mas o sol estava quente e seus raios entravam pela vigia da parede. Annabeth ainda dormia profundamente em minha cama, devia ser no máximo meio-dia. Me levantei, fui até o banheiro da cabine, tomei banho e troquei de roupa. Quando voltei Annabeth já tinha acordado, estava se levantando, mas ao me ver ela parou. Me encarou sem sabe o que fazer, os olhos cinzentos estavam confusos, ela parecia se perguntar se eu representava algum mal. Tentei sorri para ela, mas não acho que isso a tranquilizou.

-Bom dia. -falei.

-Bom...dia. -ela disse meio tímida.

-Você devia tomar um banho e depois tomar café. Assim que chegarmos ao porto mais próximo trarei roupas novas para você, aposto que está cansada de usar esse vestido de noiva.

-É, me lembra que estou longe de casa. -ela comentou um pouco triste.

-Seu noivo mandou-me uma mensagem, algo sobre manter você segura. -eu disse um pouco inrritado com ela.

-E você vai fazer o que ele pede?

-É possível.

-Ele disse mais alguma coisa... ele... perguntou de mim? -ela parecia desesperada por saber mais.

-Por que se preocupa tanto se ele se importou com seu sequêstro? -ela me olhou com raiva.

-Porque ele é meu noivo! -ela disse com raiva.

-E o que isso importa? Que eu saiba isso não passa de um casamento arranjado! Você não passa de um caminho para que ele consiga chegar ao trono!

-Você não sabe de nada!

-Sei que sua vida é uma mentira, muito bem planejada, por sinal! -vi uma lágrima descer de seu rosto rapidamente.

-Não me culpe por sua vida ter sido ruim! Ninguém tem culpa pelo o que aconteceu a você!

-Quer saber, eu não tenho que perder meu tempo falando com você, está na cara que a princessinha nunca temeu nada na vida, nunca passou por um sufoco e nunca teve de lutar para estra viva.

-Não fale da minha vida como se ela não representasse nada.

-Não representa nada para mim!

-Ótimo, sendo assim pode me deixar no próximo porto!

-Não pense que será tão fácil assim!

-Por que você me odeia tanto ao ponto de me usar na sua estúpida vingança!

-Não chame-a estúpida!

-Você está jogando com a vida de pessoas, e isso tudo por algo que aconteceu no passado!

-Você não sabe do que está falando, você nunca lidou com nada que pudesse magoa-la!

-Você... não... sabe... nada sobre...mim!

-Vamos condessa, fale alguma coisa que já tenha machucado você!

-Não preciso falar nada para você. -ela tinha alguma lágrimas nos olhos, não conseguia olhar para mim e nem eu conseguia olhar em seus olhos cinzentos. Me senti um monstro por um segundo, eu não sabia o porquê de me sentir tão mal pelo o que estava acontecendo, eu me sentia horrível por tê-la feito chorar.

-Eu... - o que raios era aquilo? Uma desculpa?

- Faça-me ao menos o favor de falar nada!

-Annabeth...

-Por favor. -ela me pediu com a voz baixa, escondendo um suspiro.

-Vou deixá-la, venho mais tarde trazer café da manhã para você.

Ela virou de costas e ficou olhando para a parede, quis abraçá-la e pedir desculpas pelo o que tinha acontecido, mas ao mesmo tempo eu tinha alguma razão e não podia me fazer de molenga uma hora dessas. Annabeth era minha prisioneira, eu a escolhera porque ela era nobre, porque o povo dela havia me causado um grande trauma, só o que me restava agora era sair e ver se depois conseguia melhorar as coisas com ela. E eu nem conseguia achar os motivos que me faziam ficar tão mal por tê-la machucado...


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews!
Galera, postarei amanhã, então não esqueçam de mim.
Beijos!
Até loguinho! ♥