Red Jealous Love escrita por letdidier, Gabs Pie


Capítulo 5
"She’s a liar. She loves me."


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a pequena demora shashhsaahs reclamem com Gabs, ela que demorou pra escrever u-u kkkkkk espero que gostem xD
- pequena observação da gabs: SOU UMA MENINA OCUPADA, LETÍCIA. -ou não. BUT I HAVE THINGS TO DO U-U (e as vezeeeees eu ficou com um pouquinho de preguiça e-e). E como minha cara amiga citou, espero que gostem :B



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Cho bateu forte na porta de madeira à sua frente, três vezes seguidas. Enquanto falava meio alto “Abra a porta. CBI”.

Uma mulher loira de camisola em plena 13hs da tarde de uma segunda-feira atendeu impaciente. Parecia ter acabado de acordar.

– Olá senhora... Meredith Williams, certo? – A mulher fez que sim com a cabeça e Cho continuou - Estamos investigando um assassinato. Podemos lhe fazer algumas perguntas?

– Claro... Entrem.

Ela deu passagem para os dois homens na sua varanda.

– Querem chá? – Meredith perguntou, colocando um casaco por cima da camisola – Ou café?

– Não obrigado – Cho respondeu, sentando-se no sofá de couro preto.

– Eu queria um café, por favor – Rigsby disse. Cho lhe olhou, repreendendo, mas com sua mesma expressão séria.

Ela foi até o outro lado do cômodo que usava como uma minúscula cozinha. Não que sua casa fosse pequena. Era enorme, na verdade.

– Estão atrás da morte de Sarah Parkson, não é?

– Claro. Nós... Soubemos que ela tinha problemas no trabalho – Rigsby se pronunciou encostando-se às almofadas verdes com alguns desenhos que lembravam folhas, flores, animais... Talvez uma floresta.

– É. Ela era uma mulher rigorosa... Algumas pessoas não gostavam disso.

– Você? – Cho tentou.

– O quê? Agora sou suspeita? – A mulher indignou-se.

– Só responda – Ele disse.

– Não, ela era muito cuidadosa comigo. Afinal, eu era sua chefe.

– Entendo – Respondeu Kimball.

– Então... Quem veio à sua mente quando nós citamos que ela tinha problemas no trabalho?

– Como? Vocês querem meu palpite? Esse trabalho é de vocês – Ela disse, virando-se para onde eles estavam sentados – E quer saber? Eu não faço ideia de quem a matou. Mas não acho que tenha sido ninguém da empresa. Sarah tinha problemas em casa, pelo que sei. A empresa do seu marido, principalmente.

– A empresa do Mr. Parkson?

– Dos Mr. Parkson. Ele e o irmão são sócios.

Cho anotou a informação num pequeno bloco de anotações. O celular de Rigsby tocou.

– Só um segundo – Disse ele.

Atendeu.

– Alô? Oi, Jane? Diga a chefe que descobrimos que... Você o que? Então porque está com o celular dela? Jane, o que você... Hã... Sim. Quer dizer, não! Jane, você... Droga. Desligou.

Rigsby olhou pra Cho de modo significativo. O agente entendeu o recado.

– Foi um prazer falar com você, senhora – Disse Kimball para a chefe Meredith.

– O mesmo – Ela tomou um gole do café.

Os dois agentes saíram da casa.


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Lisbon continuava alí, tentando inutilmente imaginar o que Jane faria com seu celular. Depois de muito tentar, finalmente desistiu. O consultor era imprevisível. Não importava quanto tempo passasse alí, sabia que nunca adivinharia. Ela suspirou. Patrick Jane... O que faria com ele? Ele só sabia deixá-la mais confusa...

Desde o primeiro dia que o viu, o achou o homem mais charmoso e bonito que já conhecera. Mas, claro, também previu que seria convencido e arrogante. E ele era. O que Lisbon não previu, é que eles estariam como estão hoje. Isso ela não teria previsto nem em um milhão de anos!

Jane foi, devagar, conquistando um espaço no coração dela, que ela nem conhecia. De fato, Lisbon mantivera seu coração fechado por muito tempo. Trancado, a cadeado. Mas Jane, como sempre fazia com as portas da vida real, também dera um jeito de abrir a do seu coração, bem discretamente. Tão discretamente que, de uma hora pra outra, Lisbon já o viu conquistando cada vez mais espaço lá dentro. E também dando espaço para que os outros ao seu redor o fizessem.

Jane a havia mudado. E ela detestava admitir, mas pra melhor.

Respirou fundo. Até aí tudo bem, era aceitável. Eram amigos. Melhores amigos, ela arriscava pensar. Não que fosse dizer isso em voz alta algum dia. Mas como as coisas chegaram onde estavam agora? Era óbvio que havia um flerte entre os dois. Sempre houve. Mas era mais uma brincadeira.

Porque as maiores drogas de verdades começam com as brincadeiras mais bobas?

Lisbon suspirou. Não havia percebido. Ou melhor, percebia, mas preferia não pensar no assunto. Era muito mais fácil sufocar todo aquele sentimento confuso, sem cabimento, do que encara-lo de frente. Aliás, essa era a única coisa da qual Teresa preferia fugir, desde sempre: Seus sentimentos.

E ela estava indo muito bem assim.

Ou não.

Mas de um jeito ou de outro, as coisas haviam piorado.

Quando Jane fora demitido da CBI, cerca de 6 meses atrás, a ficha dela não caiu. Ela não podia acreditar que aquilo estava acontecendo. Até o primeiro caso. O primeiro caso sem o Jane. Foi muito, muito difícil. Dolorido, de verdade. Só de chegar na CBI e não vê-lo deitado em seu sofá, seu coração ficou pequenininho. Seguiu com o caso, tentando ignorar a falta de Jane. Nenhum dos agentes falou sobre o assunto, mas Lisbon percebeu que todos olhavam na direção do elevador as vezes, com esperanças de verem aquele lindo homem loiro, em seu tradicional terno de três peças, aparecer e andar até eles, fazendo mais um de seus joguinhos mentais, após resolver o caso em alguns minutos.

A ficha de nenhum deles havia caído ainda. E Lisbon sabia disso. Mas quando a noite chegou e, com ela, a hora de ir pra casa, a ficha dela caiu.

Ao chegar em seu apartamento, Lisbon tentou. Ligou centenas de vezes para o consultor. Nada. Diante do fracasso, sentou-se numa de suas poltronas e observou a pequena sala do apartamento. Aquela mesma sala em que Jane a havia hipnotizado. Aquela mesma sala em que Jane bolou o plano que salvou sua carreira.

Jane a salvara alí naquela sala.

E agora Jane se fora. Havia sumido. Sem dar notícias. Demitido. Mandado embora, pra longe... Dela. Lisbon não aguentou. Pô-se a chorar. Soluçava, sem parar. Chorou até altas horas da madrugada. Tentava dormir, tentava se acalmar, tentava pensar em outra coisa... Tentava de tudo... Em vão. Tudo que conseguia pensar era Patrick Jane. Suas piadas, seus olhos, seus joguinhos mentais, seu sorriso... Ah, seu sorriso... Como Lisbon viveria sem aquele sorriso?

Detestava admitir, mas aquele sorriso idiota começava seu dia.

A partir dalí, Teresa não conseguiu mais dormir direito, nenhuma noite sequer. Preocupada. Aflita. Sentindo sua falta.

Foi aí que ela percebeu que não podia mais viver sem Jane. Ela não aguentava. Sua vida saía completamente dos eixos. Ela tentava ser forte, mas estava visivelmente abatida. Ela sabia que o time percebia. E era imensamente grata a todos por não lhe fazerem perguntas.

Então percebeu que sua relação com Jane era especial. Especial demais para ser jogada fora assim. Especial demais pra que não sentisse falta.

E então, depois de seis meses de noites mal dormidas, crises de choro diárias e muita, muita saudade, ele aparece.

Ah, Teresa teve vontade de dar-lhe um soco quando ele disse-lhe que era tudo um plano. Que tivesse contado a ela desde antes! Mas ele não sabia o quanto ela havia ficado mal.

Porque obviamente, ele não se importava tanto quanto ela.

Era assim que ela pensava. Até aquele "Love you".

Jane, definitivamente, havia desestruturado-a com aquilo. No caminho para o galpão onde ficaram escondidos, seu coração estava a mil. Amo você. Eu amo você.

Jane a amava.

De repente, sua cabeça processou a informação. Amor de irmão, claro. Era isso, não era? Ela sabia que sim.

Então porque não estava satisfeita? Porque algo dentro dela a fazia ter que tirar a dúvida? Amor de irmão estava ótimo, não estava?

Não, não estava.

Pela primeira vez na vida, Teresa deixou aqueles sentimentos livres. Não foi preciso muito tempo para que percebesse o sorriso bobo estampado em seu rosto, o coração acelerado e a palma das mãos suando. Lembrou-se de quando ele dissera que se estivesse morrendo ligaria pra ela. Na ocasião, perguntou o que ele diria. Jane não respondeu. Agora ela descobrira. "eu te amo". E se fosse amor de verdade? Amor, como Romeu e Julieta... Não era possível, era? Sua mente gritava que não. Seu coração apenas sussurrava: porque não?

Foi então que ela decidiu que o perguntaria, assim que estivessem sozinhos novamente. Não sabia aonde havia arrumado coragem para aquilo, mas havia. Porque?

Bom, porque se o amor dele fosse amor de verdade... Amor homem e mulher... Lisbon se entregaria. Ela diria algo que, ao que parecia, estava dentro dela há muito tempo sem que ela soubesse: ela também o amava.

Ela ia lhe dizer isso.

Mas aquela merda daquele celular tinha que tocar antes, não é?

Alí naquele quarto de hospital, Lisbon lembrou-se da reação de Jane. Das duas uma: ou ele realmente a amava e estava se fazendo de desentendido ou ele não sabia. Ela apostava na segunda opção: provavelmente Jane não tinha idéia a qual tipo de amor se referia.

Por isso Lisbon o estava alfinetando tanto nos últimos dias. Para ajuda-lo a descobrir.

Não havia sido fácil para Teresa admitir pra si mesma que amava aquele homem. O mesmo homem que fazia de sua vida um inferno, tinha como principal objetivo de vida sua vingança, trabalhava com ela, ainda usava a aliança da mulher morta, era convencido, sedutor, infantil, brincalhão, idiota... É não havia sido fácil.

Mas agora ela estava disposta a saber se ele sentia o mesmo.

Lisbon levou uma das mãos a cabeça, que latejava. Ela não era assim. Nunca fora o tipo de mulher que corria atrás de um homem. Nunca enfrentou seus sentimentos e lutou por eles. Nunca na sua vida.

Definitivamente, Patrick Jane havia mudado Teresa Lisbon, como ninguém nunca fizera antes.

Então Van Pelt entrou no quarto, acompanhada de uma enfermeira.

– Hey, chefe, já está liberada – Grace sorriu – Mas tem certeza que quer voltar ao trabalho?

A enfermeira retirava a agulha que transportava soro para o braço de Lisbon e desligava alguns aparelhos, enquanto Lisbon revirava os olhos pela pergunta de Van Pelt.

– Claro que tenho, Grace! Se eu não estivesse bem, eu não iria, ok?

– Ok, mas me prometa que se sentir-se mal ou qualquer coisa assim, vai me avisar pra que eu a leve pra casa.

– Certo, eu prometo.

A ruiva sorriu e entregou a Lisbon as roupas que ela usava antes de ser internada, pra que vestisse no lugar da camisola do hospital. Lisbon foi até o banheiro e o fez, encarando o curativo no espelho. Não era muito grande, mas, meu Deus, como doía. Pelo menos a franja cobria o esparadrapo.

Teresa sentiu-se aliviada em sentir novamente sua Glock no coldre, mas também sentiu uma enorme falta de seu celular. O que Jane estava aprontando afinal?


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Patrick Jane sorria, sentado em seu sofá na CBI, como sempre. Ele relia a mensagem que havia escrito no celular de Lisbon, sorrindo para si mesmo por saber se passar tão bem por ela. Apertou em “enviar” e esperou. Cerca de um minuto depois, o celular apitou.

– Bastardo, estava do lado do celular esperando, não é? – Jane não pode deixar de murmurar.

Leu a resposta e, quando ia guardar o aparelho no bolso, Cho apareceu e andou até ele, com sua imutável expressão séria e braços cruzados na altura do peito.

– Jane. O celular.

– Que celular?

– Rigsby me disse que está com o celular da chefe. O que está aprontando?

– Meh, nada de mais, só pertubando-a. Notou como ela fica louca quando está sem o celular?

– Anhã – Cho disse, irônico. Então estendeu uma das mãos – Devolva.

Jane retirou o aparelho do bolso. Cho abriu e checou as mensagens.

– “Carl, sinto muito pelo ocorrido mais cedo, meu consultor (você deve se lembrar dele), estava com meu celular, me desculpe. Ele me disse que você queria falar comigo e já estou sendo liberada do hospital, então gostaria de encontra-lo. Passarei na sua casa mais tarde, que tal? Atenciosamente, Agente Lisbon” – Cho lançou um olhar repreensivo para o consultor, que apenas deu risada. – Acha mesmo que ele vai cair nessa?

– Já caiu – Jane sorria.

Cho apertou alguns botões no aparelho:

– “Claro, seria um prazer! Apareça lá por volta das 7, estarei te esperando! Quanto ao consultor, não se preocupe, é totalmente compreensível, não fiquei chateado. Vi que o cara era um idiota desde aquele dia em que nos encontramos. Bom, aguardo ancioso! Carl.”. Jane, o que pretende com isso?

– Pegar o assassino, como sempre, eu acho – Jane levantou-se do sofá e dirigiu-se a saída.

– Então o assassino é o Carl Parkson?

Jane virou-se de volta pra Cho.

– Eu não disse isso. – Foi tudo que Jane falou, antes de seguir para o elevador da CBI.



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Notas finais do capítulo

Bom, é isso aí. Sei que disse que a Maggie era nesse capítulo, mas ficou pro próximo, se não esse ia ficar muito grande kkkkk espero que tenham gostado :3 reviews? *u*



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