Isa P. O. V

Eu soltei um grito e senti na mesma hora o sangre escorrendo pelas minhas costas , olhei para o Lucas mas ele estava um pouco ocupado com outra empousai.

– Então oque você acha de eu matar você – voltei minha atenção para aquela coisa na minha frente e neguei com a cabeça. Fiquei de pé e dei um chute na cara dela tempo suficiente para pegar minha pulseira, que se transformava em um arco. Eu podia deixar meu arco com a forma que pudesse, e no caso era a de uma pulseira.

– Vai me matar rainhazinha? Achei que você não matava – eu engoli em seco, ela tinha razão eu não matava porque não precisava matar.

Armei o arco com a flecha e mirei de forma que só passasse de raspão na pele dela, eu precisava só de um corte e estava feito. Atirei a flecha e ela automaticamente sumiu. Vi o Lucas fazer o mesmo corte no mesmo local que eu na outra empousai só que com sua espada.

Lucas: É brincadeira né – ele gritou para o céu e eu ri.

Isa: Desde quando você usa meus métodos? – ele voltou sua atenção para mim e me entregou um copo com néctar e me deu, também, um pedaço de ambrósia.

Lucas: é bem eficiente, mas eu ainda estou aprendendo. Não costumo usar minha magia interior para muita coisa. – Eu assenti e me recordei de quando aprendi a usar aquilo.

Flash Back on.:

Eu estava em um dos meus primeiros testes em Nárnia, lutar com um monstro quando se tem cinco anos não é nada legal. O máximo que eu consegui foi arrancar um corte na perna dele enquanto eu já estava com a minha perna quebrada e eu sabia que ela ia demorar no mínimo dez minutos para se refazer. Eu tentei usar meus poderes, então eu fiz uma coisa que passou pelo corte dele e pronto ele sumiu, dois anos mais tarde resolveram me explicar que eu e o Lucas éramos os únicos que podíamos mandar monstros para o tártaro. Só que aquilo nem sempre funcionaria, na verdade na prática eu não fazia muito. Eu prefiro a moda normal além de gastar menos energia eu nunca considerei que estava matando alguma coisa porque eles vão se refazer mesmo.

Flash Back off.

Isa: Não gosto muito de fazer assim – eu disse bebendo um gole do liquido que queimou minha garganta mais acelerou o ainda mais o processo de cicatrização.

Lucas: É bem eficiente quando agente está sem armas – eu assenti.

Isa: Acho que só fiz porque ela me provocou – ele riu

Lucas: Não faz muito o seu estilo mas tudo bem – eu ri também – Eu acho que agente vai ter que almoçar no hotel, não é legal sair andando com roupas sujas de sangue.

Isa: Hum, acho que agente pode dar um jeito nisso – eu peguei minha varinha e fiz um feitiço simples e nossas roupas ficaram limpas.

Lucas: Bem prático – ele acabou de mastigar sua ambrosia e me ofereceu sua mão

Isa: Não era para agente esperar que nada do tipo acontecesse

Lucas: Às vezes eu só quero paz, e não consigo isso nem por um dia? Depois de tudo que agente fez agente bem que merecia umas férias.

Isa: Férias? Dá próxima vez é melhor agente ir pra Nárnia então. – agente andou mais uns cem metros e chegamos no restaurante. Nos sentamos em uma mesa e começamos a olhar o cardápio.

Isa: Você não teve a chance de responder minha pergunta – eu disse assim que escolhemos um spaguetti com molho branco.

Lucas: Que pergunta?

Isa: Porque você seria um idiota? –

Lucas: Hum, eu vou te responder prometo, mas vai ser depois.

Isa: Tudo bem senhor misterioso.

Lucas: Você sempre estraga todas as surpresas, então...

Isa: Eu não vou estragar okay? – ele assentiu – Eu não faço de propósito, mas eu nunca descubro o que você faz. Já as outras pessoas dão pistas de mais.

Lucas: Pode ser... – o i phone dele tocou. Ele olhou para a tela desconfiado e atendeu.

Lucas P. O. V.

Ligação On.:

Lucas: Aconteceu alguma coisa?

Edmundo: Lucia sumiu – eu fiz uma cara de pura confusão e puis no viva voz para que a Isa também pudesse escutar.

Pedro: Não acredito que você ligou pra eles, eu já não disse que resolvo? Gente foi mal tá tudo sobre controle.

Susana: Agente não vai fingir que está tudo sobre controle Pedro.

Isa: Oque aconteceu?

Pedro: Aconteceu que ela voltou.

Isa: Ela quem?

Pedro: A Nanda, e ela trouxe alguém com ela. – eu estava sem entender nada.

Isa: Achei que a Lucia tinha sumido. – eu assenti

Pedro: Ela foi caçar sozinha e não voltou, faz uma semana.

Lucas: Qual é o problema da Nanda ter voltado com alguém? – ela realmente precisava voltar depois de uma missão, aliás ela estava em uma missão rara porque poucos semideuses tinham missões em nárnia.

Pedro: O problema é que ela voltou como refém, nós conseguimos soltar ela dele, mas ele fugiu e acho que ele pegou nossa irmã. Recebemos uma carta essa manhã que desafia você para um duelo com ele. Nessa carta estava explícito você e que eu não o substituiria. – eu bufei e vi ela revirar os olhos.

Lucas: E quando é isso?

Pedro: hoje.

Lucas: E você pretendia me contar isso quando? – eu falei levemente estressado.

Edmundo: Ele não pensa às vezes. Ele estava prestes a declarar guerra ao Alex.

Susana: Rei Alex. – ela o corrigiu

Lucas: Tudo bem, nós vamos pra i, tchau. – eu ouvi mais uns resmungos da parte do Pedro antes de desligar.

Ligação off.

Isa: Porque isso soa muito familiar pra mim.

Lucas: Não era para ser uma novidade, era?

Isa: Acho que você não deveria ter se preocupado de não ir a Roma, será que seria pior se estivéssemos lá?

Lucas: Duvido, os deuses não querem a gente juntos.

Isa: Não era para ser uma novidade, era? – Ela repetiu a minha pergunta e eu neguei com a cabeça.

Lucas: Me explica uma coisa, como eles ligaram pra gente de outro mundo?

Isa: Eu enfeiticei os celulares deles.

Lucas: Hum, claro inteligência não tem limites pra você.

Isa: Acho que agente precisa ir mesmo. – eu bufei.

Lucas: Quando agente voltar...

Isa: Se agente voltar, acho que conseguiremos um pouquinho de paz para aproveitar o resto desse dia super romântico – ela foi irônica na ultima parte. - isso depois de deixar a Nanda no acampamento e você sabe a burocracia toda. Acho que agente consegue a noite só pra gente e quem sabe com sorte o dia seguinte? Agente pode dormir aqui e aparatar de manhã. – eu assenti.

Lucas: Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades. – eu brinquei, mas na verdade era verdade.

Isa: Quanta criatividade – ela riu.

Lucas: acho que agente consegue paz por pelo menos umas quatro horas quando voltarmos.

Isa: Espero que sim. – Ela disse, pagamos a conta e pegamos o spaguetti para viajem.