Eu estava sentada na escada, encostada na parede quando o LERDO veio me procurar.

-E ai...?

Olhei para a cara dele pegando minha garrafinha de água.

- A Carly mandou você vir me procurar?

-Não...

-Então você não soube que nós tivemos uma briguinha.

-Ela me contou que vocês tiveram uma briga e disse para eu não vir te procurar - disse encostando na outra parede. Se eu não estivesse tão brava com ele, acharia essa pose tão seduzente mas, não, ele estava ridículo e LERDO como sempre.

-Que bom. - falei.

-Mas mesmo assim...

-AAAH! - gritei.

-Grite o quanto quiser.

-Eu não ligo se o seu aplicativo estúpido diz que eu estou

apaixonada... Não estou 'afim' do Brad.

-Ultimamente, tudo o que eu e o Brad tivemos feito juntos você

quis participar. - ele se desencostou da parede e veio  mais perto de mim.

-Isso quer dizer que eu estou apaixonada por ele?

-Bem... você me odeia!

-Eu nunca disse... "eu te odeio".

-Sim, você disse! Tipo, umas 900 vezes! Eu ainda tenho o cartão de aniversário que você me deu que diz "Feliz aniversário, eu te odeio! Com ódio, Sam."!

Ah, meu Deus! Por quê ele estava fazendo aquilo comigo? Para me castigar? Eu sabia que tinha sido todo esse tempo cruel com ele, mas agora as coisas tinham mudado! Mas quem disse que ele entendia isso?

-Vai emboooooooora!

-Tá, eu vou embooooooora!

-Tchau!

-Mas antes de eu sair...

-Certo! - me levantei e fui até ele apontando pra porta. -  Saia daqui antes que eu faça a dança dos punhos na sua cara!

-Você pode me ameaçar o quanto quiser, mas a Carly continuará certa. - ele fez uma pausa. - Eu sei, é difícil você expor seus sentimentos e...

Depois disso, não estava nem ligando para o que ele falava. Só coneguia ver a carinha de fofo que ele fazia, ah, Meu Deus! Eu não poderia mais aguentar!

Puxei seus ombros para mim e o beijei. Era estranho, não como na primeira vez. Dessa vez parecia que ele estava assustado. Será que eu fiz besteira?

Me afastei devagar e ele me olhava beem assustado, com cara de surpreso, beeeem surpreso!

-Des..culpa.

-Tudo... bem.

Ele me olhava tão estranho, eu estava prestes a chorar. Depois de falar tudo aquilo, vem me repreender porque eu fiz o que ele mandou? Ah meu deus! Ele é um bipolar, isso sim!

-Quer saber? Eu não entendo! Eu te odeio sim, Benson! Eu vou te dar uma surra se...

Lágrimas caíam de meu rosto, eu não tinha controle de mim mesma. Como assim?

-Sam, você está...

-Ah, nem venha...com isso! Sai da minha frente! - eu o empurrei e saí correndo. Só o que eu queria fazer era chorar muito. Estava arrasada!

Depois de tudo isso, todos os sinais, tudo, ele não percebeu e ainda me crucificou por  isso! Ouvia seus passos atrás de mim mas, depois de um tempo, passei a não ouvir mais. Entrei em uma slaa qualquer e ela estava vazia, graças a Deus!

Me encostei na janela chorando muito, e acho que até cochilei por uns minutinhos. Quando me dei conta, olhava para a lua enorme e linda no céu. Como ela poderia viver tão sozinha? Só as estrelas não eram o suficiente. Eu não chorava mais, e só admirava a lua cheia e branca. Senti um braço em minha cintura. Quem será, né?

-Você me surpreendeu.

-Ah, desculpa por isso, sr. Nerd. Da próxima, eu...

-Shh, shh, shhh...

Vi seu rosto, e estava chegando mais perto, e mais e mais. Quando encostou seu nariz no meu, ouvi uma música de fundo. Era a Carly cheia de graça, com certeza. Mas... espera! Era Running Away, a música do nosso primeiro beijo! Acho que ele também percebeu, e finalmente encostava seus lábios nos meus. Uma sensação linda, mais especial do que todas as vezes que eu imaginei. Ele tinha os lábios quentes, e maravilhosos. Ele não beijava rápido, era bem apaixonado. Melhor do que nosso primeiro beijo, e muito melhor do que nosso segundo, ou poderia chamar de meu segundo. Mas, como tudo que é bom dura pouco, Carly pigarreou e disse que o melhor fica pra depois, que o diretor poderia pegar a gente. Me afastei e ele sorriu pra mim.

Acho que fiquei super vermelha, mas ele me abraçou e deu beijinhos no meu pescoço. Sorri pra ele e falei sem pensar:

-Não sabe quanto tempo estou esperando por isso, bebê.

-Bebê? - e ele riu. - Que... bonitinho.

-Bonitinho, hein? Não vai me dizer que era gay antes de eu te beijar?

Nós dois rimos e saímos de lá abraçados, e seu peitoral bombado encostava em minha cabeça. Meu sonho finalmente virou realidade! Agora Freddie Benson era meu... meu... não sei. Mas isso ficava pra depois, o que importava era que eu finalmente estava junto dele de novo!