Autora: Jee_kuran_95

Disclaimer: Harry Potter pertence exclusivamente a J.K.Rowling

Classificação do Capítulo: +16 anos.

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O Segredo

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ℋarry Potter

Capítulo Dezenove: Mudando conceitos.

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- Bom dia - disse Harry timidamente.

- Bom dia - disseram Neville e Ronald em conjunto. O ruivo completou. - Hoje é dia de passeio a Hogsmead, você vai não é Harry?

- Sim, eu vou por que?

- Estávamos pensando em convidar as garotas sabe? - deu de ombros Neville, remexendo seu café da manhã. Nenhum deles levava o uniforme posto. - O que acha? Podemos fazer um passeio em grupo depois se alguém quiser ir em algum outro lugar vamos. - deu a sugestão.

- Por mim tudo bem mas... - disse e se virou para olhar para Ginevra que conversava animada com sua amiga loura (a qual ele não recordava o nome estranho que tinha) e a tal Anelise. Virou-se para os amigos. - É, tudo bem. Podemos fazer isso.

Sentou-se em frente aos amigos e se serviu. 

- Meninas, venham cá - chamou Neville com animação.

Harry preguejou baixinho vendo pelo canto dos olhos que as mesmas vinham na direção deles. Talvez pode notar que Ginny olhou-o e logo tratou de ignorá-lo. Bufou.

- O que foi Neville? - perguntou a ruiva.

- Hum, bem, estávamos pensando em fazer tipo um passeio em conjunto a Hogsmead hoje, o que acham? - perguntou de sopetão e depois respirou, tratando de acalmar-se. - Sabe, vamos todos juntos e depois, se alguém quiser fazer alguma outra coisa em particular tudo bem.

Elas se entreolharam e ele viu com nervosismo quando Ginny tentou negar com as amigas.

- Tudo bem então - disse Perséfone com um sorriso de lado a lado. - Uhn, sei lá, encontramos vocês às 11hs em frente aos portões do Castelo, que tal? Ah sim, quem mais vai? - perguntou interessada.

A ruiva bufou com um olhar descontente olhando para a mesa de Hufflepuff sem interesse algum. A outra morena apenas pedia calma a ela.

- Provavelmente só alguns garotos do sétimo de Gryffindor, se vocês quiserem convidar mais alguém de outra casa a vontade. - deu de ombros novamente.

- Posso convidar a Luna então, Neville? - perguntou inocente.

O rapaz corou até a raiz dos cabelos, baixando os olhos para o prato. As meninas riram assim como seus amigos, um deles bateu levemene em seu ombro: Simas.

- C-Claro, por-porque não! - gaguejou corado e Perséfone não resistiu, gargalhou com gosto.

- Luna ficará muito feliz em saber disso - disse doce.

- Falavam de mim? - perguntou uma voz sonhadora logo atrás deles. Neville empalideceu e todos olharam para a menina que aparecia a esquerda de todos, vinda da mesa de Ravenclaw.

- Na verdade sim - admitiu Ginny - eles nos convidaram para ir a Hogsmead, um passeio em conjunto sabe? E ai? Topa ir?

- Claro! - disse a loura prontamente com um sorriso que mostrava todos os dentes incrivelmente brancos, os cabelos platinos estranhamente presos em uma trança embutida. - Que horas? - seus olhos azuis inocentes (não muito) brilharam em expectativa.

- Combinamos às 11hs. Está bom pra você Di-Lua? - perguntou Dino, não em tom de zombaria, mas em brincadeira.

A menina já havia se acostumado a ser chamada assim pelo Gryffindor mas Dino fizera aquilo com um único propósito, alfinetar Neville. E dera certo.

- Não a chame assim! - ralhou o moreno, sua voz subindo algumas oitavas. 

- Não se preocupe Neville - disse ternamente - eu sei que Dino está apenas brincando, e mesmo assim nem ligo mais - deu de ombros com ar despreocupado.

- Vocês tem que avisar Hermione então, não? - perguntou Ronald, tentando saber da amiga.

- Não, não temos. - disse Anelise - Hermione vai com Jason, se esqueceu? - debochou e Ronald ficou com as orelhas vermelhas de raiva, a comida esquecida no prato.

- O-que?! - perguntou engasgado. - Ela vai com... Com... Com... Aquele Ravenclaw fingido a bom moço? - perguntou sarcástico. - Não sabia que ela era tão burra assim para não notar que tem algo errado com aquele cara. Perfeitinho demais... Bonsinho demais.

- E problema meu se eu saio com ele ou não, não é Weasley?

O ruivo virou-se vendo a amiga - ou melhor, colega por que a muito tempo não podiam ser chamados de amigos. - atrás de si, uma sobrancelha arqueada e uma mão na cintura.

Estava incrivelmente bonita. Os cabelos presos em um coque, um sobretudo de frio negro, meia calça e botas vermelhas. Um look perfeito para a Gryffindor.

- Weasley? - repetiu com veneno - Bom saber que voltamos as formalidades, Granger.

Ela deu de ombros, olhando-o com superioridade e um sorriso de deboche nos lábios, mandou-lhe um beijo com as mãos e sentou, tirando as luvas.

- Você está muito bonita Hermione, sério - disse Simas sorrindo para a menina. 

Ela sorriu de volta. - Obrigada Simas. Você também está muito bonito, isso tudo é para alguma garota em particular? - observou e piscou para o rapaz que corou.

- Pode-se dizer que sim - disse e olhou para a mesa de Ravenclaw onde Padma Patil conversava com a irmã Parvati e elas riam histericamente de algo.

Hermione riu levemente e voltou sua atenção para o prato.

- O correio chegou - avisou Anelise olhando para cima.

Só naquele momento Hermione havia notado que o "céu" do castelo estava branco, imitando a neve que viria logo na metade do próximo mês, perto do Natal. Pequenos flocos caiam, desaparecendo antes de alcançarem os alunos.

Uma coruja cinzenta parou a sua frente e ela reconheceu-a como sendo de Sírius e sorriu, provavelmente seu pai lhe mandara uma carta e sua mãe também. Afinal, ela preferia mandar notícias por ele do que ter o perigo de alguma de suas cartas serem interceptadas.

Hermione suspirou, sabia que a mãe não se importaria de ela se mostrar como uma Black para Merlin e todo o mundo mágico e ela tinha certeza que Sírius adoraria. Sua mãe, nem seu pai ligavam para as consequências mas ela sim.

Sua mãe, Allegra Black, uma sangue-puro da mais alta sociedade mágica, esposa de um dos seguidores de Lord Voldemort e "atendente" ao próprio... Ter escondido uma filha por todos estes anos? E ela ainda por cima ser Hermione Granger, aliada e braço direito de Harry Potter e a Ordem da Fênix? No mínimo Allegra seria torturada até enlouquecer!

E Sírius, bom ninguém poderia saber que ela era filha dele, afinal ele era um fugitivo do Ministério da Magia já que Fudge - ainda mais depois de confirmadas as suspeitas do retorno do Lord das Trevas - ainda achava que seu pai era um comensal da Morte.

Ela estava presa numa teia de segredos que, se revelasse apenas um todos eles seriam desvendados como o fim de um quebra cabeça dificílimo que demorara meses para ser formado.

Sua situação era complicada demais.

Pegou a carta acariciando as penas da ave e sua cabecinha, deu-lhe um pequeno piscou e deixou-a alçar voo.

O profeta diário viera junto e ela o abriu, segurando a respiração.

COMENSAIS DA MORTE DIZIMAM VILA TROUXA AO NORTE DA GRÃ-BRETANHA

Leu em voz alta e todos se juntaram ao seu redor, lendo a reportagem da primeira página. 

Um silêncio fúnebre e assustadoramente sombrio se formou ao redor de todos e ela olhou para Harry, "O Eleito" vendo que o mesmo se encontrava pálido como papel.

- Vamos dar um jeito nisso Harry - sussurrou para o amigo, abraçando-o pela cintura. - Nós estaremos lá para ajudá-lo. - disse se referindo aos membros da Ordem e sua futura luta contra Voldemort.

Ele apoiou a cabeça em seu ombro e fechou os olhos, tentando controlar sua respiração ofegante.

- Mione - ele sussurrou para que só ela escutasse.

- Hãn?

- Os sonhos - disse em tom quase inexistente, seus lábios quase não se moviam. Harry parecia alguém muito mais velho que ela, cansado de toda aquela situação. Mas todos estavam, não só ele. - eles estão acontecendo com mais frequência e intensidade.

Alarmada, Hermione olhou-o como pode pela posição.

- Conte a Dumbledore - disse de imediato. - Conte a Dumbledore, creio que ele saberá o que fazer. - disse, uma nota de mistério em suas palavras.

- Dumbledore tem muitos assuntos a tratar para que eu vá incomodá-lo por causa de simples sonhos - disse irônico.

- Conte a Dumbledore - insistiu Hermione com veemência.

- Vou pensar - murmurou e desencostou-se da amiga e voltou-se ao seu café.

- Então... - recomeçou Hermione com um sorriso radiante.

Sua alegria era palpável e tão contagiante que as pessoas a seu redor sorriram de volta para ela.

Até mesmo certo rapaz de cabelos negros e olhos verdes que a observava desde outra mesa. Os amigos dele o cutucaram zoando de sua cara quando notaram que ele olhava para Hermione. A menina não percebeu isso porém, duas pessoas em Slytherin sim.

- ... Eu escutei alguma coisa sobre vocês irem em grupo a Hogsmead é isso? - perguntou enquanto comia.

- A-ham - confirmou Perséfone ignorando o clima ruim da mesa depois da notícia. - Neville e Ronald tiveram essa ideia ao que parece e eu e as meninas achamos que era uma boa, Luna ficou de ver com Parvati, Padma e Lilá se elas irão. - explicou dando uma mordida em sua torrada.

- Ahh, que legal. - disse sincera. - Talvez Jason e eu os encontraremos no final do dia, quem sabe? No três vassouras pode ser? - perguntou a todos.

Muitos confirmaram com a cabeça, lançando um "Tudo bem" ou "Ok, pode ser." ao qual Hermione apenas sorriu.

- Não sou obrigado a aguentar a presença daquele cara.

- Problema é seu Weasley - disse Mione indiferente. - Eu vou levá-lo.

Ronald revirou os olhos e se levantou da mesa bruscamente saindo em direção a entrada do salão.

Todos o olharam e depois olharam para a Granger que comia como se nada tivesse acontecido.

- Meu irmão é um estúpido, por Merlin - murmurou Ginny envergonhada.

- Ignore-o como eu faço - murmurou Hermione.

Uma coruja parou a sua frente e ela a reconheceu facilmente.

As meninas olharam para ela e para o pequeno animal curiosas porém, nada disseram. Se ela quisesse, falaria a elas depois.

Leu a carta, rindo discretamente.

Bom dia

Espero que toda essa produção no seu visual não seja para aquele Ravenclaw... Ele não merece tanto. Você está magnífica.

Bom passeio.

D.M

Hermione balançou a cabeça em negação e olhou discreta para a mesa de Slytherin. O rapaz a olhava com um misto de interesse e seriedade que ela admirava no louro. Ele era intrigante. E bipolar.

Draco levantou sua taça e inclinou levemente a cabeça, saudando-a. Ela fez o mesmo e, pode se deliciar ao ver o sorriso cretinamente maravilhoso nos lábios do Rei de Slytherin.

Voltou-se para frente, conjurando pena e tinteiro além de, é claro, um pedaço de pergaminho novo.

Bom dia, 

Não, não exatamente. Eu apenas queria me sentir bonita por um momento sem aquele uniforme tradicional, não posso? Ahh, um elogio vindo de você? A que devo o milagre? (risos)

Você está sempre perfeito, se eu, em especial lhe fizer um elogio do gênero seu ego já absurdamente grande irá aumentar então me abstenho a ficar calada.

Tenha um bom passeio também (se é que você vai)

H.G

Enrolou o pergaminho na patinha da ave, deu-lhe comido e fez-lhe carinho e logo ela voou, dando a volta do salão e perdendo-se diante dos olhares curiosos - que sabia que estariam sobre si - para só minutos mais tarde voltar a seu dono.

- Vocês irão aonde primeiro? - perguntou Hermione.

- Eu não sei, onde podemos ir Anne? - pediu Ginny.

A garota olhou para seu colo nervosa. Hermione arqueou uma sobrancelha, desconfiada.

- Anelise, o que foi? - perguntou séria Mione.

- Eu... - começou olhando envergonhada - Eu não vou com vocês, meninas.

Todos a olharam indignados. - Por que? - perguntou Neville.

- Eu... Tenho um encontro.

Silêncio.

Logo após, gritos histéricos foram ouvidos. Um grupo de garotas pulando em cima da morena que ria contente pela não condenação das amigas. Bom, pelo menos não enquanto elas não soubessem de quem se tratava.

As Ravenclaws já haviam se juntado a elas.

- E com quem você vai? - perguntou Parvati quicando em seu lugar de animação. - Quem a convidou?!

Mexeu nervosamente em suas mãos.

- Theodore. Theodore Nott.

Hermione arregalou os olhos alarmada e Ginny olhou para ela com preocupação. Alguma coisa estava errada ali.

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- ℋarry Potter -

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- Você está linda. - soprou o rapaz em seu ouvido.

Hermione deu um pulo, colocando a mão sobre o coração e virando-se com um enorme sorriso nos lábios. Seus olhos castanhos brilharam em contentamento com o elogio.

- Obrigada Jason! - disse com o humor nas alturas. - Uau, você também está divino e estamos combinando! - bateu palmas contente ao notar que ele levava um sobretudo muito parecido com o seu porém, de calça e sapato. - Isso tudo é pra mim? - brincou.

Ele se aproximou num ático uma das mãos em seu queixo.

- Pode ser... - sussurrou sensual - ... Se você quiser. - e riu levemente, com gosto.

Os olhos verdes tão intensos que a desconcertaram. Hermione sentiu-se quente e envergonhada. Havia provocado o homem, agora que aguentasse não é mesmo?

Ele riu e se afastou.

- Desculpe - murmurou colocando a mão sobre os cabelos. - Hun, onde você quer ir primeiro? - disse piscando os olhos tentando se acostumar com a claridade do dia lá fora.

- Não sei - admitou - Que tal... Hum, na Gemialidades Wesley? - perguntou - Faz tempo que não vou lá e não vejo Fred e Jorge.

- Tudo bem então, você que sabe.

Olharam para o tempo por um momento e Hermione ponderou se iria chover naquele dia. Esperava que não pois apostara que não precisaria de capas de chuva nem nada.

Entraram em uma das carruagens, deixando que os trestrálios os guiassem.

- Ah sim - Hermione quebrou o silêncio ao se lembrar que tinha combinado com os amigos de encontrá-los no final do dia, pelas 18 hs.

- O que foi? - perguntou o rapaz sentado a sua frente.

- Combinei com o pessoal de nos encontrarmos às 18hs no Três Vassouras assim você conhece "oficialmente" - ela riu - os meus amigos.

Ele apenas a observou rir, observando encantado o quão bonita ela ficava sorrindo. Viu uma mecha de cabelo fora do lugar e se inclinou pegando-a entre os dedos, seus rostos mais próximos um do outro.

Ele não fazia de propósito, mas quando as oportunidades apareciam, ele adorava aproveitá-las.

- Aqui - disse com a mecha entre os dedos. Colocou-a atrás da orelha. - Bem melhor assim.

- Jason - disse em tom de aviso.

Por um momento quando olhou para os olhos verdes, achou ter visto um par de olhos cinzentos, observando-a com malícia. 

Droga Malfoy... pensou com um suspiro de derrota.

Ele se afastou de imediato, vendo que estava começando a perpassar algum limite imaginário que ela havia proposto a si mesma naquele momento.

- Ok, sinto muito por isso.

A carruagem parou e Jason desceu primeiro, oferendo o braço para a menina que, surpresa aceitou a gentileza.

- Obrigada - disse e começaram a andar assim pelo vilarejo. Haviam vindo mais cedo que os outros alunos, portanto, havia apenas um que outro aluno andando por ali.

Foram diretamente para a antiga Zonko's - Agora Gemialidades Weasley, que logo encheria de estudantes em alguns minutos, meia hora no máximo - e olharam animadamente as lojas, apontando e rindo enquanto conversavam.

Pararam em frente a loja, abrindo a porta de vidro e o sininho tocou, indicando que duas pessoas - ou seja, eles - haviam chego na loja.

- Hermione! - gritaram os gêmeos ao pé da escada.

- Fred, Jorge! - disse ela com alegria vendo os dois ruivos descendo afobadamente os degraus.

Puxou Jason pela mão consigo e largou-o apenas quando viu que um dos rapazes se precipitava sobre ela: Jorge. Como sabia? Era óbvio para ela além do que, ela tinha uma amizade muito mais forte com esse gêmeo que com o outro.

- Irmãozinho, esá monopolizando nossa cliente - zombou Fred e viu que o outro ficou vermelho de raiva de vergonha. - Óh, o bebezinho da mamãe ficou vermelhinho! Sabe Hermione, você terá que vir mais vezes nos ver, Jorge ficou num mau humor insuportável quando você na foi pr' A Toca nas férias. - segredou o Weasley.

O outro quase entrou em ebulição. Fred ria enquanto Hermione mordia o lábio inferior, controlando-se para não dar risadas. Jason apenas observava de maneira curiosa, porém reservada e cuidadosa o modo como o Weasley segurava e olhava para Hermione.

Era era possível que, além de Malfoy e Nott teria que lidar com aquele cara também dando em cima de Hermione...!

- Fique tranquilo, eu não quero nada com Hermione, não vou roubá-la de você - alfinetou Jorge com um sorriso maroto nos lábios, olhando para Jason.

Este arregalou os olhos verdes e olhou para o lado praguejando por ter sido pego no flagra olhando mortalmente para o ruivo, querendo matá-lo.

Hermione exibia uma expressão confusa.

Fred riu.

- Ela é como uma irmãzinha mais nova pra mim, assim como Ginny - pronunciou-se mais sério e aproximou-se do outro apontando ameaçadoramente para ele. - e se você ficar alguma coisa com a minha irmãzinha eu farei você ficar na enfermaria da escola por um bom tempo.

Ele apenas arqueou uma sobrancelha ao aviso.

- Não vou fazer nada a ela.

- Ótimo - disse Fred. - Agora, vamos deixar vocês verem a loja, aposto que vieram mais cedo pra não pegar transito - disse e riu.

- É. 

- Até logo então. - e eles sairam, misturando-se as gemialidades.

- Ok - Hermione virou-se para o rapaz. - Vamos - puxou-o.

Olharam com curiosidade para as coisas, olhando-as meio de longe para que nada acontecesse consigo. Um frasco em especial chamou a atenção do rapaz e ele parou na frente, pegando na mão e olhando-a.

- Se eu fosse você tomaria cuidado com isso - disse Hermione atrás dele, olhou-a por cima do ombro. - principalmente quando chegar o dia dos namorados e você ganhar chocolates das garotas - terminou rindo.

Ele fez um gesto de asco com o nariz, colocando o pequeno frasquinho rosa-avermelhado no lugar.

- Amortentia. - disse Jason.

- Exato.

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- ℋarry Potter -

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Não havia muito o que dizer sobre o dia. Eles haviam se divertido, mais do que Hermione julgava ser possível - sem nenhum cena constrangedora como a do começo do passeio - com um  garoto que queria mais do que amizade com ela.

O passeio havia sido leve e divertido.

Haviam parado para almoçar e compraram algumas coisas para Hermione, produtos que ela precisava para o dia a dia e, por último haviam ido para uma biblioteca local.

E pelo menos, o tempo havia colaborado: não havia chovido um instante sequer.

Havia se divertido como a tempos não acontecia.

- Jason - puxou o braço do rapaz - eu quero ir a um lugar primeiro, mas você pode ir na frente encontrar os outros no Três Vassouras.

- Não, eu vou com você...

- Não, tudo bem - interrompeu-o. - Vá na frente, eu encontro você depois, sério - apoiou a mão em seus ombros e deu um beijo estalado em sua bochecha.

O rapaz fechou os olhos, apreciando o contato e sorriu resignado, suspirante. - Tudo bem, até depois.

- Até.

Ela o viu se afastar e se pôs séria.

Olhou para longe, em cima da colina, perto da casa dos gritos e começou a caminhar naquela direção. Na direção onde havia visto duas sombras muito parecidas a duas pessoas que conhecia.

Subiu rapidamente, a passos largos e logo pode ver a floresta perto da casa dos gritos.

Parou ouvindo pequenos sons.

- Theodore... - ouviu o baixo suspiro feminino e seguiu a voz. Sabia a quem pertencia e muito bem. Aquela era a voz de Anelise.

Escondeu-se entre as árvores e tirou um galho de sua visão.

A sua frente, Anelise estava encostada a uma árvore, o casaco aberto e parte da blusa que usava por baixo levantada, podia ver facilmente uma das mãos de Nott embrenhando-se em sua pele.

Ela agarrava seus cabelos enquanto ele a empurrava mais e mais, colando a seu corpo, beijando e acariciando o pescoço do rapaz. Então, Theodore se virou olhando diretamente para onde ela estava e sorriu largamente, quase rindo. Mordeu o lábio inferior e agarrou uma das pernas de sua amiga, subindo-a em seu colo.

Ele sabia que ela estava lá.

Saiu dali, parando na entrada da floresta e viu, a frente um dos seus outros problemas. Correu até ele, notando estar sozinho e abraçou-o pelas costas num ato desesperado.

O louro olhou-a por cima do ombro, surpreendido com o ato.

- O que foi? - perguntou serenamente.

- Posso ficar com você o resto do dia? - sussurrou a pergunta.

O que Nott estava fazendo... A havia machucado. Ele estava... Usando uma de suas amigas para atingi-la? O que ele queria com isso?

Que os outros a perdoassem mas... Ela não iria encontrá-los.

Que Jason a perdoasse por isso também.

Ele se virou, passando os braços por cima de seus ombros e trazendo-a para mais perto de si. Beijou seus cabelos e afastou seu rosto, olhando para ela.

- Claro.

E então, começou a chover, encharcando-os.

- Vai me contar o que aconteceu? - ele perguntou sem se mover, sem mostrar-se incomodado com a chuva.

- Não, não quero falar sobre isso.

Ele não disse nada e então começaram a caminhar na chuva. Hermione olhou diretamente para ele por primeira vez.

Os cabelos louros molhados, os olhos cinzentos como o céu daquele momento sérios olhando para frente, as roupas - sempre - negras grudando ao seu corpo... Draco Malfoy, na melhor das hipóteses podia ser considerado perfeito.

- Eu sei que sou perfeito mas ficar me encarando tão fixamente vai me deixar encabulado - zoou ele e olhou diretamente para ela.

Hermione arregalou os olhos, fazendo uma careta de desgosto por ter dado bandeira e ter ficado tanto tempo olhando para ele.

- Você é impossível. - murmurou desgostosa. - Sinceramente, como você consegue conviver consigo mesmo, Malfoy?

- Seja um louro, lindo, gostoso, rico, inteligênte e cheio de habilidades; acredite você vai saber como eu me sinto.

Hermione o olhou incrédula e o rapaz olhou-a com um sorriso debochado, piscando para ela. A menina balançou a cabeça negativamente passando a mão no rosto tentando tirar um pouco da grande quantidade de água em seu rosto.

- Inacreditável. - resmungou. - Você é a pessoa mais narcisista que eu já conheci na minha vida.

- Obrigado - disse orgulhoso.

- Isso não foi um elogio, Malfoy. - falou enojada.

- Pra mim foi. - disse sorrindo de canto. Pararam em frente a um lugar e ele abriu a porta, indicando que ela entrasse mas, primeira, fez com que Hermione colocasse seu casaco, puxando o capuz sobre seus cabelos. - Venha, entre logo.

A morena entrou segurando o capuz sobre seus cabelos. Olhou discretamente ao redor, gemendo insatisfeita ao saber onde estavam.

- Cabeça de Javali? - sibilou irritada. - De todos os lugares para nos abrigarmos você tinha que nos trazer justo a esse... Esse... Lugar! - disse sem saber muito como se expressar.

- Fique quieta. - murmurou e se dirigiu a uma das pessoas dali. Ela viu quando ele passou algumas moedas para o homem com quem falava, este lhe entregou uma chave. - Vamos.

Ela o seguiu de perto e subiram as escadas, entrando num dos quartos dali.

Hermione se surpreendeu com sua aparência, para um lugar tão mal cuidado e mal falado, aquele quarto era um luxo. Mas então se deu conta do por que. 

Ahh, era claro.

- Esse é um dos quartos que aluguei há algum tempo atrás - disse sem mais explicações. - Ficaremos aqui até que a chuva passe.

- Não tenho opções, não é mesmo?

- Não - disse com um sorriso.

Hermione bufou tirando a capa.

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Continua no próximo capítulo...