O Segredo. escrita por Jee kuran 95, DramioneFanClub, Jee kuran 95


Capítulo 18
Capítulo Dezoito: Uma coisa de cada vez.




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Autora: Jee_kuran_95

Disclaimer: Harry Potter pertence exclusivamente a J.K.Rowling.

Classificação do Capítulo: +16 anos.

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O Segredo

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ℋarry Potter

Capítulo Dezoito: Uma coisa de cada vez.

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– Parece que alguém dormiu pouco à noite - observou Anelise.


Perséfone e Ginny se viraram para Hermione, vendo as profundas olheiras logo abaixo de seus olhos. A morena bufou cansada e irritada.


– Não consegui dormir direito - explicou rápida - tive pesadelos... Ou quase isso.


– Vá até Madame Pomfrey e peça uma poção do sono, faz dias que vejo que você não consegue dormir bem Mione - disse Ginevra preocupada. Colocou uma mão em um dos ombros da morena - Aconteceu alguma coisa? Você parece bastante aérea e preocupada nos últimos dias.


Hermione piscou e guardou silêncio sem saber bem o que dizer as meninas. Ela queria contar a verdade para elas, ou melhor, para quer quer que fosse mas não podia.


Certos segredo que, por hora, não poderia ser revalado a ninguém.


– Eu estou bem - desculpou-se sorrindo - não precisam se preocupar eu só preciso de uma boa noite de sono, não é nada demais. Talvez eu aceite sua sugestão e vá até a enfermaria... Ou vá falar com o professor Snape sobre isso.


– Com Snape? - debochou Perséfone. - Só se você quiser que ele tire pontos de Gryffindor e ainda coloque você porta a fora de sua sala.


– Aposto que ele não faria isso. - disse com confiança, um pequeno sorriso misterioso crescendo no canto de seus lábios.


As outras se entreolharam, desconfiadas.


– Por que tem tanta certeza disso? - perguntou Anne.


– Por nada, estava apenas supondo. - deu de ombros. - Eu vou indo meninas, quero ver que consigo descansar um pouco - disse se espreguiçando.


– Tudo bem, vai lá - animou-a Ginny - Espero que não esteja falando isso como uma desculpa para se enfurnar na Biblioteca Hermione Granger por que, se for, eu vou até lá e te azaro.


Granger revirou os olhos, pensando consigo mesma Como se você fosse conseguir, mas tudo bem. Crispou os lábios tentando abafar uma risadinha e confirmou com a cabeça, acenando com a mão para as meninas e saindo a passos calmos e firmes.


Perséfone olhou para a ruiva, arqueando uma sobrancelha.


– Tem alguma coisa errada - afirmou.


– É claro que tem - disse Anelise revirando os olhos. - isso é óbvio mas, se ela não quer nos contar agora, vamos deixar assim. Quando Hermione quiser compartilhar conosco nós a ouviremos de bom grado.


– Mas você sabe que eu sou curiosa - choramingou a loura.


– Então contenha sua curiosidade. - retrucou severamente a outra. - Não existe nada pior do que pressionar uma pessoa a contar algo que ela não quer ou não se sente pronta para fazê-lo.


A loura suspirou, mordendo a língua para que palavras venenosas não saissem de sua boca.


Jogou seu corpo contra o chão, batendo as costas de leve na grama de um dos enormes jardins de Hogwarts onde residiam no momento. Anne tirou seu livro de transfigurações da bolsa e Ginny se pôs a olhar a paisagem.


– Boa tarde meninas!


As três se viraram ao mesmo tempo, sorrindo ao reconhecerem a loura de Ravenclaw. Vinha saltitante, os olhos meio fora de órbita, quase aéreos, ao seu lado Padma, Parvati, Lilá e Cho Chang.


Ginny colocou-se ereta e séria quando viu a última.


– Oi, Luna - cumprimentou a ruiva docemente. - Meninas - disse com um aceno de cabeça para as outras. - Sentem-se! Estamos sem fazer nada mesmo. - deu de ombros.


– Na verdade eu ia estudar - resmungou Anne.


– Mas agora temos companhia, então não. - disse com um sorriso de orelha a orelha Perséfone, arrancando das mãos da morena o livro.


– Dê-me isso, foi Hermione quem me emprestou - disse séria.


– Só se me prometer que vai guardá-lo na bolsa - disse arisca.


– Tudo bem - disse a outra com um suspiro.


– Onde está Hermione? - perguntou Luna a ninguém em especial - Não a vi o dia inteiro, está doente ou alguma coisa assim?


– Não, não - disse a ruiva - ela só está meio que sem tempo nos últimos dias, sabe como ela é, sempre se sobrecarrega aos extremos.


– Hun, entendo.


– Mas - interrompeu Parvati animada - não viemos aqui falar disso, até por que, qualquer coisa, Ginny pode avisar dos nossos planos a Hermione depois, não é mesmo? - piscou para a ruiva. Pigarreou aclarando a garganta. - Bom, a primeira visita a Hogsmead é este fim de semana e estávamos pensando em reunir o pessoal - Gryffindor e Ravenclaw - e irmos até o Três Vassouras e bebermos até cair! - deu uma gargalhada.


– Nossa... Pra quê isso? - perguntou Ginny chocada. - Não sei vocês mas eu não tenho muita intenção de ficar bebada no fim de semana de visita a Hogsmead, quero aproveitar sabe? - debochou.


– Vai dar uma de certinha agora, Ginny? - alfinetou Cho.


– Que eu me lembre querida, não lhe dei permissão para me chamar com tanta intimidade - disse hostil - para você é Weasley. Segundo: me orgulho em dizer que nunca fiquei bêbada e muito menos passei vergonha, você já não pode dizer o mesmo não é, Chang? – ironizou.


Cho estreitou os olhos perigosamente, trincando a mandíbula.


– Tome cuidado com suas palavras, Weasley.


– Tome você cuidado com o seu veneno, não sou obrigada a escutar uma jararaca como você. - sibilou.


– Já chega! - falou Luna pondo-se séria. As duas se calaram porém seus olhares queimavam uma na outra.


A loura suspirou passando a mão pelos cabelos e revirando os olhos. Massageou as têmporas e depois olhou-as. Todas as outras mantiveram-se caladas.


– Cho, acho melhor você ir.


A oriental piscou repetidas vezes, abrindo a boca em assombro e olhando para a Ravenclaw indignada.


– O-que? - disse com voz esganiçada, furiosa - Você... Você está me mandando embora? - terminou assombrada.


– Sim - disse firme - Você começou esta situação então faça o favor de se retirar.


– Mas... Argh! - grunhiu e pegou suas coisas do chão dando meia-volta sem se despedir de ninguém e saiu quase correndo a passos duros.


– Que garota mais... Sem noção. - murmurou Anelise.


– Você acha? - debochou. - Merda, aquela... Coisa conseguiu me deixar de mau humor. Estragou o meu dia.

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ℋarry Potter -

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– Puta, puta, puta - murmurava Cho pelos corredores. Parou em um, batendo os punhos na parede. - Eu a odeio, o que Harry vê naquela... Naquela... Argh...!

– Uau, parece que temos alguém de mau humor hoje não acha Daphne? - perguntou uma voz a outra garota atrás dela.

Empalideceu sentindo suas pernas fraquejarem e seu lábio inferior tremer de medo. Virou lentamente comprovando que a voz pertencia a uma Slytherin, Pansy Parkinson.

– Parkinson, Greengrass - saudou respeitosa com um sorriso forçado.

– Chang! Como está? - disse cínica Daphne aproximando-se da menina e colocando um dos braços em seus ombros. - Parece meio tensa, algum problema?

– Não Daphne, nenhum - disse a voz fraca.

– Não é o que parece - insistiu - Mas, isso não vem ao caso agora, não quero saber de você – alfinetou - viemos saber se você tem algo para nós.

– Não, não tenho.

– Que inútil - murmurou Pansy fechando os olhos e cruzando os braços, sua postura perigosa. - Nenhuma informação que nos passa ser útil sobre a Ordem?

– Não, nada - disse - elas não compartilham esse tipo de coisa comigo, eu disse a vocês que não daria certo.

– Então faça dar! - disse irritada Pansy. - Arrume um jeito.

– Seria mais fácil conseguir o diário de Hermione Granger - murmurou sem intenção, pensando alto.

Num estalo, Daphne e Pansy se olharam arregalando os olhos, sorrindo uma para a outra maliciosamente.

– O que disse? - perguntou a morena de olhos azuis.

– Como assim? - disse a Chang confusa.

– Sobre Granger sua estúpida - disse Daphne apressadamente - o que você disse sobre Hermioen Granger?

A oriental engoliu em seco. - O diário... Seria mais fácil se vocês tivessem me pedido para pegar o diário de Granger, ela anda quase sempre com ele, às vezes quando a olho, lá está ela escrevendo naquele maldito caderninho dela.

Pansy riu batendo palmas. - Perfeito! - murmurou encantada e virou-se para Daphne com um brilho assustador nos olhos. - Daphne, isso é perfeito! Está pensando o mesmo que eu? - perguntou irônica.

– Mas é claro que sim. - virou-se para Cho - Temos um outro trabalhinho extra para você Chang. Pegue o diário de Granger e traga-o para nós.

– E que utilidade isso teria...? - perguntou confusa.

Pansy revirou os olhos entediada.

– Se você não entendeu a utilidade nisso, não seremos nós a lhe falar - disse Daphne - mas, enfim. Não estamos pedindo para você, nós queremos este diário em nossas mãos em uma semana, está ouvindo?

– T-Tudo bem. - gaguejou engolindo em seco. - P-Posso ir?

– Vá - disse com voz forte a mesma.

Daphne se virou para Pansy vendo que a mesma começava a gargalhar gostosamente, Cho saiu rapidamente, sempre se sentia mal quando ficava muito tempo no mesmo ambiente que as Slytherin's. Aquelas garotas eram seu inferno particular e, a cada dia, sugavam mais e mais suas energias, sem a lembrando da pequena "tarefa" que lhe incumbiram.

A morena de olhos escuros arqueou uma sobrancelha, olhando para a Parkinson inquisitoramente.

Pansy olhou-a maliciosa, se aproximando e abraçando-a pelo pescoço, a outra deu uma risadinha e ela fez uma expressão inocente.

– Espero que isso não seja apenas por sua vaidade ferida, Pansy.

– Não - disse acalmando-a. - Não é por isso, mas não vou negar que é isso também. Se Granger tem um diário quer dizer que algo sobre o que queremos saber está lá, escrito naquelas páginas... E eu quero saber o que é.

– Geralmente as pessoas colocam... Seus sentimentos num diário. - disse enojada e divertida.

– Sim, mas Granger sempre é uma regra a exceção lembra-se? - disse abraçando-a mais fortemente. Daphne colocou uma das mãos sobre a cintura de Pansy e a outra subiu até seus cabelos, acariciando-os gentilmente. - Ela é lógica demais. Ela colocará seus sentimentos - debochou - mas também informações valiosas. Haverá fortes feitiços protegendo aquele carderninho nós apenas temos que descobrir qual é... Ou usar um mais forte que faça-o se abrir - alargou o sorriso e piscou.

– Se você diz... Mas acho que aquela Gryffindor não colocaria esse tipo de coisa num diário.

– Granger acha que ninguém está a seu nível não se preocuparia se alguém tentasse pegar o diário.

– Então Chang não conseguirá tocar nele - disse confusa. - Então por que a mandou pegar essa coisa se sabe que ela não conseguirá?

– Por que eu preciso descontar minha raiva em alguém - disse fria. - Zabinni está me ignorando e isso é algo que não posso admitir e, bom, Draco acha que eu não notei os olhares dele pra imunda Sangue-ruim da Granger? - sibilou furiosa. - Ele está muito enganado. E eu tenho que fazer algo de ruim para alguém... Ou eu o farei com Granger.

– Se Granger aparecer com um arranhão sequer, todo Gryffindor e Ravenclaw virá tirar satisfações conosco, não é? - disse entendendo a situação.

Pansy sorriso afetada. - Exato.

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ℋarry Potter -

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Suspirou pesadamente ao se ver fora do alcanse das garotas e encostou-se em uma das paredes do corredor, sentindo todos os seus músculos protestarem pelo esforço de estarem em pé. Um gemido de dor saiu de seus lábios quando uma pressão em sua nuca se fez presente.


– Droga - sussurrou - está doendo cada dia mais e mais.


Pegou sua bolsa, abrindo o zíper e tirando um pequeno frasco com uma coloração avermelhada. Abriu tomando o conteúdo de um gole.


O líquido passou rasgante por sua garganta, fazendo queimar seu corpo para logo abaixar drasticamente sua temperatura fazendo-a ficar tonta. Respirou fundo várias vezes e se ajeitou, fechando a bolsa e colocando-a sobre o ombro de novo.


Começou a andar, notando com estranheza que os corredores do castelo se encontravam estranhamente vazios.


– Está fugindo de mim, Hermione? - sussurrou uma voz em seu ouvido e, com o susto pulou, batendo seu ombro contra a parede ao se virar.


Viu um par de olhos verdes sorrindo para si.


– Theodore. - disse com as bochechas coradas. Era inevitável, se lembraria do episódio do corredor... Por um bom tempo. - Como vai?


– Muito bem - disse o rapaz tranquilamente. - Mas você não respondeu minha pergunta. Está fugindo de mim por acaso?


– Não - sim respondeu sua mente mas ela logo oprimiu a voz em sua cabeça. - Apenas estive ocupada com algumas... Coisas - disse vagamente. - Além do mais, ando muito cansada nestes últimos dias, tenho dormido muito pouco. - admitiu.


– Ah - murmurou - pensei que estivesse fugindo de mim - debochou. Ele sabia tão bem quanto ela que sim, ela estava fugindo dele. - mas, realmente você está com péssimo aspecto. Pesadelos? - perscrutou.


Ela se limitou a confirmar.


– Uma pena - murmurou. - precisa de uma poção do sono? Posso lhe arranjar uma, sem problemas.


– Não, não é necessário.


– Granger.


Hermione olhou em seus olhos. Theodore olhou de um lado para outro comprovando que não havia ninguém nos corredores. Num instante estavam parados um em frente ao outro e, no momento seguinte, ele a puxada para dentro de uma das salas de aula vazias.


Surpresa, Hermione não reagiu só se deixou ser arrastada.


Nott lançou um feitiço na porta e um silenciador na sala.


Mione olhou-o arrogantemente.


– O que está fazendo Theodore.


– Não vou fazer nada com você, não se preocupe - disse pondo as mãos para cima em rendição. - Eu só... Queria falar com você sobre o que aconteceu aquele dia.


– Não tenho nada para falar sobre isso - murmurou - e se não se importa eu gostaria de esquecer o que se passou e esperava que você fizesse o mesmo. - disse e se encaminhou em direção a porta já com a varinha em mãos.


Nott puxou-a por trás, fazendo com que ela chocasse em seu peito. Apertou-a contra o seu corpo, girando-a e deixando-a de frente para a mesa do professor, ele colado a suas costas. A menina arfou.


– O-que... Está fazendo? - mexeu-se tentando afastar-se.


– Não faça isso - sussurrou em seu ouvido, sua boca quente encostando na pele de seu pescoço - está piorando a situação para você, acredite. - disse e impulsionou seu quadril contra ela, fazendo-a notar do que ele falava.


Oh...


– Nott, afaste-se. - mandou temerosa.


– Não será necessário... Se você parar de se mexer. - no mesmo instante ela parou e ele deu uma risada seca. - Boa menina - Hermione sentiu nostalgia com alguém frase. - mas agora, precisamos conversar, Hermione.


– Não temos nada para conversar Theodore – disse em mesmo tom. - E se você puder me largar, eu agradeceria.


– Não, eu não posso e você vai me ouvir. - ele disse frio. - Você viu minha marca... Como sabia que eu era um deles?


Hermione respirou fundo tentando se acalmar e não deixar que a raiva por aquela situação tomasse conta de si. Revirou os olhos.


– Do mesmo jeito que sei que Malfoy também é um deles, ou melhor, um de vocês. - disse com asco. - Não vou lhe dizer como descobri isso, é desnecessário.


– Você não irá contar a ninguém sobre isso, não é? - aquilo não era uma pergunta, estava mais para uma ameaça.


Mas as palavras de Nott ecoaram em sua mente e ela sentiu novamente os lábios dele, desta vez, fazendo pressão em sua clavícula enquanto ele afastava os cabelos dela para o lado.


Deste modo, as palavras de Theodore deveriam se tornar mais suaves... Mas apenas a fizeram tremer, vendo a ameaça imposta com mais medo que antes.


Uma ameaça mascarada de gentileza.


Engoliu em seco.


– Não, eu não vou contar a ninguém, não se preocupa - até por que, eles já sabem pensou se referindo especificamente a Dumbledore, Snape e sua mãe, Allegra. - Não tenho o por que.


– Isso é bom - disse suave e mordeu de leve a pele, succionando-a e puxando, nesse momento, Hermione começou a se debater novamente, incomodada ao extremo com a situação.


Poderia ter puxado a varinha mas ela sabia que a de Nott estava empunhada, pronta para usá-la e também sabia que o rapaz tinha muito mais prática em duelos que ela, era muito mais rápido que ela.


– Nott, pare...! - disse agoniada com a situação.


– Eu disse que tentaria não passar dos limites Granger, não lhe prometi nada - disse fazendo uma prisão de ferro com seus braços. Suspirou - mas, você me provocou aquele dia no corredor e eu não posso deixar algo assim passar batido. - disse e aproximou seus lábios mais ainda do ouvido ela, sua voz quase não saindo. - Você merece ser punida, Srta. Granger.


Arregalou os olhos e se debateu fortemente. Nott apenas riu.


– Deixe-me...! - gritou.


Conseguindo um bom ângulo, Hermione lhe deu um chute, puxando a varinha e apontando para a porta.


– Bombarda! - gritou nervosa.


Saiu correndo, sua mochila quase caindo de seus ombros, passou correndo pelas pessoas e pelos corredores, subindo até o andar onde se encontrava o Quadro da Mulher-Gorda.


– Sua senha por favor? - pediu a mulher e ela disse com uma velocidade incrível, o quadro se abriu e ela entrou, nem ao menos parando para cumprimentar os colegas de classe.


Subiu até o dormitório conjunto das meninas.


Embora fosse monitora chefe e tivesse um quarto e banheiro próprio para ela, não era a maior das fãs daquele lugar. Era sombrio e silêncioso demais.


Ela sentia medo do silêncio.


Assim como sentia medo da escuridão.


Abriu a porta do banho das meninas e entrou parando em frente ao box e tirando as roupas. Finalmente, ela sentia as lágrimas descendo por suas bochechas, misturando-se a agua quente do chuveiro.


Ela raramente chorava mas, naquele momento era necessário.


Por que infernos Nott tinha que fazer aquilo com ela? Ele parecia fora de si, tudo bem que ela o havia provocado - não intencionalmente de sua parte mas... - mas isso não era desculpa para fazer algo assim com ela!


Ele havia se descontrolado, isso era notável mas... Será que era essa uma das partes sombrias quee Theodore lutava constantemente para que as pessoas - as mulheres - não vissem? A parte... Cruel e bruta... Isso fazia mesmo parte dele?


E o pior... Quando ele fizera isso era vira... Vira coisas...


– Você merece ser punida, Srta. Black.


A mulher olhou por cima do ombro e ele apertou mais seu corpo contra o dela. A menina gemeu em frustração por ter seus movimentos limitados. O moreno riu.


– Sou mais forte que você, se você tentar se mexer, vai se machucar - murmurou beijando seu pescoço, acariciando-o com a ponta da língua.


– Pare, Tom... Eu não quero... - disse torpemente, tentando se livrar dele. Naquele momento, a loura sentia-se assustada.


Aquele não era o Tom Riddle usual e sim, um homem controlar, possessivo. Ele sorriu malicioso.


– Relaxe... Eu sei que você vai gostar, Hermione.


Hermione caiu no box, chorando. O que era... Aquilo?!

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ℋarry Potter -

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Horas haviam se passado e lá estava ela, Hermione Granger escondendo-se de todas aquelas pessoas, seus amigos e conhecidos. Estava escondendo-se na Torre de Astronomia onde ela sabia que ninguém a procuraria.

– Você não é muito boa em escolher esconderijos.

Ela tensou-se e viu pelo canto dos olhos quando um rapaz louro postou-se a seu lado, sério e altivo. Draco Malfoy.

– Ao que parece não, já que você me achou. - disse olhando para a lua, aquelas alturas, deveria ser hora do jantar. - Mas estou curiosa, como sabia que eu estaria aqui?

– Psicologia reversa - deu de ombros e ela arqueou uma sobrancelha questionando. Draco soltou uma risadinha. - Todos iriam primeiro procura-la na Biblitoteca e, se você não quisesse ser achada você viria para o último lugar em que eles pensariam.

A menina o olhou surpreendida. Era exatamente o que ela havia pensado ao decidir vir para cá.

Draco olhou-a de maneira arrogante porém divertido e ela sorriu levemente, balançando a cabeça em negação.

Mas, então o silêncio tornou-se incômodo.

– Você tinha razão - sussurrou ela.

– Geralmente tenho - disse com simplicidade olhando para sua figura acuada apoiada na janela da torre. - Está se referindo a que?

– A Nott.

Não foi necessário mais nada. Ele sabia o que Nott havia feito, ele havia pressenciado na mente do Slytherin o que ele havia feito Granger passar.

Havia visto também o que acontecera outro dia, com a marca... E o fato dela saber que ele também era um comensal da morte não o agradou.

Estava sentado no salão comunal de Slytherin quando Nott chegou, mordendo um lábio inferior tentando conter o sorriso malicioso que exibia.

Draco estreitou os olhos.

– Nott - chamou-o. O moreno o olhou e em seus olhos Draco viu: algo estava errado. - O que você fez?

O moreno riu gostosamente.

– Definitivamente isso não lhe interessa, Draco. - debochou.

E o pior, o rapaz não parecia se arrepender. Mas agora, olhando para a valente leoa, percebia que ela tremia levemente. De medo.

– Não precisa falar mais nada. Eu vi. - disse seco.

– Ele parecia tão... Tão fora de si... Eu não conhecia esse lado, acho até que pouca gente conhece esse lado dele sabe? E... Eu senti medo de verdade dele... Onde foi parar o Sytherin gentil que eu achei que ele fosse?

– É uma máscara - disse frio. - Mascara-se frieza, brutalidade e crueldade com gentileza e amabilidade, é fácil - deu de ombros. - O Lord das Trevas era assim quando estudava em Hogwarts, não era? Por que Nott... Ou qualquer outra pessoa – olhou para ela com um sorriso de canto característico seu - não poderia ser assim também?

Ela o olhou, pela primeira vez vendo-o como ele era.

Apenas Draco e a pessoa triste e cheia de responsabilidades que ele era. Um comensal não por escolha, mas por obrigação e dever.

– Experiência própria, Malfoy? - disse ela debochada e, embora soubesse a resposta, não sentiu medo. Não dele.

Ele olhou para o céu, fechando os olhos e alargando o sorriso.

– Talvez. - murmurou. - Talvez, Granger.

Devo sentir medo? - ela brincou.

– Você está com medo agora? - ele perguntou sério, talvez... Com uma ponta de... Decepção?

– Não - confessou - Estranhamente não estou. Mas você... Faria algo assim como um dia por acaso? Você falou como se tivesse a possibilidade de isso acontecer um dia.

– Não, não irá acontecer, não se preocupe. - ele garantiu, algo solene em suas palavras fez Hermione relaxar completamente, sorrindo. Draco mudou de assunto drasticamente. - Soube que você vai com aquele Ravenclaw a Hogsmead - disse fingindo inocência.

Ela estreitou os olhos. - Sim, eu vou, por que?

– Nada, só pra saber - ele disse com um sorriso de canto. Suspirou passando a mão por seus cabelos louros. Ele fica sexy fazendo isso pensou mordendo o lábio inferior. Draco virou-se bem nessa hora, olhando fixamente para sua boca. - adorável - murmurou e ela ouviu. Hermione corou e ele sorriu largamente, sensualmente. - Bom, então, vou indo.

– Mas já? - soltou ela sem dar-se conta. Tapou as mãos com a boca quando notou o que havia falado.

Draco tão surpreso quanto ela parou olhando para ela surpreendido, seus olhos tornando-se mais escuros. Ele se aproximou dela e, com a ponta dos dedos tocou sua bochecha.

Olhou em seus olhos e viu um reflexo dos seus. Mas, infelizmente, ela não sabia o que sentia naquele momento com a proximidade.

Queria sair de seus braços mas, uma voz no fundo de sua alma lhe sussurrava: Fique, talvez saia algo de bom em tudo isso murmurava. E ela ficou, surpresa, medrosa e sem saber onde estava sua coragem Gryffindor naquele momento.

Draco aproximou seu rosto do dela e Hermione fechou os olhos e ele leu sua expressão corporal e notou o medo que estava daquela situação. Não era hora de dar um passo assim... Ainda.

Setia forçar a barra e ele sabia disso.

A próxima coisa que sentiu foi os lábios em sua testa e um frio correr por todo seu corpo. Abriu os olhos e viu que ele quase saia da Torre de Astronomia.

– Malfoy...? - perguntou confusa.

– Vou indo. - repetiu de costas, ainda andando - Você também deveria ir Granger, seus amigos estão procurando você como loucos... Mas parece que não te conhecem tão bem assim... Não é? - alfinetou pelo fato dele achá-la antes dos outros. - Boa noite, Granger.

Ela balançou a cabeça negativamente porém sorrindo.

– Boa noite, Malfoy. - disse para a escuridão.

Ela não mais se encontrava lá para escutar aquelas últimas palavras.

Esta noite, você ganhou pontos valiosos comigo... Primo.

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Continua no próximo capítulo...


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Notas finais do capítulo

Oiie
Voltei com um capítulo grande e super rápido.
Espero que gostem, 'to super cansada mas achei que esse cap valeu a pena. Quero muitos reviews hein!
Logo respondo os outros blz?
Bjos, J ♥