Across The Ocean escrita por Annie Chase


Capítulo 11
Encontro, perigo e sonhos (destruídos)


Notas iniciais do capítulo

Gente! Me desculpem pela demora, meus amores. Não foi minha intensão, mas eu andei muito ocupada e este cap saiu bem maior que os outros, e eu nunca achava que ele estava pronto.
Esse cap (longo), vai especialmente dedicado á Thay e para a S2MisthakesS2PoisonS2 que recomendaram a minha fic! Meus deuses, e que recomendações! Muito obrigada, minhas lindas! (quem sentir vontada de recomendar também...)
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/253636/chapter/11

Pov: Annabeth.

Eu estava no banheiro tomando banho, lá fora podia ouvir as vozes abafadas de Percy e Rachel no que precia ser um diálogo deles dois, mas como tinha a predominância da voz da ruiva, mas paraceia um grande monólogo dela sobre alguma coisa que estava planejando. Não sei o porquê mas aquilo me doeu, doeu muito. Ele devia logo ter falado para ela sobre "nós", havia um nós, não é mesmo? Devia pelo menos cuidar para que ela soubesse disso logo. Eu sie muito bem o que é criar espectativas sobre um relacionamento, afinal passei minha infância toda imaginando como seria minha vida de casada com Luke. E pensar que naquele tempo achava que não havia nada mais mágico do que saber que meu "príncipe encantado" já estava me esperando, apenas aguardando até que eu tivesse a idade mínima para realizar aquele compromisso. Mas lá estava eu com meus 17 anos lembrando o quanto fui boba em pensar um dia que ter o destino programado era algo bom. Eu ainda esperava viver uma aventura, e quem sabe um pouco de romance? Tudo em minha vida sempre foi cuidadosamente organizado para acontecer, milimetricamente marcado para acontecer na hora certa, no momento certo e do jeito certo. Mas Perseu mudou tudo isso quando me sequestrou naquele dia, depois daquele ato, deixei de ser a Condessa Annabeth Chase, futura rainha. Não queira mais ser essa garotra, na verdade, essa Annabeth nunca existiu ela foi criada pela corte e por meu pai para que agradasse o reino e minha vida fizesse algum sentido para o mundo. Na primeira vez que Perseu me confrontou, jogou na minha cara que minha vida não passava de uma mentira, ele não estava errado, tudo fora forjado para parecer perfeito, eu fui moldada para parecer perfeita e nunca reclamar do que estava acontendo, justo pelo fato de terem deixado-me viva. Minha "adorável" madrástra adora me dizer com sua voz aguda e fútel:

"Agradeça por estar viva, Annabeth. Se quiséssemos, você já estaria morta a muito tempo."

E agora finalmente queria estar no controle da situação, queria estar ao lado de Perseu e simplesmente viver o que tiver que viver, sem pensar muito no que poderá acontecer conosco, apenas dando essa chance para mim mesma de ser feliz. Era pedir muito? Parecia que sim. Ele nunca havia falado nada sobre a ruiva, mas mesmo assim eu sentia que ela seria a única pessoa que podia estragar tudo entre nós, logo agora que começamos a nos entender.

Troquei de roupa, um vestido liláz e longo, não muito diferentes dos que os camponeses usavam ao sair peloas ruias do reino, era simples, mas muito bonito, tinha um bordado feito a mão e era rendado na ponta. Não é que o capitão tinha bom gosto? Sorri com o pensamento, havia tantas coisas que eu ainda não sabia sobre ele, gostaria de descobrir com o tempo. Quando saí do banheiro, Perseu estava sentado na cama, com uma cara preocupada, esparando por mim. Ele passou as maõs nos cabelos pretos bagunçados, estava confuso, como quem esparava que uma ideia genial chegasse do nada, Ao me ver, ele sorriu. Retribuí seu sorriso dando uma pequena voltinha para que ele visse o vestido novo em meu corpo.

-Você está linda, Annabeth. -ele disse.

-Obrigada. -respondi corando. Persebi que não éramos muito de elogios, ainda não havíamos nos acostumado com a presença e compania um do outro.

-Acho que devíamos jantar com a tripulação, hoje. -ele deu um meio sorriso. -alguns não acreditam que você ainda está viva.

-Tudo bem. Quero conhecer os rapazes. -respondi.

-Mas não fique muito perto deles, nunca confie demais em piratas, eles sempre sabem como te passar a perna. -ele disse dando-me uma piscadinha com o olhos esquerdo.

-Belo conselho para dar para a garota que sequestrou.

-Eu nunca faria isso com você.  -falei cruzando os braços.

-Sei disso.

Formos para a parte externa do navio, tinha uma grande mesa no meio rodeadas de cadeiras de madeira, todos os homens estavam sentados, todos bebendo e sorrindo, conversas altas ecoavam pelo navio, eles estavam felizes e pareciam tão amistosos, diferente da primeira vez que eu o vi, lembro-me do medo que senti ao ouvir aquelas vozes estranhas e roucas ao meu redor sem poder identificar de onde vinham. Perseu sentou-se na cabeiceira da mesa, todos o saudavam como um rei, aquilo era mesmo ser um herói ou mesmo alguém que tinha o poder de inspirar os outros. Era alguém assim que deveria governar meu reino. Naquela noite, todos comemos, bebemos e falamos besteira. Como velhos amigos ou uma grande família, fiquei feliz por fazer parte de alguma coisa, finalmente eu era a Annabeth que tinha pessoas verdadeiras ao seu redor, era a Annabeth de verdade, a garota que fora obrigada a se esconder no meio dos trambiques reais. Finalmente eu era eu mesma. Mas uma hora tudo teve que terminar, terminamos de comer e depois de mais algum tempo, Perseu mandou todos para dentro, ele era como um pai para todos eles, mesmo que fosse um pouco mais novo que a maioria. Todos o obdeceram, como sempre, inclusive eu. Caminhei calmamente de volta para a cabeine, esperando que ele me seguisse, mas ele nada fez, Continou parado lá perto de onde estava a mesa, agora já recolhida para dentro pelo homens.

-Você não vem comigo? -perguntei para ele.

-Não, tenho que falar com Rachel. -ele respondeu um pouco emcabulado.

-Rachel? O que ela quer? -perguntei um pouco enciumada.

-É apenas para uma conversa, prometo. -ele disse.

-Que seja! Só há uma coisa entre vocês que me não me garada nada... -cometei.

-E o que seria?

-Ela o chama de Percy. Que tipo de apelido é esse?

-Era assim que minha mãe me chamava.

-Ah, e por que ela o chama assim?

-Não sei bem, acho que deixei escapar uma vez que era chamado assim e ela pode ter encorporado ao seu vocabulário.

-Sei, e eu? Posso chamá-lo assim?

-Deve. -ele rui, me mostrando o mais perfeito sorriso.

-Então, fico bem mais tranquila agora, pelo menos em relação há ela.

-Você não tem o que temer. -ele disse firme. -Não temos nada.

-Está tudo bem, é que ela tem uma certa vantagem...

-Que vantagem?

-Ela o conhece a mais tempo, muito mais tempo.

-Logo você me conhecerá melhor. Prometo. -ele sorriu de canto. -Vou esperar por ela.

-Eu vou esperar por você, mas veja se não demora muito. -falei já de costas para ele, olhando-o por cima de meu ombro direito.

-Tentarei ser breve. -ele disse sorrindo marotamente para mim.

_______________________________________________________________________________________________

Pov: Narradora

Percy esperou até que a ruiva chegasse, no começo milhares de pensamentos sobre o que ela poderia fazer estavam rondando sua mente, mas logo depois de um tempo descobriu que nunca conseguiria entender o que ela planeja. Rachel nunca fora muito de fazer joguinhos ou coisas assim, mas quando queria, Percy sabia que ela seria capaz de fazer qualquer coisa. O tempo passou devagar enquanto ele esperava por Rachel, para um meio-sangue, ficar parado muito tempo não era algo encarado com muito prazer. Rachel estava quase em estado de euforia pelo moreno ter aceitado encontrá-la mais tarde. Temia que depois desse tempo separados, ele pudesse ter se esquicido o quanto ela o fazia ficar bem. Eles sempre foram amigos, mas se o capitão dos piratas não fosse lerdo não teria notado a mais tempo que seus sentimentos mudaram a muito mais tempo, ela sempre estava por perto e ele nem ao menos notara o quanto ela mudara... Estava mais mulher, havia crescido e não era mais aquela garotinha que levava comida para o amigo no porão. Rachel estava perdidamente apaixonada por ele, e isso não erqa de agora, o que custava que ele lhe dessa uma chance? Ela sabia que ninguém o conhecia melhor do que ela, ninguém podia ser melhor como sua companheira. Ela não tinha medo, e tinha certeza de que ninguém seria melhor do que ela para acompanhá-lo pelas aventuras que poderiam ter no mar. Podiam atravessar o oceano juntos, o que poderia ser melhor?

-Percy? -ela o chamou do porto, estava vestida com um lindo vestido verde, da cor de seus olhos. Tinha os cabelos ruivos presos em um coque no alta da cabeça.

-Rachel. -ele disse fitando-a lá de cima. -Você está linda.

-Obrigada Percy. Poucos conhecem esse seu lado cavalheiro. -ela disse sorrindo. Ele a ajudou a subir no navio, ficaram se encarando por um segundo. Rachel tentava se aprofundar no olhar dele, mas não sentia seu olhar sendo devidamente retribuído.

-O que queria falar comigo? -ele perguntou se afastando dela, estavam muito próximos e, mesmo que estivesse agora com Annabeth, não podia negar que Rachel era uma mulher muito bonita e que já sentira vontade de beijar seus lábios.

-Eu só queria que pudéssemos ficar a sós um pouco, sabe? Como antes. Só nós dois contra o mundo.

-Isso foi a muito tempo, Rachel. Agora as coisas mudaram.

-Eu não mudei, pelo menos não desse jeito. Eu ainda gosto de estar com você, não impotando as proibições. -ela disse com os olhos brilhando.

-Mas eu mudei. E muito. Rachel, agora eu sou procurado em quase todo o mundo.

-Eu não tenho medo.

-Rachel...

-Para Percy. Eu estou aqui por você. Sempre estive, quero ficar com você, atravessar o oceano com você!

-Mas não pode! Rachel, eu... gosto demais de... -ela não deixou que ele terminasse.

Rachel, sem pensar duas vezes, avançou em direção as lábios do moreno. Sempre quisera fazer isso, mas estava escolhendo o momento certo para tentar buscar os lábios dele, tinha medo que ele rejeitasse seu beijo, a princípio achou que ele iria desfazer o beijo, mas aos poucos, viu ele ceder ao gosto de seus lábios. Moviam-se rapidamente, mas de um jeito suave, na medida certa. Aquele não era seu primeiro beijo com Percy, já haviam se beijado antes, uma outra vez, quando ainda éram muito crianças. Não passou de um simples selar de lábios que mal durou três segundos, mas já servira para deixar Rachel louca para repetir o ato algum outro dia quando forem mais velhos. E lá estava acontecendo, tudo o que ela havia sonhado estava finalmente se realizando. Percy estava de volta, estava perto dela e nada mais poderia impedi-la se seguir o caminho que ele trazar pelos oceanos a fora. Ela poderia ser muitas coisas, mas escolheu esperar por ele, escolheu levar uma vida sem nada concreto, sem destino, com o rumo incerto e tudo isso para estar com ele. Ela o admirava mais do que qualquer coisa nessa vida, ele, com toda certeza, estava longe do que sua família um dia imaginara para ela, mas mesmo assim ela decidira seguir com ele, seguir os planos que fizera quando criança. Sua mãe repetia todos os dias:- "Ele é má ideia, Rachel. Você não pode esperar por aquele rapaz, ele não vale nada".

Mas Rachel nunca dera atenção a ela, nada do que sua família falava era, aparentemente, algo que Rachel poderia seguir sem deixar de lado quem realmente era. Era de uma família que ficou rica com seu comércio interno e exportações para outros reinos, naturalmente, eram o melhor exemplo de "Burgueses" que poderiam encontrar na ilha onde viviam. Rcahel odiava ser daquele família, amava seus pais e avós, mas detestava o que ele se tornaram depois que o dinheiro começou a entrar, odiava saber todos os dias que era invejada quando passava nas ruas, odiava saber que dezenas de pretendetes procuravam seus pais para pedir sua mão em casamento, só para poder entrar para família e também enriqueser facilmente. Aquela não era a vida que, se pudesse, teria escolhido para si. Queria viver uma aventura, queria estar solta, queria poder desvendar os mistérios do mundo sem que alguém apontasse os defeitos dos aconteceimentos. Largaria tudo o que tem para viver como os outros, apenas sendo quem ela gostaria de ser. Trocaria seus diversos pretendentes bajuladores por um homem que a fizesse viver um romance agridoce do jeito que os livros descreviam. Não podia ser pedir muito. E agora, estava alí com Percy, pronta para viver seus mais secretos sonhos e sentir na pele o que era uma aventura de verdade. Estava largando tudo para estar com ele e ninguém faria daquele momento menos perfeito.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Em outro canto do navio, Annabeth se remexia inquieta na cama de Percy, se perguntava o motivo da demora tão grande que dele. O que será que ele e Rachel estavam fazendo? Estava quase indo até lá para descobrir, mas tinha que controlar sua curiosidade, era algo entre eles dois, somente eles. Não havia nada o que se meter, eles tinham uma história e deviam resolvê-la, sem que ela se metesse.

Mas vai dizer isso para o coração.

Levantou-se e foi até a vigia, olhar para o mar a deixaria mais calma, nem que fosse apenas por um instante. Teve que ficar na ponta dos pés para chegar a vigia, mas valeu muito a pena, o mar estava calmo e deixava a lua ainda mais bonita quando vista em meio ás águas. Annabeth sorriu por um segundo. Mas logo o sorriso se defez rapidamente, em seu horizonte, viu brotar dos lados da vigia a proa do navio de Luke, o Princessa Andrômeda. Seu navio de guerra favorito. Tinha certeza de que havia mais navios junto desse, e com certeza, Luke planejava um ataque nortuno, e pelo visto, se daria bem se ela não acordasse todos e avisasse Percy. Correu o mais rápido que pode até onde havia visto Percy pela última vez, na hora do jantar, lamentava ter de atrapalhar sua conversa com a ruiva, mas aquilo era sua prioridade agora. Chegando, ofegante e cansada, até onde estavam, Annabeth teve uma surpresa que não a deixou nem um pouco feliz.

Percy estava beijando Rachel. No mesmo segundo que presenciou aquela cena, Annabeth sentiu seus olhos encherem-se de lágrimas e sua voz ficar presa na gargante. Por alguns instantes esqueceu-se do que fora fazer, mas num pulo lembrou-se correndo do perigo que estava correndo. Engoliu toda a mágoa e orgulho que estavam deixando tonta e foi até eles, afinal, mesmo que aquele capitão tivesse partido seu coração, ele merecia saber o que o aguardava... Mesmo que lá no fundo ela sentisse que ele merecia algum tipo de tortura.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deixem reviews! lindos leitores, não quero parecer iingrata pelos lindos reviews, mas quero mais reviews. Tenho 50 leitores e nem a metade deixa um cometário. Então, fantasminhas amigos, podem dizer um "oi" sem medo, adoro saber o que vocês estão pensando... valeu? Posto mais quando receber mais reviews!
Beijos ♥
até logo, espero!!