Across The Ocean escrita por Annie Chase


Capítulo 14
Encontros no além.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Não era minha intenção postar hoje, mas meu professor faltou e eu usei a aula para escrever esse cap e além do mais recebi mais uma recomendação! (se mais alguém quiser seguir o exemplo...*-*)
Bom, esse cap vai dedicado especialmente para Annabeth19! Que recomendou minha fic. Muito obrigada! Pirei aqui!
Boa leitura!



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Pov: Percy

A onda que eu chamara levou-me de volta para o navio, aterrisei bem no meio do sagão, os outros piratas estavam todos de volta ao barco assim como eu. Tinha certeza que minha situação era pior do que podia imaginar. Sentia meu sangue jorrar para fora do corpo, podia sentir que a adaga ainda estava dentro de mim e um dor agoniante tomava conta de todo o meu corpo. Os outros olhavam-me preocupados, murmurravam um série de coisas, as quais eu não conseguia entender devido a dor que sentia. Mina visão estava ficando embassada, tudo estava ficando escuro. Por um segundo tive certeza que estava morto. Vi uma luz incrivelmente brilhante, o cenário em que eu estava mudou, num segundo eu não estava mais no navio. Era uma praia calma, o mar estava tão calmo que parecia vidro, a areia era fofa e bem branquinha. O cheiro da maresia estava tomando conta de mim, por um segundo senti vontade de correr e dar um mergulho no mar, mas sabia que havia alguma coisa errada naquilo tudo, devia ser uma ilusão ou um delírio devido ao ferimento. Notei que não estava sozinho, havia alguém vindo em minha direção. Não conseguia ver direito seu rosto, mas silhueta era de uma mulher e era estranhamente conhecida. A luz ao redor dela era muito forte, por um segundo notei que ela sorria para mim, aos poucos vi que seu rosto era muito mais conhecido do que eu imaginava: Era minha mãe.

Os olhos dela pareciam brilhar para mim, seu sorriso era capaz de iluminar a lua. Seus cabelos castanhos estavam soltos pelas costas, ela usava um vestido azul claro e não estava andando e sim flutando pela areia. Senti medo de estar morto, mas minha mãe tinha uma expressão tão calma que meu medo passou rapidamente, talvez não fosse tão ruim estar morto agora. Ela demorou um eternidade até chegar bem perto de mim. A voz dela saiu tão doce e calma que mais parecia uma musica escrita pelas ninfas do olimpo.

-Percy -ela disse calmamente.- Fico feliz em vê-lo, meu filho.

-Eu também mãe. -disse meio em transe, ainda não parecia real.

-Sei que você tem muitas dúvidas... -ela disse. -Vamos respondê-las aos poucos.

-Isso é tão... confuso... -falei passando as mãos no cabelo.

-Eu sei querido, mas tudo isso é para o seu bem.

-Estou morto? -perguntei, mesmo temendo de certa forma a resposta que ela poderia me dar.

-Não, ainda não. Mas você corre um sério risco. -ela disse me tom preocupado. -Nesse momento, seu corpo está muito debilitado, seu organismo está lutando para continuar funcionando e seus orgãos estão começando a falhar. Porém, seus amigos estão fazendo de tudo para mantê-lo vivo.

-Tenho alguma chance?

-Sempre há uma chance, Percy. Você só precisa acreditar. -ela disse brincando com meu cabelo, do jeito que fazia antes quando eu estava com medo.

-Em quê? Milagres? -perguntei olhando para o chão.

-Quem sabe, você tem que querer voltar para seu corpo, nesse momento só sua alma está viva. Você tem que lutar para estar com seus amigos novamente. -ela disse seriamente.

-Então isso aqui é real?

-Mas é claro, estamos em um lugar no mundo inferior, na ilha dos abençoados. -ela disse olhando ao redor. -Não sei direito o quanto tempo podemos nos falar, Percy. Você está aqui graças a um pedido de seu pai.

-Meu pai falou com você?

-Sim, ele vem me visitar alguma vezes. Parece que ele e seu tio Hades têm algum tipo de trato.- ela deu os ombros. -Ele me avisou que você estava em perigo... e me pediu que conversasse com você.

-Por que ele faria isso? -perguntei fitando-a, meu pai não era do tipo presente, nunca nós vimos por mais de dez minutos, não fazia ideia de que ele andava me vigiando, ou mesmo cuidando de mim.

-Ele se preocupa com você, Percy. E sabe que você só iria prestar ateção realmente se eu falasse com você. -ela explicou.

-Ele tem razão. -comentei.

-Então leve a sério o que digo.

-Estou levando, mas acho que ainda não entendi onde você quer chegar. -falei.

-Olha... Percy você tem uma escolha em suas mãos. Você pode escolher voltar ou não...

-Quer dizer que eu posso decidir viver ou não?

-Exatamente.

-Como assim?

-Percy, seu coração está parando de bater... Você pode vir comigo e deixar todos os perigos do seu mundo de lado, ou você pode escolher voltar e ter um futuro incerto e correr sempre o risco de perder a vida da forma mais dolorosa possível. Mas lembre-se de que as duas escolhas trazem diversas circunstâncias, a pergunta maior aqui é se você consegue as arcar. -ela disse seriamente, mas mantendo o tom suave de sua voz.

-Eu tenho que escolher isso agora. -perguntei um pouco desesperado.

-Sim, temos pouco tempo. -ela me alertou.

-Então... eu...eu escolho voltar.

-Muito bem. Essa é a sua escolha. Volte para a casa, meu filho. -ela disse beijando minha testa e dando um sorriso calma, mas podia ver que seus olhos estavam lagrimando. -Vou senti sua falta.

-Eu também, mãe. -confessei. -Senti tanto a sua falta esse tempo todo!

-Está tudo bem. Você ainda tem muitas coisas para fazer lá fora, assuntos inacabados.

-Mas e se eu ficasse aqui, com você?

-Bom, você teria que abrir mão das pessoas que conheceu... E algo me diz que sua história com uma certa condessa mal começou, estou certa? -ela disse olhando-me de um jeito brincalhão.

-Sim... -eu corei um pouco. -Como sabe disso?

-Eu sei de tudo meu filho, estou sempre com você, mesmo que não possa me ver.

-Obrigado, por ter cuidado de mim esse tempo todo.

-Sou sua mãe, é o meu trabalho. -ela sorriu por um instante, mas logo seu rosto voltou a ficar sério. -Percy quando você voltar, tenho que alertar que vai sentir dor e que vai ser a coisa mais difícil que você vai enfrentar, mas por favor, lute para viver. Com todas as suas forças.

-Não cheguei até aqui para desistir.

-Você é igualzinho ao seu pai, Percy.

-É o que parece.

-Adeus, meu filho. -ela disse me abraçando.

-Eu não a verei outra vez, não é mesmo? -perguntei.

-Não, talvez quando sua hora chegar de verdade, mas por enquanto... essa é a última vez que nos encontramos.

-Vou continuar sentindo a sua falta, mãe. -disse a ela antes da mesma luz que eu vira ants tomar conta do lugar outra vez. -Eu te amo. -falei, mesmo não podendo mais vê-la.

-Eu também te amo. -ouvi sua voz pronunciar quando abri meus olhos com dificuldade, vendo-me outra vez no navio, mas agora em um lugar diferente, na minha cabine, deitado na cama macia que eu tanto conhecia, com uma garota cuidando de mim, não podia ver seu rosto, mas tinha certeza de que era Annabeth, seu perfume era inconfundível, um doce aroma de morangas silvestres.

Quis chamar seu nome, mas dor foi mais forte do que eu, me fazendo gritar assim que abri a boca. Vi que não estava apenas ela no quarto, Rachel também estava lá, assim como Grover e Will, um filho que era nosso curaneiro no navio, era o mais perto que chegamos de um médico. Uma pano molhado estava em minha cabeça, eu devia estar com febre. Tomei coragem para olhar para baixo ao ponto de notar que o ferimento ainda sangrava e estava agora sendo precionado por um monte de gazes e algodões que estavam ficando empapados com minha hemorragia. Eu podia ter deixado tudo aquilo, podia escolher não sentir aquela dor, mas a moça que cuidava de mim, com seus lindos olhos cinzas banhados de lágrimas e procupações me fez querer voltar. Ela era a razão de tudo aquilo, a vingança, a sede de sangue e minha vontade de matar Luke não chegavam nem perto do amor que eu sentia por aquela mulher.


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews, eles fazem milagres!
Deixem suas recomendações se vocês gostam dessa fic. Divulguem, deixem reviews e façam parte da família Acrossing the ocean.
Ah, obrigada a todos que respoderam a minha terrível pergunta do último cap, desculpem por isso (momento de fraqueza)
beijos
até mais (postarei amanhã mesmo)