Harry P. O. V.
Eu levei um susto quando me levantaram assim que eu peguei o pomo, nós já estávamos com 140 pontos quando eu o peguei, Lucas era um goleiro excelente não deixou passar nenhuma, isso estava me preocupando um pouco porque sei que Ron ia me encher por isso mais tarde.
– HARRY, HARRY, HARRY! – Eles gritavam meu nome, Lucas era o outro centro das atenções, eu agradeci mentalmente quando eles me colocaram no chão e fui aproveitar a festa de vitória.
– Eu nunca vou ser assim Harry! – Ron disse assim que eu o alcancei perto da janela, Hermione estava do lado oposto conversando com a minha irmã.
– Não comece, hoje não é dia de sofrer por antecipação, Ron você não precisa ser que nem ele... – Lucas me interrompeu.
– Você deve não ser como eu, você tem que ser você. – Ele disse.
– Você podia estar jogando em times profissionais se quisesse. – Ron disse.
– Quando eu tiver um tempo sobrando, que é nunca, eu tento. – Eu ri, eu já tinha pensado em entrar pra um time profissional, fazer uns testes, mas o tempo também não me permitia no momento. – Cara, você tem que entender que nem todo dia vai ser de sorte, eu já levei um balaço na cabeça e ficamos sem goleiro uma vez.
– Mas hoje você foi perfeito. – Lucas sorriu e negou com a cabeça quando percebeu que não o faria mudar de ideia.
– Oi, desculpa interromper o papo de vocês, mas agente precisa ir embora.
– Mas já? – Eu tinha notado que quando Lucas veio falar com a gente ela tinha saído da sala, provavelmente foi se despedir de Dumbledore.
– Os Deuses são loucos! Eles nos chamaram para uma reunião às dez no olimpo. – Eu a olhei confuso.
– Zeus e Lility? – Eu não conseguia me referir a ela como mãe.
– Sim, você já deu tchau pra todo mundo? – Lucas perguntou a minha irmã que assentiu. – Então pessoal, temos que ir.
– Tchau então, nos vemos daqui a duas semanas, no natal.
– Sim, claro. – Ela disse me abraçando.
Os dois foram para um cantinho que não tinha muita gente e aparataram, deixando uma leve fumaça que logo se dissipou.

Lucas P. O. V.
– E eu achando que agente ia poder ir direto para o sítio da minha família. – Eu disse a Isa assim que chegamos à entrada do Empire State. Ela não disse nada só continuou andando de mãos dadas comigo. – Qual é o problema? Você não quer ir não é? – Ela suspirou.
– Eu até quero, eu gosto de sítios, mas a sua mãe não é muito amigável.
– Já disse pra não ligar pro que ela fala. – Eu disse parando de andar e me virando pra ela. – Não importa o que ela diga ou faça, nada vai mudar o meu amor por você.
– É agora que a gente se beija e eu digo que também te amo? – Ela perguntou e eu ri antes de depositar um beijo nos lábios macios dela. – Acho que você tem razão... Eu não deveria ligar pra esse tipo de coisa enquanto tem uma ameaça mundial por ai. – Eu sorri - Acho que estamos atrasados. – Ela completou, e de fato o relógio marcava dez e um, adeus a pontualidade britânica. Entramos no edifício falamos com o porteiro e subimos até o 600° andar.
Encontramos uma mesa redonda no tamanho natural com quatro cadeiras, duas delas estavam ocupadas pelos deuses, em suas formas humanas.
– Vocês estão atrasados. – Meu pai disse, olhando irritado para nossas mãos entrelaçadas que fomos forçados a soltar já que eles fizeram questão de nos deixar bem separados na mesa, por mais que fosse pequena. – Mas isso não importa agora. – Ele balançou as mãos e mais uma cadeira surgiu com Apolo sentado nela, eu olhei para Isa com um olhar confuso e ela correspondeu.
– Nós precisamos de um favor, na verdade ele – Lility apontou para Apolo – Precisa.
– Não só ele, mas outros deuses que estão atrasados como vocês.
– Eu tenho uma filha. – Nós assentimos, isso era normal, Apolo tinha várias filhas. – Ketlen, ela mora no Brasil. – Assentimos, pra que ele estava nos contando sobre a filha dele, senti a mesa se expandir e Afrodite se juntar a nós.
– Oi para o casal mais fofo do universo. – Nós sorrimos em agradecimento.
– Em fim vamos direto ao ponto, os filhos deles e de... – Zeus foi interrompido por mais um Deus que se juntou a mesa Ares. - ... Os filhos deles, moram no Brasil, e são “protegidos”, eles já tem desesseis anos e estudam em uma mesma escola no Rio, nós queremos que vocês “cuidem” deles, e depois os levem para o acampamento, isso exiriria que os dois se mudassem para o Brasil por uns dois meses no mínimo.
– Porque agente tem que tomar conta deles? Pelo que eu saiba nenhum semideus recebe tratamento especial. Porque eles... – Isa foi interrompida.
– Eles tem uma missão a cumprir, serão uteis pra vocês em Nárnia, eles e a filha de Athena Ananda. - Eu senti pena da Nanda, ela já foi pra Nárnia uma vez em uma missão e agora teria que ir pra outra?
– Isso está mesmo certo? – Isa perguntou.
– Foi o oráculo quem disse. – Eu olhei para Isa e começamos uma conversa mental
Isa: O Brasil não é ruim, e a filha de quem Afrodite falou, eu acho que é minha prima, Alice.
Lucas: Você tem uma prima que mora no Brasil?
Isa: Tenho, eu já te falei dela... Se eles vão ajudar de algum jeito, é óbvio que vão porque se fosse para ter mais três semideuses se aliando a Chonos eles não teriam pedido isso a nós.
Lucas: Porque não mandam alguns sátiros?
Isa: Os treinamentos dos sátiros para a batalha já começaram, eles não tem sido mandados com frequencia ultimamente.
Lucas: Então agente aceita?
Isa: Aceitamos.
– Tudo bem, nós iremos tomar conta dos filhos de vocês e fazer com que eles fiquem vivos mas alguma coisa? – Eu perguntei.
– Vocês deveriam viver menos grudados. –Zeus disse e Lility concordou com ele.
– Totalmente fora de cogitação, eles vão continuar grudados, eles são lidos assim. – Afrodite protestou e eles começaram uma briga sobre quem estava certo comrelação a nós dois.
Isa me olhou como se dissesse “hora de sair daqui” Eu assenti e nós saimos sem nos despedir, antes que sobrasse para um de nós.