Georg não era meu, pelo menos não do jeito que eu queria e que eu gostava. Aqui ele era meu melhor amigo, em um futuro qualquer ele foi meu namorado, meu noivo, o meu melhor.

-você - sentei no colo dele enquanto ele sorria - você tem que prometer que…não vai se magoar por minha culpa - seu sorriso diminuía a cada palavra - eu só falo merda e - sorri lembrando de outras coisas - eu magoo as pessoas - passei a mão sobre seu rosto sorrindo - promete que não vai me machucar? - seu sorriso abriu novamente e eu sorri.

-prometo tudo que você quiser - sorriu e lhe dei um selinho - isso é um sim? - não tenho nada a perder mesmo.

-isso é um: quando eu voltar te dou a resposta concreta - ele sorriu, por aquele sorriso consegui dizer que ele queria um sim, mas eu precisaria pensar. Não queria me magoar com uma coisa temporária e sem importância - tudo bem pra você? - ele assentiu e me deu um selinho longo.

*

13ºDia: 1ªParte

*

O despertador tocou e segundos depois o desliguei, abri os olhos e olhei para o lado, Gheorge ainda dormia tranquilo, meu deus como ele me lembrava o Georg mesmo não sendo nada igual. Mordi o lábio inferior e acariciei seu rosto sorrindo, ele logo acordou sorrindo.

-bom-dia - sussurrei, ele me olhou sorrindo.

-bom-dia - disse no mesmo tom de voz, dei um beijo na ponta do nariz dele e me levantei - já são 6h? - me olhou com o lençol á volta do corpo e assenti. Os rapazes iriam passar aqui por volta das 7h15, então me enfiei no banheiro. Tomei um banho rápido lavando o cabelo e saí de lá não encontrando Gheorge no quarto, mas ouvi barulhos na cozinha, sorri.

Troquei de roupa, coloquei um macacão jeans preto com um crop top branco deixando minha barriga á mostra, nos pés coloquei os tênis da Nike que Kristen havia me comprado no dia anterior, peguei minhas duas malas, uma de mão e outra de rodinha e a bolsa preta com os olhos de uma boneca estampados em grande e fui para a sala.

Deixei lá as malas e fui até a cozinha, o café já estava pronto sobre a mesa de mármore preta, sorri.

-vou ter saudades - disse no meu ouvido, me virei ficando de frente pra ele.

“para de pensar no Georg” - sorri.

-também vou ter, mas eu volto daqui uns dias - sorrimos e nos beijamos, a única coisa que me vinha á cabeça era ele, que droga!

Nos separamos e começamos e conversar sobre os rapazes e a viagem. Disse que iria com uma “amiga” e que não sabia ao certo quando voltava, dentro de duas semanas mais ou menos. Terminamos de tomar o café e voltei ao quarto, peguei meu cap preto e meus óculos escuros e voltei á sala, foi quando ouvi duas buzinas ao longe, sorri.

-minha hora - sorrimos, ele me ajudou a descer com as malas, saímos do prédio e encontramos todos lá perto dos carros. Eu levaria meu carro e quem conduziria seria Tom, Bill iria com Gustav e Georg com Kristen.

“puta merda nessa menina”

Olhei para a roupa dela e ri disfarçadamente. Ela usava um vestido rosa, sapatos altos pretos e uma mala que aparentava ser caríssima assim como os óculos gigantes no rosto.

-olá querida! - me abraçou e Georg me olhou estranho, dei de ombros - que bom que vem comigo, não suportaria esses meninos sozinha - girei os olhos e Tom riu, abracei todos eles e Gheorge tossiu.

-ah - encolhi os ombros, como iria fazer aquilo - gente esse é o Gheorge - ele deu um aperto de mão nos rapazes e dois beijinhos em Kristen.

-Molly, tuas malas - entreguei as chaves do meu carro para Tom, ele levou minha malas com a ajuda de Gustav, me virei para Gheorge.

-você vai ficar bem né? - acariciei seu rosto sorrindo e ele assentiu.

-eu supero as saudades - nos beijamos com calma e nos separamos quando Kristen bateu palmas.

-que casal mais fofo - acho que corei um pouco, Georg entrou no carro e vi Tom estacionar com o meu Cadillac sorrindo.

-vai lá, aproveita - assenti - e pensa na minha oferta - mordi o lábio inferior, Georg nos observava pelo retrovisor, consegui ver isso.

-vou pensar - assenti, nos beijamos uma última vez.

Bill dirigia o carro de Tom com Gustav, Georg ia com Kristen e Tom ia no meu. Entrei no carro colocando o cinto e a bolsa sobre o colo, demos partida.

O início da viagem foi silenciosa, eu encostei a cabeça no vidro vendo o verde passar. Atrás do nosso carro ia Bill e na nosa frente Georg.

-namorado novo? - Tom cortou o silêncio e ri ainda com a testa colada na janela. Ele balançava a cabeça enquanto batucava no volante do carro.

-nada, amigo colorido, posso dizer assim - ele riu negando com a cabeça.

-com Tom Kaulitz aqui disposto e você vai pegar o branquelo lá - ri negando e bati em seu braço - ai!

“devia ter batido mais forte, o Gheorge é lindo” - ri e bati na pala do cap.

-ele é um poço de fofura - ri olhando para o carro á nossa frente, o sol estava nascendo e já começava a me incomodar.

-e porque não namoram se ele é um poço de fofura? - aquela pergunta bateu contra mim e meu sorriso se foi.

“te pegou de jeito”

Minhas malditas esperanças insistiam em acreditar que um dia eu poderia tê-lo de novo comigo.

-porque não estou certa daquilo que quero - Tom assentiu sem dizer mais nada. Voltei a colocar a cabeça na janela e fechei os olhos sentindo o sol queimar minhas pálpebras sobre os óculos escuros.

-como foi o dia ontem? - olhei para ele que mordia o lábio na intenção de segurar o riso, bati em seu braço e ele soltou uma gargalhada alta, cruzei os braços.

-idiota - fiz um bico - foi um inferno, acho que ainda consigo ouvir a voz daquela menina na minha consciência.

“você acha não, você tem certeza. Maldição!” - ri.

-coitada, ela é uma querida - fez uma voz fininha me fazendo gargalhar - qual é Molly, vai dizer que você não queria ir no carro no lugar dela - neguei com a cabeça e descruzei os braços.

-Tom Kaulitz pra mim agora é o suficiente - dei de ombros e coloquei os pés no banco.

-pensava que nunca iria dizer isso - rimos.

-mas és, e também… - engoli em seco - eles se merecem, fazem um casal perfeito.

“mentindo pra você mesmo, coisa feia.”

-ahum, sei - fez cara de quem não acreditava. Fechei os olhos por segundos e quando abri Tom me mexia no banco - acorda! - como assim acorda?!

“você dormiu mula” - girei os olhos e bufei.

-Me deixa dormir aqui Tom - bocejei e olhei para o lado, a casa era bem de frente para a praia.

-não Molly - foi a vez dele arrastar a voz - anda logo, já está quase na hora do almoço - meu estômago roncou e ele riu - vamos - praguejei em português e saí do carro, ele levava minha mala de mão, levei a de rodinhas e entramos na casa. Era tudo muito limpo, organizado e em cores claras.

-vem Molly! - Bill me puxou - vou te mostrar o teu quarto - sorri, subimos as escadas e entramos no 4º quarto da direita. Era tudo perfeito e me perguntava porque nunca vim aqui. Os móveis eram claros, tal como o resto da casa, havia uma sacada que dava para a piscina, uma cama de casal, banheiro, uma televisão de plasma e outras coisinhas, sorri.

-nossa! - respirei fundo - é lindo - Bill sorriu e colocou minha mala na cama.

-não é? - admirou o quarto com os olhos e um sorriso gigante no rosto - bem, o almoço já deve estar quase pronto, eu vou me trocar - assenti - aproveite - assenti novamente. Ele saiu e fechou a porta, me sentei na cama e abaixei a cabeça olhando para meus próprios pés.

“Sim” - girei os olhos - “eles ficaram no mesmo quarto.”

-olha, já que você sabe essas coisas todas porque não me diz os números do Euromilhões* - risinhos.

“idiota”

-otária - bufei e me levantei. Como íamos ficar ali algumas semanas, coloquei as roupas no guarda-roupas, separei uma roupinha fresca e me troquei. Peguei uns shorts jeans curtinhos, uma t-shirt branca, que dizia em preto”Demons I get, People are Crazy”(Demônios eu entendo, pessoas são loucas)nos pés coloquei umas rasterinhas azuladas eu não sabia que cor era aquela.

Desci as escadas encontrando todos na sala, me olharam e senti observada, claro.

-oi - levantei uma mão e terminei de descer as escadas.

-gosto da tua blusa - Gustav apontou e sorri, antes de me sentar Georg me interrompeu.

-Molly - o olhei de pé - posso falar com você?