O Segredo. escrita por Jee kuran 95, DramioneFanClub, Jee kuran 95


Capítulo 22
Capítulo Vinte e Dois: Aparências enganam.


Notas iniciais do capítulo

N/A: Obrigada a incrível leitora (n a citarei, ela sabe que é ela) que me deu minha primeira recomendação. Adorei, de verdade.



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Autora: Jee_kuran_95

Disclaimer: Harry Potter pertence exclusivamente a J.K.Rowling.

Classificação do Capítulo: +16 anos.

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O Segredo

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ℋarry Potter

Capítulo Vinte e Dois: Aparências enganam.

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Já haviam se passado dois dias desde o primeiro passeio a Hogsmeade, ou seja, era plena Terça-feira à tarde.

Zabinni suspirou passando a mão pelo rosto e caminhando pelos corredores de Hogwarts, vagando sem um destino certo. As aulas do dia já haviam terminado para ele, e o Slytherin agradecia mentalmente por as matérias do começo de semana serem leves.

Um grupo de garotas de Hufflepuff passou por ele sorrindo-lhe e ele retribuiu galante, continuando seu caminho sem se incomodar em parar e dar atenção para elas.

Pelo canto dos olhos, pode ver a lourinha do grupo fazer uma expressão decepcionada, fazendo-o rir um pouco com ironia. Respirou profundamente e parou em uma das janelas apoiando seus braços e cruzando suas mãos enquanto olhava a paisagem: o final da tarde se estendia e o céu, com sua cor azul claro começava a ganhar tons de um alaranjado, anunciando o início do Crepúsculo.

E agora, ali se encontrava ele quieto e pensativo, pensando na Gryffindor ruiva, filha dos Weasley's, perdidamente apaixonada por Harry Potter e em como a garota era interessante.

Obviamente, já havia notado Ginevra, era quase impossível alguém daquela escola não notá-la.

A ruiva era incrivelmente bonita e tinha um espírito fugaz e indomável, porém era gentil e doce com qualquer um que merece tal atitudes dela. Além de ter certas manias adoráveis e ser incrivelmente teimosa, assim como era sua melhor amiga, Hermione Granger.

Nunca havia parado para conversar com a garota e, naquele dia, em Hogsmeade ele não sabia o que havia dado em si para sentar-se ao lado dela e parar para conversar.

Embora soubesse o que estava acontecendo com ela e o porque de estar assim - na verdade, toda a escola sabia -, ele não era uma pessoa que podia ser considerado amigo dela. Nem ao menos era um conhecido.

:::

- Devo dizer obrigada? - brincou ela, olhando para a frente. Não queria encarar o Slytherin naquele momento. - Afinal você me fez um elogio.

- Nada mais do que a verdade - disse o negro, solene. - São qualidades suas, além do que, coisas que eu, particularmente admiro e muito em uma garota. Mas tenho que admitir - olhou-a nesse momento, sorrindo - estou tentando animá-la também.

- Uau - disse dramática, sua expressão carregada de humor fingido. - por Merlin Zabinni! Você está bem? Não está com febre? Me fez um elogio e tentou levantar meu humor numa mesma frase... Está armando alguma pra cima de mim por acaso? - disse alegremente irônica.

O rapaz revirou os olhos e olhou para ela de canto vendo que a ruiva continha-se para não rir e relaxou sua expressão. Oh, ela estava brincando consigo. 

Fingiu-se ofendido.

- Oras! - resmungou mimado - Tento ser gentil e cavalheiro e é assim que a dama me trata? Assim a Srta. magoa meu pobre coração! - dramatizou colocando uma mão sobre o coração e apertando a jaqueta em sua altura, no rosto uma expressão de fingida dor.

A menina gargalhou fazendo seus ombros sacudirem e sua barriga doer. A respiração arfante entregava o tempo que ela ficara desdobrando-se em risadas.

- Ai Zabinni, não sabia que podia ser tão divertido! - exclamou ela vivamente. Quando Blásio olhou-a, seus olhos estavam incrivelmente brilhantes e não mais opacos e sem vida. - Você tem jeito para comediante.

Ele deu de ombros obviamente parecendo satisfeito com o resultado. O estado de espírito da Weasley melhorara em 100%.

- Pelo menos agora você não me parece mais tão triste. - olhou para ela e se aproximou um pouco, colocando uma das mãos em seus rosto e, com o polegar, tirando o resquício de uma lágrima. - e também, parou de chorar.

A expressão de Ginny foi de surpresa e a mesma levou rapidamente uma das mãos ao rosto, afagando suas próprias bochechas frias. Com espanto notou que antes chorava.

E nem havia se dado conta disso.

Sentiu seu rosto esquentar de vergonha e sabia estar corada. A vergonha a tomava por dentro e ela sentiu como a mão dele queimava em seu rosto, tão certa por estar ali e tão errado por ela ter gostado do toque.

Notando o desconforto da Gryffindor mais nova, Blás tirou sua mão rapidamente fechando os olhos e debatendo-se em sua mente.

- Desculpe. - murmurou torpemente, afastando-se um pouco da menina.

Ele jamais admitiria que também amara o contato de suas peles.

Mesmo chocada novamente - afinal nunca em sua vida achara que um Slytherin, principalmente um como o era Zabinni, do mesmo círculo e status social que Malfoy - pelas desculpas do negro sorriu para ele discretamente, olhando para o lado oposto ao que ele estava.

- Não tem problema - sussurrou ela - não vou nada demais.

Suspirou e um clima tenso recaiu sobre ele.

O silêncio era esmagador. Blásio engoliu em seco, pigarreou, passou a mão pelos cabelos e ajeitou os amassados - inexistentes - em sua roupas e nada. Ele não sabia o que falar ou como recomeçar um assunto com a menina.

Ginny, emborada meio acuada com a situação viu divertidamente como o garoto parecia estar em um dilema interno, provavelmente pensando no que falaria a seguir para que recomeçassem a falar.

- Por quê está aqui, Zabinni? - perguntou Ginny suavemente.

O rapaz pulou de onde estava, concentrado como estava, não esperava que a Weasley falasse algo.

- Estou aqui por que quero, além do mais, você precisa de alguém para animá-la?- disse confuso. Sua afirmação saindo como uma pergunta.

- Por que está aqui, Zabinni? - perguntou Ginny novamente.

E então, o moreno olhou nos olhos castanhos dela, vendo a bondade de que tantas pessoas falavam que viam refletida na forte fortaleza que era a única filha dos Weasley's. 

A única mulher Weasley em sete gerações.

Zabinni entendeu aonda ela queria chegar, entendeu exatamente o por que daquela pergunta. Ela não estava lhe perguntando o porque dele estar ali.

Estava lhe perguntando o motivo que o levara a parar ao lado dela e confraternizar com sua dor, com o seu coração quebrado e magoa.

Ele sorriu tristemente, olhando para o horizonte assim com ela.

- Pelo mesmo motivo que você: desilusão.

Olhou para a ruiva e viu um sorriso compreensivo em seus lábios.

- Que triste isso, não acha? - disse a ruiva sinceramente chateada. Ginny suspirou encostando melhor suas costas na árvore e falando em um tom sinceramente chateado. - Sofrer de amor por alguém que não nos quer e ainda brinca com nossos sentimentos... Patético devo dizer.

O moreno apenas confirmou com a cabeça.

- Quer me contar o porque da desiusão ou prefere guardar sua mágoa para si? - perguntou e viu quando ele a olhou hesitando, desconfiado. A Gryffindor revirou os olhos. - Oras Zabinni, não é como se eu fosse sair e contar pra todo mundo o que aconteceu com você, além do mais, duvido que alguém acreditaria que fui capaz de manter uma conversar civilizada com um Slyhterin por todo esse tempo.

Ele confirmou novamente, pesando as palavras da garota.

Ela tinha razão.

- Hun, eu conto. - ele disse e ela sorriu - Mas, só se você me contar o que aconteceu entre Potter e você - disse com uma pontada de malícia.

Obviamente que ele não daria aquela informação sem conseguir barganhar nada em troca e Ginny tinha quase certeza que ele falaria alguma coisa assim para ela.

Tanta certeza tinha que já tinha resumido toda a história em sua mente e falou em voz entendiada.

- Viu Harry beijando Tracey Halless e fiquei chateada, sem falar com ele durante dias. Depois hoje, ele veio me pedir desculpas mas eu acabei descobrindo que ele sempre soube de meus sentimentos por ele e, mesmo assim, beijou aquela outra garota - deu de ombros quase indiferente. Quase.

Zabinni franziu o cenho. - Mas não é como se ele tivesse traído você - retrucou o moreno. - Potter é solteiro para fazer o que bem quiser com quem quiser Weasley, ele não é seu namorado, se fosse ai sim eu discordaria das atitudes dele.

- Foi basicamente o que ele quis tentar me explicar quando veio falar comigo e eu até mesmo já havia aceitado isso e estava começando a ficar inclinada a perdoá-lo mas, então, ele me disse que sabia que eu gostava dele.

"Eu não estava mais chateada com ele por ter beijado aquela garota e sim, por que, durante todos estes anos ele soube o que eu sentia por ele e nunca disse nada. Se, pelos menos tivesse me dito que não correspondia meus sentimentos eu me afastaria e tentaria - inutilmente tenho quase certeza - arrancar ele do meu coração. Mas Harry continuou me dando falsas esperanças e isso me magoou profundamente."

Blásio manteve-se em silêncio olhando para a garota de maneira inexpressiva e enigmática.

- Você não vê? Simplesmente é tão obtusa assim para não notar o que está na sua frente? - ele perguntou incrédulo.

- Do que está falando? - perguntou confusa e começando a ficar irritada. Não era possível que aquele Slytherin fosse defender Harry! Tudo bem que eram homens mas...

- Potter gosta de você, ele sempre gostou. Esta escrito na testa dele, sua idiota - grunhiu ele.

- Não acredito em você - murmurou - não acredito em você. Se eu realmente gostasse de mim já teria vindo até mim e falado isso, então por que ele não fez isso, hein? - desafiou.

- Por insegurança! - sibilou - Por não saber se fosse corresponderia, ou não, aos sentimentos dele, não entende? Além do que, Potter é lerdo demais para notar o que está a sua frente.

Ginny deixou de olhar para ele e concentrou-se em suas próprias mãos. As palavras do moreno ricocheteando em sua mente, ecoando.

Balançou a cabeça negativamente.

- Que seja - disse fria. - Eu só sei que, eu cansei de amar Harry Potter. Cansei de sofrer por um amor que, até hoje, depois de 6 longos anos nunca me trouxe frutos. Mas, eu lhe contei minha história, agora é sua vez, Zabinni - alfinetou indiferente, um sorrisinho brincando no canto de seus lábios. - Vamos, sou toda ouvidos.

- Eu namorei Pansy nos últimos meses e depois descobri - depois de ser traído embaixo do meu nariz - que ela apenas havia se aproximado de mim para ficar mais perto de Draco por que ela sempre foi e sempre será apaixonada por ele - disse em tom amargo.

- Oh - Ginny expressou-se tristemente, compadecida com o sofrimento do outro. Colocou uma mão em seu ombro e apertou, dando-lhe forças. - E você a ama - afirmou surpreendida.

Ela havia visto a intensidade do sentimento de Blás em seus olhos. O rancor em seu tom de voz e a mágoa em seu rosto e olhos era o suficiente para ela ter certeza: Blásio Zabinni amava verdadeiramente Pansy Parkinson, aquela jararaca com carinha de boneca e trejeitos inocentes.

- Sim, eu a amo. Mas eu a detesto agora. Eu... Eu queria ela, sabe? - ele disse virando-se para ela, seu rosto refletia toda a confusão de sentimentos que era seu coração naquele momento. - E ela fingiu, fingiu tão bem que me amava! - deu uma risada seca - nós haviamos feitos planos pós-Hogwarts, falamos de nossas profissões... Nossa futura casa! E ela fez isso, simplesmente com o puro desejo de se aproximar de meu melhor amigo... 

- O egoísmo de Parkinson não tem limites humanos - disse enojada. - Víbora nojenta! Se eu pudesse quebraria a cara dela! - ronsou nervosa.

Blásio a olhou, vendo que Gryffindor se debatia internamente se devia ou não ir agora ou depois até Pansy e dar-lhe uns bons tabefes no rosto para deixar de ser tão puta e cretina. Blás riu, riu com gosto e, quando conseguiu se controlar viu que a ruiva o olhava curiosa.

- Do que está rindo? - perguntou curiosa e sorrindo de leve.

- De você - disse e explicou. - Você é tão pura e seus sentimentos são tão sinceros. Mesmo que a pessoa não seja sua amiga, você se sente mal quando vê uma injustiça acontecendo com alguém... Ou vê um coração sendo destroçado por uma pessoa egoísta por causa de um sentimento fútil - disse referindo-se a si próprio. - E realmente... Tudo o que dizem sobre você é verdade. - disse ele chocado.

- Tudo o que dizem de mim? - perguntou arqueando uma sobrancelha. - E o que dizem de mim?

- Você é bondosa. - disse e olhou novamente para o horizonte. - E seu coração... O homem que tiver o seu coração, será o mais sortudo do mundo.

Viu pelo canto dos olhos, lágrimas caindo dos olhos da menina.

O novamente, um sorriso nasceu nos lábios de Ginevra.

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Riu discretamente e fechou os olhos com a lembrança.

- Só há dois motivos para um homem estar tão pensativo. - disse o moreno parando a seu lado e apoiando-se no mesmo modo que ele. Blás olhou para Nott - Primeiro: uma mulher e Segundo... Uma mulher - disse rindo.

Blásio o acompanhou passando a mão pelo rosto e deixando-a repousada ali.

- Vai me contar quem é a dona de seus pensamentos ou terei que adivinhar? - disse o amigo burlando-se de si. - Só espero que não seja a Parkinson, por Morgana! - reclamou ficando sério.

- Não, claro que não - disse pensativo, calmo e sereno - Não passou nem perto, na verdade.

- Não? - perguntou genuinamente curioso agora. - Pois bem, então me diga quem pois, pela sua cara deve ser alguém totalmente impovável da qual eu nunca vou acertar o nome! - exclamou alegremente rindo junto com o amigo.

- É, nisso você tem razão Theo, aposto quantos galeõs você quiser que nunca que iria acertar" - disse em desafio ao quão o moreno deixou passar, revirando seus olhos verdes.

- Vamos, diga de uma vem em quem é que está pensando.

- Em Ginevra, Ginevra Weasley - comentou indiferente e continuou olhando a paisagem pela janela fingindo não notar que o amigo parecia ter sido tomado por um súbito ataque de tosse.

- Por... Q-Quem? Eu escutei direito Blás? Você disse... Ginevra? Digo, a filha mais nova do casal Weasley melhor amiga de Hermione Granger?

Blás revirou os olhos cansado - Sim, Theodore é ela mesma, por acaso há outra Ginevra em toda está escola? - disse de maneira irritada, por Merlin, às vezes seu amigo podia ser muito estúpido.

- Ouch, nossa, foi só uma pergunta inocente! - reclamou e voltou a se recostar normalmente ao lado dele. - Mas então, pode me dizer o por que de estar pensando nessa Gryffindor? Não que eu esteja lhe julgando óbvio, afinal seria um pouco hipócrita de minha parte - considerando o tempo que Theodore passava flertando com Hermione Granger - fazer isso. Não me diga que tem algo a ver com aquele passeio a Hogsmeade? - perguntou astuto.

O negro arregalou os olhos e olhou para sua expressão marota.

Filho-da-puta! O cretino sabia! Ele estava apenas tirando uma com a sua cara!

- Você já sabia seu filho da mãe. - grunhiu Blásio. - Então por que está me perguntando algo que você já sabe?

- É mais prazeiroso ouvir de sua própria boca - alfinetou.

- Cretino - rosnou o Zabinni. - Tem algo que você não saiba seu filho da puta? E, afinal, como você sabe disso? - perguntou desconfiado. - Não contei nem mesmo para Draco, ainda.

O outro deu de ombros. - Não importa como sei e sim, há muitas coisas nessa vida que não sei.

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ℋarry Potter -

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- E então, o que você pretende fazer com relação a Harry? - perguntou Hermione sentada  em um dos extensos jardins de Hogwarts como sempre, um livro estava aberto em seu colo.

- Como assim o que farei com relação a ele? - perguntou indiferente. - Não farei nada e, eu agradeceria se esse garoto - continuou Ginny sorrindo venenosa. - não aparecesse pela minha frente nem pintado de ouro - grunhiu e balançou os cabelos vermelhos.

- Não guarde rancor em seu coração Ginny - avisou Hermione severamente - ele a transformará em uma pessoa amargurada com o tempo.

A ruiva suspirou, contendo a vontade de falar: "Experiência própria, Herms?" . Não queria mostrar-se rude com a amiga que só tentando lhe ajudar.

Já haviam passado dois dias desde o acidente entre a Weasley e Potter e, incrivelmente toda Hogwarts já sabia da briga dos dois e, embora sem saber dos detalhes sórdidos, as pessoas inventavam suas teorias sobre o ocorrido: 

"Aposto que ela e Potter estavam namorado escondido quando ele beijou a Tracey e a traiu na frente de todos!" murmuravam pelos cantos.

Outros já tinham a mesma opinião porém, achavam que a ruiva que primeiramente havia lhe traído e ele só fez aquilo para dar-lhe o troco.

Cada teoria mais maluca e estúpida que a outra.

- Eu sei Hermione, estou tentando mas é difícil. Só não pressione, uma hora, eu consigo arrancar todos esses sentimentos ruins do meu coração - disse com um sorriso escondendo a tristeza de seus olhos - agora, eu só quero me concentrar nos meus estudos.

- Isso mesmo! - concordou Hermione energicamente.

- É melhor assim mesmo Ginny, concentre-se no que é importante por hora e, sua carreira realmente o é. - disse Luna sorrindo, ela acabara de ler o seu livro e o fechara colocando-o no colo. - Então, já sabe o que quer fazer quando terminar Hogwarts?

Hermione levantou os olhos da leitura e olhou para sua amiga Di-Lua. Quando a morena a chamava assim não era para zombar de si, senão uma forma carinhosa de chamá-la.

A Granger sorriu vendo as duas amigas começarem uma conversa animada sobre o que fariam logo que se formassem em Hogwarts mas, infelizmente para elas, ainda demorariam mais um ano por conta que elas não estavam no 7º senão, no 6º ano.

Ginny decidira que tentaria continuar sendo jogadora de Quadribol profissional, entrando para o time das Harpias de Holyhead. E Luna gostaria de continuar o trabalho de seu pai, escrevendo para o Pasquim. Hermione acenou negativamente ante isso.

E então, seus olhos se perderam e viu Jason vindo até ela, ainda muitos metros longe. Desesperou-se.

- Oh Merlin! - gemeu.

As duas amigas a olharam espantadas, mesmo que Luna mantivesse sua expressão ligeriamente indiferente.

- O que foi Mione? Está se sentindo bem? - preocupou-se Ginny.

- Jason - disse apontando discretamente, as meninas olharam para ele. - está vindo para cá! O que eu faço Merlin? - sua voz subiu duas oitavas, histérica.

- Qual é o problema dele estar vindo para cá? - disse a ruiva confusa.

- É que Jason a beijou - disse Luna como se comentasse do tempo - e agora ela não sabe mais como agir ante ele. Jason a está pressionando mesmo que insconcientemente a vir falar com ele, provavelmente a pedirá em namoro em breve, talvez dois meses no máximo. - terminou a loura distraidamente.

Ginny arregalou os olhos e só teve tempo de comentar apressadamente antes do moreno chegar. - Hermione Granger! Como não me contou uma coisa dessas?!

- Olá meninas - disse sorrindo amável - Olá... Hermione - sorriu sedutor.

- Olá Jason - disse Luna com seriedade. Algo naquele homem não lhe inspirava confiança e isso ela sabia.

E, geralmente ela estava certa na maioria de suas suposições.

- Olá Jason, como vai? - perguntou simpática a ruiva, sorriu para o rapaz. - E então, pronto para perder para Gryffindor?- murmurou sarcástica. O rapaz não pode deixar de pensar em como aquelas palavras se pareciam com as de Harry mas ele havia ouvido os boatos portanto, nada diria a ela sobre isso.

- Vou bem e você ruiva? - alfinetou, Ginny detestava que a chamassem de ruiva. - Preparem-se para perder, é apenas isso que tenho a dizer para vocês. - deu de ombros.

- Ouch - exclamou com os olhos brilhando. - Quanta confiança! Seu time está tão bom assim este ano? - ironizou.

- Sim e estamos prontos para ganhar!

- É o que veremos. - finalizou sem deixar espaço para questionamento.

E então, ele olhou para Hermione por baixo dos longos cílios. Os olhos fervendo, a boca vermelha entreaberta enquanto mordia o lábio inferior, louco para avançar em Mione e beijá-la até deixá-la tonta.

E ele ficou de frente para ela, ignorando o clima estranho que se formou ao redor deles. Hermione olhava para qualquer lugar, menos para ele. Ginny olhava para sus próprias mãos, indecisa se falava algo ou não e e Luna... Havia pego outro livro e começara a ler.

De repente, com o silêncio, a loura fechou-o em um baque surdo, assustando aos três que se voltaram para ela.

Lovegood estava se levantando e guardando suas coisas naquele momento. Ginny fez o mesmo, não queria ficar ali entre a amiga e seu "flerte".

Luna olhou para Jason e Hermione - Vocês dois tem que resolver essa situação. Você tem que parar de pressionar Hermione para que ela faça o que você quer - apontou para Jason falando séria e friamente para ele. Depois, virou-se para a amiga morena - e você Hermione, tem que começar a organizar os seus sentimentos e quais são suas prioridades (além dos estudos). Vou deixar vocês conversarem então, você vem, Ginny? - perguntou suave para a ruiva.

A outra só piscava e prontamente se levantou seguindo a loura que saia do campo de visão do Ravenclaw e da amiga morena. A ruiva lançou um mudo pedido de desculpas a Hermione "Desculpe, e conte-me tudo no jantar!"

Hermione suspirou, fechou seu livro e guardou em sua bolsa.

Olhou para o rapaz vendo que o mesmo sentara a sua frente, bem mais perto do que ela gostaria.

- Vai ficar só me olhando por acaso? - perguntou rude.

- E haveria algum problema se eu o fizesse? - perguntou ignorando a forma como ela disse aquilo.

- Sim, haveria por que assim, você me deixa desconfortável. Além do mais, é irritante sabe? E além do mais, você está fazendo exatamente o que Luna disse, me pressionando... Embora eu não entenda direita para quê.

- Eu quero você Hermione. - disse ele de maneira quase... Sombria. - Eu quero você para mim e, aquele beijo, apenas intensificou o meu sentimento por você. Eu lhe beijei e você correspondeu, você foi bem mais receptiva comigo do que eu imaginava...

- O fato de ficar com uma pessoa e beijar ela não significa que você queira ficar com ela - disse de maneira dura - admito, eu me deixei levar pelo momento e achei certo. Eu gostei do beijo porém não mais que isso. Além do mais, não nutro quaisquer outro sentimentos por você Jason. - terminou de forma fria.

O moreno estreitou os olhos, engolindo em seco. Estava começando a ficar nervoso e isso, realmente não era um bom sinal.

- Você me correspondeu. - afirmou ansioso. - Você correspondeu meu beijo!

- Isso porque eu imaginei outra pessoa em seu lugar! - sibilou nervosa e irritada.

Hermione arregalou os olhos colocando a mão sobre a boca e só agora notando a bobagem que falara. Oh droga!

- O-que? - ele sussurrou e ela viu uma sombra passar por seus olhos claros. Jason precipitou-se para frente dela agarrando seus ombros com força causando-lhe dor. - Diga que está mentindo! Diga! - gritou em ira.

Mione ficou petrificada em seu lugar, estupefada com a ação do rapaz. Jason cacoalhou-a com força deixando-a desnorteada e depois, no auge de sua ira, jogou-a no chão, colocando-se em cima dela.

O moreno pegou seu rosto em mãos, fazendo-a olhar para ele.

- Quem? Eu quem estava pensando sua putinha? - sussurrou sombrio em seu ouvido. - Vamos, me diga! Diga o nome do cretino e eu irei matá-lo! - gritou enraivecido.

Chocou sua cabeça contra a grama deixando-a tonta e, ao encontrar-se com o chão a outra mão dele foi para seu pescoço, apertando-o fortemente.

O ar... Começou a lhe faltar.

- Já não lhe disseram que não se deve bater em damas?

Uma voz murmurou gélida alguns metros a frente deles. Ao levantar os olhos, Jason só podem ver um raio azul-claro vindo em sua direção sem ver o "agressor".

O Ravenclaw foi jogado longe e Hermione viu - pelos seus olhos semi-abertos - vários fios de cabelos dourados tomando sua visão. Draco? pensou ela confusa.

- M-Malfoy? - disse mal conseguindo pronunciar seu nome.

O louro gentilmente retirou as mãos dela de seu próprio pescoço -ela o apalpava para senti-lo - e sentiu-se enjoado ao olhá-lo: estava inchado e tinha uma aparencia arroxeada, típico de um estrangulamento.

Olhou com ódio para o moreno jogado - desacordado - a alguns metros de distância. Ele havia jogado o feitiço com tanta força e ódio que havia deixado o rapaz em estado de insconciência.

- Draco - murmurou Galatea a seu lado, ele se virou e viu que a garota examinava Hermione com a varinha apontando para seu corpo. - Os sinais vitais dela estão bem, mas creio que ela precisará de uma poção para fazer desaparecer a marca em seu pescoço e precisará de alguns pontos na cabeça.

Draco olhou para os cabelos encaracolados de Hermione vendo uma pequena poça de sangue embaixo de sua cabeça. Trincou os dentes, ela dera muita má sorte: havia uma pedra justo abaixo de si.

O louro levantou-se e foi até o moreno, chutando-se sua anatomia e suas costelas. Draco pode ouvir um estralo de algo se quebrando e deu-se por satisfeito.

- Q-Quem é vo-você? - perguntou fraca Hermione para a menina, estava quase inconsciente.

Galatea sorriu, passando a mão pelos cabelos de Hermione e entrou em seu campo de visão. 

- Sou Galatea.- disse. Tinha longos cabelos dourados que lhe caiam por suas costas lisos e finos,até quase a cintura e grandes e inocentes olhos azuis. - Temos que levar você para a enfermaria, Hermione.

- N-Não! - disse alarmada. - Qu-Quero dizer... N-Não quero, n-não posso. Meus a-amigos vão ficar p-preocupados e se me le-levar até Madame P-Pomfrey ela fará p-perguntas e levará o c-caso para McGonagall e o D-Diretor Dumbledore.

A loura suspirou e olhou para Draco que voltava até elas e ouvira tudo que falavam, virou-se para ele, preocupada.

- O que faremos?

O homem passou a mão pelos cabelos pensando.

- Vamos levá-la para seu quarto. Ela é monitora-chefe tem um só para si... Sabe que poções poderíamos usar para curá-la? - perguntou.

- Sim, é claro que sei. Mas teríamos que consegui-las com Snape - disse mordendo o lábio inferior. Olhou para Jason e apontou-lhe com a cabeça. - E também, temos que decidir o que fazer com ele.

- Use um Wingardium Leviosa nesse estúpido - disse entredentes Draco - e traga-o conosco, eu darei um jeito nele.

Foi até Hermione, agachanco-se e pegando-a no colo, a morena gemeu com o contato, sentindo sua cabeça latejar.

- V-Você sempre está n-no lugar c-certo na hora c-certa, não é? - disse Hermione deixando-se levar pelo embalo do caminhar de Draco. Tão leve que lhe dava mais sono do que estava naquele momento.

Draco riu e aconchegou-a mais para si.

- Durma, vai ser melhor para você agora. - aconselhou.

- N-Não quero.

Então ele levantou uma das mãos, passando por seus olhos que instantaneamente se fecharam pesados demais, como se estivessem sobre um feitiço.

- Mas você vai - ele garantiu suavemente.

E Hermione caiu na incosciência.

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Continua no próximo capítulo...


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Notas finais do capítulo

Oiie gente.
Bah, estou demorando pra responder os reviews né?
Uma hora vai, nem se preocupem
Ouch, meio decepcionado com o nº de reviews, baixinho baixinho, mas fico feliz q, várias das minhas leitoras continuam mandando seus coments e uma, como dizem, escrevem "testamentos" kk mas eu adoro e fico super animada (e perdida diga-se de passagem) para responder.
Ui, tivemos personagem novo hoje, o que vocês acham?
Gostaram da Galatea, hun?
Bjos, até, J ♥