Autora: Jee_kuran_95

Disclaimer: Harry Potter pertence exclusivamente a J.K.Rowling.

Classificação do Capítulo: +13 anos.

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O Segredo

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ℋarry Potter

Capítulo Quinze: Máscara de frieza.

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Mais uma vez estava na biblioteca, amava aquele lugar além de ser um ótimo refúgio. Aquela lugar era quase como sua segunda casa.

Suspirou entrando na sessão restrita e olhando cautelosamente para os livros. Havia pedido permissão por escrito a Professora McGonagall para entrar naquele lugar, não odiava-o mas estar no meio daqueles livros de conteúdos tenebrosos e suspeitos fazia com que calarios percorressem seu corpo.

Mas, internamente o que mais assustava-a em tudo aquilo era o fato de que ela tinha uma curiosidade insaciável por saber o conteúdo impresso neles.

E esse simples pensamento, fazia aflorar o medo em si.

Ela não queria, de forma alguma se interessar por magia das trevas.

- Fugindo de alguém, Granger? - perguntou uma voz atrás de si.

Hermione arregalou os olhos virando-se rapidamente e tirando a varinha da capa pronta para lançar uma maldição que estava na ponta de sua lingua.

A pessoa a sua frente - muitos centímentros mais alta - segurou seus pulsos e apertou-os com delicadeza.

O cheiro de colônia cara masculina despertou-a e ela olhou para o rosto da pessoa, engolindo em seco ao ver olhos, de um cinza tão intenso e triste que sua mente ficou vazia por alguns segundos.

Ele a soltou, afastando-se dela e voltando para onde estava, alguns metros de distância procurando um livro em uma prateleira. Hermione piscou, recuperando-se e tentando lembrar o que ele havia dito.

- Não estou fugindo de ninguém, Maloy - disse cansada - Apenas precisava de... Um livro. - murmurou a última parte, hesitando.

Olhou para o rapaz, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha e viu o sorriso debochado - e endemoniadamente perfeito - que ele tinha em lábios.

- Procurando um livro de Artes das Trevas? Justamente você? - perguntou virando-se para ela para olhar em seus olhos. - Duvido que algum dos professores tenha pedido algo que não está nos livros convencionais, Granger. - murmurou se aproximando dela.

- Isso não é da sua conta, Maloy. - contra-atacou.

Ele parou a sua frente, menos de 30 centímetros separando seus corpos um do outro. Ela podia sentir sua respiração, quente e quase indetectável, o calor que provinha de seu corpo...

Draco olhou para ela, levando sua mão. Hermione fechou os olhos instintivamente e ele sorriu imperceptível, porém, um rasgo gélido perpassou seus olhos.

O louro colocou a mesma mecha de cabelo castanho atrás da orelha e ela estremeceu ao sentir a ponta de seus dedos em sua pele.

- Tem razão, não é da minha conta - disse com frieza e afastou-se novamente, deixando-a confusa.

Ele desapareceu por entre outra fileira de livros. Hermione olhou confusa para onde ele antes ele estava. O que diabos fora aquilo? O que estava acontecendo nos últimos tempos com ele?

Estava amável, quase gentil demais e assustadora educado e agora... Lhe demonstrava frieza?

Começou a caminha rapidamente, indo procurar pelo louro. Olhou por entre as estantes, arrepiando-se ao ver que vários sussurros vinham de dentro dos livros. Agarrou mais forte a alça da mochila.

Achou-o lendo atentamente a página de um livro de aparência velha e mal cuidada não se aproximou, apenas ficou ali, parada em seu lugar à meia luz sentindo como aquele lugar parecia absorver suas energias.

Sentia-se fraca e com mais medo a cada minuto que estava ali.

Malfoy levantou os olhos por um momento, notando-a ali e fez silêncio apenas observando com seus olhos cinzentos repletos de seriedade. Hermione engoliu em seco sem saber o que fazer.

Por que, primeiramente ela nem sabia por que havia estado procurando-o. Não tinha um motivo lógico para estar atrás dele depois daquelas palavras.

Na verdade, se fosse analisar bem, ela deveria estar feliz.

Feliz pelo fato de ele ter sido frio com ela e de tê-la deixado em paz com seus próprios pensamentos. Mas não, ela o seguiu e agora estava confusa consigo mesma sem saber o por que de estar ali, parada que nem uma idiota olhando-o sem saber o que dizer.

Nos últimos tempos era assim quando estava do lado dele ou em sua presença.

Nunca sabia o que fazer e, estranhamente, aquele garoto a confundia.

Uma hora, ela estava ali, frente a ela provocando-a com seu humor calmo porém irônico e malicioso, no outro, a ignorava e se mantinha calado apenas a observando como fazia agora.

Ele era estranho, bipolar talvez, e essa atitude só fazia com que ela quisesse chegar mais perto dele para entender o que se passava na cabeça daquele louro, príncipe de Slytherin, um Malfoy, seu primo.

- Por que você é assim? - questionou notando tarde demais que havia, de certa forma, exposto seus pensamentos.

Ele levantou a cabeça, olhando-a inexpressivo.

- Assim como? - perguntou com indiferença sem realmente prestar atenção que ela falava. Parou de ler aquele livro, fechando-o.

Pegou outro da estante olhando com atenção para a contra-capa.

Estava claramente, ignorando-a.

Aquilo a indignaou e ela sentiu que começava a irritar-se. Por que? Por que quando ele tinha essas atitudes? Por que estava tão... Arredio naquele momento?

- Assim! - disse nervosa aproximando-se dele. O rapaz não a olhou, continuando com seus olhos fixos no livro. A morena se aproximou, tirando o livro de sua mão e escondendo-o atrás de si. - Olhe para mim quando eu falo com você! - explodiu em um sussurro raivoso.

Ele a olhou, cruzando os braços sobre o peito, mantendo-se frio.

- Agora sou eu que não entendo você - ele disse destilando veneno - O que você quer, Granger? Quando eu sou gentil, você me repugna e me destrata. É irritante. Quando os outros tratam você mal você fica toda triste e depressiva, se eu lhe trato bem e tento manter uma conversa civilizada, você me chuta como se eu fosse um cachorro sarnento. - murmurou ele olhando intensamente em seus olhos. - Eu cansei de tentar ser bonzinho, Hermione.

A menina arregalou os olhos, arquejando em surpresa deixando o livro em suas mãos cair. Piscou repetidas vezes sentindo que, a qualquer momento, seus olhos poderiam sair das órbitas.

- Malfoy eu... - tratou de falar alguma coisa mas sua mente não conseguia raciocinar algo descente para dizer.

- Você o que, Granger? - disse cansado.

- Eu... - murmurou torpemente.

Draco passou a mão por seus cabelos e olhou nos olhos dela novamente. Ela podia ver claramente os sentimentos dele expostos ali e o que viu a chocou.

Eles transmitiam mágoa e profunda tristeza, além de algo mais que ela não soube identificar.

Quis aproximar-se dele e afagar seus cabelos como faria com Harry e Ron antigamente, acaríciá-lo e abraçá-lo mas sabia que não podia.

Eles não tinham qualquer intimidade para fazer algo do estilo.

Mas então, ela viu sua própria mão se levantar como que se tomasse vida própria e falasse por si mesma. Ela foi em direção ao rosto do rapaz, pronta para acariciar as maças de seu rosto.

Um movimento brusco a impediu, Draco havia segurado seu pulso com razoável força e ela sentiu uma dor desconfortável ali.

Olhou nos olhos dele vendo mágoa e... Fúria?

- Não toque em mim. - ele sussurrou furioso sua voz obscura. - Não depois de ter tocado naquele cara. - e grunhiu sem soltá-la.

Sim, aquilo era ciúmes, um ciúmes louco e irrefreável.

Draco Malfoy era uma pessoa possessiva e definitavemente não gostava que nada nem ninguém tocasse no que era de exclusividade dele.

- O que? - perguntou confusa ignorando o latejo de seu braço. - Ele? Ele quem Malfoy? - então, uma luz se acentou em seu cérebro e ela o olhou confusa. - Jason? O que Jason tem have...? Oh...

Corou furiosamente olhando para baixo e depois para ele.

O louro impreganado pela presença dela, acompanhou o movimento em primeira mão, abrindo os lábios e deixando o ar pesado sair por entre eles.

- Malfoy, você está com...? - sussurrou intrigada sem saber como terminar aquela frase. Onde estava aquela coragem tão característica de sua casa naquele momento. - O que está acontecendo com você? Por que está sendo tão gentil comigo, o que você quer de mim? - perguntou agoniada tentando soltar seu braço.

Agora, o aperto não era mais suave senão, férreo.

Não, não era possível.

Draco não podia estar com ciúmes dela. Não era lógico que ele estivesse com ciúmes de Jason, era tão assustadoramente ilógico como perturbador.

- Eu não entendo você. - disse Hermione.

Draco olhou-a sombriamente dando uma risada seca.

- Você não é a primeira pessoa a me dizer isso. - murmurou.

Ela se calou, pensando na pergunta perfeita para se fazer naquele momento. Os castanhos se encontraram com os cinzentos.

- O que mudou, Malfoy? 

- Nada mudou - ele disse com um sorriso misterioso. - Essa é a diferença que você ainda não conseguiu entender, Granger.

- Alguma coisa mudou Malfoy - disse nervosa. - Você não me tratava assim nos últimos anos, ou você me ignorava ou me xingava. - murmurou ela.

- Está errada. - disse gentilmente.

Ela levantou os olhos para ele, estreitando os seus. Suas defesas abaixaram ao ver a ternura em seu pequeno sorriso de canto.

- É, óbvio que não estou errada. - disse secamente. - Ou você esqueceu de tudo que fez a mim e a meus amigos? Me diga! Vai negar que me xingou durante todos estes anos e depois me ignorou com veemência? Acha mesmo que eu não lembro de tudo? - disse amarga.

- Tem certeza? Que eu me lembre só chamei você por um termo pejorativo uma vez, no 2º ano e você tinha me deixado realmente enjoado. - disse calmamente. - Não gosto quando as pessoas burlam-se de mim - disse suave - e foi o que você fez naquele momento.

- Isso não é verdade e todos esses anos que você...

- Você não está vendo os fatos como eles realmente são - disse ele divertidamente com arrogância. - Eu zumbava de seus amigos, não de você.

Então ela entendeu o que ela falava, repassando os momentos entre os dois - raros e caóticos - e ele estava certo. Como nunca havia reparado que, depois daquele momento, no segundo ano ele nunca falara mais nada para ela?

Era sempre com seus amigos, por isso tinha uma má impressão dele.

Ele sempre estava discutindo ou rebaixando - isso até o 3º ou 4º ano depois, misteriosamente parou de incomodá-los. - Harry, Neville ou Ronald mas, com ela, nada.

Apenas a olhava e passava por ela. Ele nunca lhe dirigira mais nenhuma ofensa depois daquele dia, no segundo ano.

- Como nunca notei isso antes? - pensou em voz alta.

- Por que você estava ocupada demais me odiando por causa de seus "amigos" - disse amargurado.

Draco apoiou-se na estante, os braços cruzados e os cabelos sobre os olhos claros. Um anjo caído incrivelmente sexy e maldoso.

- Sempre preocupada demais com os amigos para notar meu olhar curioso sobre você. - ele disse indiferente, frio.

Hermione tremeu, o choque daquelas palavras abalando-a.

- Eu nunca esperaria isso, não de alguém como você. - ela disse tentando concentrar-se. - Príncipe de Slytherin, um arrogânte, egocêntrico e narcisista como você... É meio óbvio o fato de eu nunca ter me dado conta, Malfoy. Afinal de contas, eu sou uma sangue-ruim

Manteve uma distância razoável dele. Aquela conversa estava lhe parecendo estranhamento nostálgica. 

E então ele sorriu, seus olhos brilhando e olhando para ela malicioso, sugestivo. E, por um momento, ela pensou que ele sabia de algo.

Ela pensou que ele sabia, de alguma forma que eles eram parentes, primos. Mas era impossível, não era?

Malfoy se aproximou dela, agora por livre e espontânea vontade e ela não se moveu, continuando a olhar em seus olhos.

- Eu não me importo - ele sussurrou. Estavam tão perto um do outro...! - Nunca me importei. - ele levantou uma das mãos, passando por seus braços e sorrindo, subindo por sua clavícula em uma carícia ousada, tremeu ao sentir a mão quente dele em seu pescoço.

Suspirou e ele sorriu vitorioso. Era essa a reação que esperava.

Era essa a reação que Draco queria.

Mas, assim como ele, Hermione Granger não era uma mulher dada a deixar que o corpo falasse mais alto que sua mente. 

Retirou a mão dele de seu pescoço e  encarou com séria.

- Eu não sinto o mesmo por você, Malfoy. 

- Eu sei disso - ele disse solene, agradável. - Mas, a atração que você sente por mim é inegável, admita. - ela não a deixou responder, pegando sua mão e brincando com seus dedos. - Eu só peço, agora, que me deixei aproximar-me de você. 

- Isso é alguma brincadeira de mau gosto sua? - perguntou - Por que se for Malfoy, é melhor parar... Agora. - avisou sombria.

- Eu pareço estar brincando, Hermione? - sussurrou seu nome, aproximando seu rosto do dela. Hermione piscou encantada com a aproximação. Logo, ele se afastou. - Apenas quero que você me dê uma chance... Como está dando a Nott. - disse inocente.

Ela afastou sua mão. - Como sabe de Theodore?

- Bibliotecas não são lugares onde se deve professar o seu amor por outra pessoa - disse frio, altivo e extremamente Slytherin. - A não ser, é claro que você esteja na sessão restrita o que é nosso caso - e sorriu de canto apontando para o local.

Hermione nada disse, apenas suspirou e passou a mão pelos cabelos.

- Você e Nott vão dificultar minha vida este ano, não é? - perguntou cansada e colocando uma das mãos em sua cintura.

- Só se você quiser. - disse malicioso.

A morena balançou a cabeça negativamente.

- Você é impossível, Malfoy. - espantada notou que estava há bastante tempo conversando com ele como se fossem velhos amigos. - Er... E-Eu preciso ir, Malfoy, meus amigos estão me esperando para almoçar e creio que já me atrasei demais.

- Eu também tenho que ir - disse e pegou os livros. Olhou para ela e se aproximou perigosamente, segurou seu rosto com uma das mãos e beijou-a na bochecha, perto de seu lábio inferior que tremeu. - Até mais, Hermione.

E começou a sorrir, escondendo o sorriso discreto que queria aflorar em seus lábios.

- Malfoy! - ela o chamou virando-se.

Ele parou sem se virar e virou levemente a cabeça, indicando que estava lhe escutando.

- Não somos amigos...

- Ainda - ele sorriu interrompendo-a.

- Não somos amigos - continuou como se não tivesse escutado. - Não force as coisas - disse com uma sensação esmagadora de deja vú - e... Bom, você á escutou mesmo tudo que eu disse a Theodore não é mesmo? Acho que não preciso repetir. - alfinei com um sorriso mordaz.

Draco deu uma risada e saiu, Hermione ouviu seus passos no corredor e, ao constatar que o louro estava longe o suficiente, deixou-se escorregar pela estante.

- Hermione, o que você está fazendo? - murmurou confusa.

Ela sabia, ela havia aceitado se relacionar com Nott e, agora, de uma maneira bizarra descobrira os... Sentimentos de Draco Malfoy para consigo.

Estava desconfiada, era óbvio mas ela iria tirar algum proveito daquela situação. Ela queria descobrir o que estava acontecendo.

E descobriria de uma maneira, ou de outra.

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- ℋarry Potter -

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- Anelise páre de olhar para Nott desse jeito, está quase comendo a garoto com os olhos! - ralhou Ginny mas com tom divertido.

A morena de olhos negros suspirou fazendo uma careta.

- Por que você não vai cuidar da sua vida hein, Ginevra? - murmurou irritada mexendo nos cabelos presos em dois rabos de cavalo baixos.

- Por que é divertido cuidar da sua e você fica tão bonitinha quando está irritada - falou sorrindo irônica.

A menina grunhiu e Perséfone revirou os olhos entendiada.

- Vê se me erra - sibilou.

- Alguém acordou de mau humor hoje. - cantarolou a loura. - O que está acontecendo Anne? Quer nos contar? - cruzou so braços sobre a mesa e olhou para a amiga, usando seu apelido para tentar fazer com que a outra falasse.

- Onde está Hermione? - perguntou olhando para a porta do salão, esquivando-se do assunto por hora. - Não a vi desde o café da manhã... - disse pensativa. - Harry você viu Hermione? - perguntou dirigindo-se ao moreno.

Harry levantou a cabeça de seu prato com uma expressão perdida, parecia concentrado em algo. Olhou para a morena depois seus olhos se desviaram para a ruiva.

Ginny conversava olhou para ele inexpressiva depois desviou os olhos para a entrada do salão. O menino suspirou.

- Ela disse que iria à Biblioteca antes de vir para cá. Deve ter perdido a hora, a qualquer momento deve estar chegando. - deu de ombros e encerrou o assunto.

Anelise franziu as sobrancelhas, bufando.

- E o bom humor está se espealhando que nossa - disse Perséfone mordendo um pedaço de espaguete. Anelise a ignorou, Ginny sorriu meigamente.

- Não pense que nos esquecemos Anne - avisou Ginevra - vamos insistir no motivo de você estar assim.

- Não é preciso muito para saber o por que de meu estado de espírito - murmurou a garota e olhou para a mesa de Slytherin - de todos os homens dessa escola, eu tinha que gostar logo dele - colocou a cabeça entre as mãos.

As duas meninas olharam para o lugar onde antes ela observava.

- Você se apaixonou por Theodore Nott! - sussurrou perplexa a ruiva. A loura olhou para a Weasley e aproximou-se mais da morena, abraçando seus ombros.

- Anelise... - disse em tom triste a outra.

- Não falem nada - anunciou brava - principalmente você, Perséfone - disse apontando para a loura - eu sei que você me avisou e tudo mais mas... Eu não pude evitar.

- Eu não vou falar nada, não tenho por que te julgar. - disse a loura dando de ombros. 

- Ok, vamos mudar de assunto então - disse Ginny tentando aliviar o clima tenso que se instalara entre elas. - E então? Descobriram que foi você que fez aquilo com as garotas? - perguntou curiosa para a loura.

A menina sorriu sapeca e depois fechou os olhos dramatizando e fingindo santa inocência.

- Eu não sei por que vocês suspeitam de mim, eu nunca, jamais faria algo assim - disse indignada. - Calúnia! Nunca faria algo assim... Novamente. - e caiu na gargalhada.

As outras a acompanharam mais contida.

- Você não muda mesmo - disseram ao mesmo tempo.

- Mas é claro que não. - debochou.

- Meninas! - disse uma voz atrás delas. Hermione.

As mesmas se viraram olhando a morena que vinha correndo na direção delas. Hermione sentou-se com rapidez e saudou cada uma particularmente.

- Pensávamos que não iria almoçar hoje. - disse Anelise.

- Eu me atrasei na Biblioteca, fiquei lendo um livro e não vi a hora - disse vagamente.

- U-hum, sei - disse Ginny desconfiada. Algo no tom de voz de Mione soando extremamente suspeito. - Eu conheço você Hermione Granger, o que a Srta. estava fazendo?

- Nada Ginny! - se defendeu acuada com a acusação. - Como você é paranóica, por Morgana!

- Ela e Perséfone estão assim hoje Hermione, não ligue - murmurou Anelise tirando um livro de Transfiguração de sua mochila. - Coma logo Srta. Granger tem apenas 20 minutos antes das aulas recomeçarem - anunciou e se concentrou em sua leitura.

- Droga.

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- ℋarry Potter -

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- Onde está Draco? - perguntou Theodore à Blásio.

O negro parou o garfo que levava a boca.

- Disse que ia a Biblioteca, ele conseguiu uma autorização do Professor Snape para entrar na Sessão Restrita - explicou indiferente. - Se bem que ele foi já faz um bom tempo... - disse pensativo.

O louro entrou 5 minutos exatamente depois que, Theodore não pode deixar de notar, Hermione Granger.

Nott estreitou os olhos notando o breve intercâmbio de miradas entre o Slytherin e a mesa de Gryffindor. Seus olhos se encontraram, cravando-se um no outro.

A frieza do Herdeiro Malfoy não o abalou, assim como o rancor nos olhos de Nott nem ao meu menos fez com que Draco estremecesse.

- Draco - disse Zabinni com um sorriso pequeno. - Está atrasado para o almoço cara, você só tem mais 15 minutos antes do começo das aulas.

- Onde você estava? - perguntou rudemente Nott, um pouco alto demais. Alguns pessoas se viraram para olhá-los.

- Na Biblioteca - disse cínico. - Depois fui para meu quarto trocar de roupa - disse apontando para o próprio uniforme. 

Desta vez, estava apenas com o blusão de lã gola V a camisa branca de botões por baixo, a calça e a gravata de Slytherin. Os cabelos gotejavam, havia acabado de sair do banho.

- Achou o livro que queria? - perguntou pouco interessado o negro.

- Sim, essa foi uma das razões pela qual fui no quarto antes de vir para cá - disse sorrindo e começando a se servir.

- E Hermione Granger estava na Biblioteca também? 

Draco olhou-o sério, Zabinni olhou para ele como se estivesse louco. - Não vi Granger na verdade,por que? - mentiu.

- Curiosidade. - murmurou o moreno entre dentes.

- Hun.

- Draco! - a louro revirou os olhos sentindo braços femininos agarrarem seu pescoço. - Você sumiu, tentei achar você por todo o castelo e nada! - reclamou Astória.

- Pode fazer o favor de se afastar Astória? Estou de muito bom humor, não quero estragá-lo tendo a sua presença desagradável a meu lado. - murmurou apático.

A loura trincou os dentes, passando a mão pelos cabelos ondulados cor de ouro. - Deveria ser um pouco mais amável com sua futura-namorada e esposa, meu amor - murmurou ela docemente tirando fios de cabelo de seus olhos.

Draco agarrou sua mão, apertando-a cor força. 

Astória engoliu um gemido de dor, continuou firme olhando em seus olhos.

- Primeiro - ele começou, a voz gélida. - você não é, e nunca será nada minha por isso, sem intimidades para o meu lado. - empurrou bruscamente a mão dela, nisso vários Slytherin's já haviam parado para olhá-los. - e segundo, não me chame de meu amor. Então faça o favore tinha o mínimo de dignidade Srta. Greengrass, saia daqui.  - e voltou sua atenção para seu prato.

Astória levantou-se indo para o lado da irmãe de Pansy Parkinson, do outro lado da mesa. Esta última - a qual odiava a irmã de Daphne e a nenhuma das duas sabia disso - sorria discretamente do fora da menina.

- Uau. - murmurou Zabinni surpreso. 

- Quanta humilhação para um dia só - murmurou Nott seus olhs fagando entre Astória, Pansy, Daphne e Emília Bulstrode.

- Às vezes é necessário cortar o mal pela raíz. - disse Draco. - Ervas daninhas devem ser sumamente liquidadas.

- Que analogia mais... Perturbadora. - reconheceu o negro.

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- ℋarry Potter -

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Querido diário,

Desde que voltei à Hogwarts não tenho escrevido em você, não é mesmo? Sinto muito, ultimamente as coisas andam meio corridas e complicadas para mim.

Estou confusa com algumas coisas, ou melhor algumas pessoas.

E, a maior parte desses meus sentimentos de conusão são direcionadas à Theodore Nott e... Draco Malfoy. Nunca tive nada com o primeiro mas... O segundo... Ele me deixa mais confusa do que eu deveria estar e, ele me fez ver a realidade de uma forma que eu nunca tinha congitado antes.

Mas eu sei que não vou conseguir compreender Draco Malfoy tao cedo assim... É uma missão quase impossível. Pode acreditar que ele disse que sente algo por mim? Que sempre sentiu todos estes anos? Estou desconfiada disso, afinal, quem não estaria?

Um dos garotos mais bonitos (e arrogante) que conheço olha para mim depois de anos destratando meus amigos e diz que... Sente coisas diferentes - me nego a pensar/escrever no que ele realmente quis dizer sobre seus próprios sentimentos. - com relação a mim...

E hoje, eu cheguei por um momento a pensar que ele sabia que... Que eu tinha o mesmo sangue que ele.

Que em minhas veias, eu tinha o mais puro sangue dos Black.

Por um momento cheguei a pensar que ele sabia que era meu primo.

E Nott... Bom, sobre Nott eu não tenho muito o que dizer. Dizem que ele é uma versão feminina de mim, mas se fosse por isso, Malfoy também seria. Mas, enfim, eu não acredito nisso, Theodore pode ser um dos homens mais inteligêntes que passaram por Hogwarts mas, ainda assim, há um mar de diferenças que nos separam.

Ele veio também até mim com as mesmas intenções de Malfoy e eu não soube o que fazer. É estranho pois, agora, tenho dois garotos Slytherin's querendo se aproximar de mim de uma maneira absurdamente estranho e dizem que sentem algo por mim... É perturbador e... Às vezes sinto como se tivesse ido parar em uma realidade paralela e, por Merlin e Morgana, não posso mentir para mim mesma sobre o fato de sentir atração por eles... Embora eu sinta por um bem mais que o outro mas, ainda assim...

Eu não sei bem o que fazer com relação a isso.

E, agora, também a Jason. Amável, atencioso, Ravenclaw e gentil. Inteligente, prestativo, comunidativo e incrivelmente belo.

Ele tem muitas características admiráveis mas meu coração me diz que há algo errado nele. E minha mente... Ahh minha mente.

Ela me diz a mesma coisa.

Parou de escrever ao ouvir passos vindos para a sala de aula.

Guardou o diário na mochila

Virou-se novamente e deu um pulo, afogando um grito de horror em sua garganta. Colocou a mão sobre o coração.

- Theodore! - murmurou, gotículas de suor caíram por sua testa. - Que susto você me deu. Não faça mais isso - ralhou.

- Desculpe - disse o garoto sorrindo levemente - Não fiz por mal, oi inesperado - disse e puxou uma cadeira, sentando-se frente a ela.

- O que faz aqui, Nott? - perguntou. - Sua próxima aula não é aqui, disso tenho certeza, já tive muito de Slytherin's essa semana. - e riu.

- É,já tivemos a maior parte de aulas conjuntas essa semana - observou ele. - Atrapalhei você? Estava escrevendo tão concentrada antes... - disse enrolando um fio grosso de cabelo dela em seus dedos, o cachinho enrolando-se ali.

- Não, eu já havia terminado.

- Hun.

Hermione ficou olhando-o, analisando suas expressões faciais.

Sim, Theodore era incrivelmente lindo e era extremamente agradávelolhar para ele tão de perto, além do mais, o rapaz era cheiroso e seu perfume invadia-lhe as narinas, embriagando-lhe os sentidos.

- Eu queria ver você - disse respondendo sua pergunta anterior. - Não sei, estava com vontade de olhar para você, só isso.

Seus olhos se encontraram e ele sorriu acariciando com a ponta dos dedos seus lábios que se entreabriram com o contato.

- Nott - avisou Hermione séria.

Ele alargou o sorriu trasnformando-o em uma gargalhada e colocou uma das mãos sobre a cabeça, fechando um dos olhos.

- Desculpe - disse risonho - não pude me conter mas não se preocupe, vou me controlar para não transpassar a linha de nosso, prometo.

Ela sorriu desta vez, aliviada que ele tenha entendido o que ela quis dizer. - Ótimo, - disse satisfeita.

- Tenho que ir pequena - deu um beijo em sua testa. - Até.

E saiu rapidamente assim como entrara.

Hermione estava ficando mais e mais confusa a cada momento.

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Continua no próximo capítulo...