Across The Ocean escrita por Annie Chase


Capítulo 51
The last


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
É com uma dorzinha no coração que posto hoje o último capítulo desta Fanfiction. É um momento um pouco triste, mas emocionante para mim!
Eu mudei o nome da fanfiction, já que chegamos no fim achei que deveria colocar o nome correto, só para ficar bonitinho qui no nyah, assim os futuros leitores não acharam que tenho problemas. Apenas quero explicar que "Acrossing" é que um neologismo (palavras ou termos que criamos), pensei em usá-lo aqui na fanfiction, como ninguém se importou, ficou aí. Recebi um review um dia desses de alguém falando sobre isso... então, aí está para quem quer os nomes certinhos, isso não me incomoda em nada.
Boa leitura, amores!! *--*



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Pov: Percy.

Eu não mediria esforços para encontrá-la outra vez. Não costumava rezar ou pedir alguma coisa para os deuses do Olimpo, afinal, mesmo sendo nossos pais e inegavelmente nossa "família", eles não têm o costume de dar muita atenção aos semideuses. Claro que meu pai e a mãe de Annabeth tinham dado mais do que ajuda em nossa missão, desafiando todas as regras com isso. De fato, eu não pensaria duas vezes antes de rezar para elas, mas os demais deuses ainda eram um certo enigma para mim, não sabia se minhas orações seriam bem aceitas por eles. O buraco por onde Annabeth passara quando estava com Cronos era bem mais profundo do que eu pensava. Tivemos que praticamente cavá-lo outra vez ara que eu pudesse passar. Infelizmente era bem mais profundo do que eu imaginava, Annabeth devia estar bem no fundo e eu temia não ter tempo suficiente para chegar até lá. A caverna ainda poderia desmoronar, por isso tive de pedir para que todas as caçadoras, minha tripulação e meus outros amigos saíssem de lá. Aquela era uma missão que eu deveria realizar sozinho. Nico, apesar de relutante, teve de concordar comigo. Sua expressão sombria no rosto alertava que eu provavelmente não teria tanta sorte. Ele podia sentir quando alguém estava morto por perto, isso nem sempre era uma preocupação para mim, mas se tratando de Annabeth... aquela era mais um preocupações que faria de tudo para não ter. Porém, quando questionei Nico sobre Annabeth sua resposta fora vaga o bastante para me permitir ter esperança mais uma vez. Tinha certeza que meu amigo não deixaria com que entrasse em um buraco atrás de um cadáver.

-Eu não sei direito o que está acontecendo... Eu sei quando alguém está morto, sinto coisas, geralmente semelhantes, mas isso... é diferente. Ela ainda não está morta... não completamente. -Nico dissera antes que eu partisse atrás de Annabeth.

-Obrigado, Nico. -eu disse tocando seu ombro. -Isso já é alguma coisa.

-Traga-a de volta. -disse Thalia encarando-me com seus olhos azuis elétricos, ela parecia furiosa por não poder entrar comigo em busca de Annabeth. Nico a convencera que apenas eu poderia fazer isso, mas mesmo assim ela não parecera nada feliz. -Eu então eu mato você. -ela disse tentando parecer com raiva, mas seus olhos ficaram levemente marejados.

-Eu vou fazer de tudo. -falei tentando parecer mais confiante do que realmente estava. -Vou buscá-la no mundo inferior se for preciso.

-É bom mesmo. -ela disse me dando um leve soco no ombro. -Não a deixe ir embora para sempre. -ela pediu e eu concordei sorrindo.

Consegui finalmente fazer com que todos fossem embora, não podia perder mais tempo. Por isso acreditei que tinham mesmos ido embora quando passei a descer no buraco buscando não me ferir muito ao tentando me segurar nas paredes de relevo irrgular. Minhas roupas estavam ficando aos trapos a medida que eu descia pelo buraco. Meus dedos estavam bastante machucados e meu sangue começava a sagrar deixando machas vermelhas nas paredes da caverna. O que fazia com que cada momento fosse agoniante.

Minha cabeça girava em torne de milhares de possibilidades e de probabilidades. Várias dúvidas preenchiam meus pensamentos a medida que eu descia mais. Meu maior medo era que ela tivesse decidido simplesmente ir. Sei que aquela não era uma escolha fácil e sabia muito bem o quão egoísta ao torcer para que ela ainda esteja esperando por mim. Talvez tudo isso seja um grande erro, talvez tenha sido desde o começo... Mas alguns erros valem a pena, alguns erros acontecem para nos ensinar que nem sempre o certo é o melhor para nós. Talvez tudo aquilo tivesse começado para um propósito maior no final. Lembro que a primeira vez que entrei naquele reino foi em busca de vingança, queria fazer com que Luke pagasse por tudo que havia feito com minha mãe e eu, o que no final apenas me ensinara que a vingança não levaria a nenhum bom resultado, afinal, lá estava eu completamente mudado e pronto para salvar o mundo não só para mim, mas para pessoas que eu nem mesmo conhecia, mas que pretendia apenas dar a chance de sobreviver.

Nunca imaginei que ao invadir aquele castelo, naquela noite, onde Luke estava prestes a se casar, que acabaria levando comigo sua linda noiva. Lembro-me muito bem de achar que ela poderia ser últil para manipular o inimigo, hoje vejo que a função dela era muito maior do que essa. Também nunca poderia imaginar que a mulher que eu tivera a ousadia se sequestrar acabria se tornando a mulher de minha vida.

Não, aquilo nunca foi um erro ou um golpe de sorte. Apesar de confiar fielmente que às vezes temos que errar feio para descobrir como fazer as coisas da maneira correta. Fora tudo muito bem arquitetado pelo destino e, creio eu, que Afrodite tenha dado uma ajuda. Annabeth não era mais a condessa que encontrei naquela noite chuvosa, muito menos a mesma mulher que ousou confrontar-me diversas vezes... Annabeth se tornara uma mulher corajosa e destemida, que mesmo conhecendo o perigo arrisca-se para ajudar os amigos e proteger quem ama. Minha Annabeth. Pelos deuses que ela não esteja morta quando eu chegar... pelo menos deixem que possa vê-la ainda com vida.

Pov: Annabeth

A vida é feita de escolhas. Às vezes escolhas fáceis decididas e anunciadas por respostas simples, tais como: Dizer sim ou dizer não. Descer ou subir as escadas ou simplesmente decidir colher ou não uma flor que nasce no jardim. Só que muitas das vezes escolhas simples podem se tornar complicadas. Basta que as perguntas sejam bem mais elaboradas. Algumas perguntas realmente complicam nossas , tornando as escolhas cada vez mais duras de serem tomadas, tais como: Viver ou morrerAmar ou odiar o pirata que te sequestrou. Lutar pela vida ou simplesmente desistir... Creio que nem todos precisem responder essas perguntas, mas existem aqueles que realmente não tem escolha, que se deparam com difíceis decisões todos os dias... pessoas como eu. Não esperava que meu conto de fadas falsificado acabasse se tornando um drama sobre uma garota que tenta viver num mundo que não escolheu... Olha que eu não estou reclamando disso, viver nesse mundo foi a melhor coisa que me aconteceu. Ser sequestrada no dia do meu casamento acabou saindo mais como uma benção do que como uma desgraça declarada. Meu sequestrador não foi o tirano que imaginei que fosse... na verdade, meu príncipe encantado usava camisas bufantes, saqueava reinos e era perseguido em uns vinte ou trinta lugares diferentes. É engraço pensar em como a vida pode ser irônica as vezes. O homem com que eu estava comprometida desde dos meus sete anos de idade acabou quase se tornando meu carrasco e o homem que buscava vingança, que pretendia fazer com eu fosse parte disso, acabou sendo o grande herói da minha história.

A dor estava amenizando, talvez eu estivesse me acostumando com ela ou então... já estava morrendo de vez. Conseguia ouvir alguns barulhos a cima de onde e estava, mas não conseguia mover meu pescoço para ver, estava em um espaço apertado onde só minha cabeça conseguia ficar de fora, sem muito movimento. Meus olhos voltaram a pesar, minha respiração estava voltando a ficar curta. O tempo estava acabando.

Por favor, Hades espere mais um pouco. Só mais um pouquinho.

-Annabeth! -ouvi uma voz conhecida chamar, nunca me alegrei tanto ao ouvir alguém chamar meu nome.

-Percy... Percy... Percy! -tentei chamar, mas tudo não passava de um longo sussurro. Cada vez que eu tentava aumentar meu tom de voz, sentia uma pontada forte em meu peito.

-Annabeth! -ele disse chegando mais perto de onde eu estava, finalmente conseguira me encontrar no meio dos demais escombros. Ele passou a tentar remover alguns deles, permitindo que tivesse uma visão melhor de onde eu estava, infelizmente a maior parte das pedras que estavam sobre mim não poderiam jamais ser movidas por ele.

-Você veio. -eu disse tentando dar um sorriso, consegui fazer com que um de meus braços de movesse e permitisse que ele segurasse uma de minhas mãos.

-Você ainda tinha dúvidas?-ele disse. -Não importa onde você esteja, eu sempre irei procurar e encontrar você Annie. -ele disse, pude ver que haviam lágrimas em seus olhos verdes profundos.

-Só achei que não teríamos tempo... para nos despedir. -minha voz começava a falhar.

-Eu não vim me despedir... -ele disse agarrando minha mão e apertando-a. -Eu vim buscar você.

-Acho... que isso é impossível. -falei tentando parecer conformada com a situação.

-Nada é impossível. -ele disse. -Não quando temos esperança. -ele disse eu tentei sorrir.

-Nunca devia ter falado de esperança com você. -eu disse ele se permitiu rir um pouco.

-Foi uma das melhores coisas que você fez por mim. -ele comentou enquanto tocava meu rosto com a ponta dos dedos. Não sei dizer se ele estava quente ou se minha pele estava fria demais.

-Percy... estou indo embora... -falei deixando que algumas lágrimas descessem por meu rosto. -E eu não quero isso.

-Não, você não está. -ele disse desesperado, porém sem gritar. -Você vai ficar aqui comigo.

-Você sabe que eu não posso. -eu disse, minha voz não passava de um fio de vibrações que mal podiam ser ouvidas por por ele, até mesmo por mim.

-Por favor, Annie... fique comigo, você tem que ficar aqui comigo. -ele praticamente implorava, seus dedos estavam ficando pesados e ele mão conseguia tocar meu rosto. O ar que respirávamos estava repleto de poeira e eu estava morrendo de vontade de tossir, mas não conseguia fazer isso, parecia um esforço que meu corpo não poderia mais realizar.

-Eu amo você. -eu disse antes que tudo dentro de mim parasse de vez. -Tente não esquecer disso, tudo bem?

-Não... isso não é uma despedida, você vai ficar aqui comigo! Tem que ficar! Nós precisamos viver a nossa história... ainda não vivemos nem metade. Não acabei de amar você, isso não pode terminar aqui. -ele disse, as lágrimas em seus olhos agora eram grossas e pesadas, rolavam livremente por seu rosto bonito.

-Percy, está na hora de ir. -eu disse depois de respirar fundo com muita dificuldade. -Tudo sempre tem um fim... acho que o meu... chegou agora...

-Não, lute comigo Annie! -Percy me pediu chorando freneticamente. Ele se levantou e passou a tentar remover mais pedras.

-Não adianta mais, Percy... Você não pode mover... mais nada.

-Eu posso tentar. -ele disse e sua voz não passara de um gemido rouco.

-Percy... -chamei mais uma vez. -Eu preciso que você fique aqui comigo... por favor. -ele voltou ao meu campo de visão calmamente, como se lutasse para acordar de um pesadelo. Deitou-se no chão ao meu lado e pegou minha mão.

-Eu amo você, Princesa Annabeth Chase. -ele tentando sorrir para mim.

-Vou sentir sua falta, Percy. -falei.

-Não diz isso... vai tudo dar certo. -ele tentou me animar.

-Obrigada por tentar, Percy. Você foi a melhor coisa que já me aconteceu. -ele disse beijando minha mão.

-Você também... -minha respiração falhou e meu coração acelerou por um momento, eu sabia que não aguentaria mais nenhum segundo. Meus olhos se fecharam, eu não tinha mais forças para abri-los, mas ainda estava consciente.

-Deuses! Se vocês estiverem me ouvindo agora, eu imploro que me ajudem agora! Não a deixem ir! -ele estava chorando bastante e gritava muito alto, o eco da caverna fazia com que seus pedidos fossem ainda mais dolorosos de se ouvir. -Eu nunca pedi nada há vocês! Peço que ajudem aquela que salvou o Olimpo e o resto do mundo... Por favor!

Pov: Narradora*

Percy não sabia o que esperar com tudo aquilo. Ele apenas queria que alguém intercedesse por aquele amor. Não estava pronto para perder Annabeth, não podia simplesmente dizer adeus a mulher que amava. Seu coração batia mais forte e o sangue pulsava em suas veias fazendo com que as coisas ficassem cada vez piores. A dor em seu coração fazia com que as coisas se tornassem piores. Seus olhos ardiam e estavam vermelhos de tanto chorar. Ele estava a espera de um milagre.

No olimpo as coisas não estavam melhores, os deuses estavam reunidos em sua sala dos tronos em uma grave discussão sobre o que fazer em relação ao pedido do semideus. Todos encaravam uns aos outros com expressões completamente diferentes. Zeus estava zangado, como sempre, não gostava de admitir o quanto devia seus domínios e poderes aqueles semideuses. Hera parecia preocupada, nunca se deram muito bem com nenhum meio-sangue, mas aquela situação estava mexendo bastante com seus instintos básicos de proteção à família. Aqueles heróis salvaram sua família e ela tinha certeza que queria salvar a família deles. Apolo apenas avaliava os ferimentos de Annabeth, sabia que eram graves mais talvez ele pudesse, caso tivesse a chance, curá-los... levaria um bom tempo e tomaria quase todas as suas forças, mas... Poseidon estava calado, não gostava de ver o estado do filho, estava tentando bolar um plano para ajudá-lo. Ninguém sabia melhor do que ele o que era perder o amor de sua vida, instintivamente olhou para Atena, que estava em prantos. Ela sempre se preocupara bastante com sua filha, fizera de tudo para que ela chegasse ao topo e agora estava vendo-a partir. Afrodite estava de coração partido, tinha uma expressão horrível no rosto (o quem não deixava-a menos bela), não queria ver seu casal favorito terminar de forma tão trágica. Ares e Hefesto pareciam perdidos no meio daquilo tudo, não entendiam direito o que estava acontecendo, mas sabiam que era grave. Ártemis estava um pouco chateada por Annabeth não ter nem mesmo cogitado a possibilidade de se tornar caçadora por causa de Percy, mas também não queria que os dois sofressem. Hades estava entediado, não podia oferecer mais ajuda àquela garota, a hora dela havia chego. Dionísio e Hermes encaravam a cara dos deuses esperando que tudo acabasse logo, não era o tipo de coisa que queriam fazer depois de uma quase guerra. Sem falar que Hermes ainda não sabia lidar com a humilhação de saber que seu filho fora o grande vilão aquela história, mesmo sabendo e concordando que ele morrera como um herói.

-Vocês tem que ajudá-la! -disse Atena se levantando e quebrando o silêncio.

-Não podemos fazer mais nada. -disse Hades amargamente. 

-Podemos sim! Podemos juntar nossas forças, podemos... podemos ajudar! -ela disse um pouco desesperada.

-Ela está certa! -disse Poseidon se metendo na conversa. -Eles nos salvaram, resolveram nossos problemas antes mesmo que tivéssemos coragem de tomar atitude. Eles merecem nossa ajuda! -ele disse voltando-se para o irmão. -Você sabe disso Zeus.

-Vocês sabem que não podemos interferir! -ele respondeu em um rosnado.

-É justamente por causa disso que quase formos extintos! -gritou Atena, nenhum dos deuses jamais viram a deusa da sabedoria tão revoltada e zangada com o pai.

-Ela tem razão. -disse Hermes. -Sempre tem razão, mas dessa vez nossas regras quase nos mataram.

-O que podemos fazer? -perguntou Afrodite aflita.

-Podemos curá-la, sem oferecer a imortalidade... podemos nos juntar e dar nossas bençãos, isso bastaria.

-Você sabe muito bem que este e um pedido perigoso, nenhum semideus jamais recebeu nossas doze bençãos. -disse Zeus.

-Pai, eu imploro! - disse ela mais uma vez.

-Por favor, irmão. -Poseidon ajudou.

-Ajude-os, Zeus. -pediu Hera confiante. 

-Precisamos entrar em acordo, estamos todos de acordo? -perguntou Zeus mesmo a contragosto.

-Sim! -ambos responderam em uníssono.

-Que nossas bençãos pairem sobre Annabeth Chase, e cure seus ferimentos. -ele disse e passou a murmurar alguns versos em grego antigo. Os demais deuses fizeram o mesmo. Com as doze bençãos Apolo não precisaria esgotar suas forças, apenas faria um pouco mais de trabalho.

Um raio partiu o céu. Um luz incrivelmente brilhante desceu do olimpo e passou a atravessar a terra em uma velocidade incrível. Os mortais observaram, devido a névoa, algum tipo de fenômeno natural estranho, cada um via o que desejava, menos a verdade. Do lado de fora do castelo, Thalia Grace chorava incontrolavelmente achando que tinha perdido seus dois amigos. Nico abraçava a filha de Zeus com força, tentando fazer com que a dor dela passasse, mas não estava tento efeito, afinal ele também controlava-se para não desmoronar. A tripulação de Percy observava em silêncio tudo o que estava acontecendo, queriam muto poder ajudar o capitão, mas simplesmente não podiam desobedecer as últimas ordens dele, que diziam que nenhum deles deviam entrar naquele castelo, não importa o que acontecesse. As caçadoras mostravam seu apoio, não entendiam direito o que faria alguém largar tudo por amor, afinal tinham perdido a noção daquele sentimento no momento em que aceitaram a imortalidade.

Quando o viram a luz que entrava no castelo, acharam primeiramente que era mais uma ameaça, mas logo notaram que algo tão bonito assim não deveria representar risco. De alguma forma, eles sabiam que aquilo era especial e que iria ajudá-los. Por um segundo ou dois, se permitiriam sorrir um pouco. Estavam renovando suas esperanças.

Lá dentro, ainda nos meio dos escombros da caverna, Perseu Jackson ainda segurava a mão da amada implorando que ela não o deixasse. Foi nesse momento em que a luz brilhante e poderosa entrou pelo pelo teto e entrou no corpo fraco e machucado de Annabeth. Ele apenas observou. Como num impulso, empurrou as pedras que estavam em cima da amada, como mágica, ele pode movê-la sem fazer muito esforço. Logo ela não estava mais presa pelas rochas. Seu rosto voltou a ter a mesma cor de antes, ela parecia mais forte, seus ferimentos estavam curados e aos poucos seus olhos se abriram lentamente.

-Percy? -ela perguntou com a voz ainda fraca, mas um sorriso no rosto.

-Annabeth... você voltou! -ele disse sorrindo, mesmo com algumas lágrimas nos olhos. Tocou o rosto da amanda e beijou sua testa.

-O que aconteceu? -ela perguntou tentando se levantar, mas ainda estava cansada.

-Eu não sei... -ele comentou. -Mas acho que nossa família olimpiana deu uma ajudinha. -comentou sorrindo.

-Parece que sim... Obrigada! -ela disse olhando para o céu.

-Obrigado! -ele disse repetindo o ato dela. -Vou tirar você daqui. -ele disse pegando Annabeth no colo.

-Como vamos fazer isso? -ela perguntou segurando-se no pescoço dele.

Antes que ela pudesse perguntar outra vez, Percy convocou uma onda enorme, fazendo com que o oceano próximo deles atingisse o castelo e os fizesse emergir até chegarem ao andar superior. Percy praticamente correu com Annabeth para fora do lugar. Encontrando com os amigos que estavam esperando por eles do lado de fora do castelo.

-Meus deuses! Ela está bem! -exclamou Thalia antes de correr na direção dos dois. Todos os outros repetiram o ato da filha de Zeus.

-Não foi dessa vez... -Annabeth respondeu com um sorriso fraco. 

-Eu nunca mais vou perder você de novo, Princesa Annabeth. -disse Percy sem se importam que todos estavam olhando para eles. -Nunca mais.

-Tente nunca mais dar esse susto na gente, Annie. -disse Thalia. -Ou então, eu mato você. -ela ameaçou e todos riram. Aquele era o jeito dela de dizer que gostava demais da amiga.

-Não se preocupe, nunca mais quero passar por isso. -a loira disse suspirando.

Rachel apareceu sorrindo vinda da floresta. Ela apenas se aproximou e disse:

-Eu bem que avisei que no final tudo daria certo. -concordei mentalmente, algo me dizia que ela sempre soube o que iria acontecer.

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-Fizemos a coisa certa. -disse Poseidon para a Atena que olhava o jardim de Hera deixando que seus pensamentos voassem.

-É, fizemos. -ela se virou par ele sorrindo. -Acha que agora eles poderão ter um final feliz? -ela perguntou.

-Acho que eles podem tentar... e nós também. -ele disse se aproximando dela, estava apenas desviou os olhos, pois não conseguia se mexer.

-Poseidon... -ela sussurrou para ele. -Não sei se daria certo.

-Podemos tentar. -ele insistiu. -Por favor, você já se arriscou tanto para ajudar nossos filhos a ficarem juntos, por que não consegue fazer o mesmo por nós? -ele perguntou tocando o rosto dela e orbigando-a a olhar para ele.

-Porque quando eu tentei fazer de "nós" meu pronome, você simplesmente deu para trás. -ela respondeu suspirando.

-Eu cometi muitos erros, Atena. -ele concordou. -Mas eu quero mais uma chance com você e seu que você quer tentar outra vez. Vejo nos seus olhos que ainda não é tarde demais...

-Poseidon...

-Mais uma chance. -ele insistiu. -É só o que eu peço.

-Podemos tentar. -ela disse depois de se perder nos olhos dele. Sabia muito bem o que a filha sentia quando olhava nos olhos de Perseu. Por que os pescadores tem que ter olhos tão lindos? -Mas se você repeitr o feito... juro que...

-Eu juro que nada mais vai nos seprar. -ele disse sorridente. -Nada mais vai atrapalhar meu amor por você...

-Não faça-me promessas que não possa cumprir. -ela pediu enquanto ele colocava suas mãos na cintura dela.

-Quem disse que eu não posso cumprir? -ele perguntou antes de colar seus lábios no da deusa da sabedoria. Nunca cansaria de beijar aquela mulher. Ela sempre seria a única que faria seu coração disparar. Ela sempre seria seu amor.

E foi mais ou menos assim que tudo recomeçou!

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Pov: Annabeth.

Atravessar os oceanos não é algo fácil de se fazer. Ainda mais quando se é um meio-sangue, mas eu tenho que confessar que vale muito a pena quando fazemos isso por amor. Passei boa parte do tempo dizendo que o amor e a razão não poderiam andar juntos e cheguei a conclusão que estava certa o tempo todo, eles não podem andar juntos, mas podem se cruzar no meio de alguma estrada do destido e, quando isso acontece, a única razão que temos é que estamos amando. Tenho a sorte de dizer que isso aconteceu comigo, sou grata por isso. Sou grata por não viver um conto de fadas, afinal de um jeito ou de outro eles são sempre chatos e cheios de lições de moral. Viver uma vida fora dos roteiros e livros velhos e encapados com couro é bem melhor, temos a chance de viver avneturas, de encontrar nosso lar nos luagares mais remotos, encontrar a verdadeira "família" em grupos de pessoas completamente diferentes, além de achar o amor nos braços de quem menos esperamos.

Cada segundo, cada minuto que vivemos é importante... especial. Nós nunca sabemos quando será a última vez que poderemos sorrir, que poderemos ver quem gostamos e dizer "eu te amo". Nós nunca sabemos quando teremos nossas últimas chances, nunca sabemos quando é tarde demais. Por isso, cada deve ser vivido intensamente, pois os momentos não se repetem, porque às vezes o passado acaba se perdendo, porque o amor não espera para acontecer. Tudo o que eu vivi está gravado e perdido em algum lugar do tempo, mas muito bem guardado em minha memória. Porque cada lágrima derramada, cada suspiro, cada sorriso que eu dei... foi por algum motivo, um bom motivo.

A vida e o amor são como o oceano: Fortes, imprevisíveis e sempre podem nos desmoronar com fortes ondas. Amar é como enfrentar as correntezas de um mar revolto, é enfrentar o frio de uma decepção, mas visando sentir a alegria que é ter a água frescante tocando nossos corpos em um dia quente de verão. Muitas vezes a vida encontra uma forma de nos levar ao nosso destino, mesmo depois de nos fazer enfrentar diversas barreiras, assim como as ondas, que quebram em se refazem milhares de vezes até poder chegar na praia.

Eu encontrei a minha praia... Ela costuma ter nome e sobrenome: Percy Jackson.

Mais que um caminho, mas que meu destino, mais do que meu porto seguro... ele é o meu amor. De qualquer maneira, eu sei que sempre voltaria para ele, não importa o quanto as correntezas sejam  fortes, não importa o quanto o mar esteja revolto ou o quanto as ondas quebrem... eu sempre serei levada até ele.

Porque no final somos todos gotas de um grande oceano.

Só que as vezes elas se encontram... formando uma linda história...

Uma garotinha loira passou correndo pelo grande salão com seus cachos loiros como o sol balançando pelo ar, seus olhos verdes profundos e brilhantes mostravam sua felicidade mais do que largo sorriso em seu rosto. Alguns empregado corriam atrás dela tentando fazê-la parar, pena que nunca iriam pegá-la, pelo menos não enquanto ela estivesse esperando pelo pai, que acabara de atracar no porto com os novos membros da tripulação. Eu podia vê-lo descer com sua velha camisa bufante de sempre e os cabelos desgrenhados o alto do castelo.

Parecia ontem quando fui nomeada rainha daquele reino, já que tragicamente me tornara viúva do rei e era a última pessoa viva da realeza. Não demorou muito tempo antes que reconstruíssemos o castelo e apagássemos todas as evidências que um dia um poderoso titã tentara se reerguer ali. Não sabia o que a névoa os fez acreditar, mas deve ter sido algo muto bom para fazer com que me aceitassem como rainha e respeitassem os novos membros da corte, todos semideuses, Thalia e Nico e todos os mebros da tripulação de Percy aceitaram ficar também e fazer parte desta "nova ordem", as caçadoras (sempre do contra) preferiram seguir seu caminho  em vez de ficar conosco! Meu novo marido pirata também foi bem aceito, apesar de ser um pirata. Rachel se tornou nossa consultora real, morava em um casa no campo e aparecia sempre que as coisas estivessem prestes a dar um grande salto e mudarem completamente, graças a ela, as coisas nunca saiem de controle. Helena é a próxima na linha de sucessão, não é o tipo convencional de princesa, mas o que mais poderia se esperar de uma filha minha e de Percy. Depois que ela nasceu, oito anos atrás, entendi o que Cronos queria dizer com "dois pelo preço de um", eu estava grávida dela quando todo aquele pesadelo aconteceu.

-Ele já chegou? -perguntou pela quadragésima vez naquele dia.

-Quase, apenas mais alguns minutos. -eu disse e ela sorriu um pouco.

-Você sentiu falta dele? -perguntou olhando para mim com os olhos verdes iguais aos dele.

-Claro, seu sempre sinto. -eu disse caminhando até meu trono, ela me acompanhou e sentou-se em meu colo.

-Quando vamos poder viajar com ele? -ela perguntou animada.

-Logo, querida. Assim que você crescer mais um pouquinho. -eu disse acariciando seus cabelos, iguais aos meus.

-Mal posso esperar. -ela comentou alegre.

-Você é igualzinha ao seu pai. 

-Eu sei. -ela disse antes de pular do meu colo e passar a esperar o pai na janela da torre.

Perseu entrou pela porta do grande salão com um enorme sorriso no rosto,  coroa de rei estava um pouco torta em sua cabeça, eu sabia muito bem que ele não gostava de usá-la, mas era o bom e velho protocolo.

-Pai! -Helena se jogou nos braços do pai, que a carregou e a girou no ar.

-Senti sua falta, pequena! -ele disse quando a colocou no chão.

-Eu também, papai!

-E você? Não virá aqui me abraçar, sabidinha? -ele perguntou me encarando.

-Você sabe muito bem que sim, cabeça de alga. -falei indo até ele. Seus lábios encontraram os meus... a magica ainda era tão forte quanto da primeira vez que nos beijamos.

-Vocês podem me contar aquela história novamente? -Helena perguntou quando separei meus lábios dos de Percy.

-Qual, querida? -perguntei.

-A de quando vocês se conheceram... -ela disse fazendo seus olhinhos brilharem.

-Mas você já ouviu essa história. -disse Percy.

-Eu sei, mas é a minha preferida. -ela disse fazendo uma carinha triste, sabia que nunca diríamos não.

-Tudo bem. -disse Percy pegando-a no colo. -Tudo começou quando eu invadi o reino de sua mãe no dia de seu casamento...

Eu sabia muito bem o que aconteceria depois, Helena também. Talvez ela esteja apenas esperando que possamos terminar a história com o famoso "fim". Só que isso não será possível, não agora...

Histórias de amor como essa não costumam ter um fim.

Apenas recomeços...

Que aconteceram várias e várias vezes...

Então, eu não direi que esse é o fim.

Vamos apenas dizer que é mais um dos começos.

Então, que seja eterno enquanto dure...



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Notas finais do capítulo

Pois é, chegamos ao fim!
Deixem reviews!
Recomendem, afinal, chegamos ao fim!
Quero conhecer meus fantasminhas, vocês podem falar agora, eu não mordo *--*
Agora é sério:
Dói saber que chegou no fim, mas essa não é a última vez que vocês me verão adaptar uma época antiga ao mundo meio-sangue com esse casal sim, eu tenho novos planos, que sei que vocês irão gostar). Foi muito bom escrever para vocês! É triste dizer adeus, mas é sempre bom se sentir satisfeito com o que fez! E eu estou satisfeita, bastante por sinal!
Obrigada a quem recomendou! A quem deixou reviews e aqueles mais discretos que mandam um "oi" de vez em quando. Não posso agradecer aos fantasminhas, afinal eu nunca os vi (pelo menos a maioria).
Mesmo assim, valeu gente! *--*
Beijos ♥ Annie Chase
Até mais.