It All Started With The Damn Pig. escrita por Nena chan


Capítulo 3
Você tem uma carta!Conteúdo da mensagem:Troll Face


Notas iniciais do capítulo

Yo queridos leitores!
Ano novo, capitulo novo! Tinha planejado entregar esse capitulo no dia 02, infelizmente não foi possível, mas aqui esta o presente do ano novo para vocês ^^/
Espero que apreciem o presente!
Bom, para quem não esta familiarizado com os nomes dos personagens vou colocar aqui os nomes dos principais, até agora, para quando lerem saberem exatamente quem é quem. Pois tem ocasiões que apenas coloco o sobrenome do personagem ai fica complicado identificar. Aqui estão:
As meninas - Sakai Lily, Suzuki Arata, Watanabe Yuri, Fujimoto Naomi, Ikeda Chika, Yamada Keiko, Yamada Sachiko. O garoto - Kobaiashi Sadao. (Lembrem-se que os nomes japoneses se escrevem primeiro o sobrenome depois o nome da pessoa)
Sem mais delongas, enjoy! o/



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Chapter 03.

Tremendo de ódio ela pegou o suposto “cocô”, o que deixou seus colegas surpresos, pois ainda achavam que era outra coisa. Então jogou a coisa com destino a Sadao, foi quando a situação que estava terrivel se afundou mais ainda. Ele pressentiu algo vindo em sua direção se desviando astutamente. Resultou que a coisa nojenta se espatifou no cabelo da sensei e caiu no chão.

A professora virou apenas a cara para saber o que caiu nela e arregalou os olhos imaginando o que todos pensaram na primeira impressão. Um arrepio pecorreu por todo seu corpo e segurou o grito que estava prestes a soltar.

Lançou um olhar de pura fúria, ou algo mais profundo, em Sakai, o que deixou a menina branca que nem fantasma com anemia.

“To @*&%#1!” As únicas palavras que passaram em sua mente em caos.

–Sakai...- A professora inalou uma quantidade significante de ar antes de continuar a falar.

–Depois conversamos sobre suas atitudes. – Ela pronunciou tais palavras com uma calmaria que qualquer um entenderia que aquilo era um sinal bem expressado de que uma tormenta violenta viria para Lily.

–Mais importante que isso, o que essa coisa esta fazendo aqui? – Indagou a professora olhando para a bosta e em seguida para os alunos. Os estudantes recuaram silenciosos.

–Não se preocupe Sakai. Se não sabe como se explicar para a sensei eu farei isso por você. Acontece sensei, que um cachorro surgiu por aqui e parecia querer fazer cocô. Eu fui tentar levar o cachorro para outro lugar, mas parece que Sakai não gostou da idéia e deixou o animal aqui para fazer suas necessidades. Isso aconteceu antes dela me chutar nos cacos de vidro. Parece que ela esta familiarizada com esse tipo de situação, afinal nem hesitou em pegar na merda para jogar na senhora. – Explicou Sadao com uma expressão como se tudo que dissera fora a mais pura e irrefutável verdade. Atuava bem o papel de aluno exemplar, quando lhe convinha.

A fisionomia da professora era de verdadeiro horror aos atos da estudante. Lily esta tão chocada quanto a professora, porém por outro motivo.

–Sinceramente...não tenho nem mais palavras. E você estudante, estou impressionada. Mesmo depois de tudo que ela o fez passar ainda se deu o trabalho de a encobertar com o fato do cachorro. Venha, vamos tratar de seus ferimentos. Cuido de você mais tarde Sakai. – Ela mostrou-se profundamente movida pelo jovem e em seguida lançou um olhar ameaçador de nos vemos mais tarde para Lily.

Ela ficou parada por alguns minutos parecendo uma estatua quando se assustou com uma mão em seu ombro.

–É...dessa duvido você escapar. – Disse Naomi sem nenhuma hesitação.

–Era tudo o que eu precisava ouvir agora. – Respondeu Lily suspirando sem uma gota de esperança.

–Depois do que aconteceu melhor abrir seus olhos quanto a ele. – Yuri aproximou-se delas.

–Na verdade não, eu já sabia que ele era assim desde que dei de cara com ele. – Sakai respondeu sem meias palavras.

–Não estou falando disso e sim de que ele não é o tipo de pessoa que você deva se meter. Em outras palavras, ele é perigoso. – Watanabe tinha uma expressão profunda ao dizer tais palavras.

–Mas não notaram que ele parecia ter tudo premeditado desde o começo? – Keiko surgiu no meio delas.

–O que quis dizer com isso Yamada-chan? – Estranhou Naomi.

–É isso mesmo o que você entendeu. Não perceberam que até os cortes deles foram premeditados? – Apareceu Sachiko ao lado da irmã.

–Está querendo dizer que ele mesmo se cortou? – Perguntou Lily surpresa.

–Sim. Ele aproveitou que estava perto dos cacos e pegou um deles e se cortou para encobrir sua história. – Explicou Keiko encenando a cena, sem usar de verdade o caco de vidro.

Todas, menos a outra clone, ficaram impressionadas com tal descoberta.

–Realmente, ele até conseguiu mudar a atenção da janela quebrada para o caso dele. A sensei nem mencionou sobre a janela depois que ele abriu a boca e agiu por si. – Lembrou-se Fujimoto pondo o dedo nos lábios fazendo manifestando uma expressão pensativa.

–Isso foi algo vantajoso para você Sakai. Afinal, mesmo que tenha sido o sapato dele que quebrou a janela quem o jogou foi você. Só trairia mais problemas dos que você já tem. – Analisou Yuri de forma prática a situação.

–Não sei não. Pensando aqui em tudo que aconteceu, não acho que ele seria o tipo de pessoa que deixaria isso passar despercebido. Ele deve ter ocultado isso por algum motivo. E não gosto nem de pensar no que seria. – Comentou Lily com um olhar obscuro.

–Concordo. – Disse Naomi.

–Fique longe dele, é o melhor que pode fazer. – Aconselhou Sachiko.

–Eu sei, só que quando relembro de tudo meu corpo parece que vai explodir de raiva! – Enquanto expressava sua revolta uma chama intensa surgiu em volta de Lily.

Sem hesitação alguma, Keiko empurrou com uma das mãos o corpo da amiga na piscina, ela já estava acerca da água quando isso ocorreu. A chama que crescia em Lily fora derrotada pela grande quantidade de água. Lily por sua vez permaneceu imóvel enquanto a água escorria pelo seu corpo.

–Enfim, boa sorte! – Disse a amiga para Sakai enquanto exibia um sorriso trazendo um leve deboche.

–Boa sorte! – Sachiko agiu igual a irmã.

–Boa sorte Sakai! – Yuri tentou reproduzir o mesmo, contudo não era uma boa atriz como as gêmeas.

–Boa sorte!! – Naomi seguiu as outras, só que de uma maneira empolgada tentando disfarçar o seu cinismo.

–Voltem aqui suas traíras! – Lily bradou com o punho cerrado levantado para o alto, em seguida socou com força a água. Já que não podia bater nelas, pois neste momento elas estavam papeando e se arrumando no vestuário.

Resultou na saída dela da piscina direto para o banho. Enquanto isso Arata e outras meninas da sala ainda estavam em choque com tudo o que aconteceu. Uma rodinha delas comentava o incidente.

–Vocês viram o mesmo que eu? O que exatamente aconteceu aqui?? – Uma menina desiludida perguntou as outras do grupo.

–Ainda não consigo acreditar no que vi. Aquele era o mesmo Kobaiashi? – Outra se pronunciou tentando achar uma explicação.

–Nosso príncipe se revelou outra pessoa. E agora? O que faremos? – Uma outra garota estava completamente perdida.

–Ele me deixou com medo, ele descaradamente mentiu como se fazer aquilo fosse a coisa mais natural. –Observou outra menina.

–Depois do que vi percebi que não o acho mais atraente como antes. – Comentou uma delas desapontada.

As outras balançaram a cabeça apoiando o que ela disse.

–Pelo jeito teremos que encontrar um novo príncipe na escola. Deve existir um por ai sem que tenhamos reparado ainda. Afinal ainda estamos no começo do semestre e existe muitos alunos que não conhecemos por enquanto. Nunca se sabe quando se vai esbarrar em um príncipe uma hora. Eu posso estar indo ao banheiro e PA! La esta ele caminhando em minha direção. – Concluiu uma garota com um tom mais firme, como se fosse a líder do bando. No final de sua explicação ela parecia imersa em sua própria fantasia.

As demais também concordaram, até podiam se imaginar encontrando o tão aclamado príncipe, até que uma delas lembrou-se de algo importante, para ela pelo menos.

–Vocês souberam que a loja XXX esta com um estoque novo de roupas?

–Sério?? Precisamos ir para la o quanto antes! – Proclamou outra da roda.

–E tem que ser hoje mesmo, imperdoável se não formos ao menos dar uma espiadinha! – Uma outra do bando bateu de leve nas bochechas como se publicasse algo impressionante.

Arata que estava sentada perto do grupo aproximou-se delas para ouvir melhor o papo, já que se tratava do seu colírio em questão.

“Nesse ponto elas tem razão, ele não é mais o príncipe que todas imaginavam. A imagem perfeita de um cavalheiro e elegante homem foi por água abaixo em menos de uma hora...Contudo! A reviravolta tão esperada na história chegou ao seu cume! Todo esse tempo que ele agia dúbio eu ficava confusa e arrasada pensando que ele estava passando por um momento de conflito de personalidade e não sabia como sua individualidade seria afetada, assim como sua imagem. Entretanto agora que ele revelou seu verdadeiro eu posso sentir o clímax tomando um rumo muito mais emocionante. O príncipe que se mostra como um sádico sem limites e incontrolável a história pode continuar de uma forma totalmente inesperada e emocionante! Como será que o enredo se revelará a partir em diante?”

Os pensamentos não paravam de se agitar na mente de Arata, ao ponto que suas expressões faciais estavam expostas para quem quisesse interpretar seus pensamentos. Ela levou a coisa toda muito a sério e acabou confundido a realidade com a ficção. As garotas perto delas a olharam como se estivessem analisando um espécime raro em um Zoo. O bicho, quer dizer, a sonhadora se retirou para se arrumar enquanto ainda continuava com seus devaneios. As meninas a acompanharam com os olhares até que o assunto, Arata, perdeu sua importância e se levantaram, quase em sincronia, e caminharam enquanto continuavam a comentar o assunto tão importante para elas, as roupas. Na passagem delas estava alguns garotos, aos quais nem deram atenção nas que transitavam por la, e em volta deles estava um corpo esparramado e molhado.

–Será que ainda esta vivo? –Um deles perguntou curioso enquanto cutucava a cara do ser.

–Huum, só ha um jeito de saber. Antes de tudo, temos que prestar primeiro socorros. Alguém aqui já fez isso alguma vez?–Um deles respondeu de uma maneira precisa.

Nem mesmo uma alma sequer fez um misero som de manifesto.

–Ok, deixa comigo! – O mais entusiasta do grupo se aproximou do corpo e aspirou uma quantidade de ar pelos pulmões, sua cara agora demonstrava seriedade.

Os outros se demonstraram apreensivos. Então deu-se inicio aos “primeiros socorros”, ele deferiu golpes com os punhos cerrados no peitoral da vitima. Acontece que, o menino parecia estar mais esmurrando o pobre coitado do que prestando alguma ajuda. Os demais pareciam aflitos.

–Tem certeza que sabe o que esta fazendo? – Um deles tomou coragem para indagá-lo.

Nesse momento a vitima se levantou como alguém que se levanta do nada de uma tumba. Todos permaneceram paralisados com aquilo, até mesmo o que espancava parou de se mexer subitamente.

–Não fui eu que comi os peixes do aquário mãe! – Gritou amedrontado o garoto que ressurgiu.

Gotas apareceram na cara de todos sem conseguirem acreditar no que presenciavam.

–Então você estava dormindo seu @*&%#1! – Um deles segurou o que acordou pela gola da blusa.

Uma interrogação surgiu acima da cabeça do menino puxado pela camisa, olhou para os outros e reparou que estavam com uma expressão bem desagradável. Um riso esganado surgiu de sua garganta, ele não sabia como reagir a situação.

–Hehe-he...eu acho que estava tendo um sonho...ou foi um pesadelo? – Comentou bastante indeciso sobre o assunto.

–Ei, foi você que era a dupla daquele garoto bizarro que saiu com a sensei, não foi? – Um dos meninos recordou-se do que havia sucedido a pouco.

O garoto engoliu a seco quando ouviu aquilo, também pelo fato da lembrança de tudo que sofrera com o outro ser estranho chegou para assombrá-lo.

A porta do vestuário das meninas fora aberta e Lily saiu apressada e parou onde estava o cocô fail, com o celular na mão tirou uma foto da coisa e voltou de onde saiu.

Os meninos pararam sua discussão observando o movimento suspeito da garota. O menino interrogado suspirou aliviado pela distração.

–Porque ela tirou foto daquilo? – Um deles perguntou visivelmente confuso.

–Vamos dar uma olhada, tem algo de suspeito nisso tudo. –O mais sagaz da manada andou em direção ao dejeto e os outros o seguiram. Onde o boi vai a vaca vai atrás, algo desse tipo. Ok, continuando. O menino, antes a vitima, tentou escapar quando um deles o segurou pela camisa e o arrastou junto de si.

Todos pararam a alguns metros da coisa, pois não queriam se arriscar. Até que, a porta do trocador feminino foi mais uma vez aberta e Sakai saiu de la, assustando os garotos.

“Porcaria de câmera, agora vou ter que tirar outra foto porque a de antes ficou distorcida.”

Pensou ela enquanto se aproximava do cocô bateu a foto novamente, deixando eles mais desorientados que antes. Quando se levantou para voltar se virou para eles e notou a distância evidente entre eles e a merda.

Ela sorriu matreira segurou o suposto tolete e jogou neles, que reagiram se esbarrando uns nos outros desorientados sem saber por onde escapar. Lily caçoou deles, o que os deixou frustrados.

–Covardes! – Estirou a língua e esticou a pele abaixo do olho em tom de zombação. Em seguida correu até o vestuário.

Der repente o espírito do machismo e orgulho possui o corpo dos garotos, o que os fez tomar coragem e seguir em direção a coisa temerosa. Posteriormente o espírito partiu e eles se viram ha poucos passos do tolete. O mais astuto deles se aproximou e pegou o cocô fake. O que surpreendeu os outros.

–Como eu previ desde o principio, não é um cocô. Vejam. – Esticou o que estava na sua mão e os outros observaram.

–Que história é essa de desde o principio? -Comentou um com uma certa indignação.

–Como você sabia? -Um deles perguntou abismado.

–Quando ela jogou isso em nós, notei que a mão dela não estava melecada com vestígios. Depois, não senti cheiro algum vindo disso quando foi arremessado na gente ou até mesmo quando me aproximei para averiguar. – Conclui ele como se fosse algo coisa muito claro para ele.

Os garotos ficaram impressionados com a dedução dele como também ficaram decepcionados, porque acreditaram como bobos em algo falso desde o principio. Para completar foram trolados por uma das meninas da classe, Lily.

–Tenho que admitir que esse cocô esta bem feito, uma boa armação. – Assobiou um dos garotos em apreciação.

Os outros deram tapas na cabeça dele como punição, visto que ainda persistia o sentimento de humilhação.

–Ei! E o que fazemos com ele? – Apontou para o menino que ha pouco esteve dormindo, entregou-o para escapar da punição dos outros.

Eles encararam o garoto por alguns segundos, em seguida mexeram a cabeça aprovando, quase como se lessem a mente um do outro.

–Vai ter que pagar a bebida e o lanche de todos no intervalo. – O mais empolgado do grupo se manifestou, o que tentou fazer o “primeiro socorros”. E pela cara deles não seria qualquer lanche que seria ordenado.

Lógico que eles poderiam ter dado uma punição mais divertida, porém nada mais angustiante do que mexerem no seu precioso bolso, ainda mais quando não se a opção.

O pobre garoto imaginou seu dinheiro voando para bem longe de seu alcance, justo quando tinha acabado de ganhar sua mesada. “Hoje definitivamente é meu dia de azar.” Pensou suspirando para si.

Após toda a confusão Sakai caminhava para enfermaria da escola com o objetivo de se encontrar com a professora. “Melhor enfrentar isso agora do que ficar adiando, sabe-se la o que aquele doido pode aprontar novamente”

Seu pensamento se desvaneceu quando ela constatou a presença do dito cujo. Quando seus corpos estavam lado a lado ele sussurrou algo só para que ela ouvisse.

–Melhor pensar bem antes de fazer qualquer coisa, e não se esqueça que me deve uma. – Dito isso, enquanto esbanjava um sorriso maléfico, ele continuou caminhando tranquilamente, uma vez que não havia ninguém por perto para confirmar que ele fingia estar ferido.

–O que quer dizer com isso? – Ela se virou abruptamente, contudo ele nada respondeu e prosseguiu sua trajetória, por fim desapareceu enquanto descia pelas escadas.

Antes que pudesse tirar satisfações pressentiu a presença de mais alguém.

–Sakai, vamos entrar na enfermaria para conversar. – Disse ela em um tom autoritário e frio.

Ela apenas seguiu de cabeça baixa a mulher.

–Antes de tudo gostaria de dizer que estou muito decepcionada com seu comportamento.

–Mas..

–Nada de mas, deixe-me continuar! – A aluna foi interrompida por uma voz brusca.

–Eu já escutei o que precisava saber e... – Continuou ela.

–Mas...

–Mas nada! –Lançou um olhar fuzilador na direção de Lily, que se recolheu na sua insignificância.

–Eu já ouvi falar sobre você antes, o incidente envolvendo um dos animais da escola e agora isto...sinceramente, como você quer que eu ouça qualquer versão sua se já andou abusando em poucas semanas? Kobaiashi é um menino exemplar desde que entrou nesta instituição, mesmo que seja por curto tempo nunca ouvi uma reclamação sobre ele e sua nota no exame de admissão foi uma das melhores. Quanto a você não sei nem como foi aceita com uma nota daquelas, uma vergonha! Além do mais, *sensei* me informaram que você adormece e perturba a paz em sala de aula. Você acha mesmo que desse modo vai...bla, bla, bla....

*sensei pode ser usado tanto para o singular como o plural, significa professor em japonês.

O começo do discurso foi claro como o dia para Sakai, todavia ela detestava sermões mais que tudo nessa vida e aprendeu que se revidasse ou tomasse fronte iria instigar mais o falatório.Devido a isso apenas ocasionalmente dizia o necessário, a menos que resolvesse se pronunciar. Nesse caso especifico, não havia muito respaldo visto que certamente possuia uma reputação ruim entre seus sensei. O restante que sua professora proferiu nem se quer entrou por alguma das orelhas da aluna, que criou sua própria “distração” para este tipo de situações ou emergências, como ela denominava. Enquanto cantarolava uma musica em sua cabeça, percebeu pelo comportamento da mulher que o discurso estava no seu fim, então decidiu retornar a realidade.

–...espero que aprenda algo com o ocorrido.É´ necessário que reflita através de uma punição, então pensei que o método mais satisfatório de você compreender e repensar suas ações seria proibir sua ida a viagem escolar. – Finalizou seu discurso orgulhosa, achando que assim estaria fazendo um bem a aluna desorientada.

–NÃO! Tudo menos isso sensei! Por favor!! Eu faço qualquer coisa, portanto não me proíba disso. – Sakai parecia desesperada com a punição.

–Calma! – Respondeu ela severamente, esticou a mão em sinal que a aluna se calasse.

– Para sua sorte, Kobaiashi é um garoto muito atencioso e me pediu encarecidamente para não puni-la severamente. Devido a isso eu permitirei que vá a viagem, entretanto eu e ele nos reuniremos mais tarde para discutir uma punição que lhe sirva como lição. E foi por este motivo que lhe chamei, para informar que esteja preparada.

Lily ficou estarrecida por alguns segundos, acordou com o a professora batendo palmas para desperta-la.

–Hum? –Perguntou assustada.

–Vocês logo serão informados sobre a viagem. Notificarei sua punição após a viagem. Estamos entendidas? – Indagou a mulher em tom de general.

–Sim, sensei. – Lily encurvou um tanto a cabeça em sinal de confirmação.

“Eu estou aqui sendo extremamente gentil e compreensível e nem para ela me responder como nos conformes. Até seu modo de se curvar é desleixado, que personalidade essa menina possui. Deve ser esse seu sangue estrangeiro.”

Comentou para si enquanto analisava a aluna.

–Pode se retirar...antes, mais uma coisa.

A menina se levantava para sair quando se surpreendeu com o pedido da sensei.

–Sim? – Perguntou de pé.

–Mesmo que Kobaiashi tenha me pedido para ser amena com o ocorrido entre vocês, ferir um aluno é uma situação grave. Ainda que tenha agido sem medir conseqüências de sua brincadeira de mal gosto. Vou comunicar ao diretor sobre sua suspensão e provavelmente terá de pagar pelo conserto do vidro quebrado do banheiro. A suspensão durará até o dia anterior a viagem, diante disso você refletirá melhor sobre suas ações. Outra coisa, quero uma carta de desculpas que seja convincente o suficiente para mim e o aluno em questão, será a certeza de que o aconteceu não se repita novamente. - Advertiu ela se levantando para encaminhar-se a porta.

Sakai, que não agüentava mais toda aquela faladeira e estava tonta com tudo aquilo, apenas demonstrou que sim com um leve gesto de cabeça.

–Se não estiver com essa carta no dia da viagem, esqueça o seu passeio Sakai. Pegue seu material após a aula e siga para a sala da diretoria, nos reencontramos lá para reportar os fatos e discutir pormenores. Pode se retirar agora. –Dito isso a mulher saiu do quarto.

O corpo de Sakai se enrijeceu de raiva.

–Então é isso que ele quis dizer com “...não se esqueça que me deve uma.” – Ela o imitou com uma voz que o ridicularizava enquanto lembrava do momento que ele disse tais palavras .

Lily chegou em sua sala e abriu a porta com uma certa força.

–Sakai! Entre sem perturbar a aula. Fui informado do motivo de seu atraso, simplesmente sente-se em silêncio e continue assim até a aula acabar. – O professor ordenou impaciente.

Ela não pronunciou uma palavra sequer e se dirigiu a sua mesa, fitou a mochila por alguns segundos e agarrou-a num súbito impulso. Virou-se dando passos largos rumo a porta.

–O que significa isso Sakai? – O homem estava inconformado com tal atitude dela.

Lily somente fechou a porta atrás de si e caminhou pelos corredores até a escada. As amigas repararam que algo de errado aconteceu com ela, se entreolharam desconfiadas com o que poderia ter a deixado assim.

“De qualquer forma, ela provavelmente será suspensa, melhor que se vá e não perturbe mais a minha aula.”

Os pensamentos circularam na mente do professor, todavia se deu conta que seus alunos começaram a murmurar uns com os outros.

–Silêncio! Vamos prosseguir a aula e não quero escutar mais nenhum pio. – Determinou em um tom seco.

Como aquela conversa era de nível urgente e inadiável. Deu-se inicio ao bate-papo por bilhetinho entre as amigas de Lily.

–Bate papo folha de caderno rasgada, Status: On-

O que será que aquela peste aprontou dessa vez? *(Yuri)*

*O nome da pessoa que fez o comentário esta entre parentes ao lado, para que não haja dúvidas de quem comentou o que.

Deve ter sido algo tenso para ela sair daquele jeito. (Keiko)

Será que ele conseguiu com que ela fosse a escreva dele?? *(」゜ロ゜)」* (Arata) *Emoctions japoneses.

Ou então ele conseguiu que ela trabalhasse para ele como sua nova empregada! (Sachiko)

Será? (;° ロ°) (Arata)

(;¬_¬) Como você chegou a esta solução absurda? (Yuri)

É óbvio que se ele fosse nomear alguém sua empregada, seria alguém mais bonita e sexy. (○˚ε ˆ○) (Naomi)

... sabemos que você esta se referindo a si mesma quando diz isso. (Keiko)

E se ela for obrigada a fazer todas as tarefas e o *bento* dele todos os dias? (Sachiko)

*Lanche japonês.

Acho que isso ainda seria pouco para ele, qual é! Estamos falando daquele tipo de pessoa. (Yuri)

Verdade... (Naomi)

E se ele passou de anjinho e pediu para a professora não pegar pesado com Sakai-chan para depois tirar vantagem dessa oportunidade e aproveitar-se dela como bem entender! (ˆ▽ˆ) (Naomi)

HAUAHUHAUUH (Yuri)

Kkkkkkkkk (Keiko)

Rsrsrs (ˆvˆ) (Arata)

Kkkkkkk...essa foi boa... (⌒▽⌒ )(Sachiko)

Só foi uma idéia. (︶︹︺) (Naomi)

E o que diabos esse emoction tem haver com a frase? (Yuri)

Será que não seria melhor visitar ela para sabermos o que ouve? (◕‿◕✿) (Arata)

Pois é, não vamos chegar a lugar algum apenas levantando hipóteses. ヽ(・_・;)ノ (Keiko)

Não seria melhor ligarmos ou mandarmos mensagem para avisar que estamos indo para a casa dela? (Naomi)

Seria melhor se vocês discutissem esse assunto quando a aula encerrar e prestar atenção no que o professor diz. (Chika)

(•ิ_•ิ)? (Sashiko)

(;° ロ°) (Arata)

( ̄(エ) ̄)ゞ (Keiko)

( ゜- ゜) (Yuri)

Se você pegou o papel que caiu, sem querer, no chão o certo seria entregar para quem deixou cair, não escrever em um bilhete que não foi chamada. ( ;`ヘ´ ) (Naomi)

(?・・)σ (Sashiko desenha ao lado propositalmente) Apenas ia pegar o papel, contudo notei a conversa de vocês. Continuem se quiserem, porém se o professor descobrir o problema não vai ser meu mesmo. Adeus. (Chika)

Essa menina me tira do sério!! (Naomi)

Calma...não acho que ela tenha feito isso para irritar a gente. (Yuri)

Concordo! ヽ(^。^)丿 Ela não iria perder o tempo dela só para isso. (Keiko)

Estou com você mana! Provavelmente ela agiu assim para nos alertar que estaríamos bastante encrencadas se o professor nos visse trocando bilhete e sem prestar atenção alguma na aula. (Sachiko)

Ikeda-chan não parece ser uma pessoa má, só dá um pouco de medinho. L(・o・) (Arata)

(-^-^)p_____|_o____q(^-^ ) (Sashiko desenha)

( ^-^)p__o___|_____q(^-^-) (Keiko)

( ^o^)p_____|_____ o q(^o・-) (Sashiko)

(。_°☆\(- – ) Isso não é hora de jogar brincar!(Yuki desenha ela batendo em Sashiko)

( `_)乂(_’ ) Não bate nela! (Keiko revida na briga)

Não briguem gente! ヽ(゜ロ゜;)ノ (Arata)

Vai Yamada-chan! p(*^-^*)q (Naomi)

Não incentive a briga!! (#`д´)ノ (Yuki)

。:゚(。ノω\。)゚・。 Mana!! (Sashiko emocionada)

♪ヽ( ⌒o⌒)人(⌒-⌒ )v ♪ (Keiko e Sashiko)

… (Yuki)

Enfim...quando for a hora da saída nós avisamos a Sakai da nossa ida a casa dela. (Yuri)

Ok. (Keiko)

Ok! (Sashiko)

Sim! (Arata)

Uhum. (Naomi)

–Bate papo folha de caderno rasgada, Status: Off-

Após algumas horas Lily recebe uma mensagem de texto. Olhou para a tela do celular e a mensagem estava com o nome de Arata. Clicou na tela para abrir a mensagem e nela dizia:

Sakai-chan! (o´ω`o)ノ Eu e as meninas ficamos preocupadas com você (;° ロ°) e queremos te fazer uma visita(⌒▽⌒)☆

Tem algum problema irmos para ai? Não queremos incomodar ( ´△`)

Esperamos sua resposta!! ♡_ \(ˆ▽ˆ*)

Lily permaneceu alguns minutos visualizando a mensagem e então clicou em responder, escrevendo com seus dedos ágeis:

Obrigada meninas! Só que estarei ocupada esta tarde. Não precisam se preocupar, eu passarei alguns dias sem ir a escola. Melhor vocês não virem aqui. Se cuidem e nos vemos daqui ha alguns dias! (ˆ_ˆ)

Clicou em enviar e pôs o celular ao seu lado, os pensamentos vieram naturalmente a sua mente.

“Minha cabeça esta um turbilhão! Para piorar as coisas tive que ouvir mais sermão do diretor, pedir mil desculpas, ouvir minha sentença de uma semana de suspensão e não tive chance alguma de me defender ou sequer me expressar direito. Aqueles olhos daquele diretor...aqueles olhos! Parecem que estão te encurralando na parede, te colocando pressão como naqueles interrogatórios policiais. Fui praticamente forçada a ficar de boca fechada, quando finalmente tive a oportunidade de me manifestar e mostrar a foto do cocô falso para ele como prova pareceu que foi o mesmo que nada. “Essa foto pode ter sido manipulada no Photoshop.” “Você poderia ter feito isso e tirado foto para incriminar.” “Essa foto não prova nada, nem sequer serve como evidência.” Argh!! Depois dessa não sabia como retrucar, ainda mais com aqueles olhos em cima de mim! Chega! Não quero pensar em mais nada.”

Ela suspirou cansada e segurou o travesseiro debaixo de sua cabeça e o colocou tampando sua cara.

Os dias foram voando ágeis como uma águia e nenhuma noticia de Lily, até que o dia da viagem escolar finalmente chegou. Os alunos se aglomeravam perto dos ônibus e os professores se certificavam de que todos estavam presentes e que tudo ocorria dentro dos conformes. Uma aluna se aproximou da professora que papeava com outro mentor, quando a sensei se deu conta de quem era a aluna pediu licença ao professor e se virou para a outra.

–Trouxe o que combinamos? – Perguntou sem delongas, o seu tom de voz era mais simpático, devido ao seu bom humor do dia.

A garota entregou um papel escrito para a sensei. Ela leu atentamente cada palavra, em seguida seu olhar repousou na aluna.

–Essa é a sua escrita? – Perguntou um tanto desconfiada.

–Sim. Nunca tive uma letra muito boa. Hehe. – Deu uma risadinha para disfarçar a mentira. A mulher lançou um olhar de reprovação para tal relaxamento da garota com a própria escrita e pronunciou-se.

–Não direi mais nada. Deixarei esse quesito para Kobaiashi julgar, tudo dependerá da reação dele. Me acompanhe. – Ela começou seus passos e a menina a seguiu, o seu humor não era o mesmo que o da mentora.

Quando o garoto notou as duas se aproximando, se dirigiu ao encontro delas.

– Kobaiashi, aqui esta a sua carta de desculpas. – A mulher entregou o papel para ele.

Sadao segurou o papel e iniciou a leitura, que para ele seria só o começo de um delicioso prazer.

Kobaiashi Sadao,

Estou escrevendo esta carta com as minhas mais SINCERAS e profundas desculpas pela humilhação dolorosa e vexante pela qual fiz você passar. SEMPRE soube que você era um menino exemplar, gentil, simpático, bondoso, amoroso, humilde, benevolente, poderia citar muito mais qualidades que de tão IMPRESSIONANTES são quase INACREDITAVEIS. NUNCA enxerguei tantas qualidades em uma pessoa só, NEM SEI como cabem em você. Por isso senti uma grande inveja de você e como uma pessoa que não possui nenhuma dessas qualidades e extremamente cruel cometi tais atos sem escrúpulos que seriam dignos da minha morte. Não, minha morte não seria o suficiente!!! Eu teria que ser torturada pelo resto da vida e nem isso pagaria o que cometi a você. Esses últimos dias eu pensei e pensei e pensei e pensei e pensei BASTANTE. E cheguei a conclusão de que ainda preciso evoluir muito na minha vida e nas próximas para chegar perto de uma pessoa assim...TÃO angelical que nem você. Minha vida com certeza não será mais a mesma, PODE CRER, vou refletir todos os dias da minha vida pelo que pratiquei e me culparei a CADA SEGUNDO por tamanhas maldades! Eu peço, não! Eu IMPLORO encarecidamente para que não carregue rancor da minha pessoa, NÃO PEÇO seu perdão, porque seria pedir muito, até demais, só desejo ansiosamente que tenha dó de pessoas como eu e com esse seu caráter de ouro possa transformar a vida de pessoas, ASSIM COMO FEZ COM A MINHA. Sem mais delongas,

Sakai Lily.

“Qual é a do tamanho das letras? Nunca vi uma carta que oscilasse tanto no tamanho da fonte e na forma como foram escritas, pior que rabisco. E o que temos aqui...oh. Esta claro que essa carta não carrega nem um grão de perdão! Esta estampado para quem quiser ler que esta gralha esta claramente cheia de ressentimento! Olhe só para essas palavras, é óbvio que ela aumentou algumas palavras para enfatizar sua ironia e diminui, quase ilegíveis, as palavras que se referiam as minhas qualidades, porque não queria que elas ficassem visíveis.”

Sadao permaneceu alguns minutos com a carta na mão, enquanto refletia na mesma, sua expressão estava escondida pela sombra de seus cabelos caídos na cara. Apos a reflexão ele se transformou no aluno exemplar puxa saco da professora, por hora.

–Sensei, depois de ler esta carta não tenho palavras para descrever o que estou sentindo neste momento. – Disse com um sorriso mais falso que um produto pirateado, arriscou esboçar uma expressão de quem estava tocado com o que lera.

–Fico feliz que seja um aluno tão generoso, mesmo recebendo uma carta de desculpas este estado deplorável, amarrotada e com uma escrita péssima. Bom, contudo se foi esse o seu veredicto não irei questionar, então estamos resolvidos. Não se esqueça que sua verdadeira punição começa quando acabar esta viagem, Sakai. – Enfatizou a professora lançando seu olhar para Lily.

–Sim. – Respondeu ela sem animo.

“Não sei o que é pior, aturar os elogios cheios de baba ou a idiotice dessa sensei. “Não irei questionar”... “amarrotada e com uma escrita péssima”... @*&%#1! É com isso que você deveria estar preocupada? Nem mesmo consegue enxergar o que sua própria aluna quis dizer com a carta. É´ uma @*&%#1!, não se pode nem mesmo contar com esses sensei.”

Sadao pensava para si farto de ter que lidar com aquela professora, entretanto ainda mantendo sua compostura.

–Continue a inspirar alunos com suas atitudes Kobaiashi. Estou orgulhosa de você. Agora preciso me retirar, aproveitem a viagem. –Disse a professora com seu humor ainda melhor que antes, sorriu para os dois e se retirou.

Enquanto a sensei dava suas ultimas palavras e o garoto se despedia dela, Lily se posicionou para que a mulher não pudesse enxergá-la, mostrou o dedo do meio para Sadao e ainda exibiu um sorrisinho sarcástico, como se tivesse se exibindo de sua vitória. Quando a mentora virou para se afastar dos dois Sakai sorriu para a ela fingindo ser uma boa aluna naquele momento.

Sadao esperou a sensei se distanciar deles e olhou para sua vitima, como um lobo olha para sua presa, que para seu azar já havia sumido de sua visão.

–Não pense que venceu, pois isso só foi um teste. Depois dessa viagem é que começa o verdadeiro desafio. Kekeke... – Enquanto falava para si soltou sua risada perversa.

As pessoas que passavam perto dele sentiram calafrios daquela gargalhada e da pessoa que falava sozinha, Sadao amassou a carta de desculpas e a jogou no chão enquanto caminhava. Quanto a professora, quando se afastava dos dois alunos, após se despedir, lagrimas saltaram de seus olhos emocionados com a carta que Lily escreveu, um sentimento de orgulho de sua profissão tomou conta dela. Evidente que, não queria demonstrar sua profunda emoção na frente de seus alunos. Mal a coitada sabia que aquilo tudo era pura encenação dos dois e a carta de Lily uma completa chacota sobre Sadao.

–Lily-chan! –Gritou Sachiko enquanto abraçava Sakai. A outra clone imitou a irmã.

Por sua vez, Yuri deu um peteleco na testa de Lily.

–Ai! Porque fez isso? - Perguntou ela massageando a testa.

–Porque? Tem certeza que não sabe? Você não deixou a gente te visitar nenhum desses dias. Tivemos que saber pelos professores que você estava suspensa e em espera de punição. E ainda não nos contou o que aconteceu naquele dia que foi embora mais cedo. Nem ao menos nos contatou esses dias. Sorte a sua que Arata te mandou mensagem te avisando dos detalhes da viagem e,ainda assim, nem para responde-la! – Watanabe cruzou os braços mostrando uma cara descontente.

–Desculpe... – Lily se sentiu culpada.

–Não se preocupe. Fico feliz que tenha vindo Sakai-chan. – Alegou Suzuki com uma expressão contente. Lily sorriu em resposta.

–Por acaso você usou essa blusa hoje com um propósito, não é? – Questionou Yuri analisando Sakai, os olhares das outras pousaram na roupa dela.

Lily vestia shorts jeans ligado a um suspensório, uma alça caída na perna e a outra no ombro de Lily, um chinelo de estampa colorida e a chamativa blusa branca estampada com um meme, bem visível, que embaixo estava escrito Me Gusta.

–Tem certeza que não entenderam a mensagem? – Lily bocejou esperando uma reação das outras.

–Uhn. – Todas concordaram com ela e inconscientemente, o instinto feminino de reparar nas outras do mesmo sexo ascendeu dentro delas, observaram as roupas uma das outras, já que não tinham acabado de chegaram ao local e não tiverem tempo para tal coisa.

Naomi estava vestida com uma saia de estampa florida, uma blusa de tecido fino perolado, sandálias sem salto e modernas combinando com a roupa, unhas pintadas e acessórios femininos, além, claro, de seu cabelo estar com um penteado simples e elegante. Não obstante, Keiko usava um macacão jeans, uma blusa estampada com desenhos, All Star bota de cano curto, e unhas pintadas coloridas. Assim como Sashiko que trajava a mesma roupa que a irmã, entretanto as cores eram opostas a da outra. Yuki usava uma roupa mais esportiva, mesmo que feminina, uma blusa preta com um nome estampado de um time de baseball, um short de um tecido leve com uma estampa no canto de um time de basketball, um tênis branco da Nike e um boné com a figura de dois homens lutando artes marciais. Por fim, Arata que não se sentia a vontade exibindo muito seu corpo, logo vestia uma blusa meiga de um tecido fino e solta, com mangas mais compridas, sua saia mais longa que a de Naomi e de um estilo romântica, calçava sapatilhas simples e confortáveis, além de usar algumas bijuterias simples e harmoniosas com sua vestimenta.

–Porque não entramos agora no ônibus e conversamos lá? – Naomi parecia impaciente pelo fato de estarem em pé em vez de sentados confortavelmente no transporte.

–Sim! Aproveitamos e abrimos um lanchinho para comer enquanto não chegamos. – Keiko levantou os braços empolgada só de imaginar.

As meninas se apressaram animadas pelo começo da viagem. Os outros alunos as observavam e fofocavam entre si. Depois de todos os colegas terem entrado os ônibus deram inicio a sua partida.

–Notaram que estamos mais populares que antes? – Comentou Fujimoto atenta aos olhares curiosos e as bocas tagarelas dos colegas e outros de outras classes.

–Fazer o que, com o incidente do porco ficamos faladas na boca do povo e agora com o ocorrido na piscina a coisa só piorou. –Suspirou Keiko também reparando no mexerico.

Lily sentia sua cabeça dar pontadas reagindo aquele pesadelo com todas aquelas pessoas de olho nela e tomou a decisão de se distrair para esquecer tudo aquilo. Chamou a atenção das amigas e começou a contar sobre o ocorrido na enfermaria, com Sadao no corredor, quando foi na diretoria e também como o que se passou quando entregou a carta.

Elas estavam vidradas em cada palavra que Sakai pronunciava e riram com o conteúdo da carta.

–Essa foi ótima! – Comentou Yuri quando parou de rir.

–Mas você deve ficar mais ligada do que nunca agora. – Alertou Keiko, mudando repentinamente sua fisionomia de risonha para perturbada.

–Porque? – Indagou Arata sem ainda entender direito o que a outra quis dizer para Lily.

–Você esta referindo a punição? – Sakai comentou tentando compreender a outra.

–Exato! Vai saber lá se ele não vai se aproveitar disso para revidar da carta. Ele não parece o tipo de pessoa que deixa as coisas baratas. – Respondeu Keiko com uma expressão pensativa.

–Ela ainda terá três dias até lá. A questão é... e se ele for tentar tirar vantagem durante a viagem? – Sachiko aproveitou o raciocínio da irmã para pensar adiante.

–Esta dizendo que ele poderá aprontar alguma no período da viagem? – Concluiu Naomi espantada.

–Porque não? Ele pode fazer algum movimento que não chame muita atenção e quando for a hora da punição ai sim usar os benefícios que possui agora. – Continuou a gêmea.

–É´ uma possibilidade...não vamos saber ao certo até ele agir. Por isso, fique ligada Sakai-chan. – Yuri mirou a outra com uma expressão preocupada.

–Entendi, seja lá o que esse retardado tenha para mim eu estarei preparada! – Lily se levantou de seu lugar, apoiou um dos pés na cadeira e com o punho cerrado levantou o braço como se fosse sair vitoriosa.

–Tenho minhas duvidas quanto a isso... – Fujimoto fez aquele olhar de lado receosa das palavras da amiga.

–Isso me lembrou, o que Fujimoto-chan disse antes no bate-papo da folha de caderno estava certo no final das contas. – Arata disse surpreendida com a dedução da amiga.

–O que ela disse? – Sashiko parecia perdida enquanto trançava o cabelo da irmã.

–Ela disse, “E se ele passou de anjinho e pediu para a professora não pegar pesado com Sakai-chan para depois tirar vantagem dessa oportunidade e aproveitar-se dela como bem entender!”- Suzuki interpretou muito semelhante a Naomi, até o tom de sua voz era parecido.

Todas ficaram boquiabertas com a imitação.

–Mas como ela...? – Keiko ainda não acreditava no que acabara de ver.

–Hohoho! – Naomi soltou sua velha e humilde gargalhada.

–Ta vendo só? Quem ri por ultimo ri melhor! – Continuou ela com seu tom esnobe.

–Ok, ok... aqui esta seu prêmio. – Sashiko entregou um strap de celular que era um boneco robô mecha.

Fujimoto permaneceu alguns segundos olhando aquele boneco e encarou Sashiko, achando aquilo uma piada.

–Sério?

–Você não viu ainda o melhor, abra ele no meio. – Yamada demonstrou empolgação em seus olhos que brilhavam.

A outra abriu e um Power Ranger surgiu. Naomi passou mais alguns segundos digerindo aquilo e Sashiko esperando ansiosa pela resposta. Resultado, Fujimoto atirou o boneco janela afora sem um pingo de hesitação.

–NÃOOOO!! –Yamada parecia abalada, Keiko tentou confortar a sua clone.

–Palhaçada...-Naomi cruzou os braços e observou a reação das espectadoras espantadas com tal vandalismo. Virou a cara expressando uma cara teimosa.

–Ainda bem que comprei o irmão gêmeo dele. –Sashiko tirou da bolsa outro strap de celular igual ao anterior. Gotas surgiram nas outras que não tinham nem palavras para o viam.

–Um minuto se silêncio pelo seu irmão. – Continuou Keiko. Ambas ficaram por um minuto em clima de luto.

–Ok! Isso tudo me deixou com fome. Quem quer comer? – Exclamou Sachiko procurando os salgadinhos em sua bolsa. Seu humor mudou da água para o vinho, assim procedeu exatamente com Keiko.

–Sim, trouxe alguns docinhos que fiz para comermos. – Arata que preferiu nem pensar muito sobre a atitude das gêmeas abriu um potinho cheio de doces enfeitados e decorados, deixando todas com água na boca.

Todas agradeceram a comida antes de comer e se servem.

–Tenho a impressão que essa viagem será bem interessante. – Disse Yuri com uma cara misteriosa.

–Tenho calafrios quando você vem com essas caras, no entanto eu realmente espero não ficar entediada nessa viagem. – Suspirou Naomi apoiando o queixo em uma das mãos.

–Se fizermos as atividades juntas, tenho certeza que será divertido. – Arata retribui alegre sentindo a motivação de estar com amigas numa viagem.

–Se as programações não forem prazerosas nós daremos um jeito que sejam. – Comentou Keiko com um sorriso suspeito.

Sachiko olhou para irmã e como se estivessem conversando por telepatia também replicou com o mesmo sorriso.

–O que querem dizer com isso? – Perguntou Suzuki com um certo receio.

–Se aquela peste me deixar em paz, tenho certeza que aproveitarei o máximo dessa viagem. Se não...sangue será derramado! Muahaha! – Sakai não queria de modo algum que seu descanso fosse perturbado, além do mais por ele, acabou se empolgou fazendo caretas imaginando o que faria se sua alegria fosse atrapalhada.

–Sabia que deveria ter arranjado uma desculpa para não ir a viagem. – Esclareceu Chika consigo, enquanto tinha que suportar aquele grupo de meninas sem juízo, na opinião dela.

–Você só reclama garota! Tenho certeza que vai acabar entediada e no final vai se juntar a nós para se divertir um pouco. – Yuri retrucou o comentário da outra, não resistindo aquele negativismo da outra, sendo que mal tinham começado a viagem.

–Ainda não estou louca para fazer tal coisa. Prefiro ficar só. – Respondeu Ikeda ajeitando os óculos no nariz. Virou a cara para a janela julgando que a paisagem afora seria mais interessante do que dar ouvidos aquele grupo de loucas.

“Todavia... porque será que lá no fundo o que Watanabe disse parece me incomodar? Normalmente eu ignoraria tal comentário ao invés de retorqui-lo. Perturbador!”

Chika permitiu que seus pensamentos se perdessem junto com a paisagem, entretanto foi uma tentativa sem êxito. Graças as vozes frenéticas, das meninas que estavam próximas a ela, que perfuravam incessantemente seus ouvidos afastando sua paz de espírito.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e que continuem a acompanhar a fic =) Logo postarei um bônus especial! Aguardem ansiosos! ^-^



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