O Segredo. escrita por Jee kuran 95, DramioneFanClub, Jee kuran 95


Capítulo 26
Capítulo Vinte e Seis: Sussurros no Ouvido.


Notas iniciais do capítulo

N/A: Leiam as notas finais, please.



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Autora: Jee_kuran_95

Disclaimer: Harry Potter pertence exclusivamente a J.K.Rowling.

Classificação do Capítulo: +16 anos.

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O Segredo

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Harry Potter

Capítulo Vinte e Seis: Sussurros no Ouvido.

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“Onde...?” pensou a mulher olhando ao redor.

Havia caído bruscamente em meio a grama. Levantando-se com dificuldade, Helena olhou para frente deparando-se com uma casa de aparência estranha mas que muitas vezes sua filha – não, não podia mais pensar em Hermione como sua filha – lhe descrevera por cartas.

A casa da família Weasley. A Toca.

Tentou andar sentindo uma pressão em sua perna esquerda e mancou em direção à estranha construção. A chave do portal esquecida metros atrás de si enquanto ela se afastava em direção a casa.

Parou sorvendo um pouco de ar fresco e ofegou sentindo suas costelas estralarem e doerem gemeu sabendo que um hematoma se formaria ali nas próximas horas.

Surpresa viu quando uma mulher ruiva de cabelos ruivos e provavelmente mesma idade que ela veio até si, correndo e com algo em mãos – uma varinha -. Seu rosto mostrava-se preocupado e horrorizado ao vê-la ali.

- Helena? – perguntou Molly segurando-a por trás e sustentando seu corpo. – Arthur! Gui! Fleur! Ajudem-me aqui! – gritou e logo três pessoas (que Helena supôs ser quem a ruiva havia chamado) apareceram ajudando-a a carregar para dentro.

- O que aconteceu? – perguntou o ruivo maior. Provavelmente Arthur Weasley. – Como ela veio parar aqui?

- Ao que parece ela veio através de uma chave de portal – disse uma voz mais jovem e robusta. Pegou em suas mãos a mesma, mostrando ao pai. – Mas não faço ideia de como ela chegou a suas mãos afinal é uma trouxa.

- Um... Homem. – disse com a voz rouca e baixa. Quase não conseguia falar sentia sua boca extremamente seca, necessitada de água. Todos os músculos de sua perna protestaram pela força que ela colocava na mesma para que pudesse andar. – Água... Por favor.

Entraram na casa sentando-se no sofá perto da entrada enquanto a mulher loura (Fleur) desaparecia por entre os cômodos em direção à cozinha. A francesa voltou com um copo de líquido transparente em mãos estendendo gentilmente para a morena Granger.

- Aqui – disse numa mistura de francês com britânico.

-... – pegou o copo das mãos da mais nova e bebeu vorazmente sentindo o líquido descer queimando por sua garganta. – Obrigada – disse em um suspiro relaxado. Olhou para os outros ocupantes da sala que a observavam preocupados. – Então, vocês são os Weasley’s de quem tanto ouvi falar – disse com um pequeno sorriso – é um prazer conhece-los embora as circunstâncias não sejam muito... Boas. – disse duvidosa

Lágrimas formavam-se no canto dos seus olhos ao lembrar-se do ocorrido de a pouco.

Seu marido... Seu Paul estava morto. Morto.

- Pode nos dizer o que aconteceu? – perguntou a Sra. Weasley suavemente agachando-se a sua frente e pegando suas mãos.

O nó em sua garganta não se desfez, mas ela pode conter as lágrimas que queriam cair. Devia ser forte, devia ao menos contar aquelas pessoas para que elas pudessem lhe ajudar a entender o que aconteceu... De alguma forma.

- Meu marido e eu... Estávamos em casa – encheu os pulmões de ar olhando para o tempo do lado de fora da janela. – e então alguém tocou a porta, pedi que Paul atendesse. Ele desceu as escadas e eu ouvi o som da porta sendo aberta, mas... Depois não havia som algum. Estranhei e fui ver o que tinha acontecido e então vi três homens encapuzados, vestidos de preto apontando isso – apontou para a varinha na mão da Senhora Weasley – uma varinha nas mãos dele e... Ele disse algo, não sei, apontou para Paul e murmurou algo... Um jato de luz saiu de sua varinha e ele... Ele... E-Ele... – as lágrimas começaram a cair livremente por suas bochechas coradas.

- E ele matou seu marido, Paul... É isso minha senhora? – perguntou Fleur, sua voz doce ecoando enquanto ela olhava tristemente para a Granger afagando seus cabelos em compreensão as palavras não ditas.

A mulher apenas concordou.

Gui e Arthur olharam-se.

- Comensais da morte – rosnou o mais novo indignado. – Mas... Por quê? – perguntou confuso.

- Isso nós não sabemos, mas iremos descobrir. – murmurou Arthur. Puxou a varinha das vestes e murmurou o feitiço do patrono. Logo, uma doninha apareceu a sua frente – Avise a Sirius o que aconteceu, peça que ele venha o mais rápido possível. – virou-se para Gui – Mande uma carta para McGonagall, ela avisará ao Diretor Dumbledore o ocorrido. Virou-se para a mulher sentada ao lado de sua esposa e cunhada. – Senhora Granger, você ficará conosco por enquanto até que saibamos o porquê aconteceu isso.

- Se me permite perguntar – interrompeu Gui, todos o olharam – mas a senhora poderia nos dizer quem lhe deu essa chave de portal?

- Ah – espantou as lágrimas de seus olhos com as costas da mão. – eu não sei bem... Era uma mulher, tinha minha idade talvez... Não me disse seu nome... Nada. Apenas... Disse que se eu precisasse mesmo... Deveria pegar nisso que ele me traria há um lugar seguro. Nem sei por que fiquei com isso na verdade... Mas agradeço por não ter me desfeito desse objeto enquanto pude.

Arthur e Molly se entreolharam preocupados. Gui franziu o cenho fazendo um barulho estranho com os lábios e foi a procura de pergaminho e tinta, pronto para escrever a carta e entrega-la a McGonagall o mais rápido possível.

- Gostaria de um chá querida? – pediu a senhora Weasley com um sorriso.

- Aceito. – soluçou rouca.

- Então vou à cozinha, eu prepararei um chá para você, ajudará a pelo menos se acalmar. – murmurou à ruiva ajudando-a a se levantar. Fleur segurou o braço de Helena, ajudando-a a ir até a cozinha junto com elas. – Sua perna dói? – perguntou a matriarca Weasley notando que a morena mancava.

- Um pouco – admitiu sem voz. – Deve ter sido a queda. Minha perna absorveu todo o impacto.

- Entendo. Então venha, sente-se aqui. Vamos dar uma olhada nisso. – disse e pelo canto dos olhos viu Fleur despedindo-se de Gui que saia apressadamente com Arthur. A loura voltou para o lado delas rapidamente. – Vou precisar que levante a perna para que eu possa dar uma olhada. – disse e assim ela o fez.

Apreensiva, Helena viu quando Molly levantou sua varinha em direção a sua perna. Prendeu a respiração vendo como uma luz saia da mesma enquanto a ruiva passava a ponta da madeira da varinha em toda a extensão de sua pele.

Nunca vira bruxos praticando magia. Embora sua filha fosse uma, pelo que ela havia lhe explicado uma vez, bruxos não podem praticar magia fora da escola até os 17 anos, quando atingem a maioridade então não era surpresa ver-se nervosa frente a alguém que praticasse deliberadamente magia.

Maravilhada, viu como a luz da varinha da bruxa trocava de cor e uma sensação de alívio tomava conta de sua pele e os músculos da perna quando a ruiva terminou de murmurar algo.

Tocou-se e pisou no chão, admirada que a dor houvesse passado.

- Obrigada – disse sinceramente.

- Não por isso. – disse uma corada Senhora Weasley.

Para ela, era difícil entender como uma pessoa podia ficar tão maravilhada com magia. Para si era extremamente normal já que era bruxa e desde seu nascimento soube. Naquele momento ela entendeu um pouco do que sentiam os nascido-trouxas quando ingressavam em seu mundo.

Maravilhados, encantados.

O bule com a água quente – que magicamente havia colocado para ferver em seu fogão – piou insistentemente e ela o tirou do fogo manualmente enquanto uma xícara de chá vinha flutuando em sua direção. Derramou o líquido ali e sentiu o cheiro do chá infestar o ar de sua cozinha de modo agradável.

- Aqui, espero que goste. – disse entregando para Helena.

A outra apenas acenou positivamente, sorrindo um pouco.

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- Harry Potter –

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Estava mais uma vez na biblioteca e pela primeira vez não conseguia concentrar-se em sua leitura. Fechou o livro de maneira irritada, já havia lido aquela mesma página em que estava umas cinco vezes e não conseguia lembrar-se do que dizia ali.

Levantou da cadeira ruidosamente e olhou para trás comprovando se Madame Pince não viria falar nada sobre o barulho que ela estava fazendo. Apoiou as mãos na mesa batucando com a ponta dos dedos na madeira de maneira irritante.

- Ok, já chega este barulho está começando a me dar nos nervos – sussurrou para si mesma começando a andar em círculos ao redor da mesa.

- E você andando desta forma está começando a me deixar tonto.

Hermione parou subitamente virando-se para o recém-chegado apoiado em uma das estantes.

Harry sorriu atrativamente e descruzou os braços andando até a amiga, parou a seu lado e apoiou suas mãos na mesa enquanto a mesma apoiava o próprio quadril, suspirando.

- Dia difícil? – perguntou o moreno.

- Semana difícil – sibilou ela passando os dedos por entre os fios de cabelo e suspirando. Olhou para Harry e arqueou uma sobrancelha questionando – Mas e você o que está fazendo aqui? É raro ver Harry Potter frequentando a biblioteca de Hogwarts – brincou ela batendo seu ombro no dele.

Harry riu de leve, balançando a cabeça.

- Vim aqui para relaxar na verdade – deu de ombros e viu a face surpreendida da outra. – Você sempre diz que a biblioteca é um lugar calmo, bom para pensar por isso vim aqui... Quis provar se sua teoria estava certa ou não – disse com um sorriso maroto.

Hermione bufou uma risada.

- E eu estou certa obviamente – disse de forma arrogante, muito parecida neste momento com Malfoy. Até mesmo o sorriso em seus lábios (e isso até mesmo Harry notou surpreso na hora) lembrava-lhe um pouco do Príncipe de Slytherin. – Eu sempre estou.

Harry teve que concordar entre risadas. Sim, até aquele momento ele nunca vira Hermione errar em nada.

- Ok, tudo bem chega de ser egocêntrica Hermione Granger! – disse para si mesma, o que fez Harry gargalhar mais ainda – Foco! – parou e virou-se novamente para o amigo. – E você veio só comprovar a minha teoria ou há algo mais em sua vinda até aqui? – perguntou astutamente.

O moreno tentou conter um sorriso sem sucesso.

Realmente, tentar esconder as coisas de Hermione era impossível. Ela o conhecia demais para saber quando ele estava fazendo alguma coisa diferente do normal. Ela convivera com ele durante sete anos, eram melhores amigos... Sua amiga sabia de todas as suas facetas.

- Ok, ok, eu desisto – levantou as mãos a frente do corpo – na verdade eu vim aqui procurar mais informações sobre... Um assunto.

- E que assunto tão importante é esse que lhe trouxe de arrasto até a biblioteca? Deve ser muito interessante para fazer você vir até aqui pesquisar sobre? – perguntou.

-... - Harry olhou para ela sem palavras. Ele não havia contado para a amiga de seus sonhos. – Não é nada demais, eu apenas queria saber... O significado de alguns sonhos que ando tendo. Não é algo tão urgente, mas como eu não tinha nada para fazer neste momento... – deu de ombros.

- Oh.

Hermione olhou de soslaio para Harry notando que o moreno estava hesitante em lhe contar algo ou não. Deixaria assim por hora, mas eventualmente encontraria uma forma de descobrir o que afligia – o que escondia – seu melhor amigo.

- Mas! – continuou ele sorrindo agora. – Como eu encontrei você e sei que a senhorita passa muito tempo enfurnada nesse lugar, vou tirá-la daqui, terei tempo para fazer minha “pesquisa” a hora que eu quiser. Minha melhor amiga é mais importante. – disse em tom solene o que a fez rir.

- Ok, ok – disse entre risos. – eu sabia que isso ia acontecer, que alguém viria aqui e me arrastaria para fora – suspirou dramática fazendo-o dar-lhe um sorriso – mas fico feliz que tenha sido você, se fosse Ginny ou qualquer uma das garotas eu ia ter que ouvir reclamações o dia inteiro. – passou a mão pelos cabelos e sentiu como os braços ao redor de si se apertavam um pouco, tensos. Olhou para o amigo, confusa. – O que foi? – murmurou.

- Ginny – murmurou em tom cansado.

- Ainda? – perguntou incrédula. – Aconteceu alguma coisa?

- Não, não aconteceu nada... E esse é o problema. Ela continua me ignorando – olhou em seus olhos. – Não sei o que fazer para que ela me perdoe – confessou fechando os olhos.

- Ginny amava você Harry – ainda ama na verdade pensou consigo mesma, mas isso era um detalhe que ela não diria a ele. – você sabia disso e, mesmo que não de propósito acabou ferindo os sentimentos dela ao ficar com... Aquela garota. Está magoada, com o orgulho ferido.

- Eu não sei o que fazer para ela me perdoar. – suspirou – não sei o que é pior: ela me ignorar ou ela falar comigo, mas me tratar como se eu fosse um estranho na vida dela. É irritante essa situação.

- Situação essa que você provocou – apontou astutamente.

Ele grunhiu e Hermione deu uma risada forçada.

- Bem, dê tempo a ela, se aproxime aos poucos, você vai recuperar a confiança dela, tenho certeza. – disse de maneira confiante.

- Espero – murmurou. – Chega de falar desse assunto, mas... E o que você estava fazendo quando cheguei? Parecia nervosa... – observou arqueando uma sobrancelha negra olhando-a por baixo dos óculos redondos.

- Na verdade nada.

- Hermione – repreendeu-a.

A amiga o olhou, vendo o brilho naqueles olhos verdes claros e sorriu. Ela o conhecia muito bem, mas ele também a conhecia. A conhecia o suficiente para saber que algo estava errado, quando estava triste, quando estava em júbilo ou satisfeito com alguma conquista sua.

- Ok, ok – riu entre dentes. – tive um pressentimento. Não sei bem o que é mais... Sabe quando você sente a sensação de que alguma coisa está errada? – perguntou.

- Sim. Na verdade o tempo todo. – admitiu aparentando estar sério.

Hermione... Alguma coisa está errada.

A morena arregalou os olhos parando bruscamente. Soltou-se de Harry e virou para os lados, para trás e olhou ao seu redor. Virou para o rapaz novamente vendo que o mesmo a olhava confuso.

- Algum problema?

- Você ouviu isso? – sussurrou.

- Ouvi o quê? – perguntou intrigado olhou ao redor também constatando se não havia ninguém mais ali. Nenhuma alma viva passava pelo corredor. – Hermione? – chamou a amiga colocando a mão em seu ombro.

- Essa voz! – disse agoniada ainda olhando para os lados.

- Voz? Que voz? – uma sensação de dejá vu tomou seu corpo. Era como em seu segundo ano só que, ao invés de Harry falando aquelas palavras era ela. Aquela constatação a apavorou mais ainda.

Hermione...! Ele está vindo!

- O que...?

- Granger.

Pulou no lugar e virou-se se deparando com Nott. O rapaz aproximava-se dela como uma serpente, elegante e malicioso. Os cabelos negros caiam sobre os olhos claríssimos de maneira rebelde e ela se viu com vontade de agarrar os fios escuros com as mãos e puxá-los para si.

Fechou os olhos engolindo em seco e tentou se acalmar. A voz sumira misteriosamente.

- O que quer aqui, Nott? – sibilou Harry.

- O meu assunto não é com você, Potter – debochou o Slytherin – e sim com ela – apontou para Hermione e piscou sensual. – agora, se você puder me dar licença eu gostaria de falar com ela... A sós.

- E se eu não quiser sair? – desafio o Potter.

- Não cabe a você decidir – disse malicioso. Virou-se para Hermione e cravou seu olhar azul nela, arrepiando-a.

- Ora seu... – rosnou.

- Harry – disse Hermione chamando a atenção dos dois. Nott riu baixinho. – pode deixar, eu sei me cuidar... Quero ouvir o que ele tem a dizer – e colocou uma das mãos em seu ombro, apertando-o.

- Hermione...

- Está tudo bem – disse encarando Nott com os olhos cerrados. – Eu sei me cuidar.

- Nos vemos mais tarde então – aproximou-se dela e beijou sua testa carinhosamente – se você fizer algo a ela... Eu mato você Nott – sussurrou ameaçadoramente ao passar por ele.

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- Harry Potter –

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- Régulos? – chamou Allegra adentrando o aposento. Viu que o homem se desfazia rapidamente da capa de Comensal. – Onde você estava? – continuou.

- Não lhe interessa! – rugiu o homem batendo sua mão num lustre do quarto chocando-o com a parede. – Merda! – rosnou.

- Régulos, o que você fez? – perguntou novamente temendo a resposta.

- Seu estúpido! – gritou enfurecida Bellatrix entrando na sala.

Allegra virou-se para a irmã espantada com sua presença repentina. Olhou para a mulher enraivecida depois para o marido cerrando os olhos no processo. Bellatrix aproximou-se de Régulos apontando a varinha para seu pescoço e rosnando palavras incoerentes.

O homem a empurrou fazendo com que ela desse passos cambaleantes para trás.

- Alguém pode me explicar o que está acontecendo? – rugiu sobrepondo sua voz a de seu marido e a de sua irmã.

- Você quer mesmo saber o que está acontecendo, Allegra? – debochou a mais velha com um sorriso sádico nos lábios, seus olhos castanhos mostravam-se enlouquecidos. – Seu querido e amado marido Régulos – frisou o nome – recebeu uma ordem do Lorde das Trevas – brincou com a varinha em mãos – para matar os pais da sangue-ruim Hermione Jean Granger – ironizou as últimas palavras e olhou para a irmã vendo os olhos da mesma se arregalarem, amedrontados – mas este – apontou para seu marido e primo – inútil – berrou – não foi capaz de matar os dois! A mulher conseguiu... Escapar! – gritou enlouquecida

A face da loira mantinha-se inexpressiva registrando a informação da irmã.

Seu marido... Havia ido até a América para matar... Os pais trouxas de sua própria filha.

- Por quê? – viu-se murmurando.

Bellatrix a olhou arqueando uma sobrancelha morena perfeita.

- Por que Milorde pediria para que matasse os pais de Hermione Granger? – perguntou sufocada.

- Você sabe o motivo irmãzinha – disse maliciosa.

Sim, ela sabia.

Narcisa lhe dissera que estranhamente Voldemort estava com um interesse incomum em uma nascida trouxa: Hermione Granger. Ao que parecia – pelo pouco que soube – o bruxo das trevas a queria deste lado da guerra. Ninguém sabia o porquê, ninguém entendia.

Apenas sabiam que, se conseguissem capturá-la, deviam trazê-la até ele viva. E se a menina tivesse um mísero arranhão o culpado receberia um castigo severo.

E então um pavor tomou conta de seu corpo: Qual era o modo mais fácil de fazê-la vir até ele sem que tivesse que se mover, fazer com que ela viesse... Por vontade própria?

Assassinar seus pais. Ela seria movida pelo instinto de vingança. Mas o que o Lorde sabia era que ela não era uma simples nascida-trouxa, porém indiscutivelmente ela se preocupava demasiado com os Granger.

Hermione viria pela vida de seus pais. Ela viria buscar vingança pela vida daqueles que ela ama.

Olhou para Bellatrix sentindo a raiva borbulhar dentro de si. Viu Régulos sair irritado pela porta, destruindo as coisas pelo caminho com sua varinha. Podia ouvir as gerações Black pintadas em quadros amaldiçoando-o.

- Você sabia – sussurrou irada aproximando-se da irmã e pegando-a pelo pescoço arrastando-a até a parede. – Você sabia sua cretina! – sussurrou agoniada, estrangulando-a levemente com suas unhas compridas, arranhando seu pescoço fino e pálido. Bellatrix não soltou um ruído sequer apenas encarando-a com um sorriso de superioridade. – Bella! É minha filha! Sua Sobrinha! Pelo amor de Merlin!

- É apenas uma bastarda, um estorvo em sua vida Alle, você não vê isso? – murmurou Bellatrix enojada com o sentimentalismo da irmã. – Ela é uma desonra para nossa família Allegra! Uma desonra para os Black! Ela é apenas uma vadiazinha, deixei-a mor...Arghhhhh!

Bellatrix caiu sentindo com todo seu corpo parecia ser cortado em mil pedaços, sua alma? Estilhaçada.

- Crucio.

Aquela foi a primeira vez na vida, que Allegra sentiu prazer em jogar um Cruciatus em alguém.

- Dobre sua língua para falar de minha filha mais velha, irmã. – disse assim que o feitiço parou. Ouviu Bellatrix gemer, provavelmente ninguém havia conseguido lhe acertar uma maldição até hoje. E, do modo como sentia ódio da irmã naquele momento, a maldição teve ter lhe atingido com toda a potência de seu rancor. Abaixou-se até ficar em sua altura e sussurrou: - Seus lábios não merecem sequer pronunciar uma palavra contra ela.

Levantou-se e andou em direção a porta. Se ficasse mais um segundo ali não era apenas um Cruciatus que lançaria na outra.

- Você sabe – ouviu a voz de Bella ecoando no aposento e parou ficando de costas. Olhou-a por cima do ombro, ela ria. – Você sabe que, se eu pudesse, torturaria e mataria a vadiazinha da sua filha sem dó nem piedade, não é? Hahahaha – gargalhou histérica.

Allegra voltou, a varinha guardada em suas vestes. Bellatrix esperou pelo que ela faria.

Um grito de dor escapou de seus lábios: Alle pisava em seu pulso esquerdo com violência e logo ela ouviu um estralo: estava quebrado. Pegou o direito com uma das mãos e virou-o para trás, quebrando o outro também.

- Como você vai usar sua varinha agora... Se não consegue nem mexer os pulsos direito? – sussurrou com sua voz de veludo perto do ouvido da irmã. – Não se preocupe Bella alguém ouvirá seus gemidos de dor... Uma hora – sorriu maliciosa. – Afinal... Estávamos somente Régulus, eu e você nesta casa e ele acabou de sair... – disse sugestiva levantando e indo novamente para a porta.

- Não ouse...! – gemeu estrangulada com a dor.

Apenas pode ouvir a risada de sua irmã ao sair pela porta.

Allegra lhe pagaria aquilo. Com juros.

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- Harry Potter –

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Perturbada, Hermione subiu para seu dormitório de Monitora-chefe, as palavras de Nott ecoando em sua mente como adagas de prata.

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- Seja rápido Nott, eu não tenho todo o tempo do mundo – disse fria apoiando seu peso em uma das pernas.

- Uau, quanta frieza! – brincou ele mordendo o lábio inferior. – Uma vez você me tratava com mais amabilidade Hermione, o que aconteceu para você mudar dessa forma? – disse sarcástico.

Estreitou os olhos perigosamente.

- Não me irrite Nott – frisou seu sobrenome – não estou paciência para suas gracinhas. O que quer? Não tenho o dia todo para ficar aqui – olhou para um lado, para o outro e constatou que realmente estavam sozinhos.

Suspirou vendo o rapaz apoiar-se na parede ao lado de onde ela estava e ficar ali, observando-a.

Fez menção de sair quando ele pegou seu pulso puxando-a de volta e virando seu corpo para o dele. Surpresa Hermione ficou petrificada e viu quando a mão dele subiu até seu rosto e deixando-a intrigada, acariciou a pele macia dela.

- O-que... Está fazendo? – disse sem fôlego.

- Eu queria ver você – disse sincero, sério – Não posso? – seus olhos a desarmaram: eram intensos demais.

- Não, não pode – disse bruscamente. – Não depois de ter enganado uma de minhas amigas, iludindo-a fazendo com que ela pensasse que você gosta dela! – se desfez da mão dele rudemente.

- Eu nunca fiz isso – disse ele quase indignado com sua afirmação. – ficar é bem diferente de assumir algo sério com ela e eu lhe avisei que a nossa... “Relação” – ironizou – não passaria daquilo e ela que se contentasse com isso. Eu lhe dei uma escolha: continuar ali e ficar comigo ou sair e esquecer o que eu queria. Ela fez a escolha dela, ficou. Eu não fiz nada que ela não quis, Granger – completou arrogante, o nariz arrebitado.

Hermione grunhiu. Anelise não poderia ser tão burra... Ou poderia?

Uma garota apaixonada não mede as consequências. Faz coisas tolas... Você nunca se apaixonou de verdade para saber a sensação. Simplesmente... Dói.

Hermione olhou para os lados novamente e Nott a olhou, curioso.

- O que foi?

- Ouviu isso? – sussurrou aproximando dele assustada.

- Ouvi o que?

- Nada – disse suspirando – Não é nada, deixe pra lá.

Theodore suspirou e olhou para ela, deu um passo a frente e fez algo que Hermione não esperava: abraçou-a forte contra seu peito.

Hermione corou fortemente e tentou sair de seus braços.

- Não abra o diário – ele sussurrou em seu ouvido. – Por favor, não abra o diário dela.

- O que?

- Ignore-a e não abra o diário Hermione. Eu a proíbo de abrir o diário – rosnou e a soltou deixando-a incrédula.

Ao olhar para trás, não soube dizer por onde Nott havia se esgueirado: ele não estava mais em seu campo de visão.

:::

- Diário? – perguntou para si mesma. – De que diário você estava falando, Nott?

Olhos claros, de um azul límpido observavam tristemente, mas Hermione não se deu conta.

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Continua no próximo capítulo...


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Notas finais do capítulo

Oiie.
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Sim, eu se vocês devem estar chateados comigo, mas... Desculpem. Semana de provas, problemas familiares, pouca internet pra mim, trabalho, sem criatividade... Foi complicadinho poisé, poisé.
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MAS! Para a alegria geral eu voltei com mais um capítulo e, não está dos melhores mas beleza. Uii, uii, algumas coisinhas aconteceram neste e vocês vão conseguir pescar algumas coisas nesse capítulo.
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Bom, hoje eu também estava fazendo uma relação dos personagens no meu word e bah... É muito personagem nessa fic fala sério.
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Bom, não consegui responder os reviews como sempre xD. Mas logo eu respondo, não se preocupem eu gosto muito de falar com vocês.
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Oh, quando passar dos 15 reviews eu posto outro ok?
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Ahh! Eu queria saber também uma coisa: De onde vcs são? Vcs não precisam responder tá? Mas seria interessante se vcs me dissessem, queria saber de onde sãos meus leitores.
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Bjos, até, J.