– M-Marta... Eu posso explicar. – Castiel disse se levantando do chão enquanto passava a mão pelos cabelos.

– Cala á boca moleque estúpido. – Ela empurrou Castiel com as mãos.

– M-Marta? – Eu retirei as mãos do rosto levantando do sofá. – Não fala assim com ele, a gente se apaixonou e... – Ela veio até mim e apertou minhas bochechas me impedindo de falar. – Quieta. – Ela disse me encarando séria.

– Marta... O que aconteceu? – Meus olhos se encheram d’água. –

– A princesinha, e o playboyzinho. – Ela se distanciou nos olhando com raiva. – Isso ia acontecer, nem precisei colocar mais câmeras, eu sabia que iria acontecer. Agora Joe e a infeliz da sua mãe. – Ela cutucou meu peito com o dedo indicador. – vão se casar, e vocês dois continuam morando juntos, todos felizes. – Ela sorriu irônica. Eu olhei assustada para Castiel que me abraçou, enquanto Marta dava seu show andando pela sala.

– Eu sempre te aturei Castiel, sempre aturei suas grosserias, sua estupidez, sua maneira de me ignorar e me maltratar, sempre te amei como um filho. E sabe por quê? – Ela disse se aproximando mais, e eu me encolhi no tapete nos braços de Castiel. – Porque seu pai deveria ser meu. – Ela cerrou os punhos. – Ele deveria me amar com toda a gratidão que eu o amei. E ai chega á princesa perfeita da sua mãe. – Ela olhou para mim. – Trazendo consigo você pequeno pedaço de estrume. – Ela cuspiu perto dos meus pés.

– NÃO FALA ASSIM COM ELA! – Castiel se levantou e puxou Marta pelo pulso que grunhiu com a força de suas mãos. – Vou te matar sua vadia! – Castiel cerrou os punhos e a olhou com ódio.

– Vai me matar? O que seu pai iria dizer sabendo que seu filho é um assassino? E sua querida madrasta iria te deixar com a queridinha filha dela sabendo que você matou a pobre empregada da casa? – Ela sorriu diabólica e Castiel soltou seu braço franzindo o cenho.

– IDIOTAS. – Ela esbravejou quase num choro. – Eu merecia essa casa, eu merecia seu pai,eu merecia o amor dele, eu merecia tudo! – Ela gritou. – E você seu ruivo ordinário. – Disse ela puxando Castiel pela camisa. – Você deveria amar minha filha. – Ela grunhiu.

– Sua filha? – Castiel tirou sua mão á olhando com dúvida.

– Sim, minha filha, que sempre te amou seu ruivo ingrato. – Ela empurrou meu peito com o dedo indicador. – Mas ai, chega á rainha Lia e sua princesa Mariana, e conquista tudo que lutei para conquistar durante anos. – As lagrimas caiam de seu rosto ela se recolheu num canto da poltrona da sala. – Mas isso não vai ficar assim!

– Lauren? Você é mãe daquela víbora da Lauren, Marta? – Perguntei em choque.

– Cala á boca sua imunda, não ouse falar da minha filha. – Ela me olhou cerrando os punhos. – ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM! – Ela se levantou furiosa. – Eu não quero vocês dois juntos.

– E o que você acha que pode fazer pra me impedir de ficar com a pessoa que eu amo? – Castiel disse segurando á paciência para não ir até ela e fazer um estrago.

– Simples! Se vocês me desobedecerem digo pro seus queridos papaizinhos, que os filhinhos perfeitos deles estão tendo um caso. Eles vão ficar desapontados ao saber que os irmãozinhos Corleone estavam se pegando no sofá. – Ela riu diabólica enquanto escorria algumas lagrimas de seu rosto.

Eu não tinha pensado nisso, mamãe vê eu o Castiel como irmãos, como uma família, o que ela faria se soubesse que estávamos juntos. – Um escândalo? – Eu pensava comigo mesma. Não posso estragar a felicidade dela, não agora, depois de tanto tempo sofrendo pelo meu pai.

– Você não tem provas. – Castiel acusou á jogando no sofá. – Bem que eu saiba que tinha algo de errado com toda essa sua gentileza comigo, nunca gostei de você. – Ele disse olhando com ódio para ela que estava encolhida no sofá.

– Eu tenho! Pode acreditar eu tenho muitas, não duvidem de mim, e muito menos da minha filha. – Ela sorriu.

Eu sabia muito bem do que Lauren era capaz, se Marta era a mãe dela então... Eu não queria nem imaginar.

– Castiel. – Falei entre dentes pegando em seu braço por trás. – Não mexe com ela, por favor. – Eu sussurrei enquanto minhas lágrimas também escorriam, eu adorava muito Marta, aquilo foi um choque para mim.

– Marta! – Eu me levantei do canto no tapete em que estava escondida escutando tudo. – Eu e Castiel vamos fazer o que você quer, desde que não conte nada para minha mãe e nem para Joe. – Eu me aproximei estendendo minha mão para ela que me olhou desconfiada.

– Ouça as condições, não quero ver vocês nem conversando se quer, Castiel quero que namore minha filha, e você Mari convença sua mãe a ir embora daqui, antes que tudo piore para vocês duas. Tem muita coisa de que você ainda não sabe. – Marta sorriu, me estremecendo.

– Eu aceito. – Disse á olhando nos olhos deixando escapar uma lagrima. – Castiel me olhou surpreso e decepcionado.

– MARI? Vai acabar com o nosso namoro por causa dessa ai? – Ele me puxou pela cintura me olhando nos olhos.

– Me solta Castiel, não quero mais nada com você. – Falei e foi como um punhal no coração.

– Mas Mari... – Ele soltou minha cintura, abaixou a cabeça e pude ver uma lagrima escapar.

– SUBAM! Cada um pro seu quarto, agora! – Ordenou Marta que estava com um sorriso satisfeito nos lábios.

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