Across The Ocean escrita por Annie Chase


Capítulo 30
Saída estratégica.


Notas iniciais do capítulo

Oi. Desculpem a demora, mas de uns tempos para cá realmente perdi a vontade de escrever a fic, meus lindos. Com um tempo a gente perde a vontade de escrever para um monte de fantasmas... e acreditem, estou chegando ao meu limite. Pretendo terminar essa fic, mas não do jeito que eu queria, acredite ou não, tem fantasma que não anda merecendo meu esforço para escrever. Desculpem aqueles que estão em minhas páginas de reviews sempre ou regularmente, é para vocs que eu decido aina postar.
Boa leitura.



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Pov: Annabeth.

Tem momentos, raros para algumas pessoas, onde nós descobrimos, às vezes em situações peculiares, um motivo para continuar vivos. Sempre conseiderei bobas as pessoas que costumam trocar juras de amor com seus parceiros com afirmações como: "Você é a razão do meu viver!". Poetas, amantes e outras pessoas realmente muito apaixonadas costumam gritar isso aos quatro ventos. De fato, nunca entendi realmente o que levava alguém a dizer isso, bom, mas isso foi à alguns minutos atrás enquanto eu ainda estava contando os motivos para me matar e não aqueles que me faziam viver. É engraçado como apenas alguns segundos com ele podem me fazer mudar de ideia tão rápido e tomar as decisões que, pelo menos agora, me parecem corretas. Percy e eu temos alguma coisa. Algo tão forte, tão bonito que eu não tenho outra palavra para classificar esse sentimento a não ser "amor". Sim, esse mesmo. O sentimento oposto da razão, logo esta que é uma das características de minha mãe. O amor e a razão nunca andarão juntos, acho que terei de me conformar com isso de qualquer forma. Afinal, "eles dizem que é impossível encontrar o amor sem perder a razão". Se isto é mesmo verdade, prefiro então ser louca. Pessoas que costumam não seguir a razão tem mais chances de serem felizes. Acho que agora aprendi minha lição. Enquanto estiver valorizando o amor, poderei encontrar, nos mais diversos lugares, motivos para sorrir.

As três palavrinhas que sempre tive receio de nunca poder dizê-las para Percy agora saíam de minha boca sem que eu nem ao menos pensasse. Não como um impulso, mas como algo natural. Como se eu estivesse mesmo programada para dizê-las assim que eu o visse novamente, se é que iria vê-lo outra vez. Meus maiores temosres foram embora assim que meus lábios encontraram os seus em um beijo doce e cheio de saudades. Pedi aos deuses para eternizarem aquele momento, para que minha memória pudesse guardar cada detalhe daquela noite, pelo menos desde o momento em que ele pateu em minha janela impedindo-me de cometer meu maior e último erro.

"–Agora só precisamos sair daqui... -ele disse pegando a minha mão, dando-me confiança para encarar tudo que estava por vir"

-Eu não acredito que você está aqui. -disse eu abraçando-o mais forte. Precisava sentir sua pele colada na minha, precisava daquele contato para crer mais fielmente de que ele estava mesmo alí comigo.

-Pode acreditar, Condessa Chase. Eu tinha de salvar você e não poderia passar desta noite. -ele disse passando a mão em meus cabelos. Estávamos molhados por causa da chuva, bagunçados por causa do beijo, mas mesmo assim não conseguíamos dar mais nenhum passo, estar assim tão perto era perfeito demais para estragar, mesmo que estivéssemos com frio.

-Percy... -eu disse um pouco vacilante. -Você sabe... que agora estou oficialmente casada com Luke, não é? -falei fitando sua expressão.

-Infelizmente não havia como eu chegar mais cedo, tinham muitos gurdas e, tenho de adimitir, demorei um pouco para acreditar no que Rachel dizera. -ele explicou.

-O quê ela lhe disse? -perguntei confusa. Nada daquela misteriosa mudança de ideia de Percy em relação a mim parecia ter ligação com a ruiva. Ao meu ver, ela seria a primeira a comemorar o fracasso de nosso relacionamento e apoiar as noções de Percy sobre mim.

-Algo que deveria ter me dito tempos atrás, mas não disse. E isso quase estragou nossas vidas. -ele disse recentido. -Mas é algo que devo contar para você mais tarde. -ele disse. -Você tem que vir comigo agora. -ele disse um pouco mais sério. -Luke deve estar prestes a chegar aqui.

-Sim, não creio que ele vá demora muito lá embaixo, ele parecia estar ansioso demais para nossa noite de núpicias. -eu disse sentindo um gosto amargo em minha boca. Vi as mãos de Percy se fecharem em um punho cerrado, vi seus dentes trincarem e a raiva queimar em seu olhar.

-Eu nunca deixaria que ele a tocasse. -ele disse tentando se recompor.

-Não se preocupe, mesmo que ele o fizesse, eu sempre serei sua. -confessei tocando seu ombro. Percy que enquanto estava com os punhos fechados, lá embaixo o mar se agitara mais, formando ondas enormes.

-Eu sei. -ele disse tocando meu rosto. -Mas não me saí da cabeça que nesse momento ele pode estar lá embaixo fantasiando com você. -ele disse.

-Não se preocupe, saíremos daqui e ele nunca poderá fazer o que, sejá lá  que for, esteja pensando agora.

-Venha comigo. -ele disse, formos para a beira da sacada, ele olhou lá para baixo como se medisse alguma coisa. -você confia em mim? -ele perguntou olhando em meus olhos.

-Sim. -respondi confiante.

-Então pegue a minha mão e feche seus olhos. -ele pediu e assim fiz.

-O que faremos? -perguntei um tanto curiosa.

-Apenas confie em mim. -ele pediu mais uma vez. Meus olhos estavam fechados, estava apenas sentindo a mão dele roçar na minha e o vento bagunçar meus cabelos. Percy se aproximou e beijou meu rosto, dei um sorriso agradecendo aos deuses por ele estar comigo. -Está pronta? -fiquei com vontade de perguntar mais uma vez o que iríamos fazer, mas me contive. Confiava nele mais do que em mim mesma, seja o que for, será para o nosso bem.

Antes que eu pudesse, mas uma vez, organizar meus pensamentos, algo estranho aconteceu. Senti a mão de Percy largar a minha e sua mão livre passou para minhas costas rapidamente. Em menos de dois segundos eu já estava sendo segurada por seus braços fortes. Meus olhos ainda estavam fechados, mas queria muito saber o que ele pretendia fazer. Meu coração quase saiu pela boca quando notei que Percy estava subindo em alguma coisa. Pelo o que eu sabia, só tinha a grade da sacada para que ele fizesse isso, então...    

Que os deuses me protejam!

-Continue de olhos fechados, Annie? -"Annie"? De onde raios ele havia tirado isso? Se bem que acabei gostando do apelido.

-Tudo bem, -eu disse com a voz um pouco abafada por estar com a cabeça em seu peito.

Respirei fundo, fiquei calma por um segundo, mas depois, posso dizer que o pânico me atacou de repente! Senti a gravidad em meu corpo quando, pelo o que me pareceu, Percy pulou da sacada comigo em seus braços. Ele me apertou com mais força, talvez para garantir de que não iria me largar ali para morrer de vez. Porém, tal fato acabou não deixando-me mais calma. Uma queda que, tenho certeza, não passou de alguns segundos , acabou me parecendo mais de uma hora. Senti vontade de gritar, mas preferi manter a calma, sabia que poderia acabar chamando atenção para nós, tinhámos de passar despercebidos. Espero realmente que ninguém lá fora tenha a curiosidade de olhar pela janela e acabar vendo um casal pular de uma sacada de uma alta torre. Sabia que o chão devia estar cada vez mais próximo e nada de alguma coisa que pudesse nos salvar de uma queda dolorosa que poderia nos espatifar na hora.

Mas então, parece que paramos em pleno ar... Como se estivéssemos voando ou coisa parecida. Perguntei internamente se poderia abrir os olhos agora, a curiosidade estava quase me matando.

-Pode abrir os olhos agora. -ele disse e eu os abri no mesmo segundo. Minha surpresa não podia ser menor, estávamos em pé em uma onda gigante que nos levava direto para o barco pirata, o qual não me lembrava de sentir tanta falta, era bom estar voltando para o "Lar". Percy olhou para mim e deu um sorriso. -Esse é apenas um dos benefícios de namorar um filho de Poseidon. -ele disse em meu ouvido me fazendo soltar uma leve gargalhada.

-Você não é o príncipe encantado que estava esperando. -eu disse

-Desculpe desapontá-la. -ele disse um pouco chateado com meu comentário.

-Você é bem melhor do que eu um dia esperei encontrar. -expliquei.

-Bajular o capitão não a fará mais querida do que já é. -ele disse me fazendo rir.

-Não custa tentar.

Finalmente descemos no navio com muito cuidado para que Percy não inundasse o navio todo. Logo que meus péstocaram a madeira escura do navio, Thalia veio correndo até mim e deu-me um abraço de urso.

-Fiquei com tanto medo alguma coisa acontecer com você, condessa. -ela confessou.

-Por sorte eu tenho vocês. -disse eu abraçando-a também.

-Você quase ficou para trás. -ela disse com cuidado. -Apenas no último momento pudemos salvar você.

-Acho que estou com sorte. -nós nos soltamos e eu dei de cara com toda a tripulação olhando para mim e comemorando nossa volta.

-Não achei que gostavam tanto de mim. -disse para Percy em um sussuro.

-Nem eu... acho que fui superado. -ele disse. -Diga alguma coisa para eles.

-Bem... -eu disse para a tripulação. -Parece que fui sequestrada novamente. -disse vendo-os dar alguns sorrisinhos. -Dessa vez, vamos derrubar Luke custe o que custar!

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Pov: Narradora.

Animado? Ansioso? Feliz? Saitsfeito?

Talvez tudo isso junto.

Luke subia as escadas rapidamente depois de particamente mandar todos os convidados irem embora, de forma não lá muito educada, estava pronto para ter sua noite com Annabeth. Ele passar todos aqueles anos de noivado esperando por ter esse momento com ela, mesmo depois de tudo parecer desmoronar, ele não estava disposto a perder sua chance com a condessa, ou melhor, princessa. Não podia negar que Annabeth era uma das mulheres mais lindas que já tivera a oportunidade de conhcer, esperou anos e anos de um noivado arranjado para que finalmente pudesse fazer o que estava quase para acontecer. Abrindo a porta daquele quarto, ele encontraria a linda e doce Annabeth esperando para deixar de ser moça em suas mãos. A garota podia não ser muito ajuísada e nem muito fiel ao reino, mas com certeza poderia lhe proporcionar uma noite e tanto.

Abriu a porta animado, esperando encontrar a linda loira na cama esperando por ele. Mas por mais incrível que pareça, ela não estava lá. Luke entrou mais desesperado do que pretendia no quarto olhando em cada canto proncurando pela esposa, mas nada! Não havia ninguém ali. A porta que dava para a sacada estava aberta, Luke correu para lá desesperado para encontrá-la, mas nem sinal da princessa.

-Onde raios ela foi? -Gritou para o nada no meio do quarto. O chão estava molhado e mar estava agitado lá embaixo, as ondas pareciam zombar de sua cara. Ele sabia que tinha perdido-a mais um vez, só não tinha certeza se fora para a mesma pessoa. Pegou um abajur que estava em cima de uma mesa e o atirou na parede, vendo-o despedaçar no impacto contra o chão.

Luke estava mais do que frustrado, estava irado e sedento de sangue. Roubaram-lhe a mulher logo no momento em que consumaria o casamento!

Para um homem, aquilo era uma declaração de guerra!

Mesmo que esta, já estivesse no ar muito antes do casamento acontecer.


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Notas finais do capítulo

Vocês sabem o que fazer.
Então, façam!
Até mais...