The Lost Godess escrita por elaineraissa


Capítulo 9
Capítulo 8 - Palácio de Poseidon


Notas iniciais do capítulo

Vocês devem estar a ponto de me matar pela enrolação né gente? Sinto muito por isso, mas eu estou tão acostumada a fazer capítulos grandes, de dez páginas, que quando o capítulo tem que ser pequeno assim eu acabo tendo que fazer eles em maior número pra constar tudo e pá... Enfim, quero meus reviews u-u Boa leitura!



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- Hermes me ajudou. Dionísio me ajudou. Acho que os Deuses gregos não são muito ligados a regras.

- É nesse ponto que eu queria chegar – disse Nathan. – Deuses gregos. Quem é a sua mãe romana?

- Juno. Deusa da família, do casamento e da maternidade.

POV – Nathan.

Em apenas um dia Nathan viveu muita coisa.

Foi até o Olimpo junto com seu melhor amigo Matt entregar as chaves do carro de Apolo, que ele deixara com Nathan – coisa que ele nunca tinha feito com nenhum outro filho.

Depois, quando eles estavam indo embora, encontraram O Pégaso. O pai de todos os Pégasos ali, atrás do Empire States. Eles pensaram em pegá-lo emprestado e exibi-lo no acampamento. Os campistas com certeza morreriam de inveja.

Mas foi aí que aconteceu. A menina apareceu. Aparentemente a dona do Pégaso, que era a garota mais linda que Nathan já vira. Mais bonita até que as filhas de Afrodite que viviam no acampamento.

Eles a levaram para o acampamento, e mais tarde descobriram que ela era a Deusa perdida, e que era namorada de Hermes, o Deus preferido de Nathan.

Agora eles estavam ali, na beira da fogueira, depois do toque de recolher, correndo o risco de virarem comida de Harpia, decidindo o que fazer quanto à Elaine, ou Anne, a Deusa das Estrelas.

- Bem – disse Anne com aquela voz doce dela. – Precisamos esperar até amanhã para pedirmos uma missão para Quíron.

- Ou podemos sair agora mesmo. Eles não precisam saber de nada – sugeriu Matt.

- Não acho justo – rebateu Anne. – Acho que eles devem saber quem eu sou e porque estamos saindo.

- Como se eles já não soubessem, Anne. Quíron sabe de tudo. Ah, e Dionísio não contou aquela lenda atoa. Ele não disse que estavam esperando por você atoa. E você viu como Quíron ficou quando Dionísio começou a contar a “lenda” – disse Matt fazendo aspas com o dedo.

- Tudo bem. Mas vocês têm irmãos, tem amigos, devem ter namoradas. Precisam se justificar. Se eu tivesse um irmão, e de repente ele desaparecesse sem dar notícias, eu teria um ataque cardíaco.

- Isso acontece todos os dias com semideuses, Anne – insistia Matt.

- Mas vocês pensam no pior quando acontece. Por favor, vamos esperar até amanhã.

- Você quem sabe – disse Matt de má vontade. – O que você acha Nathan?

Nathan estava perdido em pensamentos, pensando sobre tudo o que acontecera com ele naquele dia.

- Hã? – perguntou ele.

Matt revirou os olhos.

- Estávamos pensando… vamos agora ou esperamos até amanhã?

Nathan parou e pensou um pouco.

- Se fôssemos agora, poderíamos traçar nosso próprio caminho livremente. Nós temos mantimentos o suficiente, e eu acho que consigo entrar no chalé sete pra pegar algumas outras coisas sem acordar ninguém. Poderíamos passar no arsenal e conseguir uma arma para Anne, e podíamos pegar Pégasos no estábulo.

- Viu! – disse Matt. – Não é má ideia.

- Entretanto – continuou Nathan. – Se esperássemos por amanhã, explicaríamos tudo na frente do acampamento. Ganharíamos uma profecia, que sempre ajuda em uma missão. Ganharíamos transporte, mantimentos, roupas e todo tipo de ajuda que o acampamento pode oferecer.

- Eu opto por esperar – disse Anne.

- Eu opto por irmos agora.

- Matt, a missão é da Anne, vamos esperar.

Matt fechou a cara.

- Tá bem, mas eu espero que a missão seja recusada; aí teremos que sair escondidos de qualquer forma.

Nathan suspirou.

- Acho bom irmos dormir. Amanhã será um longo dia, e a qualquer momento as Harpias vão aparecer para nos comer no jantar.

Anne fez uma careta.

- Acho que eu não gostaria de ver vocês sendo comidos por Harpias, então vamos.

- Porque nós? – perguntou Matt enquanto eles saíam sorrateiramente da área da fogueira.

- As Harpias foram criadas por Zeus. Não acho que elas me atacariam. E eu sou uma Deusa, esqueceram?

- Já vai começar a se gabar? Olha que eu não te levo pro Olimpo!

Anne revirou os olhos.

- Nathan, você está muito quieto – observou Anne.

- Estou com sono – mentiu Nathan.

- Tudo bem então… Boa noite meninos – disse Anne dando um beijo na bochecha de cada um.

Ela virou as costas para eles e foi para o chalé um cantarolando uma música em latim.

Nathan dormiu mal.

Ele sabia que o dia seguinte seria um grande dia, mas o sonho que teve foi inevitável.

Ele estava na frente de um castelo branco e azul cercado por corais. Ele olhou para o lado e viu duas meninas rindo e conversando… mas algo estava errado. Elas tinham caudas de sereia.

Elas definitivamente não eram sereias – aqueles monstros horrendos que levam você para a morte lhe mostrando as coisas que você mais quer ver –. Nathan tinha bastante experiência com esses monstros. Elas eram meninas normais, com caudas coloridas de sereias.

Ele se viu no reflexo de uma carruagem puxada por cavalos marinhos. Ele esperava que ninguém o visse daquele jeito. Ele estava sem camisa, e no lugar onde deveriam estar as suas pernas, ele tinha uma longa e escamosa cauda verde. Ele era um tritão.

- O que eu estou fazendo aqui? – murmurou ele.

- Eu preciso falar com você, rapaz – disse um tritão atrás dele.

Ele era grande, sua cauda mudava de azul claro a azul escuro, de azul escuro a verde, e assim por diante.

- Poseidon? – perguntou Nathan.

- Não. Sou o coelhinho da Páscoa. Claro que sou Poseidon.

- E o que eu estou fazendo aqui?

- Você vai mesmo continuar com essa ideia ridícula de levar essa garota para o Olimpo?

- Ela é uma deusa, senhor. O Olimpo é o seu lugar de direito. E ela não oferece ameaças ao senhor e ao senhor Hades.

- Você quase me convenceu. Eu acreditaria se não fosse o fato de que você a conheceu hoje e não sabe nada sobre ela.

- Eu sei o bastante sobre ela para saber que ela não é uma inimiga.

- Você pensa assim, Nathaniel.

Nathan ficou em silêncio. Ele definitivamente não gostava de ouvir seu nome inteiro.

- Olhe, eu não quero ser o vilão. Não é do meu feitio machucar ninguém, e se essa menina não ficar em meu caminho, eu não vou fazer nada contra ela. Perséfone não estava errada ao pensar que se ela crescesse longe de tudo isso ela estaria mais segura.

- Se não quer machuca-la, não faça isso!

- Eu não vou fazer nada contra ela. Juro pelo Rio Estige.

Nathan relaxou.

- A não ser que ela apresente alguma ameaça.

- Ela não ameaça ninguém – insistiu Nathan.

- Mas meu irmão Hades não vai querer saber se ela apresenta ou não ameaça. Eu estou lhe avisando garoto, Hades usa a estratégia da prevenção. Se ele achar que ela pode ameaça-lo, ele vai agir antes para não correr o risco.

- Obrigada pelo aviso – disse Nathan.

- Só mais uma coisa, rapaz.

Nathan olhou para ele.

- Os deuses podem se tornar mortais. Se eles passarem muito tempo longe de suas atividades divinas, eles passam a ser apenas mortais e podem ter uma vida normal. Você poderia tê-la, Nathaniel. Só precisaria atrasar a missão.

Nathan não podia acreditar no que estava ouvindo.

- Você não pode estar falando sério! Eu não vou trair meus amigos!

- Faça como quiser, Nathaniel, mas ela pode ser sua, se você quiser. Eu sei que você adoraria poder tê-la, poder tocá-la…

Imagens começaram a surgir na mente de Nathan. Ele se viu de mãos dadas com Anne no Olimpo; viu os dois envolvidos em um beijo na sombra de uma árvore no Central Park; e viu algumas cenas realmente quentes…

- Cale a boca! – gritou Nathan. – Sai da minha mente, pescador imundo!

Poseidon pareceu surpreso. Seu rosto se contorceu em uma expressão de fúria, e então ele sorriu.

- Bem, eu já falei tudo o que eu tinha para falar. Adeus Nathaniel, passar bem.

Poseidon sumiu, e Nathan sentiu frio. Muito frio. Sua cauda se transformou novamente em pernas, e ele começou a se afogar.

O palácio e tudo o que estava em volta de Nathan desapareceu, e ele ficou sozinho se afogando no fundo do mar, em uma escuridão total.

A água invadia seus pulmões, e ele não conseguia ver para que lado estava a superfície.

Ele parou de se debater e sentiu sua mente rodar. Ele ficou tonto e desmaiou.

- Nathan! Acorda! – gritava uma voz feminina desesperadamente.

Ele abriu os olhos lentamente, a sua cabeça girava e ele não conseguia respirar direito. Quando ele tentou se levantar, começou a tossir e cuspiu muita água.

Ele não tinha se dado conta, mas estava ensopado, e tudo em volta dele também estava.

Ele podia sentir o sal arranhando sua garganta, e sentia frio de uma maneira avassaladora, mesmo com o sol brilhando lá fora. Ele se sentou com a vista doendo e conseguiu ver quase todos os seus irmãos o encarando perplexos.

Ele pegou uma garrafa de água que estava ao lado da cama e bebeu todo o conteúdo em poucos goles, mas mesmo assim sua garganta ardia.

- O que houve? – perguntou Marina, uma de suas irmãs.

- Poseidon – murmurou Nathan tentando se lembrar. – Eu não quero falar sobre isso.

- Mas Nathan...

- Eu preciso ficar sozinho – pediu.

- Não mesmo. Você está mal, vamos cuidar de você.

Nathan suspirou e se encolheu de frio.

Quando seus irmãos viram que ele tinha cedido, começaram a cuidar dele, tirando sua temperatura, verificando seus reflexos, e por fim, deram um cantil com néctar a ele.

Quando ele conseguiu ficar sozinho, foi tomar uma ducha.

Enquanto ele tentava tirar todo o sal do corpo, lembrou-se das palavras de Poseidon.

“Ela pode ser sua, se você quiser. Eu sei que você adoraria poder tê-la, poder tocá-la...”

Nathan socou a parede com força e gritou. Com a dor que sentira, provavelmente quebrara o pulso.


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Notas finais do capítulo

POV - Point of View (ponto de vista) se alguém ainda não sabia ^^
Então, gostaram? Eu tentei não deixar Poseidon como vilão porque vocês me matariam, ér... Enfim, eu já disse isso muitas vezes, mas vou ter que repetir: poxa gente, vocês leem e não deixam os reviews! É importante saber a opinião de vocês! Se o caso for não ter conta no Nyah, pode deixar a opinião no meu tumblr pequena-de-zeus... Ia ser legal saber o que vocês estão achando! Beijos, espero que tenham gostado!