Across The Ocean escrita por Annie Chase


Capítulo 29
Deixando tudo no lugar!


Notas iniciais do capítulo

Oi meus lindos leitores! Como eu havia dito nos reviews, esse cap está emocionante! Mas, vamos lá meus lindos, estão prontos?
Ah e antes que eu me esqueça, quero ver mais pessoas novas nos reviews! Estamos chegando em momentos bons e quero ao menos saber o que vocês estão pensando. E recomendações também seriam bem legais, meus lindos. Ainda mais depois desse cap. Pois bem, lá vamos nós!
Boa leitura!



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Pov: Narradora.

Nunca sabemos direito o que a vida nos reserva, muito menos se nossas futuras ações estão relacionadas diretamente à algo que nos faça felizes. Aos poucos vamos descobrindo que nem tudo na vida sai do jeito que esperamos, de repente, nossas vidas cruzam com outra e vivemos uma porção de reviravoltas. Nunca sabemos ao certo quando estamos prontos para mudar, muito menos se essas mudanças noa farão bem, mas temos que encará-las assim mesmo. Depois de um bom tempo pensando em tudo que já nos aconteceu e ainda está para acontecer, acabamos por descobrir o quanto aprendemos no meio dessas reviravoltas da vida. Cada segundo, uma nova experiência nos faz crescer e evoluir cada vez mais.

Como uma folha que caí de uma alto galho de uma árvore, estamos a mercê do vento, que pode nos levar para qualquer lugar. Voamos por aí sem direção, até que o destino escolha um lugar para nós, e nele vivemos uma aventura. O destino é mesmo brilhante, pelo menos na minha opinião, cada segundo de um momento conturbado , no final, acaba se tornando estranhamente necessário no final da história. Não estou dizendo que cada segundo deve ser encarado como algo bom, mas nada é inteiramente dispensável. Ao final do caminho, aquelas coisas dolorosas acabam se tornando motivadoras e nos deixando cada segundo mais forte. Acaba sendo mais ou menos como: "Tudo aquilo aconteceu para que eu estivesse aqui agora". E sem nem mesmo perceber, acabamos agradecendo por tudo.

Perseu, Thalia, Nico, Grover e Rachel estavam fazendo o caminho inverso daquele que usaram para chegar até a porta do quarto de Annabeth. Antes de conseguírem avistar a porta da saída, interromeram sua caminhada para recuperar o fôlego, principalmente depois de ouvirem ao longe a marcha nupicial. Mal podiam acreditar que Annabeth estava mesmo se casando. Souberam que tudo estava perdido quando Percy saíu do quarto da moça com lágrimas nos olhos. Naquele momento as perguntas presas nas gargantas de seus amigos foram rapidamente engolidas, ninguém ousou perguntar o que acontecera. Ninguém nunca havia visto o capitão dos piratas daquela forma. O que uma mulher podia fazer com um homem apaixonado? Levá-lo à lourura e deixá-lo em pedaços. Só mesmo o amor para unir reações tão diferentes. Rachel parecia estar em um enterro, não conseguia nem mesmo olhar para Percy, no fundo ela sabia muito bem que a reação de Percy depois de sua conversa com Annabeth devia ter o dedo de Luke. Sabia que o futuro rei tinha o poder de controlar muito bem as emoções de o cerca, além de saber jogar muito bem com o psicicológico dos outros. Sejá lá o que Annabeth tenha falado para Percy, fora por culpa de Luke. A culpa de Rachel estava a corroendo por dentro, mal conseguia respirar sem sentir a dor de estar magoando aquele que ama, tinha mais ou menos ideia de como Annabeth estava se sentindo agora, casando com seu próprio carrasco.

Podia ir até ele e falar sobre todas as tramas que estavam por trás daquela ida ao castelo e toda sua história com ele, mas não conseguia fazê-lo. Sabia que poderia perder a confiança dele, além de deixar claro que o tempo todo não passou de uma espiã. Tinha medo da forma que ele começaria a vê-la, não estava pronta para ser sua inimiga, tinha de ser ao menos sua amiga, alguém em quem ele possa confiar. Detestava ser uma Dare, se não fosse por sua família podeira ser uma pessoa normal, poderia fazer coisas nomais e viver do jeito que sempre quis. Estava com as pernas bambas, depois de receber instruções rígidas sobre como deveria proceder até o momento de levar Percy ao castelo, ficou com uma enorme dúvida sobre o que viria depois, afinal, depois de Percy ser rejeitado por Annabeth, o que mais poderia acontecer? Estava com medo de Luke ter planejado alguma coisa para machucar Percy, não suportaria ver o amado outra vez ferido por ele´. Só queria cabar com tudo aquilo de uma vez. Quem sabe poder se afastar do domínio de Luke, já que agora ele estava prestes a conseguir tudo o que mais queria.

-O que você acha que aconteceu? -Rachel ouviu Nico sussurar para Thalia, a garota olhou ao redor para conferir se alguém prestava atenção na conversa dos dois, por sorte, não viu que Rachel estava atenta aos comentários.

-Parece que Annabeth continuou com sua ideia de proteger Percy, sejá lá o que disse... Fez com que ele fosse embora. -disse ela suspirando.

-Por que ela não contou a verdade de uma vez? -perguntou Nico.

-Não sei, mas Luke deveria saber muito bem que nós viríamos. Deve tê-la ameaçado de alguma coisa.

-Vocês não precisam sussurar. -disse Percy com a voz rouca na frente do grupo, ele continuava de costas, sua voz carregarava um mágoa imensa. Os cabelos pretos caíam sobre os olhos, começavam a grudar na testa por causa do suor. -Sei que estão falando de mim, pelo menos tenham coragem para falar alto. -ele disse inrritado, não gostava de ninguém falando sobre sua vida, ainda mais quando se tratava de algo relacionado à Annabeth Chase.

-Desculpe-nos... Não foi nossa intenção... -começou Thalia, era alguns anos mais velha que Percy, mas o morenos lhe dava medo em alguns momentos. Não queria provocá-lo, sabia que algo muito ruim havia acontecido, preferiu deixar as coisas mais claras, não estava disposta a começar uma briga com Percy.

-Não precisa se explicar. Sei que todos vocês estão morrendo de curiosidade para saber o que aconteceu lá dentro. -Percy disse depois de respirar fundo. -Eu só posso, e quero, dizer que conheci a verdadeira Annabeth. E confessar que estava enganado em relação a ela, ou melhor, a tudo. Arrisquei demais vindo até aqui para só para saber o quanto fui idiota por achar que ela era diferente dos outros.

-Percy, não sei o que ela lhe disse lá dentro, mas seja o que for... Não é verdade! Conheçemos Annabeth, ela não é como os outros nobres... -começou Nico, mas Percy não estava com vontade de ouvir mais nada que tivesse relação com a loira.

-Ela deve ter enganado vocês também...

-Não Percy! Nós sabemos a verdade, ela nunca...

-Já chega disso! -Percy disse finalmente se virando para encarar os amigos. -Parem de defendê-la, vocês não ouvriam o que eu ouvi. Se alguém estivesse me contado eu não acreditaria que ela pudesse ser tão mesquinha, mas eu estava lá! Ouvi cada palavra sair dos lábios dela! -Percy tinha o ódio queimando em seus olhos. Nunca ninguém pensou que pudesse sentira aquilo por Annabeth, ela era o amor de sua vida e agora ele estava totalmente desacreditado com ela.

-Percy! -Rachel gritou por fim, todos olharam para ela. Ninguém esperava que a ruiva se posicionasse, afinal, todos esperavam que ela fosse a primeira a criticar Annabeth e dar apoio para esse ódio que Percy passou a sentir por ela. -Annabeth não fez o que fez por vontade própria.

Rachel sentiu o coração falhar uma batida, tinha de ajudar Percy, ele poderia não estar mais perto dela, poderia odiá-la se quisesse, mas não iria deixar que ele ficasse eternamente achando que Annabeth nunca o amou. A ruiva não sabia ao certo se conseguiria explicar tudo para Percy, ou mesmo se conseguiria defender a condessa que lhe roubara o verdadeiro amor. Mas tinha que ao menos tentar fazer o que, durante muitos anos, tentou fazer, mas falhou em todas as tentativas. Não teria essa coragem repentina se a felicidade de Percy não estivesse em jogo.

-Do que está falando? -Percy perguntou assustado pela súbita manifestação de Rachel.

-Luke deve estar manipulando-a! -ela disse rapidamente.

-Como você pode ter certeza? -Percy perguntou para ela.

-Porque eu sei que Luke está planejando as coisas desde sempre! E você está dançando conforme a música dele.

-Como sabe disso? -ele perguntou confuso mais uma vez.

-Porque eu o ajudei a fazer tudo isso! -Rachel disse de uma vez, deixando que uma lágrima solitária caísse de seus olhos verdes. Percy estava para dizer alguma coisa, mas preferiu se conter, não sabia mais o que dizer.

Pov: Annabeth.

-Você, Condessa Annabeth Mary Chase, aceita esse homem como seu legítimo esposo, para amá-lo e respeitá-lo, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte os separe? -perguntou o padre olhando para mim. Parei de respirar por um segundo, não conseguia emitir nengum som. Estava nervosa, um grande "não" estava querendo sair de mim, mas sabia que não podia fazer isso com Luke. Ao ver que eu estava calada e que não estava dando sinais de que estava pronta para falar, Luke segurou meu braço discretamente o apertou com força, fazendo-me voltar para a realidade.

-Aceito! -praticamente gritei.

-E você, Príncipe Luke Castellan, aceita essa mulher como sua legítima esposa, para amá-la e respeitá-la, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte os separe? -ele disse, dessa vez para Luke.

-Aceito. -ele disse rapidamente e firme.

-Pode beijar a noiva. -o padre disse sorrindo, esperando que aquele fosse o momento mais esperado do casamento e talvez esperando que os noivos ficasse animados com a chegada daquela parte. Luke virou-se para mim, seus olhos azuis estavam escuros, por um segundo entendi que ele estava desejando-me de outra forma. Foi se aproximando de mim, sua mão tocou minha cintura e trouxe-me para mais perto. Seus lábios enconstáram nos meus, sua boca fez questão obrigar a minha a se abrir, sua língua pediu passagem para a minha, que acabou sedendo, pois ele começou a pertar demias minha cintura. Sua língua passou a explorar minha boca, não consegui fechar meus olhos. Estava com ânsia de vômito e não via a hora de acabar com aquele beijo. Depois de alguns segundos, que mais me pareceram horas, ele finalmente tirou a língua nojenta de dentro de minha boca. Todos atrás de nós começaram a aplaudir. Virei de frente para eles, assim como Luke. Algumas mulheres choravam e aplaudiam animadas, mal elas sabiam que monstro era meu marido.

Fui obrigada a estar maldita festa de casamento, todos dançavam e cantavam comemorando aquele matrimônio estúpido. Minha cara não estava nem um pouco animada, logo algumas pessoas começaram a perceber a falta de ânimo da noiva.

-Minha filha! -disse meu pai chegando perto de mim com os braços abertos para me abraçar. -Estou tão orgulhoso de você. -ele disse já com os braços ao meu redor. Vi que minha não tão querida madrásta estava atrás dele com um sorrisinho falso no rosto, só para manter as aparências. -Finalmente poderá viver do jeito que sempre sonhei para você, poderemos esquecer tudo o que passamos para esconder sua origem peculiar. -ele sussurou no meu ouvido.

-Peculiar? -repeti com certa raiva.

-Ora, minha filha... as coisas serão melhores agora. Você será rainha e viverá um conto de fadas. -ele disse. -Meu esforço será recompensado -ele sussurou a última parte.

-Não precisava de seus esforços, papai. -eu disse irônica. -Eu só precisava que fingisse gostar um pouco de mim. -fiz questão de manter o tom baixo, não queria chamar atenção. Não era o tipo de conversa que gostaria de ter naquele momento, mas tudo aquilo estava presa na minha garganta durante muito tempo.

-Annabeth, tudo o que eu fiz foi para que você vivesse apenas com o melhor. -ele disse um pouco chocado com minhas palavras.

-Pois não foi o que pareceu todos esses anos, pai. Você me tratou como seu eu fosse apenas um objeto que tinha de cuidar para dá-lo de presente um dia... Você só precisava ser meu pai. -eu disse querendo chorar, mas aguentando firme.

-Annabeth... -ele quis dizer mais aguma coisa, mas eu não deixei.

-Eu preciso falar com meu noivo. Não estou me sentindo bem para continuar aqui. -eu disse dando as costas para eles. Luke estava converdando com alguns amigos, cheguei perto deles, precisava pedir para Luke para me deixar ficar no quarto, não podia ficar alí por mais tempo fingindo estar feliz com os recentes acontecimentos.

-Luke, querido. -chamei, tentando parecer amorosa.

-Vejamos se não é minha linda esposa. -ele disse, na frente dos amigos, tinhamos que parecer completamente felizes e apaixonados. -O que foi, querida?

-Não sinto-me muito bem. -respondi. -Posso recolher-me em nossos aposentos? -ele me olhou, repreendendo-me com os olhos, então completei: -Para estar disposta para sua chegada, mas tarde. -disse e ele e os amigos sorriram.

-Claro. Nada estragará nossa noite. -disse ele sorrindo malicioso.

-Vou esperá-lo, então. -disse eu tentando sorrir. Vi seus olhos brilharem, assim como o de seus amigos duques pervertidos, em nenhum momento tiraram os olhos de mim, principalmente da parte da frente de meu vesido, onde um simples, mas sofisticado, decote estava destacado pelos colares de pérolas.

Fingi mais alguns sorrisos ao receber os cumprimentos dos amigos de Luke, estava tão cansada de toda aquela falsidade que por um segundo até esqueci meu plano inicial. Por sorte, ao ver um dos serviçais colocando alguns talheres na grande mesa do banquete, lembrei-me de minhas decisões passadas. Sempre tive certo receio da morte, afinal, nunca saberemos o que acontece do outro lado, a não ser, é claro, que morramos para ver. Não sabemos se no mundo inferior encontraremos conforto, mas talvez lá no fundo eu saiba que nada poderia ser pior do que aqui, no mundo dos vivos. Não sei se Hades poderá aceitar-me de bom grado depois de tirar minha vida, mas só o fato de estar longe de Luke já me fará melhor. Sem dor, sem ver Percy odiar-me por tudo o que fiz... Ao passar ao lado da mesa, peguei discretamente uma pequena, mas afiada, faca do meio dos demais talheres. Escondi a faca na faixa da frente de meu vestido, que trás formava um delicado laço. Como a faca não era muito grande, pode caber perfeitamente em um canto da minha cintura, escondida pela faixa do vestido. Rezei mentalmente para que nada fizesse-a cair no chão. Seria estranho explicar para todos da festa o que a mais nova futura rainha estava fazendo levando uma faca para o quarto das noites de núpicias.

Continuei andando em direção às escadas, alguns olharam discretamente para mim, mas não se importaram muito comigo. NInguém tinha real interesse em saber o que estava acontecendo comigo, afinal, eu sempre seria a garota "abençoada" por ter sido escolhida pelo conselho para se tornar a rainha. Boa parte das moças da festa apenas pensava o quanto a vida fora injusta com elas por escolher alguém como eu para ter toda a honra de ser a nova rainha. Garotas com títulos maiores que o meu e também mais ricas deviam ter prioridade para serem as pretendentes de Luke, mas, por algum estranho motivo, os membros do conselho resolveram que uma garota de patente mais baixa e mais afastada da corte seria perfeita para se tornar rainha. Não estragaria os planos da realeza e não chamaria atenção dos demais reinos, evitando que possíveis ataques acontecessem contra o rei. Uma rainha sem opinião, sem motivação e quase sem rosto. Tudo o que eles mais queriam. O problema, apresentado só agora, foi que acabei me tornando algo completamente diferente da encomenda. Fui rapitada pelos maiores inimigos do reino, além de quase iniciar uma guerra entre eles quando decidi me aliar a meus sequestradores.

Finalmente cheguei ao quarto, estava mais nervosa do que esperava estar. Minhas pernas estavam um pouco bambas e minha respiração estava inrregular. O lugar vazio, como esperava. Apenas o som abafado da música lá debaixo e da chuva forte lá de fora batendo com força nas portas de vidro que davam para a sacada  faziam-me compania no quarto, estava relâmpejando lá fora, de vez em quanto iluminado a escuridão lá de fora, permitindo que eu visse a paisagem lá fora.

-Coragem, Annabeth. -disse a mim mesma quando tirei a faca do vestido e encarei meu reflexo nela. -Um corte no pescoço ou em um cada pulso? -perguntei para o nado. Gostaria de saber qual doeria mais, ao mesmo tempo que desejei saber qual seria mais rápido e fácil de fazer.

Medo?

Sim, é claro. Não se decide acabar com sua vida de uma hora para outra. Se bem que eu não tinha muita escolha.

Resprei fundo mais uma vez, rezei para que os deuses me dessem força para fazer o que tinha programado. Decidi escolher or cortar dos pulsos, não tinha fôlego suficiente para cortar minha garganta. Minhas mãos tremiam um pouco, mas não era momento de recuar. Encostei a faca em minha pele, a lâmina estava fria, o que provocou-me alguns arrepios.

-É agora ou nunca.

Precionei a faca com um pouco mais de força, pronta para começar a cortar e ver meu sangue jorrar, começei a aplicar um pouco mais de força...

-Não! -ouvi alguém gritar, o som não passou de um grito abafado, nem muito longe e nem muito perto, mas foi o suficiente para me assustar ao ponto de deixar a faca cair. Olhei ao redor desesperada procurando quem teria me impedido de cometer o suicídio. Acabei não encontrando ninguém. Será que estava ficando louca? Peguei a faca do chão com intenção de continuar de onde parei, mas outro grito me impedeiu de continuar:

-Não faça isso, Annabeth! -dessa vez o grito foi acompanhado de uma batida no vidro das portas da sacada...

   A Sacada! É isso...

Fui em direção á sacada, estava escuro, mas por sorte, um relâmpago iluminou tudo e pude ver quem estava do outro lado das portas de vidro, por um segundo, meu coração parou ao ver aqueles lindos olhos verdes como o mar, parcialmente escondidos pelo cabelo preto molhado que caía sobre a testa do homom que conquistara meu coração desde o primeito momento em que nossos olhos se encontraram e pude ver a profundidade de sua alma.

-Percy... -eu disse quase em um sussuro.

Aquilo era mesmo real?

-Annabeth! -ele colocou as duas mãos no vidro da porta, vi seus olhos graças a mais um relâmpago, dessa vez eles pareciam assustados, mas não com ódio de mim. Corri até as portas e as abri o mais rápido que consegui. A chuva começou a entrar na quarto e o vento bater bem forte contra minha pele, me fazendo tremer bastante. Percy correu até mim, e me abraçou com força, ele estava ensopado, o toque de sua pele molhada na minha fez com que minhas pernas ficassem bambas por um segundo. Temi que aquilo fosse um sonho maluco ou uma ilisão.

-Percy, é você? É você mesmo? -perguntei de olhos fechados, sentindo seu cheiro de maresia maravilhoso, uma ilusão não podia ser tão perfeita ao ponto de imitar seu cheiro singular.

-Sim, sou eu. -ele disse ma apertando com mais força em seus braços musculosos. -Que raios estava pensando enquanto estava segurando aquela faca? -ele perguntou fazendo-me olhar em seus olhos.

-Eu... eu... estava tentando... -eu gaguejei me perdendo em seus olhos.

-Se matar? -ele perguntou sério.

-É. -foi só o que consegui responder, entendi o quanto estava sendo idiota tomando decisões como essas. -Não queria ficar longe de você, ainda mais sob o domínio de Luke. -confessei.

-Por que não me disse a verdade? -ele perguntou olhando em meus olhos, sofrendo junto comigo.

-Não podia... Eu sinto muito ter falado tudo aquilo para você, mas eu não tinha escolha... -eu disse segurando o choro.

-Eu sei, eu sei. -ele disse passando a mão em meus cabelos. -Mas, por via das dúvidas, nunca mais faça isso comigo. -ele disse com uma leve gargalhada, não exatamente de felicidade, mas de nervosismo.

-Eu prometo. -eu disse sorrindo pela primeira vez naquele dia.

-Acho que estamos caminhando para mais um acordo. -ele disse com um sorriso maroto nos lábios.

-É o que parece. -eu disse, mesmo não entendendo o que ele realmente queria dizer com tudo aquilo.

-E, pelo menos que eu me lembre, temos uma forma bastante peculiar de firmar acordos, não é mesmo? -ele disse levantando uma sobrancelha.

-É, nós temos. -eu respondi sorrindo também. Lembrei da primeira vez que fizemos um acordo, selado perfeitamente com um lindo beijo.

-Acho que esse é o momento de firmar este acordo tão bem quanto o da última vez. -ele disse.

-Não existe forma melhor... -ele não deixou que eu terminasse a frase.

Percy puxou-me para mais perto, seus lábios encostaram bem devagar nos meus, provocando-me para que eu peça por mais. Logo suas mãos tomaram minha cintura e as minhas tocaram seus cabelos molhados. A chuva ainda nos molhava completamente, mas eu já não mais me importava, apenas queria tê-lo perto de mim cada vez mais. Logo sua língua pediu passagem para a minha, que logo cedeu. Nossas línguas estavam travando uma batalha maravilhosa, cada segundo perto dele era como um dia no paraíso. O cheiro de maresia dele era tão perfeito que mal podia acreditar que depois de tantas coisas ruins pelas quais passamos, ainda podíamos ter essa química e tanta perfeição. Queria poder não me separar dele nunca mais, cada segundo perto dele fazia minha vida valer à pena. Mas uma hora o ar iria se fazer necessário e mesmo com pesar, tivemos de nos seprar. Percy sorriu para mim, um sorriso quase tão brilhante quanto seus lindos olhos verdes.

-Eu te amo. -ele sussurou em meu ouvido.

-Eu também te amo. -respondi sorrindo também.

-Agora só precisamos sair daqui... -ele disse pegando a minha mão, dando-me confiança para encarar tudo que estava por vir.


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Notas finais do capítulo

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beijos
até logo!!