O Segredo. escrita por Jee kuran 95, DramioneFanClub, Jee kuran 95


Capítulo 20
Capítulo Vinte: Não brinque com meus sentimentos.




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Autora: Jee_kuran_95

Disclaimer: Harry Potter pertence exclusivamente a J.K.Rowling.

Classificação: +16 anos.

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O Segredo

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ℋarry Potter

Capítulo Vinte: Não brinque com meus sentimentos.

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O passeio estava indo bem até aquele momento, já haviam se passado algumas horas desde que as carruagens com os testrálios haviam lhes deixado em Hogsmead.


O grupo de Gryffindor - e alguns Ranvenclaw's - era grande por isso, Ginny não se preocupou muito. Sabia que não ficaria sozinha com Harry nem por um instante e isso a acalmou: sinceramente, não se sentia preparada para voltar a falar com o rapaz da mesma forma que antes.


Embora ela soubesse que, de certa forma, ela não tinha qualquer direito de estar chateada era inevitável dizer isso a seu coração. Ela se sentia traída, completamente quebrada com a cena que vira do seu primeiro - e, ela sabia, o único - amor.


Em todos aqueles anos que ela o amor em silêncio - bom, o seu amor não era tão silencioso afinal, muitas pessoas sabiam de seus sentimentos pelo moreno, o único que parecia não notar isto era o próprio. - se perguntou se valia a pena insistir tanto naquele sentimento.


Eram diferentes. Ela sabia-o bem.


Mas, mesmo assim, ela não podia evitar de várias vezes pensar em como seria se um dia, viesse a ser a namorada dele...


Se um dia viessem a formar uma família. A família que ele nunca tivera a oportunidade de ter.


E, quando se dava conta do rumo de seus pensamentos a tristeza a engolfava e ela entrava em uma quase depressão por notar que, em sua mente, já havia construido toda uma vida ao lado de Harry Potter, o melhor amigo de seu irmão.


Imaginou muitas e muitas vezes o seu nome junto do sonbrenome dele. Ginevra Potter. E ela tinha que admitir, seu nome ficava maravilhoso junto do dele.


Uma pequena lágrima escorreu do canto de seus olhos e ela a enxugou rapidamente antes que mais alguém a visse.


Seus olhos cravaram-se na figura do rapaz, poucos metros a sua frente, rindo com liberdade junto ao amigos dele. Aos seus amigos também.


E, como se sentisse o calor de seus olhos queimando-lhe a nuca, Harry virou naquele momento, olhando-a com determinação.


O riso desmanchou-se em seus lábios e sua face tomou uma expressão séria, melancólica demais ao observar o rosto inexpressivo - e magoado - de Ginny.


A ruiva virou o rosto, baixando os olhos e ele suspirou fechando os seus e dando um meio sorriso triste antes de voltar a falar com seus amigos.


– Estou começando a achar que ter vindo em grupo a este passeio foi um erro - murmurou para Luna a seu lado,


O loura simplesmente a olhou, enlaçando seu braço e lhe dedicando um sorriso estonteante.


– Eu não acho, muito pelo contrário você fez muito bem em vir.- retrucou - encarar de frente os problemas é uma boa.


– Sinto como se a qualquer momento eu pudesse gritar e sair correndo para o mais longe que eu puder dele – disse se referindo ao Potter. Suspirou. -, ahh, como eu queria que Hermione estivesse aqui... Ela sempre sabe o que fazer, sempre sabe o que falar.


– Hermione tem seus próprios problemas e questões sentimentais para resolver. - disse misteriosa fazendo a ruiva arquear uma das sobrancelhas. Questões sentimentais? Do que ela está falando? pensou Ginny curiosa. - Estaremos a seu lado - disse se referindo a ela e as outras duas meninas que, do nada, apareceram ao lado de Ginny - e vamos dar força a você para enfrentar esse dia.


– Sim, estaremos sempre aqui quando você precisar Ginny - afirmou Perséfone sorrindo, dando ênfase ao que a Di-Lua falara.


– Ei pessoal! - gritou Anelise fazendo-se ouvir.


A menina corou por ser o centro das atenções mas logo teve sua atenção focada em suas próximas palavras.


– Onde vamos agora? Se não notaram estamos a quase uma hora andando em círculos por Hogsmead - disse e pôs as mãos na cintura.


O burburinho começou enquanto o grande grupinho se fragmentava, decidindo separadamente aonde iriam. Anne revirou os olhos, entendiada com a situação.


– Essa discução não vai acabar tão cedo - disse Ginny nervosa cruzando os braços, evitando olhar para certo moreno. Cravou seus olhos na amiga loura de Ravenclaw.


– Você acha? - debochou Perséfone.- O pior de tudo é saber que eles não vão chegar em nenhum concenso, isso sim. - bufou.


– Por que não vamos na Dedos de Mel? - deu a sugestão Luna. - Faz tempo que não vou lá e, duvido que algum dos garotos vá querer ir em alguma loja de roupas conosco. - deu de ombros.


– É, tem razão - meditou Ginny - mas vamos só nós que tal? - arqueou uma sobrancelha - não tem por que ir todo mundo agora afinal, tem bastante gente aqui que aposto que não vai querer ir lá agora. Senão vai acabar comendo todos os doces antes de chegar a Hogwarts. - apontou com a cabeça discretamente para Ronald.


Anelise riu acompanhada de Luna.


– Por mim tudo bem - disseram Anne e Perséfone.


– Tanto faz - deu de ombros Luna.


– Ok então, está decidido, vamos? - perguntou Ginny se virando para o lado contrário ao que eles estavam indo antes.


– Não vamos avisar os outros? - perguntou Luna confusa olhando para o pessoal.


– Não - disse a ruiva como se fosse óbvio.


As meninas deram de ombros e andaram alguns passos.


E então, Ginny sentiu que alguém segurava seu pulso com um pouco de força desnecessária, virando-a de surpresa para trás.


Seu coração disparou e ela se viu presa daqueles olhos esmeraldas com que tanto sonhou por longos anos. Respirou profundamente tentando mostrar o mínimo possível desuas reações físicas para o moreno a sua frente mas era impossível: seus olhos mantinham-se arregalados, sua respiração fraca, descompassada, os pelos de seu corpo arrepiados, suas mãos? Trêmulas.


– Poderia me soltar, por favor? - murmurou fracamente e baixou o olhar - Está me machucando, Harry.


Ele afrouxou o aperto porém em nenhum momento fez menção de soltá-la.


– Eu... Eu preciso falar com você, Ginny. - confessou e olhou para as outras. - À sós.


– Mas eu não quero falar com você - disse tentando puxar sua mão, obrigando-o a aplicar novamente certa força em seu aperto. -, eu não consigo falar com você, não entende isso? - gemeu ela com voz chorona. - Não vê que eu não consigo nem ao menos olhar para você direito? Não vê... Que o simples fato de olhar pra você e não ter você me machuca profundamente?


Harry arregalou os olhos, sentindo a boca seca e as palavras lhe faltarem. Ginny olhou-o por baixo dos longos cílios molhados pelo início das lágrimas que se acumulavam.


Ele se aproximou um pouco e ela deu um passo para trás, nervosa.


– Não chegue muito perto... - avisou.


Ele parou no lugar, apenas olhando-a.


Uma de suas mãos se levantou e, surpreendida, ela viu como a mão grande e pálida dele acariciou sua bochecha, o polegar retirando os vestígios de uma lágrima que ela nem se dera conta que havia derrado.


– Você precisam conversar. - a ruiva e o moreno se viraram para olhar para Luna que tinha o cenho franzido e os braços cruzados. Sua expressão estava séria. Virou-se para as garotas. - Perséfone, Anne vamos até a Dedos de Mel, Ginny nos encontrará lá mais tarde. - anunciou já se virando.


As duas se entreolharam e depois olharam do casal para Luna.


– Tem certeza? - perguntou em dúvida Anne sem tirar os olhos de Ginny.


– Sim, é uma coisa necessária - disse a loura de costas para os 4. - Eles tem que conversar e, já que a oportunidade apareceu para Harry, nós não iremos atrapalhá-lo.


– Se você diz - sibilou Perséfone olhando ameaçadoramente para Potter - Muito cuidado com suas ações Harry Potter, guarde bem minhas palavras. - disse venenosa e virou-se. - Vamos Anne.


A morena simplesmente os olhos arqueando uma sobrancelha e foi atrás das outras. Logo elas já não podiam ser vistas.


Um silêncio constrangedor pairou entre eles.


Harry pigarreou.


– Se eu soltar você, promete que não vai sair correndo, não vai fugir de mim? - perguntou ele, hesitando.


Ginny apenas confirmou com a cabeça, seus cabelos ruivos tapando seu rosto. O moreno suspirou e a soltou lentamente temendo que ela corresse. Ginny se abraçou tentando manter o mínimo contato possível com ele.


– Então... Sobre o que você queria falar comigo? - sussurrou a Weasley.


Potter engoliu em seco, passando a mão pelos cabelos sem saber como começar. Colocou uma das mãos sobre os ombros dela e começaram a andar para algum lugar livre dos olhos curiosos de seus colegas e dos habitantes de Hogsmeade.


– Eu... - ele parou sem saber o que falar. Em sua mente, aquilo parecia muito mais fácil na teoria do que na prática. - Eu...


– Você...? - instigou Ginny.


– Eu queria... Me desculpar com você, Ginny.


A ruiva arregalou os olhos. - Se desculpar? - ela disse confusa, a voz mais aguda que o normal. - Se desculpar pelo que, Harry?


– Eu dececpcionei você Ginny. - disse ele e ela viu em seus olhosa dor. - Eu decepcionei a mim mesmo também. Quando eu vi você lá,ao abrir os olhos depois... Depois de ficar com aquela garota - ele viu ela fazer uma careta fechando os olhos e estremecendo. - eu me senti sujo.


– Pare - ela pendiu. - Por favor, pare, você mais do que ninguém não tem por que me dar explicações Harry... E de onde você tirou essa ideia de que eu fiquei decepcion...? - disse fingindo uma risada animada.


Por que você gosta de mim! – ele gritou e ela o olhou assustada. Como... Como ele sabia?! - Tanto quanto eu gosto de você. - ele sussurrou esta última parte e, infelizmente, ela não ouviu suas palavras.


A ruiva estava chocada. A raiva burbulhando em seu ser ao constatar o que as palavras significavam.


Ele... Ele sabia! Ele sabia o tempo todo!


Sabia que ela gostava dele bem mais que um amigo, sabia de seus sentimentos e... Mesmo assim... Ele havia feito aquilo?! Ele não tivera nem ao menos dignidade - ao descobrir que ela gostava dele - de lhe falar: "Eu não correspondo seus sentimentos Ginny"!


Ele...Havia lhe dado esperanças vis todos aqueles anos!


– Você... Você sabia! - rosnou ela avermelhando-se.


Ginevra levantou-se num ático,encarando os olhos verdes de sua paixão com uma fúria que Harry não compreendia. As lágrimas que caiam de seus olhos... Não eram mais de raiva senão, de rancor.


– Você sabia de meus sentimentos e mesmo assim... Não me disse nada? - disse incrédula ganhando a coragem característica de sua casa (Gryffindor) para falar tudo aquilo que pensava naquele momento. - Nem ao menos... Me disse palavras que desencorajassem meu coração a desistir de você! - gritou a última parte histericamente.


– Não! - ele rebateu levantando-se também, embora mais baixa que Harry e ela tivesse que olhar para cima para ver seus olhos, ela mantinha-se firme, furiosa, faiscante. - Não é nada disso Ginny...! Você entendeu errad...!


– Cale a boca! - berrou ela. - Seu... Seu cretino! - gemeu ela agoniada. - Como pude ser tão estúpida e não ver o idiota que você é ao me apaixonar por você? - ela choramingou. Harry estava em estado de choque novamente por conta de suas palavras. - E eu... Que pensava esse tempo todo que você não soubesse...! Como fui idiota!


– Mas...O que...! - balbuciou sem saber o que fazer.


E, antes que ele se desse conta, Ginny saiu correndo tropeçando em seus próprios pés lutando contra as próprias lágrimas.


Estúpida pensava consigo mesmo burra, burra, burra!


A decisão já estava tomada em sua mente.


Ela sabia o que fazer agora: o sorriso já começava a ser ensaiado em seu rosto, as lágrimas já estavam começando a secar. Parou e olhou para trás, vendo que estava mais longe do que imaginava do local onde o moreno a levara.


Suspirou soltando um grito que a muito estava preso em sua garganta e soluçou lembrando-se de engolir o choro.


– Chega - murmurou para si mesma - Chega, chega, chega! - disse colocando as mãos no rosto e esfregando. Passando as costas das mãos nos olhos. - Eu cansei, sinceramente, eu cansei.


Sentou-se em baixo de uma grande árvore coberta por uma fina camada de Neve e cruzou os braços sobre as pernas, apoiando sua cabeça ali.


Sua mente estava um caos.


Antes se sentia traída, agora, furiosa e humilhada, seus sentimentos um misto de rancor e tristeza.


– Parece que alguém descobriu que Potter não é tão perfeito quanto os outros acham. - cantarolou uma voz logo acima de sua cabeça.


Bufou praguejando o ser que não lhe daria aquele momento de paz. Olhou para cima pronta para amaldiçoar a pessoa mas, ao invés de uma expressão debochada - certamente era o que ela esperava - encontrou-se com uma séria que observava com curiosidade o horizonte.


Confusa ela se endireitou um pouco, permanecendo sentada.


– Zabinni? - murmurou.


O rapaz a olhou e graciosamente sorriu colocando as mãos no bolso confortavelmente. Olhou em seus olhos castanhos e deu uma risada apoiando uma de suas mãos na árvore e sentando ao lado dela.


Ginny não se moveu um milímetro de onde estava.


– Se importa de eu sentar aqui? - perguntou irônico já bem acomodado ao lado da Gryffindor.


A ruiva franziu o cenho. - Não, não me importo mas... - viu como ele colocou as mãos atrás da cabeça. - Por que está aqui? Digo, por que está sentado aqui, justamente ao meu lado?


– Incomodada? - alfinetou sem olhá-la. Fechou os olhos. - Não se preocupe Weasley, não vou lhe assediar sexualmente.


A menina bufou revirando os olhos.


– Como se eu tivesse medo de você, Zabinni.


– Que bom - disse ele com sinceridade. - Então, voltando ao assunto, você finalmente viu com seus próprios olhos como o Potter é um estúpido.


– Não quero falar sobre isso, muito menos com alguém como você e se está aqui para xingar ele ou começar a encher minha paciência pode sai...


– Eu só não entendo como Potter pode não querer alguém como você. - ele a interrompeu. - Você é inteligente e bonita, qualquer cara de Hogwarts faria qualquer coisa para ter você.


Desta vez, ele disse aquilo com os olhos abertos, cravados nos castanho-claros com de mel. Viu a surpresa estampada ali e sorriu da expressão da menina.


E então, o choque de Ginevra foi substituido por um sorriso.


Um sorriso que aqueceu - um pouco - o coração gélido e amargo do Slytherin.

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– ℋarry Potter -

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– Será que Ginny está bem? - sussurrou Anne para as duas tentando não chamar a atenção para elas.

– Creio que sim - disse Luna confiante. - Ginny pode ser apaixonada por ele – falou não mencionando o nome de Harry - mas sabe ser forte quando preciso. Ela se sairá bem.

– Espero que esteja certa, Luna - murmurou Perséfone pegando alguns doces. - Não quero que Ginny fique depressiva de novo.

– Ela não ficar...

– Olhe só quem vemos por aqui! - a voz alegre de uma garota foi ouvida e Perséfone virou-se para ela com os dentes trincados, a expressão quase raivosa. Os olhos? Queimando. - Eu até diria que é um prazer vê-las... Mas certamente não é. - alfinetou debochada.

– Astória. - sibilou a loura Gryffindor.

A menina a frente delas riu balançando os cabelos louro cacheados de um lado para outro. Os olhos azuis brilhando em desafio.

– Vá incomodar outra pessoa Astória, não estamos com paciência para suas brincadeiras. - disse Anelise sem prestar real atenção, de tempos em tempos ela olhava para o relógio inquieta e depois para fora da loja.

Havia sido bom que as amigas decidissem ir se encontram em frente a Dedos de Mel. Havia combinado com Theodore lá em frente perto da hora do almoço, dali a 25 minutos se encontraria com ele.

Sorriu com a lembrança.

– Do que está rindo? - perguntou Astória vendo o sorriso da morena.

– De nada que seja da sua conta sua loura oxigenada. - retrucou rude.

As outras riram e Astória estreitou os olhos e sorriu maliciosa. Alguma coisa estava errada.

– Primeiro meu cabelo louro é natural, querida. E, segundo... Pelo menos eu não sou uma trouxa que está sendo enganada - e saiu rindo deixando as outras sem entender.

Do que diabos aquela garota estava falando?

Astória encontrou-se com Pansy e Daphne do lado de fora da loja. Rindo ela se aproximou das garotas e estas a olharam com estranheza.

– Do que você está rindo sua louca? - perguntou sua irmã olhando para os lados não querendo ser vista com a mais nova naquele estado.

– Ou melhor - começou Pansy - O que você fez?

– Eu? - perguntou inocente. - Eu não fiz nada, quem fez, foi Theodore. Neste momento, sinto pena daquela Gryffindor estúpida e ingênua.

E então as duas mais velhas se olharam e sorriram, gargalhando em seguida entendendo o que a loura quis dizer.

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ℋarry Potter -

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Enrolou a toalha felpuda em seu corpo e desligou o chuveiro do quarto, suspirando ao se lembrar que, a poucos metros de distância com apenas uma fina camada de gesso separando-a de Draco Malfoy.


Secou-se cuidadosamente pegando dentro de uma das bolsas que havia trazido consigo - por sorte havia pego dinheiro e comprado roupas mais cedo - e começou a se vestir com as mudas de roupas secas.


Olhou-se no espelho, bufando para a visão de seu cabelo.


Secou-o levemente com a toalha e depois pegou sua varinha, apontando para o mesmo. Cachos definidos, suaves e sedosos cairam por seus ombros, como uma cascata em suas costas.


Abriu a porta do quarto.


O louro se encontrava sentado na cama de casal, secando seus cabelos ao estilo trouxa sem parecer notar isso.


Os olhos cinzentos do homem finalmente notaram-na e ela corou ao ver a intensidade com que ele a observava. Draco olhou-a da cabeça aos pés, um sorriso levantando a ponta de seus lábios ao notar a cor do vestido que ela levava.


Um verde oliva muito bonito com detalhes em prata.


Simples e leve.


Mas, naquele momento não fazia muita diferença. O quarto estava quente e a temperatura fresca, quase fria demais do lado de fora em nada alterava o ambiente por dentro.


Um pequeno riso escapou de seus lábios perfeitos.


– O que foi, Malfoy? - perguntou Hermione pondo as mãos na cintura. Sua expressão tornou-se dura, severa.


– Estava apenas vendo como você fica bem de verde - deu de ombros.


E ele sabia que, ao falar isso, as defesas dela abaixariam e a resposta que estava na ponta da língua para qualquer coisa que ele disse-se já não era mais valida naquele momento.


Touché, Granger pensou mordaz o Slytherin.


– E você deveria usar mais vezes cores claras - disse se referindo as caras calças (brancas) que ele vestia. - Combinam com você. - elogiou.


O Slytherin apenas riu balançando seus fios dourados de um lado para outro, ainda molhados.


– É, eu sei já me disseram isso - disse ele. - Mas, minha aparência não fica muito... Angelical dessa forma? É quase enganoso considerando quem eu sou... Como sou... Ter a aparência de um anjo. Ingênuo e puro.


– Sendo que você não é nenhuma das duas. Realmente, você é uma propagando enganosa Malfoy... Uma aparência angelical para um demônio... Ou, talvez, um anjo caido.


E o silêncio pairou novamente entre eles.


Hermione suspirou indo até a janela e afastando um pouco a cortina dali. Começava a anoitecer e a chuva não cessava, senão mantinha-se forte e instável.


– Droga - praguejou Hermione - se continuar assim não conseguiremos sair daqui a tempo.


– Teremos que passar a noite aqui, pensei que já tivesse notado isso, Granger - disse Malfoy com voz cansina.


– Era isso que eu temia - murmurou a Gryffindor.


O louro sorriu malicioso. - Está com medo de alguma coisa, Hermione? - ele murmurou, carregando as palavras de maneira rouca e sensual ao falar seu nome.


A morena se arrepiou, sentindo um frio perpassando sua espinha e umideceu os lábios secos. Fechou os olhos e sentiu aquela sensação características e desconforto e ansiedade que sempre a assolava quando estava num mesmo ambiente com o herdeiro Malfoy.


– Não - disse com firmeza. - Não estou com medo, Draco.


Ele não se surpreendeu ao ouvir seu nome sair dos lábios dela.


Pelo contrário, parecia tão cotidiano e tão normal ela chamá-lo assim que aquila sensação gostosa em seu corpo quase o fez abraçá-la para nunca mais soltar.


Quase.


– Ótimo. - ele sorriu e ela perdeu o fôlego com isso, mas fingiu bem. - Vai me dizer então... O que aconteceu com você hoje?


Ela o olhou impassível, bufou de leve e passou a mão pelos cabelos.


– Não. Pensei que, a essa altura você já tivesse entrado em minha mente e visto o que queria. Me surpreende que tenha me dado um pouco de espaço pessoal sobre esse assunto... Você não é assim. - ela observou astuta.


– Não tenho por que entrar em sua mente. As pessoas me contam aquilo que elas querem me contar e, afinal de contas, não preciso invadir a mente delas para saber o que quero.


– Hm.


Hermione estava desconfiada isso era óbvio mas não diria nada a ele, por enquanto. O rapaz levantou-se sabendo que os olhos de Granger o seguiam quase indiscretos e sorriu para si mesmo, seu ego crescendo aos poucos.


Sim, Draco era uma das típicas pessoas que gostavam de atenção. Principalmente das pessoas que ele queria.

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ℋarry Potter -

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Suspirou e parou em frente as portas do Salão Principal, hesitante se deveria entrar ou não. Suspirou e passou a mão nervosamente pelos fios castanhos, molhados pelo banho que tomara.

Incrivelmente estava quente e ela pode novamente colocar aquele bonito vestido verde-oliva de ontem a noite.

E Hermione em sua mente tentava se convencer que ela não havia gostado daquele vestido somente pelo fato de certo Slytherin tê-lo elogiado.

Abriu as portas e viu seus amigos conversando mais para o meio da mesa. Caminhou com calma até eles, sentindo um par de olhos queimando em sua nuca vindo da mesa de Ranvenlaw.

Parou em seco e decidiu enfrentar seu problema primeiro.

Caminhou até onde Jason e seus amigos estavam. Os mesmo riam e brincavam uns com os outros e Hermione pode ver que, quando ela se aproximou ele pararam de conversar, olhando dela para Jason.

– Oi. - disse timidamente.

– Oi - ele respondeu sério.

Hermione suspirou ganhando coragem.

– Eu... Preciso falar com você Jason. - e o encarou profundamente - à sós.

Ele se levantou sem pronunciar palavra e saiu andando com Hermione em seu encalço.

Ele parou do lado de fora do salão, encostando-se na parede e cruzando os braços. Hermione não pensou que seria tão dificil se explicar como estava sendo naquele momento.

– Eu vim pedir desculpas a você - declarou.

– Você me deixou sozinho - acusou, os olhos faiscantes. - E eu fiquei lá, esperando você voltar junto de seus amigos.

Ela o olhou culpada e mordeu o lábio inferior.

– Jason eu sinto muito é que... Eu tive que... Fazer uma coisa primeiro - engoliu em seco. Em parte era verdade, ela havia mesmo feito algo... Só não lhe falaria, jamais, o que era. - e, quando eu estava voltando - meia verdade novamente - a chuva começou e eu tive que me abrir em algum lugar... Não era minha inteção deixá-lo sozinho! Jamais...!

E então, ela viu a expressão séria dele se suavizar, transformando-se em um sorriso sereno e magnífico.

Avermelhou-se e bateu no ombro dele. O Ravenclaw riu e a abraçou pela cintura - coisa que lhe passou desapercebida.

– Seu idiota! - chiou - Você... Você estava brincando comigo!

Ele riu - Eu queria ver você se desculpar. Além do mais, você fica adorável envergonhada. - deu de ombros. - Mas é sério Hermione, não me deixe mais sozinho - ele disse desta vez sério. Ela apenas acentiu - da próxima vez que tiver que fazer algo quando sairmos eu vou junto com você.

Ela apenas confirmou com a cabeça.

E, então, ela notou a proximidade de seus corpos e tremeu. Olhou para o moreno e constatou que seus rostos... Estavam perto demais... Apenas alguns centímetros os separando.

– Perto demais... - murmurou ela entorpecida pelo calor do corpo dele, pela fricção das peles e das roupas uma da outra.

– Eu quero beijar você. - ele sussurrou e se aproximou mais ainda, olhando para os lábios avermelhados dela que se entreabriram deixando um ar quente sair por entre a fresta. - Quero muito beijar você.

E, como em um consentimento mudo, deixando-se levar, Hermione fechou os olhos.

E ele encostou seus lábios nos dela movendo lenta e tortuosamente contra a maciez dos da Gryffindor. Apertou-a mais contra seu corpo, embrenhando seus dedos nos cabelos macios dela e suspirou em seus lábios, sorvendo-os deliciosamente como a muito tempo queria fazer.

Hermione passou as mãos em seu peito arranhando-o de leve por cima da camisa V que este usava e levou-as até o pescoço, envolvendo-os em sua nuca e puxando seus cabelos, massageando com leveza o local. Gemeu torpemente, sentindo que Jason a puxava mais para si, tentando fungir-se com ela. Com a ponta da lingua o rapaz tocou seu lábio inferior, acariciando-o e pediu delica permissão para aprofundar o beijo.

Hermione cedeu comr rapidez, deixando-se levar pelas sensações que ele lhe proporcionava.

Somente quando o ar se mostrou presente ele a soltou, pegando seu lábio entre os dentes e puxando-o consigo.

Ele abriu os olhos por primeiro, se deliciando ao ver que Mione mantinha os seus ainda fechados, tentando entender a situação. Jason sorriu largamente, olhando para os lábios inchados dela e sua mochechas coradas. Ele não devia estar muito diferente disso.

– Hermione - sussurrou acariciando as maçãs de seu rosto.

Ela abriu os olhos e ele notou estarem mais brilhantes que o nomral. Desejo. Ele sorriu ao constatar rapidamente o sentimento. Passou o polegar pelos lábios da morena e riu.

– Você fica linda desse jeito... - ele parecia encantado, como se, a sua frente, visse a mulher mais bela do mundo. - E mais deliciosa e incrivelmente beijável com esses lábios vermelhos.

Hermione voltou a realidade com aquela frase e dedicou-lhe um sorriso forçada. Não falou nada, o único pensamento que passou por sua mente, a fez suspirar parecendo estar timida com a situação.

E pensar que, por um momento, você pensou que estava segurando certos fios louros em suas mãos... Não é mesmo?

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Continua no próximo capítulo.


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Notas finais do capítulo

Oiie.
Voltei e, nossa, que dia bonita está hoje aqui em Caxias!
Bom, espero q tenham gostado do cap. esse é um dos típicos enchedores de linguiça, mas eu queria colocar ele.
N respondi todos os reviews ainda como podem notar.
Aah, sim, QUERO REVIEWS u.u e a fic daqui a pouco já está quase com 300! *--* obrigada a todos que mandaram seus coments.
Hum, até então.
Bjos, J ♥