O Segredo. escrita por Jee kuran 95, DramioneFanClub, Jee kuran 95


Capítulo 23
Capítulo Vinte e Três: Três Horcruxes.


Notas iniciais do capítulo

N/A: Um muito obrigada pela minha segunda recomendação. Agradeço de coração a leitora que fez isso por mim e por essa fic.



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Autora: Jee_kuran_95

Disclaimer: Harry Potter pertence exclusivamente a J.K.Rowling.

Classificação do Capítulo: +16 anos.

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O Segredo

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ℋarry Potter

Capítulo Vinte e Três: Três Horcruxes

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*Galatea*


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Os quadros se moviam de maneira inquietante, a Fênix Fawkes piava olhando para o horizonte que dava os primeiros sinais do Crepúsculo. Dumbledore suspirou olhando para o anel dos Gaunt, girando-o em seu dedo.

A mão envelhecida começava a mostrar os sinais da Maldição sangrenta. O aspecto podre alastrando-se por sua pele, tornando-a negra.

– Diretor Dumbledore - disse Minerva adentrando o escritório do homem suavemente. - A Sra. Black já está aqui. - anunciou a diretora da casa de Gryffindor.

Alvo olhou-a por cima das oclinhos de meia lua e sorriu serenamente. - Peça para que Allegra entre por favor, Minerva.

– Por que... Chamou-a aqui? - outra voz surgiu assim que a professora de Tranfiguração desapareceu por entre a porta.

Severus saiu da escuridão, sua capa tremeluzindo ao seu redor deixando ver sua postura rígida e fria. Os olhos negros, duas pedras de gelo insondáveis e amargas.

– Porque Hermione Granger é sua filha - explicou cruzando as mãos sobre o colo. - e está envolvida nesta Guerra tanto quanto Harry Potter. E, infelizmente no futuro, Harry e Hermione estarão de lados diferentes desta guerra.

– O destino pode ser mudado! - disse Snape rapidamente, postando-se frente a Dumbledore e apoiando suas mãos na mesa do diretor. Seus olhos negros queimavam nos azuis bondosos do mais velho.

– O destino é imutável, Severus - disse Dumbledore. - e a Srta. Granger já tem o seu traçado há muito tempo, desde o dia em que nasceu. Desde o dia em que Lord Voldemort matou os pais de Harry, desde o dia em que Allegra e Sírius Black deram vida ao fruto proibido de seu amor.

Snape fechou suas mãos em punho, sua mandíbula ficando tensa e seus olhos transbordando fúria. Virou-se e cruzou os braços, mantendo silêncio enquanto o Diretor olhava-o, avaliando suas reações.

– Ela sucumbirá ao poder - murmurou Snape sem olhar para Dumbledore. - As artes das Trevas está no sangue dela! Faz parte de quem ela é, da família da qual faz parte.

– Sim. - confirmou Dumbledore. - E Hermione se tornará aquilo que ela mais detesta e se odiará por entender as ambições do jovem Tom Riddle. - disse com um pequeno sorriso melancólico. - Mas, eu não estarei mais aqui para ver sua última decisão, nem para ver o fim desta Guerra.

Severus se virou alarmado para Dumbledore e viu que o antigo professor admirava sua mão apodrecida. Grunhiu irritado.

– Se não tivesse colocado este maldito anel em mãos isto não aconteceria! - sibilou o ex-Slytherin. - Se você me desse algum tempo para pesquisar uma cura para...

– Severus. - chamou-o.

O homem de cabelos negros e oleosos virou-se para ele.

– Eu já estou pronto para morrer - disse Alvo fechando os olhos e sorrindo - e quando chegar a hora, você me matará. Um último ato que fará com que Voldemort tenha plena confiança em você.

– Você-não-irá-morrer! - disse o professor de poções entredentes.

Dumbledore apenas deu uma leve risada, levantando-se e dando a volta em sua mesa. Parou alguns metros frente a porta e, sem olhar para Severus disse:

– Meus dias já estão contados, Severus. Não há nada que você, nem ninguém poderá fazer. - disse calmo. - Admito que foi tolice minha achar que não haveria nenhum contra feitiço no anel de Tom Riddle mas, se isto aconteceu, era para acontecer.

– Mas, você...! - começou a retorquir Snape.

– Professor Dumbledore! - exclamou outra voz enquanto a porta era aberta lentamente

Silêncio. Fawkes piou novamente e voou pousando perto de uma pilastra ao lado da porta. Allegra surpreendeu-se ao ver a bela Fênix vermelha ali, explendorosa e suberante com seus grandes olhos observando-a.

Não havia visto que Dumbledore e Snape estavam ali, olhando cada um de seus movimentos.

– Olá Fawkes - cumprimentou a ave, fazendo um carinho em sua pelugem e sorrindo encantadoramente. - Faz muito tempo que não nos vemos, não é, velha amiga? - seus olhos cor de mel se tornaram perdidos e um suspiro resignado escapou de seus lábios.

Alle sorriu uma última vez para ave e virou-se para o restante do escritorio vendo que tudo ainda estava no mesmo lugar embora, de alguma forma nada tivesse mudado, o ambiente parecia estranhamente acolhedor.

– Allegra! - exclamou Dumbledore verdadeiramente feliz. - Fico feliz que tenha vindo.

– Professor Dumbledore. - disse em um aceno de cabeça neste momento, seus olhos - que se arregalaram - viram Severus logo atrás do homem de barba e cabelos brancos compridos - Severus! - exclamou alguns tons mais alto.

– Allegra - saudou-a. Apático e frio.

A loura revirou os olhos e bufou balançando negativamente a cabeça.

– Mesmo depois de tantos anos parece que o mal humor lhe persegue Severus, deveria tentar ser um pouco menos ranzinza. Tanta armagura não faz para o coração. - disse séria.

– Hum.

– Para que me chamou aqui, professor? - perguntou docemente.

– Sente-se Allegra, tenho a impressão de que esta noite será muito longa para que nos mantenhamos de pé. - disse sabiamente sorrindo. Arrumou os oclinhos e a olhou. - Mas acho que você já sabe dos motivos pelos quais lhe chamei aqui, não é mesmo?

A expressão séria da mulher então relaxou um pouco e ela sorriu como a muito não fazia. Com sentimento.

– Sim, eu já sei. - disse calma - Me chamaste aqui para falarmos de minha filha, Harry Potter... Esta Guerra. - disse direta.

– Como sempre, astuta e inteligênte, Sra. Black. - aprovou. - Digna da casa que lhe foi designada. Salazar Slytherin estaria orgulhoso da Sra.

– Não tenho tanta certeza disso, Dumbledore.- todos viraram-se para olhar para umas das estantes.

Ali, distante e solitário encontrava-se um velho chapéu feito de pano, desgastado pelo tempo, remendado. A boca era apenas uma fenda, parecendo um corte mal feito no tecido.

O mesmo ganhou vida, olhando para os três integrantes da sala.

Não tenho tanta certeza disso, Dumbledore. - repetiu - Duvidei muito se devia colocá-la em Slytherin Allegra Black, cogitei colocá-la em Hufflepuff assim como em Ravenclaw. Sempre tão leal aos seus... Sempre tão inteligente! Mas... Duas características suas se sobressaiam minha senhora...

"Um coração tão corajoso, faria Godric Gryffindor se orgulhar de tê-la como integrante de sua nobre casa. Mas, uma mente tão astuta, brilhante e poderosa ganharia mais brilho na casa de Salazar."

"Fico me perguntando hoje, vendo de que lado você preferiu ficar nesta Guerra, se não lhe coloquei na casa errada, Sra. Black" terminou seu discurso ligeiramente confuso.

Dumbledore olhou tudo em silêncio, cruzando os braços sobre a mesa e escutando tudo que o Chapéu Seletor tinha a dizer aquela forte e guerreira mulher a sua frente.

– Está enganado - disse com voz firme, olhando para o velho pedaço de pano sem piscar. - Você me colocou na casa a que sempre pertenci... E na única casa que me faria ver realmente os meus verdadeiros valores.

Snape arregalou levemente os olhos.

E Dumbledore sorriu, lembrando-se que, alguns poucos anos atrás, um mesmo menino de cabelos negros, olhos verdes e uma cicatriz em forma de raio em sua testa falara algo parecido a aquele mesmo chapéu.

Sua filha também foi uma das pessoas mais difíceis de ser selecionada. – a mulher franziu o cenho para o chapéu - ela é muito parecida com você Sra. Black. Uma mulher de personalidade forte... Indomável - observou o Chapéu - porém, ela tem a mesma fraqueza que a Sra.

Allegra arregalou os olhos e olhou para o nada.

Pensei em colocá-la em Slytherin, assim como você.

Chega! - grunhiu a mulher.- Sírius era de Gryffindor, Hermione ficou nesta casa por que era o que seu coração mandava! - disse aborrecida. - E mesmo por que, dizem que você nunca falhou em suas decisões chapéu... Esta´començando a duvidar de si mesmo? - ironizou.

O Chapéu Seletor arregalou os olhos e olhou para Dumbledore.

O velho diretor apenas fez um pequeno sinalzinho de mãos e logo, aquilo nada mais era que um inanimado pedaço de pano velho e acabado.

Allegra suspirou e baixou o olhar para seu colo.

– Pois bem, então sobre o que exatamente você queria falar comigo Dumbledor... O que houve com sua mão?! - perguntou espantada tomando a mão do diretor entre as suas. Olhou para o homem assombrada com sua constatação - Magia das Trevas - sussurrou aterrorizada. - Dumbledore...!

– Não se preocupe com isso minha cara - disse o home sorrindo e soltando sua mão gentilmente - eu estou bem.

– O que causou isso? - perguntou de súbito.

– Apenas uma consequência de um pequeno deslize meu - disse o diretor misteriosamente. - Um deslize do qual pagarei um preço, mas isso não é nada.

– Sua própria vida não significa nada para você?! - rugiu Snape de seu canto.

Allegra levantou-se deixando sua bolsa cair no chão. - O-que?

Alvo deu uma risadinha, olhando-a por baixo dos oclinhos de meia-lua. - Isso que vê em minha mão - apontou para a mesma com a varinha - é uma consequência da magia negra de Tom, Allegra - disse suave, como se falasse com sua própria filha. - mas antes me diga: você sabe o que é uma horcrux?

Logo Allegra incorporou-se, arqueando uma sobrancelha e tomando a pose altiva que só ela tinha. Pose esta que seria herdada por sua filha, anos mais tarde.

O tom de sabe-tudo tomou conta dela e Severus ergueu os olhos, lembrando-se dos seus tempos de Hogwarts, em sala de aula.

Horcrux é um ou mais objetos mágicos no qual foi inserida a alma de um bruxo, sendo assim, impedindo a morte de seu dono já que um pedaço de sua alma ainda está preso à Terra. É necessário matar uma pessoa para fazê-lo e, uma vez destruido o objeto que continha o fragmento de sua alma jamais poderá ser recuperada. - falou rapidamente sem piscar.

Dumbledore confirmou seriamente, sem quaisquer resquícios de sorriso em seu rosto.

– Mas eu não entendo professor... O que uma Horcrux teria a ver com isto? - apontou para a mão dele. - Não consigo achar uma ligação entre os fatos.

– Este é o anel de Servolo Gaunt - mostrou-o para a mulher. A pedra verde brilhou em seu centro fazendo os olhos da Black brilharem em cobiça. -, avô de Voldemort. Eu sai a procura deste anel no final do ano passado e o encontrei em meados de Agosto e fui tolo o suficiente para colocá-lo sem averiguar que tipo de magias havia nele...

Os olhos de Allegra perderam o brilho. Ela havia entendido. Ela compreendera o que o velho professor estava falando.

– Está me dizendo que... Este anel... O anel dos descendentes de Slytherin é uma...?

– Isso mesmo. - disse Severus intrometendo-se. - Esta é uma Horcrux, criada por Tom Riddle, a segunda que ele criou na verdade. - completou com asco.

– O que? A segunda... Mas então quantas...?

– Sete. - disse Alvo em um tom de pena e tristeza. - Tom criou 7 Horcruxes sendo que, duas delas já foram destruidas. - Alle ouvia tudo sem piscar. - No segundo ano, uma menina foi induzida a abrir a Câmara Secreta, escrevendo com sangue nas paredes e afugentando os nascidos-trouxas da escola.

– Ginevra Weasley - respondeu automaticamente.

– Sim. - aprovou Dumbledore enquanto a Black acompanhava seu raciocínio. - Lúcius Malfoy no começo do ano havia colocado em seu Caldeirão no Beco Diagonal o diário de Tom Riddle e, no final do ano, uma menina ofidioglota lutou com um Basilisco e com a lembrança de Tom guardada nas páginas daquele diário.

– O diário era uma Horcrux e Harry destruiu-a com o veneno de Balisisco - disse e sorriu. - eu já ouvi essa história Alvo. Sei dos feitos d'O Eleito em Hogwarts. Assim como sei que, Fogo Maldito e o veneno de Basilisco são as duas únicas coisas capazes de destruir qualuquer coisa.

– Ele está procurando as outras - disse Snape interrompendo novamente, ao olharem para fora, o céu encontrava-se escuro e algumas estrelas já estavam lá, iluminando-os. - e está preparando Potter para ir buscá-las logo após sua morte. - terminou irônico.

– Potter é apenas uma criança! - exclamou preocupada.

– Uma criança cuja profecia diz ser a única com o poder de matar o Lord das Trevas. - relembrou-os. Os dois ex-Slytherin bufaram resignados.

– Não adianta discutir com você, não é mesmo, professor? - resmungou e olhou novamente para a mão. - Quanto tempo?

– Um ano - respondeu Snape e novamente a loura pegou a mão de Alvo nas suas, analisando-a. Puxou a varinha de suas vestes e se concentrou passando-a pela pele necrozada.

A Black abaixou a varinha em sinal de desistência.

– Poderiamos estudar um contra feitiço professor! Ou alguma poção...! - disse com um toque de desespero em sua voz.

– Não há nada que se possa fazer. Meus dias aqui já estão contados, como deve ser. - disse sábio. - Assim como os de Harry Potter também estão.

Os outros dois arregalaram os olhos.

– O que quer dizer com isso? - a frieza de Severus perfurou Allegra e ela encolheu-se como se pudesse ser atingida por adagas de ferro.

A Black sorriu tristemente, entendendo a jogada. Ela sabia o que falava a profecia, sua filha lhe contara. Lhe contara todas as suas aventuras, todos os seus medos pela vida de seu melhor amigo.

– Você o preparou... Para morrer no momento certo... Não foi? - sua voz saiu embargada, fraca pelo choro.

Lembrou-se dos olhos de Lílian a olhando, a última vez que se viram, em seu casamento. Ela estava imensamente feliz e os olhos verdes... Brilhavam!

– Você... Você deixou o filho de Lílian... Vivo para que ele morresse?! - gritou Snape furioso.

Os olhos negros se Severus ferviam. A incredulidade, a raiva, a mágoa que durante todos estes anos ele havia guardado estava ali, demonstrada em um único e singelo olhar.

Dumbledore olhou-o apático mas algo brilhava em seus cintilantes olhos azuis cheios de algo que o Príncipe Mestiço não sabia dizer o que era.

– Ora Severus, você acabou se afeiçoando ao garoto? - perguntou intrigado.

Severus olhou-o gélidamente e girou sobre si. A varinha ao alto da cabeça emitiu um fio azul-prateado.

A corsa pulou sobre suas cabeças, correndo pelo cômodo e deixando um fio de luz sobre o ar, desaparecendo sobre o vidro espelhado do escritório do diretor.

Alvo olhou-o assombrado, surpreendido. Allegra chorava silenciosamente.

– Lilian? Depois de todo este tempo?

Severus olhou-o. O sentimento, o amor que sentia pela mulher refletido em seus olhos negros e tristes como a noite.

Sempre.

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ℋarry Potter -

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– Ela está acordando. - murmurou uma voz a sua esquerda.

Hermione não conseguia abrir as pálpebras, estavam pesadas demais. Respirou profundamente e se arrependeu do ato, sentindo os músculos protestarem diante da dor. Gemeu.

– Shiiu - chioou alguém a seu lado. - Tente ficar calma e relaxar. Você deve estar com dor por isso, é melhor que tente se manter parada.

Concordou levemente com a cabeça sem fazer qualquer movimento brusco. Ouviu a porta do lugar onde estava ser aberta e fechada rapidamente.

Mais alguém estava no aposento.

– Onde... - pigarreou fazendo sua garganta arder fortemente mas ignorou isso, continuou - Onde estou? - mesmo assim, a pergunta não saiu mais que um sussurro.

Ouviu a segunda pessoa que havia adentrado o quarto se aproximar, sentando do lado direito da cama onde estava. Logo sentiu uma carícia gostosa em sua bochecha.

Suspirou contente fazendo a pessoa rir.

– Você está em seu quarto de monitora-chefe. - murmurou o rapaz com a voz baixa porém clara. Um feito que ela realmente não conseguia realizar. - Afinal, proibiu-nos de te levar à Madame Pomfrey ou relatar o acontecido ao diretor Dumbledore. Além do que acredito eu que você não queria que a levássemos para a Torre de Gryffindor e ter que aguentar as perguntas de seus... - fez um som de asco com a boca - ... amigos.

– Draco! - ralhou a voz feminina. - Não fale assim! Os Gryffindor's não são tão ruins assim - ela abaixou a voz - e você mais do que ninguém sabe muito bem disso não é? - riu maliciosa.

– Cale-se Galatea! - grunhiu.

– Ui, fala o que quer, escuta o que não quer - brincou alegremente a menina.

Hermione deu uma risada, não era todo dia que se via Draco Malfoy, principe de Slytherin envergonhado. E sim, não era necessário estar com os olhos abertos para saber disso.

Depois de alguns segundos de quietude a memória voltou-lhe por inteiro: sua conversa com Ginny e Luna, a saída delas e a chegada de Jason, o quão exaltado ele havia ficado consigo, o quase enforcamento...

O momento em que Draco o estuporou, a chegada de Galatea ajudando-a e depois a última coisa que se lembrava era de Malfoy carregando-a e somente a escuridão tomar conta de sua mente.

Com muito esforço e a respiração deveras ofegante seus olhos se tornaram fendas e ela viu duas cabeleiras louras a sua frente.

Os dois cabelos louros eram platinados. De uma cor clara invejável. Porém, os do rapaz (Malfoy) era curtos e despenteados de maneira sedutora.

Os da menina - Galatea se a memória não lhe falhava? - era ondulados, meio cacheados e... Seu cabelo não era maior da último vez que a vira?

– Sinto dores até onde não imaginei ser possível - resmungou sussurrante.

Galatea fez uma expressão culpada passando a mão por seus cachos morenos.

– Desculpe por isso, é efeito colateral da poção que lhe dei. - deu de ombros. - Como não podia ir a Madame Pomfrey tive que recorrer há algumas poções... Do Professor Snape - disse meio hesitante com a reação da Gryffindoriana, mas ela não protestou. Continuou aliviada.

– As dores no corpo são efeitos colaterais, passam de pois de um tempo. - disse Draco a seu lado, dem deixar de tocá-la por um segundo.

Vendo isso, o sorriso da Slytherin crescia a cada momento e ela, com muito esforço mordia os lábios tentando esconder, sem sucesso o fato que estava feliz por Draco mostrar-se tão preocupado com uma garota.

Embora já soubesse dos sentimentos dele a muito tempo.

– Como-... Você sabe-disso?

– Pois eu mesma já administrei algumas doses em Draco... Algumas vezes - admitiu Galatea.

– Hm - a morena suspirou e conseguiu abrir totalmente os olhos.

Os castanhos se cravaram nos diamantes e no instante a menina sentiu uma tensão entre os dois.

Escondeu o sorriso maroto em seus lábios e se levantou, ajeitando seu uniforme, estralando as costas e fingindo não ver o olhar intenso dos dois.

Pigarreou e os olhos de Hermione voltaram-se para si. Ela sorriu amavelmente - Bem, eu vou indo. Tenho ainda alguns trabalhos para fazer, principalmente o de Transfiguração que é para o início desta semana! Vejo... Vocês em outro momento.

Recolheu seus pertences e saiu, Hermione chamou-lhe quando estava fechando a porta.

– Galatea!

– Sim? - murmurou sem se virar,olhando para a morena por cima do ombro.

– Obrigada - disse com sinceridade -, muito obrigada... Por cuidar de mim.

– Não fiz isso sozinha - disse com um sorriso e uma risada.

Fechou a porta atrás de si, deixando os outros dois sozinhos. Um pensamento assolando sua mente: Vamos ver no que isso vai dar.

Dentro do quarto, Hermione e Draco se olhavam sem nadar dizer.

O Malfoy levantou-se, pegando uma pequena bacia com água e voltando ao seu lugar, deixando perto do criado mudo. Pegou um pano e molhou-o.

Afastando o cabelo e parte da túnica de Hermione ele colocou o pano sobre seu pescoço e fechou os olhos, murmurando algo que a Granger não conseguia compreender. Uma ardencia começou no lugar e depois parou, um forte cheiro de rosas preenchendo o quarto.

Draco fez isso calmamente, em cada um de seus machucados e arroxeados, com paciencia e serenidade. Uma gentileza que ela nunca havia visto nele.

Hermione tentou se mexer novamente vendo que, ao menos da cintura pra cima não havia mais dor e sentou-se cuidadosamente olhando com curiosidade para o Malfoy.

– Que feitiço é esse? - perguntpu curiosa.

Olhou para água e, estranhamente ela se encontrava negra. Draco levantou-se, foi ao banheiro e despejou o líquido sobre a pia.

Voltou segundos depois e sentou no mesmo lugar.

– Um feitiço de família. Minha mãe me ensinou. - deu de ombros. Acariciou seu rosto e Hermione arquejou. Merlin, como ele era bonito,ainda mais tão de perto. - Você é tão teimosa. - riu secamente. - Quando vai aprender a me escutar quando eu lhe disser que não é para se aproximar de certas pessoas?

Ela virou o rosto contrariada.

– E desde quando eu lhe dei ouvidos, Malfoy? - murmurou cansada. - Pensei que já estivesse cansado de me alertar.

– Não. - respondeu prontamente. - Talvez algum dia, surtirá efeito meus conselhos e você decida de uma hora a outra segui-los.

– Duvido muito. Como você disse... Sou bem teimosa e não dou o braço a torcer - disse com um meio sorriso pouco característico seu. Era astuto, malicioso demais para um coração tão puro quanto o dela. - Obrigada Malfoy - disse com sentimento.

– Pelo quê? - perguntou indiferente.

Ele havia se aproximado e Hermione simplesmente não queria impedi-lo de avançar. Ela estava... Gostando da aproximação.

– Por ter me salvado. Por ter me ajudado mesmo que eu não tenha lhe dado ouvidos. - abaixou a cabeça envergonhada. - Para alguém tão inteligente como dizem que sou fui extremamente idiota, não é?

– Não se pode ser perfeito e saber de tudo, Hermione. Às vezes é necessário aprendermos e ver com nossos próprios olhos como certas coisas, ou certas pessoas são - deu de ombros.

Silêncio.

Os olhares dos dois se cruzaram.

– Você sempre está no lugar certo na hora certa não é? - disse sarcástica.

– Sempre que você precisar de mim, sim - garantiu ele, próximo o bastante.

Os braços de Draco estavam cada um de um lado de sua cintura, sentada, ela não tinha tanta mobilidade quanto gostaria... Mas ela não queria se mover.

O Malfoy se aproximou, suas respirações batendo uma na outra, os olhos dele presos nos lábios vermelhos, - deliciosos em sua opinião - e extremamente sedutores dela.

A ponta de seus narizes se tocavam e Mione não entendia perfeitamente a enxurrada de sentimentos que crescia em seu peito, fazendo um frio perpassar pela boca de seu estômago.

Cinco centímetros. Um centímetro e meio. Três milímetros.

– Isso é tão, tão errado! - sussurrou ela, entorpecida pelo cheiro dele. Draco cheirava a Colônia Masculina Italiana cara.

– E desde quando... - ele pegou seu rosto em mãos. -... Eu gostei de fazer algo que era certo?

E finalmente a beijou.

Seus lábios se tocaram, não suavemente como o esperado, mas com fome, luxúria, necessitados de contato um do outro. Draco comandava o beijo e, sinceramente Hermione não se importava de ser guiada por ele.

Não se importava de estar totalmente entregue e sumissa aos encantos do principe de Slytherin.

As mãos do louro se embrenharam por entre seus cabelos, puxando-a pelo nuca e fazendo leves circulos com os dedos, relaxando-a. Hermione subiu suas mãos pelos ombros dele, cravando suas unhas compridas ali e arranhando-lhe, descendo uma vez por seu peito coberto pela camisa do uniforme e subindo. Suas mãos subiram e se agarraram a sua nuca, arranhando-a, apertando-a, puxando-o para mais perto de possível.

Mordeu o lábio inferior da morena, puxando-o entre seus dentes e passando a ponta da lingua por cima deixando-a levemente dormente. Voltou a devorá-los sentindo o gosto delicioso de sua boca e sentiu sua excitação crescer ao senti-la estremecer sobre seus braços e os fios de sua nuca arrepiarem.

Soltaram-se sentindo que não havia mais nenhum ar em seus pulmões e ficaram se olhando.

Draco sorriu e passou a ponta dos dedos em sua bochechas, achando completamente adorável o rubor sobre eles.

– Eu quero você, eu quero tanto você! - disse e beijou-a, sugando seu lábio inferior deixando-a desnorteado. - E você é minha Hermione, minha e de mais ninguém.

E voltou a beijá-la com fervor como queria fazer a muito, muito tempo.

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ℋarry Potter -

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Era noite e apenas a lua estava ali como testemunha. Voldemort olhou para o céu, observando as estrelas enquanto a água do mar batia com força sobre a grande rocha em que estavam. Um elfo doméstico a seu lado tremia e ele sorriu de lado, balançando negativamente a cabeça.

Suspirou encantado. A magia que havia naquele lugar... A magia com que ele selara e escondera aquela caverna e tudo que havia dentro dela... Ah! Havia muito tempo que não a sentia.

Havia muito tempo que não ia a aquele lugar, mas precisava estar ali. Não queria ter que voltar tão cedo, porém, Dumbledore estava conseguindo deixá-lo irritado.

Duas de suas Horcruxes haviam sido destruidas.

Uma por culpa de Lúcius Malfoy que não fora competente o suficiente para guardar e fazer bom uso de seu diário. A primeira de suas relíquias que fizera. E o segundo... O seu antigo e amável professor de Tranfirguração havia ido até a antiga casa de seus avós por parte de mãe.

Havia ido até a choupana acabada dos Gaunt onde seu tio, seu avô e sua mãe um dia viveram.

E agora estava ali, frente aquela caverna comprovando se o Medalhão de Slytherin ainda se encontrava lá como o esperado.

Pegou sua varinha, apontando para a mão do elfo que choramingava e fez um pequeno corte, obrigando-o a esfregar seu sangue na parede da caverna.

A entrada de abriu e logo Tom andou pela margem do lado, procurando pela corrente onde aparecia o barco que os levaria até a pequena "ilhota" que havia no centro do lugar caverno. Sorriu, enroscando sua mão ali e puxando o barco que veio a ele rapidamente.

Puxou o elfo e o barco começou a flutuar. Olhou para a água negra lembrando-se dos inferis que haviam ali e riu imaginando que, o primeiro tolo que tentasse atravessar aquelas águas morreria. Mas, Dumbledore era um dos melhores bruxos de todos os tempos e não era nada tolo, nem de perto.

O elfo - regalia dos Malfoy - bebeu o líquido do bacia. A magia não afetava criaturas mágicas. Nada acontecia com elas quando bebiam. E então, no fundo desta, o Medalão brilhou e a risada estrondoza de Tom Riddle ecoou no local.

Tiraria o Medalhão de Slytherin dali o mais rápido possível.

– Desta vez - murmurou para si - eu estou um passo a sua frente, Dumbledore. - e riu mais uma vez antes de aparatar junto do elfo.

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Continua no próximo capítulo...


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Notas finais do capítulo

Oiie, voltei.
Haha eu sei que estou demorando mas, n fiquem chateados é que realmente a vida tá corrida.
E gente, eu tenho vida social tb ok? - aqueles que me compreendem, ignorem esse comentário, isso foi apenas para alguns dos meus reader's kk
N sei pq, mas eu chorei escrevendo a primeira parte do cap u.u' naquela parte Snape e Lílian sabem?
Ho-Ho, primeiro beijo Dramione! O beijo que todos estavam esperando! Ah sim, n consegui responder as reviews ainda, sorry "/
Hun... Sábado é meu aniver e bom, aqui no RS tem feriado dia 20 então dia 21 é feriado tb, consequentemente feriadão... E amanhã n tem aula então por causa do conselho de classe então... Só dois dias indo pra escola kkkkk Que presentão né? Qse nem vou pra escola essa semana e só vou trabalhar dois dias tb! Haha estou feliz por causa disso.
Quero muitos, muitos reviews com a opinião de vcs e bom, vou tentar respondê-los ao longo dessa semana maravilhosa!
Bjos, J ♥