O Segredo. escrita por Jee kuran 95, DramioneFanClub, Jee kuran 95


Capítulo 14
Capítulo Quatorze: As atitudes de um Homem.




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Autora: Jee_kuran_95

Disclaimer: Harry Potter pertence exclusivamente a J.K.Rowling.

Classificação do Capítulo: +13 anos.

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O Segredo

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ℋarry Potter

Capítulo Quatorze: As atitudes de um Homem.

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- Entre, a casa é sua também.

Sírius murmurou, sentado sobre o sofá perdido em pensamentos enquanto olhava para a árvore genealógica dos Black.

Allegra suspirou, retirando o capuz de sua capa negra e saindo das sombras da sala. - Como sabia que eu estava aqui? - perguntou indiferente, tentando não transparecer sua ansiedade pela resposta.

Sírius sorriu levemente, olhando-a de canto malicioso.

- Seu fluxo de magia é notável, prima - ironizou. - Além do mais, se quiser se esconder de mim com mais efetividade, terá que usar um perfume mais fraco quando vier ver-me. - disse olhando-a diretamente.

Allegra arregalou os olhos, abrindo e fechando os lábios repetidas vezes enquanto tentava, em vão, conter o rubor que subiu-lhe no rosto.

- Sempre saindo com suas piadinhas não é mesmo, Sírius? - perguntou ácida.

- Já devia estar acostumada com isso - disse calmo voltando seu olhar para a parede a sua frente. - Quando mais jovem você tinha mais paciência para lidar comigo, acho que os anos de separação fizeram mal a você - riu levemente.

- Você não muda nunca, não é mesmo? - disse em reproche, mas algo em seus olhos demonstrava o divertimento que sentia dentro de seu peito.

Andou até ele, parando a seu lado em pé. Olhou para a parede que o mesmo observava com tanto afinco e viu, a si mesma, ao lado de suas irmãs. Suspirou, o nome de Sírius e Régulus logo ao lado.

As figuras se mexiam levemente, olhando para eles com arrogancia e altivez.

- Posso me sentar? - perguntou suave.

- Fique a vontade. - galanteou.

Os dois estavam sentados lado a lado, olhando para as figuras.

- Era tudo tão mais fácil... Quando era apenas nós. - confessou ele. Allegra o observou com cuidado enquanto o homem cruzava as mãos sobre o queixo. - Eu gostava da época em que estudávamos em Hogwarts sabe? - virou-se para ela brevemente. - Era fácil. Sem preocupações, sem grandes decisões para o futuro, realmente tudo muito simples. E teria continuado assim...

- ...Se nossa família não tivesse o maldito preceito de que uniões entre sangue-puros são incontestáveis. - continuou ela sorrindo fracamente. - E pensar que, naquela época eu lutei contra o meu destino.

- Nós fazemos nosso próprio destino - interrompeu-a olhando em seus olhos caramelo. Os azuis de Sírius brilhavam com um sentimento há muito tempo esquecido por ela. - Se arrepende? Se arrepende de... Ter me amado?

Naquele momento, ela quis chorar.

Podia sentir algo oprimir-lhe o peito e fazer sua garganta se fechar, secando e dificultando a fala. 

- Ter-lhe... Amado? - perguntou rindo seca. - Sírius,eu nunca deixei de amar você, nem por um momento, nem por um segundo. - disse virando-se para que ele não visse seu rosto repleto de mágoa. - Em todos esses anos, meu amor por você não diminui... Mas é tarde demais para nós dois agora.

- Depois de todo esse tempo, você ainda me ama? - perguntou incrédulo, entristecido por alguma razão desconhecida a ela.

- Sim - disse com fervor, olhando no fundo de seus olhos. - Sempre.

As palavras deram lugar ao silêncio. Um silêncio pesado que não se esvairia tão facilmente. Haviam muitas palavras a serem trocadas por eles ainda.

Muitos anos haviam se passado desde a última vez em que se falaram. Muitas coisas ainda precisavam ser esclarecidas.

- Eu também. - murmurou ele levantando-se.

Allegra olhou-o confusa, os cabelos louros, sempre lisos desta vez caindo um ondas por suas costas, emoldurando seu rosto fino e aristocrático.

- O que? 

- Eu também nunca deixei de amar, ou pensar em você. - confidenciou, agachando-se em frente a ela falando com intensidade.

Allegra ofegou, sentindo as lágrimas se formarem em seus olhos, seus lábios tremendo pelo choro que lhe subia pela garganta.

A primeira lágrima caiu, venenosa, amarga. Uma lágrima que há muito tempo esperava o momento certo para ser derramada. Sírius nada disse, apenas levantou uma das mãos enxugando-a com o polegar.

Ela soluçou, seus ombros caindo em derrota.

- Quando fui preso em Azkaban - disse em tom baixo, confidente. Com a ponta dos dedos, acariciava o rosto da mulher, da têmpora até a ponta do queixo. - Nada minuto em que estive lá, meus pensamentos eram seus - sorriu infeliz. - Eu pensava "Onde ela está?", "Será que está bem? Está ferida? O que aconteceu com ela?"

- Eu queria poder ter feito alguma coisa por você. - sussurrou - Mas eu não era forte o bastante, não havia ninguém a meu lado para me ajudar.

- Mas você fez, não por mim, não por você mas por Hermione. - os olhos brilharam imensamente e ela se sentiu ofuscada com o orgulho ao falar no nome da filha. Ela riu entre lágrimas, sentia-se exatamente igual quando se tratava dela. - Hermione é nossa benção. O fruto de um amor, que nunca deveria ter acontecido.

- Mas aconteceu - disse, a voz dura. Será que ele... Se arrependia de ter se relacionado com ela? - Aconteceu e é isso que importa. Eu só... Queria ter feito a escolha certa a mais tempo - encostou a cabeça nas mãos, escondendo seus olhos.

Já estava cansada de chorar, mas era a única coisa que conseguia fazer naquele momento. Parecia um menina de 16 anos, sofrendo por seu primeiro amor.

E era exatamente assim.

Sírius era e sempre foi, seu primeiro e único amor.

- Eu não me arrependo de nada. - disse o ex-maroto solenemente.

Novamente ela ficou em silêncio, vendo nas palavras dele um eco das suas próprias. Tomou-lhe as mãos e beijou-as com carinho e ternura. O homem sorriu e ela pode ver as marcas de expressão em seu rosto.

Ele havia envelhecido. Os cachos perfeitos de seus cabelos começavam a ficar embaraçados, alguns poucos fios brancos e grisalhos aparecendo.

Os olhos azuis continuavam vívidos como ela se lembrava, mas tinham aquele ar sábio e sofrido que era desconhecido a ela. O sorriso continuava tenro porém, demonstrava um cansaço não característico do Herdeiro Black.

- O tempo passou rápido demais. - murmurou Allegra acariciando os cabelos dele.

- O tempo não espera por ninguém. - disse sábio. - O nosso tempo já acabou agora, está na hora de dar-mos lugar aos mais jovens.

Allegra fechou os olhos, sentindo o ar leve a seu redor. Sorriu, sua casa não era tão agradável assim.

A outra Mansão Black era sempre tão... Escura e fria, gélida demais para um coração quente como o dela.

Soaram leves batidas na porta e ela soltou rapidamente suas mãos suspirando. Sírius se levantou olhando-a uma última vez e atendeu a porta. A loura colocou o capuz.

- Lupin - anunciou Sírius. A mulher suspirou aliviada.

- Sírius - disse e olhou para dentro da sala vendo a mulher encapuzada. - Allegra - disse com um sorriso. Esta tirou o capuz, revirando os olhos incrédula. - Seu fluxo de magia. - deu de ombros ao ver a indagação em seu rosto sobre como sabia que era ela.

- Os outros membros da Ordem já chegaram? - perguntou.

- Sim - disse sério. - Estão todos na sala, Dumbledore já chegou - virou-se para Allegra - Snape está aqui.

A loura acentiu.

- Vamos - disse colocando as mãos sobre os joelhos e levantando. - Temos que começara a reunião logo, preciso voltar para casa o mais rápido possível - murmurou passando sem olhar para nenhum dos homens. - Régulus começará a desconfiar e, a última coisa que preciso é dele cuidado todos e cada um dos meus passos. 

Saiu andando sem esperá-los.

Sírius passou a mão pelos cabelos e Lupin olhou-o com uma sobrancelha arqueada.

- Está tudo bem? - perguntou o lobisomem.

- Não - disse e sorriu. - Mas vai ficar.

Andaram lado a lado em silêncio, chegando em poucos minutos a sala de estar da principal Mansão Black. Os membros da Ordem encontravam-se sentados ao redor de uma extensa mesa. Kingsley, Arthur e Molly Weasley, Alastor, Ninfadora, Fleur Delacour, Dédalo Diggle, Elifas Doge, Hestia Jones, os gêmeos Weasley e, finalmente, Severus Snape.

Dumbledore manteve-se em pé, olhando para todos por trás dos Oclinhos de meia-lua, as mãos para trás e o olhar sereno. 

Parou ao ver Lupin, Sírius e Allegra Black entrarem na sala.

Os membros da se incorporaram, sentando-se eretos enquanto olhavam os recém-chegados.

- Sra. Black, como vai? Há muitos anos não a vejo. - disse Dumbledore sua voz saindo amável e incrivelmente sedosa.

A mulher sorriu contidamente, aquecida pelas palavras dele.

- Muito bem, professor. - sorriu e inclinou a cabeça levemente.

Dumbledore sorriu-lhe como quem sabe das coisas.

- Sente-se querida. - convidou-a.

- Se não se importa professor Dumbledore, eu prefiro ficar em pé - questinou rapidamente - Não pretendo ficar muito tempo, acredite. Como vai, Severus? - disse ácida. - Sra e Sr. Weasley, Kingsley - saudou respeitosamente os outros a quem não conhecia.

- Pois bem. Já sabem por que estão aqui não é mesmo?

- Aquele-que-não-deve-ser-nomeado está agindo com mais intensidade contra os trouxas. - disse Hestia ganhando a atenção de todos. - Tanto o mundo trouxa como o bruxo está se tranformando em um caos. Vilas queimadas, massas de pessoas desaparecidas...

- Sim - concordou Dumbledore. - Mas, agora temos pessoas infiltradas no Ministério e estas poderão nos ajudar, dando-nos informações cruciais. - analisou. 

- O Lord das Trevas detém uma atenção especial para com Hogwarts e Durmstrang também - disse Severus e todos se calaram.

Sua voz fria era cortante, mas suas palavras saiam indiferentes.

- Ao que parece o Milord tem planos para alunos de cada uma das Escolas.

- Já estou ciente desta situação Severus, mas obrigado por expô-la a nossos companheiros. - disse sorrindo sabiamente. 

Molly arregalou os olhos, colocando uma das mãos sobre a boca.

- Vocês querem dizer... - olhou de Severus para o antigo professor de Transfiguração. - Que possivelmente haja jovens bruxos, estudantes de Hogwarts com a Marca Negra? Sendo... Comensais da Morte? - hesitou.

- Sim, Sra. Weasley.

- Céus. - murmurou a mulher pálida. Arthur a amparou.

- E é por isso - disse Dumbledore olhou de Severus para Allegra demorando-se alguns segundos a mais na última. - Que estavamos aqui para colher informações e decidir, de uma vez por todas, o que devemos fazer com relação a isso.

Allegra suspirou exasperada.

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ℋarry Potter -

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- Estou começando a ficar irritado - murmurou entredentes Ron.

Harry e Hermione se viraram para olhar para o amigo, os dois seguiando a frente, esta com o braço enlaçado no do rapaz apenas aproveitando a companhia um do outro.

- Por que Ronald? - perguntou com estranheza Hermione.

- Algum problema? - disse Harry ao mesmo tempo.

- Não exatamente. - disse com um sorriso forçado olhou para trás revirando os olhos, suas orelhas avermelhando-se. - Perfeito, simplesmente perfeito.

- Do que está falando Ronald? - entendiou-se Hermione.

- O seu amado - ironizou - de Ravenclaw está vindo. - disse amargo.

- Oh - disse Hermione se virando e sorrindo para Jason que a olhava intenso um sorriso pequeno que levantava apenas a ponta de seus lábios ali. - Jason, como vai? - disse amável.

Harry arqueou a sobrancelha notando o tom razoavelmente doce que a amiga usara para com o rapaz e riu levemente, Hermione deu-lhe um tapa meio corada.

Eles ainda acaba de ter aula com Ravenclaw sendo que, como as duas casas se respeitavam e eram amigas, misturavam-se muito bem.

- Olá Hermione - disse alargando o sorriso com sua fileira de dentes brancos perfeitos. - Harry, Ronald Weasley.

Jason era mais que perfeito, não só por sua aparência mas sim, pelo seu caráter e sua presença marcante. Era um daqueles típicos homens que toda mulher iria querer como namorado, toda a mãe iria querê-lo como genro.

- E ai Jason? - cumprimentou Harry com um aperto de mão e um abraço desajeitado. - Pronto para perder para Gryffindor este ano? - provocou referindo-se ao quadribol.

O rapaz riu jogando seus cabelos morenos para o lado, os olhos azuis encontrando primeiro os de Hermione - piscando para ela que corou - e depois para Harry.

- Vou bem. Vá sonhando Potter, esse ano o título de Quadribol vai para Ravenclaw. - disse com ânimo e fazendo Harry rir divertido.

- É o que veremos. - disse com coleguismo.

E então, o silêncio se instalou entre os quatro. Os companheiros de Jason passaram por eles, olhando com malícia para Hermione e ele.

Harry vendo que Jason queria um momento à sós com Hermione tratou de arranjar uma desculpa. Sorriu e bateu nos ombros do amigo.

- Vamos Ron, quero passar na cozinha e ver se tem algo para comer, ainda estou com fome não tomei muito café da manhã - resmungou colocando teatralmente a mão sobre a barriga.

Ronald revirou os olhos.

- Mas não vamos esperar Hermione? - disse com um sentimento estranho nos olhos, parecia implorar para que ela fosse com eles. Por um momento ele olhou para Jason e Harry entendeu o que o amigo estava fazendo.

Ronald estava com ciúmes. Era patético de tão óbvia a cena. 

Jason olhava para o ruivo com seriedade agora, os olhos estreitos e o cenho franzido. Hermione mexia em seu cabelo, fingindo não ver as intenções do amigo.

No último verão, quando não passara tempo nenhum com a morena, ele descobrira seu amor por ela. E tinha medo de confessar-lhe.

Mas Hermione não tinha quaisquer sentimentos diferentes por ele.

- Hun, Ron? Eu gostaria de conversar um pouquinho com Jason - olhou para o moreno de olhos azuis, este lhe sorriu caloroso e ela não pode deixar de não sorrir. - À sós. - disse sugestiva.

O ruivo ficou da cor de seus cabelos e girou em seus calcanhares, saindo pelo corredor com passos duros.

Harry o seguiu, não antes de dar uma olhada nos dois e sorrir marotamente.

- Não façam nada que eu não faria. - disse e saiu sorrindo.

Hermione corou fortemente e Jason riu.

- Seus amigos são engraçados - disse depois de um momento.

- Eu sei. - suspirou - Mas é mais preocupação excessiva do que qualquer outra coisa, eles sempre foram assim.

- Não se engane Hermione - disse começando a caminhar, num movimento rápido, ele pegou sua mochila e a dela, colocando sobre seu ombro em um gesto cavalheiresco. - Ronald Weasley é apaixonado por você.

Hermione arregalou os olhos, surpresa petrificada no lugar.

Sim, era claro que ela sabia disso. Mas ninguém havia dito-lhe isso tão... Sincera e cruamente na cara.

- Uau. - murmurou atônico virando-se para vê-lo. - Você é super direto, as garotas não se sentem meio acuadas com esse seu jeito de ser? - perguntou entre curiosa e tentando deixar o clima mais leve.

Deu certo. Ele riu.

- Algumas sim, outras dizem que isso faz parte do meu charme. - deu de ombros sorrindo-lhe - e você o que acha? - perguntou suave.

Seus olhos azuis estavam mais claros do que ela nunca tinha visto.

- Eu acho que isso é um ponto positivo pra você - sorriu envergonhada. - Ainda mais depois que elas perdem o medo de certas coisas. - disse lembrando-se de como ele ficara envergonhado em convidá-la para ir a Hogsmead com ele, alguns dias antes - Eu gosto de pessoas assim, acho que já lhe disse isso não? - disse matreira.

- Ah, sem problemas comigo então - riu novamente - Podemos nos falar no jantar? Quero combinar com você que horas podemos nos encontrar e tudo mais.

- Tudo bem. Pode deixar que eu levo meus materiais se quiser - se ofereceu.

Ele pareceu ofendido. - Claro que não! - disse quase rude - Eu levo, pode deixar além do mais temos Runas Antigas agora lembra? E que espécie de homem seria eu se não carrega-se a sua bolsa? E sinceramente não sei como você consegue, isso aqui pesa mais que normal. - ajeitou a alça no ombro.

- Você seria uma espécie de homem em extinção - sorriu - Já me acostumei com o peso, nem noto mais - deu de ombros.

- Então se depender de mim você não vai ter que carregar isso aqui pra todo lado por muito tempo.

Ela se surpreendeu, olhando-o sem saber o que falar.

Mordeu o lábio inferior nervosa e contente pelas palavras do rapaz. Palavras assim não eram ditas de forma leviana. 

Aquilo só podia ter um significado e, pelo olhar sugestivo dele ela entendeu perfeitamente o que Jason queria que os dois tivessem futuramente.

E, sinceramente, ela se deixaria levar.

Pegou em seu bolso uma barrinha de chocolate - sim, chocolate trouxa - e mordeu. Estava com fome. Olhou para o rapaz.

- Quer um pedaço? - perguntou inocente com um grande pedaço entre os dentes.

Ele sorriu, um brilho estranho passando por seus olhos.

- Claro - disse e se inclinou para ela, abaixando-se um pouco e mordeu a barrinha de chocolate, seus lábios separados apenas por um centímetro. Olhos azuis contra os castanhos, a respiração dele perto demais da sua. - Gostoso.

Ele disse e se afastou, olhando em seus olhos.

- Podem nos dar licença? Estão atrapalhando nossa passagem. - disse uma voz a frente deles e Hermione se emperdigou.

Zabinni estava parado a frente deles, levando apenas a camisa branca do uniforme e gravata sem nenhum capa. Nott parecia estar num estranho estado de espírito: olhava de forma tensa, com a mandíbula travada em direção a Jason - que o confrontava com o olhar - e os olhos verdes parecendo queimar.

Outros dois garotos que ela não conhecia mantinha-se quietos, alheios a situação a frente deles. E ao lado de Zabinni, Draco Malfoy olhava de Jason para Hermione, seus olhos fixos nos dela.

O cinza deles havia desaparecido restando apenas um azul cor de água perturbador e sombrio. Mione engoliu em seco, incapaz de raciocinar.

O Malfoy parecia estranhamente inquieto.

- Há meio corredor disponível para vocês passarem Zabinni, é só dar a volta por nós. - disse indiferente Jason.

O negro franziu o cenho. - Mas eu quero passar por aqui. - indicou o lugar em que eles estavam. - E vocês estão em meu caminho.

Jason deu um passo a frente encarando Blásio. Era mais alto que o Slytherin e, naquele momento, lusia mais intimidador que qualquer serpente traiçoeira.

- Não quer arranjar briga logo pela manhã não é mesmo? - perguntou estranhamente calmo o moreno.

- Jason, calma - murmurou Hermione puxando seu braço.

Todos ficaram em silêncio vendo-a retroceder.

- Fique fora disso Granger. - murmurou Nott contrariado. - E você Trayson, deixe-nos passar. Agora. - disse sombrio.

- Vamos embora, não se meta em confusões por causa dessas víboras. - murmurou Hermione puxando seu braço. - Vamos nos atrasar para a aula Jason. Vamos, por favor - pediu suavemente.

Ele a olhou por um momento e ela estremeceu. Ele sorriu.

- Vamos - colocou uma das mãos sobre os ombros dela. - Tem razão, não vale a pena.

Começaram a andar e, ao passar do lado dos Slytherin, Hermione sentiu algo suave, um toque gentil e rápido em sua mão.

Olhou para baixo no exato momento e depois para cima, vendo a mão pálida de dedos compridos de Draco Malfoy tocando na sua.

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ℋarry Potter -

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- Cetus - murmurou Régulus abraçando o filho mais velho.

- Pai. - disse em cumprimento. Não o abraçou de volta.

O mais velho pigarreou decidido a deixar de lado o fato de ter sido ignorado. Olhou para o rapaz indicando-lhe a poltrona a sua frente o qual rejeitou educado.

- E então, o que o lord das trevas queria de você? 

Régulus encheu um copo com whisky e levou aos lábios sentindo o líquido descer quente por sua garganta. Esperou por uma resposta que não veio.

- E então? - insistiu.

- Sem querer ofender-lhe, pai - ironizou quase destratando-o. - Mas isso só diz respeito a mim e a Lord Voldemort. - disse frio.

Régulus enrijeceu e olhou para o mais novo. Os cabelos da mãe, os olhos do pai. A diferença de Sírius, Régulus tinha os olhos mais puxados para o cinza do que para o azul, tornando-o de uma fascinante cor diamente.

Mas aquele comportamente... Não era nem típico seu, nem da mãe dele. Ele falaria, mas apenas para seus entes mais próximos, sua esposa, alguém de confiança.

Ela falaria em alto e bom som a qualquer um, apenas para ser o centro das atenções.

Era sempre assim, essa era sua forma de chamar atenção... De tentar chamar atenção daquele homem a quem ela amava e venerava tão intensamente.

- Onde está tia Narcisa? - perguntou.

- Está em seu quarto - sussurrou ainda olhando-o com estranheza. - Ela se trancou ali logo depois que Lúcius viajou por alguns dias, disse que desceria para o jantar. - falou alheio.

- Hun, então, se me der licença. - fez uma reverência e saiu.

E então Régulus se deu conta de a quem Cetus se parecia tanto naqueles momentos. 

Ele se parecia com Tom Riddle quando mais jovem.

Um homem... Em busca de poder sem se importar com as consequências de seus atos.

Cetus sorriu, saiu do salão e começou a subir as escadas de Malfoy Manor. Tirou do bolso de seu sobretudo uma fotografia meio amassada mas de aparência nova.

Mas, embora nova, a fotografia parecia ser antiga, irreal.

Eram um rapaz e uma moça abraçados e se beijando apaixonadamente. A mulher com cabelos cacheados de um dourado escuro, levava um sobretudo preto magnífico.

O homem, de cabelos castanhos e olhos diamante sorria reservadamente, abraçando-a com possessão e uma mescla de ciúme.

Passou a ponta dos dedos pelo papel e seu sorriso se desmanchou um pouco. Abaixo, em uma caligrafia impecável estava escrito:

H.B & C.B - Always.

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Continua no próximo capítulo...


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Notas finais do capítulo

Oiie.
N, antes q vcs me perguntem n respondi todos os reviews!
Mas logo eu respondo.
Bom, eu gostei desse cap e espero q vc tb.
Hun, já sabem o esquema né? Mais de 15 reviews u.u (sim, eu aumentei um pouquinho mas, com tanta gente acompanhando isso n vai ser problema).
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Ah, sim.
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Gente, eu n tenho mais como att tão rápido assim mas mesmo assim, eu to att com frequencia n acham? E eu tb gosto de receber reviews, qndo eles passam dos 15 eu dou um jeito de me agilizar e postar mais um cap.
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Mas vcs tem q entender, eu estudo e trabalho, n consigo fazer muita coisa ao mesmo tempo.
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Bjos, J.