O Segredo. escrita por Jee kuran 95, DramioneFanClub, Jee kuran 95


Capítulo 16
Capítulo Dezesseis: Uma carta de sua mãe.




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Autora: Jee_kuran_95

Disclaimer: Harry Potter pertence exclusivamente a J.K.Rowling.

Classificação do Capítulo: +16 anos.

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O Segredo

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arry Potter

Capítulo Dezesseis: Uma carta de sua mãe.

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Oi.

Hermione escondeu o pergaminho entre seus livros, sorrindo ao virar-se para Harry. Encontravam-se na biblioteca, devia de ser hora do jantar.

– Harry! Que surpresa, você quase nunca vem a biblioteca - disse deixando que um leve tom de supresa tomasse sua voz - ainda mais a esta hora da noite, todos devem estar no salão principal, jantando - observou olhando brevemente para o relógio em seu pulso.

– Estou sem muita fome na verdade. - disse com descaso - Vim ver como você estava. Você não está com fome? - perguntou ternamente.

Hermione sorriu para ele, colocando uma das mãos em seu ombro.

– Estou bem, sério. Quem não me parece muito bem é você, devia se alimentar melhor, está ficando muito magro... E pálido. - repreendeu.

O moreno revirou os olhos, cruzando os braços sobre a cabeça e pousando-a li sem nunca desviar o olhar dela.

– Não deve se preocupar comigo - contestou o amigo. - Preocupe-se por você, já notou quanto tempo você passa neste lugar? Sem ver a luz do sol, sem tomar um ar fresco? Hermione,isso não é saudável. - disse triste.

A menina revirou os olhos recolhendo suas coisas.

– Eu sei, eu sei. Não vamos discutir sobre isso - disse encerrando o assunto. - Mas você está aqui por outro motivo, o que aconteceu?


– Sou tão transparente assim? - perguntou envergonhado coçando a nuca.


Hermione riu gostosamente fazendo o rapaz olhá-la de um modo estranho. Desde quando sua melhor amiga virara uma mulher tão inteligênte e bonita? Ele não sabia dizer.


– Na verdade não muito - confessou olhando-o. Colocou a alça da bolsa em seu ombro. - É só que eu conheço você muito bem. E então, vai me contar ou terei que insistir? - começaram a andar lado a lado pelos corredores.


– Hun, não, não será necessário - disse dando uma risada. - Eu só... Estava com saudades de conversar com você sabe? Desde o final do ano passado parece que ficamos mais.... Distantes. - refletiu com uma pontada de mágoa, a morena se sentiu culpada.


Não era realmente sua culpa mas... Ela não podia contar o que estava acontecendo com ela.


– E, desde o "episódio" com Tracey, Ginny ficou mais distante de mim, mais fria, não tenho muito com quem conversar coisas banais.


– É sua culpa não poder mais conversar como antes com Ginny - retrucou a morena, a mesma sorriu para Madame Pince quando passaram por ela, em uma despedida - Você sabia dos sentimentos de Ginny por você Harry e fez aquilo... Tenho que admitir que você teve a má sorte dela pegá-lo no flagra mas, mesmo assim você a magoou e muito. - suspirou. - Vai demorar um tempo até que ela volte a falar direito com você.


– É, eu sei - murmurou distraido. - Eu não queria que fosse assim, cada vez que eu a olho sinto como se...


– Como se uma parte de você fosse arrancada e você não pode fazer as coisas voltarem a ser do mesmo jeito? - sibilou Hermione.


Harry olhou-a surpreendido.


– Sim, exatamente - disse - Mas como você...?


– Talvez um dia eu lhe conte - disse misteriosamente.


– Tudo bem - sussurrou contrariado. - Mas você tinha razão antes, sabe? Eu não vim aqui apenas para conversar com você... Tenho que te contar uma coisa.


– Eu sabia - disse sorrindo e revirando os olhos, virando o terceiro corredor a direita. - Vamos, fale logo o que é.


– Há alguns dias atrás, tive um... Sonho - titubeou em continuar, mas ao olhar para o rosto curioso de sua amiga, continuou respirando fundo. - com Voldemort.


A menina ficou sem reação por um segundo e depois empalideceu abrindo os lábios que, ao seu ver, pareciam secos demais.


– Voldemort? - sussurrou.


– Sim.


– E... O que aconteceu em seu sonho? - perguntou interessada.


– Estávamos em Hogwarts, no salão principal tomando café - começou sua explicação, tentando editar o máximo possível - porém uma... Uma Gryffindor - escondeu a parte em que ela era a tal Gryffindor - estava na mesa de Slytherin, vestindo seu uniforme e conversando animadamente com Malfoy e pareciam... Íntimos - ele estremeceu ao lembrar. - Mas depois... Ela estava com outro cara que, depois pude ver ser Voldemort.


Parou vendo a reação de Mione. Os cabelos ondulados escondiam-se seus olhos, deixando-o sombrio e aterrorizante. Harry franziu o cenho ante isso.


Hermione arfava, tentando conter sua respiração agitada para que Harry não percebesse seu nervosismo.


Não era possível... Ele tivera... O mesmo sonho que ela...?


– Continue - disse com a voz fraca. Pigarreou. - Por favor, continue.


– Tudo bem - disse lentamente ainda preocupado. Continuaram a andar, dessa vez bem mais devagar. - Depois o cenário mudou e, parecia que estavamos em uma batalha... Uma batalha em Hogwarts, haviam vários mortos, minha mãe, meu pai estavam lá também - disse balançando negativamente - era muito confuso. Havia comensais, muitos deles. E Voldemort estava lá também e... Estava pronto para me matar.


Ele não deu detalhes, ela não precisava saber da aparência com que o Lord das Trevas se apresentara, não precisava saber que ele havia visto-a loura com um vestido de noiva cor de sangue nos braços daquele-que-não-deve-ser-nomeado.


Hermione parou subitamente e Harry se perguntou o que passava em sua cabeça. Por um momento, ficou tentado a entrar em sua mente.


Era exatamente o mesmo sonho. O mesmo sonho que ela tivera.


Estava assustada, Todos os pelos de seu corpo eriçados, alguma coisa - e ela não sabia o que - não estava certa naquilo. Como duas pessoas podiam ter sonhos iguais, no mesmo dia?


Hermione sabia que Harry havia editado os fatos, ela sabia que ele havia omitido o fato fato de que ela era a que estava sentada a mesa de Slytherin, beijando o próprio Lord das Trevas.


Mas, ela havia visto tudo a partir da perspectiva da sua eu.


Ela havia sentido as sensações, os lábios frios do lord, as palavras quentes de Draco em seu ouvido...


Estava sentada junto a mesa de Slytherin com Draco a seu lado. Conversavam em grupo animadamente com os outros Slytherin's e riam animados, esquecendo-se dos alunos das outras casas.


Levou uma de suas mãos ao copo que continha suco de abóbora e levou-o aos lábios, saboreando o líquido que desceu rasgando por sua boca seca, gelado e incrivelmente agradável.


Olhou para suas vestes e viu o brasão de Slytherin refletindo em verde e prata, sorriu para si mesma, amava sua casa.


Então ela olhou para Draco, vendo um sorriso mordaz nos lábios do Príncipe de Slytherin e sorriu também, encantada com aproximidade.


O rapaz colocou uma mecha de seu cabelos por trás da orelha e se aproximou dela, seu hálito quente batendo em seu rosto, seduzindo-a, trazendo-a inconscientemente para mais perto dele.


– Você está linda. - sussurrou e ela sentiu a leve carícia que era seus lábios sobre sua orelha, mordiscando o nódulo da orelha. Suspirou. - Tão linda, tão... Minha.


Se arrepiou, corando fortemente enquanto ele acariciava seu rosto com um sorriso nos lábios.


Mordeu seu lábio inferior em espectativa e cravou seu olhar nos diamantes dele. Fechou os olhos e ao abrir ele, viu-se em uma situação diferente, desta vez, não era Draco a sua frente e sim, um belo homem, de porte igual ao Malfoy com olhos cinzentos e cabelos negros como breu.


Arfeu levemente era bonito e o sorriso que lhe dirigia era completamente sexy.


– Pensou que eu havia me esquecido de você, hun? - perguntou ele com um sorriso, mostrando sua longa fileira de dentes brancos.


– O que? - perguntou confusa. - Mas eu nem sei quem é você...


– Tem certeza? - perguntou, seus olhos claros, desejosos. Um arrepio percorreu sua espinha ao ver a intensidade com que seus olhos estavam nela. - Tem certeza que não sabe, minha pequena?


Incapaz de se mover pela surpresa, Hermione mantinha o rosto inexpressivo. Minha... Pequena...?


Então ela o viu se aproximar, assim como Draco fez e, horrorizada, ela viu como fechava seus próprios olhos e sorria levemente aproximando seus lábios um do outro.


Tocaram-se em uma carícia gentil, terna e ela ficou ali, movendo seus lábios contra os dele em uma dança lenta e ritmada.


Algo mudou, o beijo se tornara urgente, esfomeado, necessitado, erótico. Uma mão em sua nuca atraiu-a para mais perto e o moreno aprofundou o beijo, levantando-a pelas coxas e puxando-a para seu colo.


O que estava acontecendo ali? Por que Draco não parava aquele homem, aquele estranho que a devorava com tanta fome, com tanta paixão?


Por que ela não conseguia parar a si mesma?


Por que ela continuava a beijá-lo.


O homem libertou seus lábios, deixando-a respirar, mordendo seu lábio inferior e puxando-o. Passou a ponta da língua sobre o mesmo, amortecendo-o, livrando-o da dor.


Olhou-o desnorteada, apática e, pelo canto dos olhos viu Harry.


O moreno tinha a varinha apontada para si e o homem a seu e, instintivamente ela teve medo dele. Medo de que seu melhor amigo fizesse algo contra ela. Medo do ódio crescente que viu em seus olhos esverdeados.


– Venha Hermione - disse Harry estendendo uma das mãos -, eu vou tirar você daqui.


Não conseguiu se mover. Queria falar algo, mas nada saia de seus lábios, parecia presa a algum feitiço. Arfou, olhando-o horrizada e então, gritou. Uma dor escruciante em seu peito.


Afundou-se no peito do homem a seu lado e ador parou.


Não ouviu o que o rapaz havia dito a seu melhor amigo só sabia que ao virar para si, o moreno que a beijara lhe dera um beijo na testa e, quando ele se levantou ela desmaiou, cegada por sua própria dor.


Depois, tudo depois disso era um borrão, ela se lembrava de alguns bons flash's mas ela sabia, não iria gostar de lembrar do que acontecera.


– Hermione? - murmurou Harry preocupado.


– Oh - virou para ele arregalando os olhos. - Ahh, eu, hm, fiquei imersa em pensamentos, me desculpe de verdade - fingiu envergonhar-se. - Bom, você está sobre muita pressão Harry, seu subconsciente está trazendo a tona todas as suas preocupações e transformando-as em sonhos. - disse.


– Não tenho muita certeza se é isso mesmo. - discordou.


Hermione deu de ombros. - Bom, esta é a minha opinião obviamente Harry, você decide se quer ou não acreditar no que eu falo - disse com uma pontada de raiva.


– Não, não é isso Hermione, não estou duvidando de você, longe disso - disse na defensiva, tentando se desculpar se havia ofendido-a,


Hermione suspirou, havia sido grossa com seu melhor - ou isso ela acreditava - amigo. Ficara nervosa com o que o moreno lhe contara e não conseguiu conter seu humor tempestuoso.


– Tudo bem eu... Não precisa ficar assim Harry, eu exagerei, desculpe - disse passando a mão por entre os cabelos - é só que... Eu prefiro acreditar que esse sonho tenha sido apenas um sonho entende? Não algo criado pela mente de Voldemort para te perturbar ou algo parecido.


O moreno calou-se, pesando as palavras dela e olhando-a suspeitosamente. Havia algo que Hermione não queria lhe dizer.


E ele também não ficaria insistindo.


– Fiquei nervosa com o que você me contou e descontei em você, desculpe, mesmo - olhou intensamente nos olhos verdes - Só que, eu prefiro pensar que isso foi apenas um sonho ruim, nada mais.


– É - concordou ele - eu também prefiro pensar assim. Bom - disse tossindo de leve - vamos para o Grande Salão? Se formos rápido conseguiremos jantar ainda.


– Não - disse ela cortante, Harry arqueou as sobrancelhas surpreendido e ela se deu conta de seu erro. - Quer dizer, vá você Harry, precisa comer um pouco, não é bom ficar sem se alimentar por muito tempo, eu... Eu tenho que voltar a biblioteca, esqueci de um livro.


E saiu andando.


Harry por um momento cogitou a ideia de segui-la mas se conteve, suspirando rumou para o Salão Principal.


Hermione andou o mais rápido que suas pernas lhe permitiram, esgueirando-se pelos corredores escuros e passando desapercebida por algumas pessoas, foi em direção há outro lugar.


Parou em um corredor qualquer, vazio e sem qualquer sombra de alunos ou fantasmas. Deixou-se escorregar pela parede e colocou as mãos sobre o rosto.


– Não é possível que algo assim esteja acontecendo... Não é possível - murmurava quase incoerente puxando os cabelos. - Não é possível que Voldemort esteja mostrando o futuro a Harry através de sua ligação...


– Falando sozinha?


Sobressaltou-se e passou a mão pelo rosto piscando repetidas vezes tentando se acostumar logo a escuridão.


Os cabelos negros despenteados, as orbes esmeraldas fitando-a...


– Nott - disse saudando-o.


– Granger - disse e ela pode ver um vislumbre de um sorriso, mesmo na escuridão seus dentes brilhavam como pérolas - O que está fazendo aqui, sozinha? Todos estão no salão, jantando.


– Eu sei, mas estava sem fome alguma - deu uma desculpa qualquer - Mas e você, o que faz aqui? - perguntou.


– Na verdade nada - deu de ombros - apenas decidi andar por aqui e acabei me encontrando com você - disse em tom inocente mas, infelizmente, Hermione viu o rasgo de um sorriso malandro em seus lábios.


– Você estava me seguindo, Nott? - perguntou divertida.


– Mas é claro que não! - ofendeu-se olhando para o lado oposto ao que ela estava. - Eu? Seguindo você? Jamais - disse em falso tom solene.


Deu certo a brincadeira, ela riu.


– Vi você sainda da biblioteca na companhia de Potter e segui vocês - revelou sem preocupar-se em fingir vergonha alguma - mas depois vi que vocês foram por lados opostos e resolvi vir atrás de você.


– Muito considerado de sua parte, - resmungou irônica - o que quer de mim agora? - respirou fundo.


– Nada - disse sério - Apenas queria ver onde e como você estava. Como disse, não a vi no jantar, fiquei preocupado.


A menina manteve-se em silêncio, observando-o com afinco na penumbra do corredor,. Agora, estavam sentados lado a lado e, mesmo assim, ele parecia incrivelmente alto e bonito, sentia-se uma anã perto dele assim como de Draco Malfoy.


– Você parece séria, algum problema? - disse com genuino interesse.


– Não, nenhum - disse, não precisava despejar seus problemas no rapaz. - Estou muito bem na verdade, e você?


– Bem também... Dentro do possível - murmurou e ela pode ver como ele esfregava o braço direito, coçando-o distraidamente.


Nott, ao notá-la silenciosa demais olhou-a e petrificou-se. A menina acompanhava o contorno de seu braço onde a marca negra devia estar.


Retirou sua mão rapidamente de seu braço se surpreendendo ao ver que ela acabara por segurar o seu, no mesmo lugar onde antes ele tocava.


Hermione olhou em seu olhos, sem saber o que estava fazendo realmente. Acariciou o braço de Theodore por cima da camisa branca, subindo-a aos poucos.


A pele ficou exposta e, a cobra sobre ela, se agitou sombriamente.


Tenso, Nott deixou de respirar instantaneamente.


Hermione se inclinou sobre ele e, num ato absurdo para a mente de ambos, beijou a Marca Tenebrosa. O rapaz suspirou, satisfeito com o toque de seus lábios sobre a marca.


– Dói? - perguntou em voz gentil, sedosa e rouca.


– Não - arfou ele - Absolutamente não.


– O que você sente? - murmurou contra sua pele seus lábios beijando-o ali.


Parecia anestesiada, uma expectadora de sua própria vida. Não tinha controle sobre seus atos e, definitivamente, não sabia por que estava fazendo aquilo.


– O que - arfou Nott - eu sinto? Tudo... E nada ao mesmo tempo.


– Explique-se melhor, Theodore – sibilou insatisfeita com sua resposta. - O que você sente se eu fizer... Isto? - e mordeu, não com força e sim, sensualmente.


Um longo gemido saiu por entre os lábios do Slytherin e ele bateu sua própria cabeça contra a parede tentando controlar-se.


– Desejo - sussurrou com vox fraca, rouca. Seus olhos verdes, duas chamas negras repletas de paixão. - Excitação.


Hermione riu e subiu uma das mãos pelo peito do moreno, as unhas compridas arranhando-o por cima da camisa. Aproximou-se, subindo em cima de suas pernas, uma em cada lado de seu quadril.


Os lábios da morena aproximaram-se de seu ouvido.


E então, um estalo ocorreu em sua mente e sua visão, antes embaçada clareou e ela se deu conta do que estava fazendo.


Levantou-se cambaleando e assustado. O que havia feito?!


– Hermione? - chamou Nott confuso, a voz ainda embargada.


Olhou para ele uma última vez e saiu correndo com sua mochila em mãos.


Esbarrou em alguém do meio do caminho mas não parou apenas correu sem rumo pelo castelo horrorizada com seus atos.


O que... Estava acontecendo... Ali?

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ℋarry Potter -

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– Algum problema, Pansy?

Daphne se aproximou da morena vendo que a mesma olhava preocupada para um pedaço de pergaminho em suas mãos: uma carta.

Uma carta de sua mãe. Eleanora Parkinson.

– Meu pai está com problemas - murmurou a menina sentando-se na cama do dormitório. - Ao que parece foi gravemente ferido em um dos ataques a Vilas Trouxas no Norte da Grã-Bretanha, alguns membros da Ordem da Fênix estavam lá... Alguns comensais foram mortos.

Daphne se aproximou dela, olhando a carta por cima de seus ombros.

– Algum conhecido nosso?

– Nenhum, ainda bem. - passou a mão por entre seus cabelos. - Mas, eu estava pensando... Chang já está colocando em prática o que mandamos?

– Sim, eu a vi com a Lovegood, a Weasley e a Granger passeando por entre os corredores - fez um som de asco. - como melhores amigas e tudo, se bem que ela não parecia se sociabilizar muito com as Gryffindor's. - disse pensativa.

– Acha que foi uma boa ideia chantageá-la? - perguntou preocupada Pansy, mordiscando o lábio inferior.

– Não sei - disse em dúvida. - Você sabe que tivemos sorte não é? Se ela não fosse uma comensais estariamos ferradas neste momento, senão mais, em Azkaban. - sibilou nervosamente. - Jogamos verde e colhemos maduro, nossas apostas foram altas, mas conseguimos sair vitoriosas.

– Sim, tem razão. - virou-se para a amiga. - Hun, eu estava notando algo hoje... Já percebeu como Granger olha indiscretamente para nossa mesa, ou melhor, para aquele garotinho que entrou este ano, como é mesmo o nome dele? - murmurou forçando a memória - O filho do casal Black... - disse estralando os dedos.

– Ah, sim, Órion Black.

– Este mesmo! - disse exultante. - Notou como ela crava o olhar nele? Parece estar... Vigiando ele, sei lá.

– Granger deve ser uma pedófila então - riu cruelmente Daphne.

Pansy revirou os olhos ante isso.

Daphne podia agir como uma criança às vezes.

– Eu não sei o que significa esses olhares mas, de uma coisa eu tenho certeza... Ai tem coisa. E eu vou descobrir, ou não me chamo Pansy Parkinson.

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ℋarry Potter -

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Querida Hermione,

Eu sei que não faz tanto tempo que nos vimos da última vez, duas semanas no máximo, mas tive que lhe mandar esta carta, estou com saudades e meu coração de mãe de não ter notícias suas... Não ter notícias suas justo agora que eu reencontrei você e lhe trouxe para mais perto de mim. Lástima que eu não possa ir ai e visitá-la.

Bem, vou parar de sentimentalismo, eu não sou assim e já estou me estranhando (risos). Quero saber como vão as coisas neste último ano, como está seu irmão (soube que ele foi para Slytherin como eu, parabenize-o mais uma vez por mim, dê-lhe um grande beijo na bochecha), eles o estão tratando bem? Aquele meu filho despiado se esquece de me mandar cartas! Onde já se viu isso?! (céus, estou parecendo Narcisa neste momento, me ignore)

As coisas andam meio complicadas por aqui.

Tive uma longa conversa com Sírius - falando sobre coisas que já deviam ter sido ditas há muito anos atrás - e ainda creio que teremos muito sobre o que falar, a Ordem da Fênix se reuniu aqui em sua casa - minha casa também mas... Enfim - e conversamos sobre alguns pontos dos quais você já sabe e, outros, que Dumbledore pessoalmente lhe falará.

As coisas estão tensas em Malfoy Manor, muitos comensais da Morte foram mortos nos últimos tempos por descuido e o Lord das Trevas está furioso, creio que logo será forçado a tomar alguma medida drástica. A Mansão de sua tia tornou-se o quartel general daquele ninho de... Argh, prefiro não pensar muito nisto.

Régulus nos últimos tempos anda meio desconfiado de mim, diz que estou muito fria com ele e cheia de "segredinhos" para com minhas irmãs... Mas ele também não tem muito do que falar, noto-o muito animado neste últimos dias e, sei que quando ele está assim, uma tempestade está por vir.

Enfim, as coisas estão um caos por aqui, mas não se preocupe, resolveremos tudo, apenas espero que você estude com afinco para seus NIEMS e traga-me seu histórico com as melhores notas. Se alimente, durma bem, descanse o máximo possível e preste muita atenção nas aulas.

Espero, de todo o meu coração que esteja bem.

Ah, aqui, junto desta carta, mando-lhe uma pequena Herança de família. Minha mãe deu a Narcisa, que passou para Bella que depois deu-a a mim. Aquele que tivesse uma filha mulher, deveria dar-lhe o colar.

Narcisa teve Draco, Bellatrix não tem filhos e eu tive você, minha filha mais velha, por isso, quero que fique com isso e use-o, é uma relíquia antiga que está há muito tempo nas mãos da Família Black.

Cuide-me, minha filha.

Com carinho,

A.B

Hermione sorriu para si mesma e pegou a caixinha de veludo.

Abriu-a e nela, viu uma correntinha de ouro, com um B cravejado em diamentes na medalhinha. Colou-a sobre o pescoço e saiu andando com seus pertences.

Já havia esfriado a cabeça mas, mesmo assim estava intrigada com seu comportamente de outrora. Por que fizera aquilo com Nott?

Chocou-se com alguém e seus livros foram ao chão, praguejou baixinho por ser tão desatenta e quando foi recolhê-los, outra pessoa já havia feito isso.

– Obrigada - disse e olhou para o ser a sua frente. Os cabelos louro platinados caindo pelos olhos e os olhos cinzentos a seguiam - Malfoy! - murmurou ela.

– Granger - disse com um pequeno sorriso de canto. - Deveria tomar mais cuidado, é a segunda vez que esbarra em mim esta noite.

Segunda vez que esbarrava nele...? Oh.

– Desculpe - disse corando ao se lembrar do episódio de Nott em que saira correndo e esbarrara em uma pessoa. - Não sabia que era você Malfoy.

– Pude notar isso, Saiu com pressa - disse indiferente. - Parecia estar... Fugindo de alguém - disse sugestivo.

Hermione arregalou os olhos. - Como você...? - ele deu de ombro.

Então os olhos de Draco foram até seu busto e ela corou mais ainda mas, ao observá-lo melhor viu que Draco não olhava para seus seios e sim, para algo que brilhava no vão deles.

"Ah, aqui, junto desta carta, mando-lhe uma pequena Herança de família. Minha mãe deu a Narcisa, que passou para Bella que depois deu-a a mim. Aquele que tivesse uma filha mulher, deveria dar-lhe o colar."

Droga, ele já deve ter visto sua mãe usando esta corrente! gritou uma voz interior e ela mordeu o lábio inferior.

Draco se aproximou lentamente e sorriu para ela, rindo um pouco.

–Você fica incrivelmente sexy mordendo o lábio inferior - disse suavemente. - Você sabe as reações que pode causar em um homem só com isso?

Ela se afastou, engolindo em seco ao ver-se presa daqueles olhos cor diamante.

– Malfoy... - avisou.

O rapaz piscou e depois gargalhou levemente.

– Eu sei Granger, eu sei, não vai acontecer de novo. Mas... - ele se aproximou e levantou seu queixo olhando em seus olhos enquanto, com a outra, tocava sua corrente. - Tenho certeza de já ter visto uma corrente igual a esta, em outra pessoa...

– Deve de ser impressão sua - desconversou e tirou sua mão de seu queixo.

Embora de muita má vontade já que, ela não queria romper o contato.

– É, tem razão - ele murmurou venenoso. - Deve estar confundindo, não é mesmo? - disse sarcástico.

E naquele momento ela soube.

Draco Malfoy sabia alguma coisa sobre quem ela era.

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Continua no próximo capítulo...


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Notas finais do capítulo

Oie meus amores (risos) voltei kk.
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Bom, sim, eu demorei quase oq? Uma semana? Vish, faz tempinho mesmo que n att aqui, mas n se preocupem isso n vai acontecer sempre n.
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É que, 1º, é semana de provas, 2º, eu trabalho, 3º eu estudo e 4º estamos em "reforma" aqui em casa, logo vou mudar de quarto e ficar no lindo e grande quarto q era do meu pai.
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Mas, espero que tenham gostado pq também estou em crise de criatividade, sei oq escrever, n sei como colocar em palavras entendem?
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Ahh, sim, essa parte da "Marca erótica" eu tive a ideia quando eu vi, se não me engano a fic Hermione Granger... ou... mas n tenho certeza se é essa, porém, a ideia n é minha n ok pessoas? Mas achei q ia ficar legal aqui :)
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Hun, meio decepcionada sabe? 80 e sei lá quantas pessoas acompanham, mais de 20 nos favoritos e menos de 20 comentam? Ai ai ai hein pessoal!
E n, tem reviews do ultimo cap. q eu ainda n respondi!
Mais de 15 reviews e eu posto logo, cm vcs já sabem
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Beijos, até o próximo, J ♥