It All Started With The Damn Pig. escrita por Nena chan


Capítulo 4
Extra Chapter


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas o extra chapter que eu prometi chegou!! Esse primeiro extra vai ser um experimento, espero que gostem! ^^ Boa leitura!



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Extra Chapter



–Esses acontecimentos se deram quando Lily estava em seu período de suspensão escolar.-


Acompanhava sem ânimo um livro que tinha em mãos, o escolheu para se ocupar. O que não estava dando o efeito esperado. Sentiu algo macio roçando na sua mão caída do sofá, no qual estava deitada. Em seguida ouviu um ronronar familiar e agradável aos seus ouvidos. Em resposta, passou a mão entre os pêlos do animal.


–Obama! Só você para me alegrar nesse tédio mortal. –Suspira ela descansando o livro aberto em sua barriga. O gato de pelo castanho escuro ronronou um pouco mais, mostrando estar satisfeito com o agrado da dona.


–Ainda deitada? Não vai me dizer que faltou a aula novamente? O que está aprontando dessa vez? – Um garoto surgiu se aproximando dela, seu tom de voz indicava que estava sendo irônico.


A garoto o ignorou e continuou falando com seu bichano.


–Como ia dizendo, só você para me alegrar nesse tédio mortal. – Reforçou o comentário propositalmente.


–É assim? Vai ignorar seu irmão mais novo? – Continuou o menino em seu tom sarcástico, repousou os braços cruzados no encosto do sofá. Nesse momento a porta da sala é aberta por um jovem.


–Estou em casa! – Saudou contente os outros dois.


–Bem-vindo! – Respondeu o garoto junto ao sofá.


–É impressão minha ou está pairando um clima esquisito por aqui? – Perguntou o jovem movimentando os braços para mostrar a área que achava de onde provinha o tal clima, no perímetro envolvendo o sofá.


–Parece que a nossa irmã aqui escapou a aula de novo. – Replicou o menino abrindo um sorriso matreiro.


–Verdade? No que se meteu dessa vez Lily? – Indagou o jovem passando a mão nos cabelos dela, deixando-os desembaraçados.


–Pare com isso Derek! Não foi nada disso! Apenas fui injustiçada. – Disse ela afastando a mão do irmão, tentando se explicar impaciente.


Os dois gargalharam com o comentário, para ela não era nada mais do que eles afirmando que não acreditavam no que ela confessou.


–Hum...até nossos pais você está tentando enrolar. Eles pensam que está indo para a escola, no entanto mal tem idéia que você finge estar se arrumando para a escola e depois fica o dia em casa. Será que nossa irmãzinha querida foi suspensa? Huuum?? – A risada do jovem em um instante se converteu em uma reflexão. No final estava se deliciando com sua suspeita, agora revelada.


Lily desviou o olhar do irmão e arriscou um esclarecimento dos fatos, contudo mudou de idéia.


–Não é da sua conta. – Pegou o livro do seu colo para escapar daquela conversa.


–Não é? – Ele encarou o irmão, que respondeu com um leve balançar de cabeça, reprovando-a de tal comportamento. Claro que acompanhado com seu toque de deboche. Em seguida encarou a irmã, ela reparou que ele estava com aquele pequeno sorriso que transmitia: Se eu fosse você não ousaria ir contra mim. Ela permaneceu alguns segundos parada, o encarando de volta, sem saber como respondê-lo.


–Vejamos querida irmã, imagino que nossos pais não gostariam de ficar sabendo que a filha deles estava mentindo para eles e ainda mais para ficar em casa, fazendo o que? Nada! E o que é pior, porque foi suspensa por motivos que acredito não serem nada agradáveis na concepção deles. – Ele descansou as pálpebras, apoiando a mão na testa, refletindo uma expressão de quem presenciava a agonia com a cada palavra que declarava.


Lily engoliu em seco, quando um plano lampejou em sua mente. Ela o agarrou pela blusa, o que o deixou sobressaltado. O irmão mais novo ficou estatelado com o próximo passo que ela faria.


–É isso! Você vai servir! Preciso de uma mãozinha em um assunto! – Ela emanava euforia com a descoberta.


–...você sabe que dependendo da ajuda ela vem seguida de um preço. – Revelou ele cauteloso.


–É o seguinte, o diretor da escola vai ligar para falar com um de nossos pais. E eu preciso que você ou Adrian se passe por um deles.


–Ok, minhas costas estavam começando a ficar tensas e estão precisando de uma boa massagem. –Afirmou Derik se espreguiçando.


–Eu estava pensando em comprar o Resident Evil 6, mas já que você se ofereceu, fico grato! – Adrian entrou junto na brincadeira do irmão.


–Entendi, entendi... Não se preocupem que cumprirei com a minha parte, portanto cumpram com as suas. E boca fechada! – Finalizou ela voltando sua atenção ao livro.


–Bom ter uma irmã tão generosa assim, né Adrian? – Se divertir o jovem expondo uma cara satisfeita.


–Né, irmão! – Respondeu o outro imitando a mesma expressão.


“Eu sei que vocês estão dizendo isso, ao meu lado, de propósito, ok?! Façam-me o favor e pulem da varanda!”


Pensou Lily fingindo presta atenção no livro.


–Até me deu fome, acho que vou pedir pizza para comermos. – Disse o mais velho com o celular em mãos, para discar o número da pizzaria.


–Sério? Wa-hoo! –Comemorou Adrian jogando os braços em meio ao ar.


–Vou querer de calabresa! – Continuou ele atrás do irmão, que rumava para seu quarto.


–De novo? Por que não pedimos... – Retrucou o mais velho, até sua voz sumir, a medida que se afastava da sala com o outro.


Uma profunda emoção tomou conta de Sakai, largou o livro no sofá e contemplou aquele momento de felicidade. “Paz!” A palavra surgiu na sua cabeça como uma boa soneca em dia chuvoso. Ela ainda mirou o corredor para certificasse de que eles não voltariam tão cedo e voltou a seu momento mágico.


“Se eu fosse ter que descrever esses dois como acontece nos livros, como seria? Algo do tipo... O cabelo que começava a criar ondulações desde cima, até sua altura curta, do Derek possuí a mesma cor do meu. Um loiro fechado, se aproximando ao dourado. Por causa da sua cor seu apelido aqui era príncipe de ouro. Sua pele era tão branca como a minha, seu corpo comprido não era lá dos mais admiráveis, para sua idade. Devido a seu corpo ser delgado e não ser desprovido de músculos. Seus olhos vividos eram castanhos claros, os meus também possuíam a mesma coloração. Uma das partes de seu corpo que chamava atenção, perdendo apenas para seu cabelo...”


“...Enquanto ele puxou a mamãe, como eu, Adrian puxou o papai. Ele não era alto como Derek, no entanto tinha a estatura certa para alguém de sua idade. Sua pele era um pouco mais escura que a minha e a de Derek. Possuía músculos definidos, pelo fato de praticar esportes. Seu cabelo rebelde como sua personalidade, era de um castanho mais claro. Acho que estaria no mediano, entre o claro e o escuro. Seus olhos eram mais puxados, como os dos orientais, só que não exatamente como os deles, e sua coloração era idêntica a minha e do Derek. A única característica evidente que ele puxou da mamãe e que nós outros irmãos não puxamos eram as sarnas, concentradas na parte de cima de suas bochechas. Creio que minha descrição não foi boa o bastante como as descritas nos livros, contudo é divertido tentar algo diferente, de vez em quando.”


Sakai estava perdida em suas fantasias quando ouve telefone tocar. Ela segue em passos lentos para atender e a voz do outro lado a deixa alarmada. Após algumas palavras trocadas ela responde sem rodeios.


–Vou passar...o número é XXX-XXX. – Então a voz do outro lado replicou.


–Pode ligar agora que será atendido. Não, não irá incomodá-lo. –Ela esperou a voz terminar de falar e depois desconectar. No mesmo instante ela se pôs a correr que nem uma cabra em pânico.


–O monstro acabou de ligar! Digo... o diretor! Dei o numero do seu celular e ele acha que você é o papai. Faça direito o seu papel! – Impôs Lily com um certo nervosismo.


–Ta, entendi. Fique relaxada, vai dar tudo certo. – Rebateu Derek pondo sua mão na cabeça dela para tranqüilizá-la. O celular tocou e ele atendeu prontamente.


–Alô? Sim, quem fala é o pai de Sakai. Eu não estou ocupado no momento, mas precisarei sair daqui a meia hora. Não, não! Não é incomodo nenhum Sr...Isso, Sr. Watanabe. Pode falar. Hum...Sei...Entendo...Ela sempre foi uma menina que demonstrou um gênio difícil de lidar. Sei...Não se preocupe, nós iremos nos responsabilizar pelos custos do vidro. Hum...Não tenho dúvidas que, nesse período de suspensão, ela irá refletir nas suas ações. Ficarei de olho nela! Pode deixar! O prazer foi meu Sr. Watanabe! Adeus!


“Ela sempre foi uma menina que demonstrou um gênio difícil de lidar? Não abuse dos seus poderes Derek! Só porque permiti que falasse no lugar do papai.” Em meio a ligação ela pensou consigo, enquanto mandava para ele uma mensagem raivosa pelo seu olhar.


Quando desligou o celular, Derek lançou um olhar penetrante para a irmã. Lily sentiu o mau pressentimento dar boas vindas a ela. Solta uma risadinha serelepe.


–Nossos termos de contrato serão modificados querida irmãzinha. –O sorriso dele poderia ser simpático, porém sua expressão o entregava como irônico. Até seu tom de voz estava mais ameno.


–Você não comentou nada sobre vidro quebrado. Pode ficar sossegada que eu arquei com os custos da reposição do vidro. O que exatamente andou aprontando naquele lugar? –Ele se mostrava bem calmo para que estava arcando custos para ela. Ao mesmo tempo estava curioso para saber o motivo da rebeldia dela.


–Obrigada. Que tipos de condições pretende impor no contrato? –Lily podia sentir as pequenas gostas de nervosismo descendo por seu rosto aflito.


–Cada coisa no seu tempo irmãzinha. –As palavras pareciam ser ditas lentamente, como se ele estivesse se divertindo com a situação, o que viria a acontecer.


–Já que as coisas serão no meu tempo, vocês me procuram daqui a três anos e colocamos em prática PS termos do contrato, ok? –Se desvencilhou do assunto com um sorriso largo e um piscar de olho. Ela se virou nos calcanhares, tentando escapar dali.


Adrian a segura pelo colarinho da blusa, enquanto ela balançava as pernas na tentativa de escapar. Ele a jogou no sofá, o que a faz cair deitada. Tanto ele como Derek sentaram em cima da Irma, que estava de costas para eles.


–Vocês querem me matar? –Ela esbravejou, sentindo sua bochecha pressionada contra o sofá.


Ambos irmãos fingiram que não a escutavam, fuxicando algo no ouvido entre eles. O que deixou Lily mais enfezada.


–EI! SAIAM DE CIMA DE MIM!! –Brandiu bem alto para receber a devida atenção. Até tentou se soltar do peso dos dois, porém sabia que isso seria inútil.


–Calada! –Reclamou o menor retirando uma meia do pé, enfiando-a na boca de Lily. Para a fúria da menina que nem cuspir a meia podia, pois ele a segurava para assegurar que ela não a retirasse.


Os irmãos continuaram confabulando entre si. Apos sua prazerosa reunião, ambos olharam Lily e em seguida trocaram olhares, satisfeitos com o resultado. Veias saltaram em diversos pontos do corpo de Lily, ela estava a ponto de explodir.


Derek saltou para se refugiar atrás do sofá, enquanto Adrian não teve sucesso em sua fuga. Lily avançou, que nem uma leoa possessa, com as mãos no pescoço dele.


–Seu @*&%#1! Enfie essa @*&%#1 no seu @*&%#1! Da próxima vez não vou deixar passar só com um estrangulamento! Mas que @*&%#1! Grave bem as minhas palavras!–Rugia ela, seus caninos expostos, ainda estrangulando o garoto. Que nem conseguia respirar direito, quanto mais se pronunciar.


–E você também seu @*&%#1! –Virou o olhar para o irmão mais velho, ainda segurando o pescoço do outro, a alma dele já se despedia de seu corpo.


–Nem pense que vai escap...


–Lily...vou esclarecer sua primeira tarefa! –Interrompeu ela, mudando para um assunto que sabia que iria trabalhar com toda a atividade cerebral dela.


–....-Ela o encarou com olhos sorrateiros, ainda em modo felina. A frase dele fez com que ela esquecesse do irmão menor e o soltasse subitamente no chão.


Derek alargou seu sorriso, o que não era um bom sinal. Antes que revelasse a sentença, Adrian despertou-se, eufórico, para presenciar o momento da reação dela.


Algum tempo depois de finalizaram a janta...


A nossa protagonista se mostrava com a cara mais desanimada que alguém poderia usar. Ela dançava em frente a TV, mexendo seus pés de acordo com o que o tapete de dança indicava. E não acaba por ai, ela foi obrigada a vestir uma fantasia de um pedaço de tender. E ainda mais, usar uma peruca igual ao cabelo do Elvis e um óculos escuros idêntico ao dele. Claro que a fantasia, a peruca, e o óculos não teriam sentido algum se ela não estivesse cantando e dançando ao som da musica “Love me tender.” do Elvis. Para piorar o nível do desafio, seus irmãos a fizeram tocar um violão de criança enquanto dançava e cantava.


–Ei Lily! Porque esta dançando no nível médio? Eu disse que só valeria se fosse no nível mais difícil. Pode começa tudo de novo! –Murmurou Adrian ao jogar uma almofado nela do sofá.


–Outro ponto importante, não sinto a empolgação de você. O Elvis com certeza não faria a dança de tapete dessa maneira. Tsc, tsc! Como vou fazer uma gravação de qualidade com essa sua cara de mosca morta? –O mais velho balançou a cabeça, fechando os olhos, em reprovação aquele comportamento dela.


–Vou aproveitar e tirar fotos! Não é todo dia que conseguimos uma raridade dessas! Hahahaha! –Gargalhou o garoto ao mesmo tempo que procurava seu celular.


Lily modificou o nível da dança, quase quebrando o controle, e contou até dez, antes de fazer seu exercício de meditação da mente:


“Tudo para que meus pais não descubram! Tudo para que meus pais não descubram! Tudo para que meus pais não descubram! Tudo para que meus pais não descubram! E pelos gastos do vidro! Tudo para que meus pais não descubram! E pelos gastos do vidro! Tudo para que meus pais não descubram!...”


Detalhe: Naquela tarde, Lily provavelmente quebrou o recorde de pessoa com mais veias que saltaram em seu corpo, em tão pouco tempo.


The End – Extra Chapter


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Notas finais do capítulo

Obrigada aos que lerem e espero que continuem a acompanhar a fic! See you guys! o/



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