Red Jealous Love escrita por letdidier, Gabs Pie
Notas iniciais do capítulo
Gente MIL DESCULPAS pela demora. Eu e Gabi estamos realmente tentando, mas estávamos atoladas de provas e etc... Desculpa mesmo. Agora vamos tentar atualizar semanalmente ^^ sorry :/
Let
Van Pelt puxou o freio de mão e abaixou os ombros como quem diz “chegamos”. Então as duas colegas saíram do carro, Grace ofereceu ajuda à Lisbon – que recusou imediatamente –, e seguiram em direção ao prédio da CBI.
- Chefe, quer alguma coisa para beber? Precisa de algum favor? – A ruivinha disse, tentando ser o mais amigável possível. Mesmo sabendo que Teresa odiava ser tratada como a vítima indefesa, era preciso, afinal ela tinha acabado de sair do hospital e ainda estava com o curativo na testa.
- Não, não, Van Pelt. Só quero voltar ao trabalho...
- Mas... Chefe, você sabe que tem que evitar muita emoção, adrenalina, ação... Não sabe?
Lisbon revirou os olhos.
- É, eu sei – Falou contraindo os lábios – Viu Jane por aí?
- Não, deve estar lá em cima, ou com Wayne...
- Hm, duvido – Lisbon falou, e foi até a mesa em que Cho estava fazendo anotações – Cho. Viu o Jane?
- Acabou de sair. Deixou isso para você – Ele entregou o celular dela para a chefe.
- Ah, claro – Lisbon o guardou bem no fundo do bolso. Só o tempo sem seu celular já foi suficientes para ter certeza que precisa dele – Você está de saída?
- É, vou com Rigsby. Vamos interrogar o cara sem álibi. Talvez dê resultados.
- Ótimo – Disse a agente – Se achar Jane por aí, me avisa.
Kimball fez que sim, com a cabeça e foi até a saída.
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Nesse momento, o Mr. Parkson e sua mãe entraram na sala onde ele e Maggie conversavam. Steve fez um sinal para que a filha saísse e Maggie o obedeceu, correndo para o quintal.Patrick chegou a casa da vítima bem a tempo de encontrar Steve e Natalie sentados no sofá da sala. O homem chorava, sendo consolado pela mãe. Patrcik riu um pouco diante da cena, afinal, o homem parecia uma criança. Uma das empregadas havia aberto a porta e, como os dois ainda não haviam lhe visto, Jane preferiu não atrapalhar. Seguiu pelos cômodos, calmamente, até sentir algo puxando seu terno pra baixo, bem de leve. Maggie.
- Hey Maggie - Ele abaixou-se para ficar da altura da garota - Como vai minha espiã favorita?
Ela sorriu, fofa.
- Bem... Eu andei pensando... - ela se interrompeu - Onde está Teresa?
Jane riu um pouco.
- Hoje ela não pode vir... Mas você andou pensando....
- Sabe, você não é um espião. Nem ela.
- Ah, não somos? Porque?
- Porque você é um principe, e ela é a sua princesa! Você a resgatou de uma torre?
Jane não pode deixar de sorrir.
- Não exatamente, mas eu já a salvei algumas vezes - ele piscou pra ela - Mas se você quer saber, quase sempre é ela que me salva...
- Sério? Assim é melhor ainda! Eu quero ser uma princesa que nem ela quando eu crescer! Que salva meu príncipe.
- É? E porque?
- Porque os príncipes de hoje tão muito bobos, ué! Quem fica lá sofrendo a história toda sempre é a princesa! Eu não quero, na minha história, o príncipe que vai sofrer e eu que vou salvar ele depois!
Patrick esforçava-se para não rir.
- Você é uma garotinha bem esperta, Mags!
- É... Mamãe sempre dizia que eu era... Pre.... Pre....
- Precócie?
- Isso! ... Patrick... mamãe não vai voltar, né?
O que dizer á uma garotinha nessas horas? Jane apenas balançou a cabeça, negativamente.
- Eu vou sentir falta dela...
- Mas eu vou te ensinar um truque pra você vê-la sempre que tiver saudade.
- É? Eu posso?
- Eu reparei que você é muito boa com faz-de-conta, não é, Mags?
- Aham!
- Então. Agora, todas as vezes que você estiver sentindo muito a falta de sua mãe, você vai fazer de conta que ela está brincando de espiã com você.
- Mamãe gostava de brincar comigo!
- Então! Ai você faz de conta que ela tá com você, pra matar a saudade.
Maggie sorriu.
- Obrigada, Patrick! - ela o abraçou. - Ah, você e sua princesa são felizes pra sempre?
- .... Ainda não.
- Mas porque, ué? Você já salvou ela, e ela já te salvou! O que é que ta faltando?
Jane suspirou.
- Boa pergunta...
- Mr. Jane, a serviçal me disse que havia chegado... Algum problema?
- Não, problema nenhum. Meus... Colegas estão interrogando o colega de trabalho... Parece que ele não tem álibi...
- Desgraçado..
- Mas não acredito que tenha sido ele que a matou.
- Porque? O homem não tem álibi - Natalie se intrometeu. - é óbvio que foi ele, Mr. Jane.
- Não se precipite, Mrs. Parkson.
A mulher apertou os olhos e Jane sorriu.
- Posso ver o quarto da vítima?
- Claro, segundo andar, terceira porta á esquerda. - Steve respondeu.
Patrick agradeceu e subiu as escadas, quando seu celular tocou.
- Grace, finalmente! O que descobriu?
- Nada, Jane, o cara está limpo. Sem ficha na polícia. Nem uma confusão. É cerca de dois anos mais velho que você e mora na cidade há muito tempo, mas faz viagens o tempo todo, passaporte carimbado mais de vinte vezes.
- Ele viaja a negócios?
- Sim. Ele e o irmão são sócios, e ao que parece, como Steve tem uma família, decidiram que o Carl viajaria, quando nessessario.
- Hm. Já foi casado?
- Nunca. E nada aqui sobre prostitutas ou coisas do gênero. A empresa dos Parkson está envolvida com projetos de caridade e... Jane, o cara não tem nem uma multa registrada! Ele é...
- ... Perfeito. Ninguém pode ser perfeito, Grace.
- Eu vou continuar procurando, mas Jane, parece que não há nada que...
- Tente a época de escola.
- Ok... Só um minuto, Lisbon está chegando.
Jane pode ouvir a voz de Teresa do outro lado da linha.
- Onde Jane está?
- Diga que estou na casa da vítima. - Patrick disse, sorrindo.
Van Pelt o fez e Jane podia imaginar Lisbon revirando os olhos.
- Ela mandou que não saísse daí - Grace disse, rindo um pouco - Ela fica louca quando não sabe onde você está.
- Não sairei. - Jane sorriu - Veja se consegue mais algo e me ligue, Grace.
- Hm, Jane? Aqui consta que a empresa foi roubada, cerca de um mês atrás.
- A empresa dos Parkson?
- É. Eles deram queixa, acham que foi um antigo sócio... Mas o homem está com a conta limpa, então o caso está parado. O que acha?
- Hm... Acho que peguei.
- Pegou o que?
- Tchau, Grace! Continue com a pesquisa e qualquer novidade me ligue!
Patrick desceu as escadas e foi em direção a Steve e Natalie Parkson.
- Me corrijam se estiver errado. O emprego de Sarah não tinha a menor importância nas economias, certo? Ela trabalhava porque queria, não gostava de ser dona de casa, madame. Muito pelo contrário, aposto.
- Sim, eu perguntei se ela gostaria de parar de trabalhar, já que não era nessessário, mas ela nunca aceitou.
- Toda a renda da casa era baseada em seu emprego então?
- Sim.
- É óbvio que Sarah não ia deixar o trabalho, estava pretendendo se divorciar! - Natalie disse.
- Sim, e com o divórcio ficaria com metade dos bens do ex-marido. Continuaria não precisando do trabalho, levando em conta a fortuna. - Jane encarou a senhora.
- O dinheiro não ia durar pra sempre, não é?
- Então está dizendo que ela sempre planejou o divórcio?
- Apenas passou pela minha cabeça.
- Hm.
Jane viu, com o canto dos olhos, Maggie escondida em baixo de uma mesa. Ela levou o dedo indicador a boca pedindo sigilo, e Patrick fingiu não a ver.
- Mais alguma coisa?
- Meus colegas estão chegando, brevemente. Acho que vou espera-los por aqui, se não for incômodo.
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Lisbon chegou a casa da vítima em cerca de 15 minutos, desde que Van Pelt dissera que Jane estava lá. Bateu na porta algumas vezes e não surpreendeu-se quando o consultor atendeu.
- Ah, bem vinda, Lisbon! - Patrick brincou.
- Jane, o que está aprontando..?
- Entre, vamos.
Lisbon entrou, desconfiada. Patrick guiou-a até uma sala qualquer, com saída o jardim, e fechou a porta.
- Você está aprontando alguma. Que idéia foi aquela de sumir com meu celular?
- Eu estava tentando resolver o caso. E eu vou, a propósito.
- É? Como?
- Meh. Como você está se sentindo?
Lisbon revirou os olhos. Óbvio que Jane não a contaria.
- A cabeça já está melhor... - Ela suspirou - Achei que não fosse mais me deixar andar sozinha por aí - Brincou.
- Ah, você estava bem protegida com Van Pelt. - Ele sorriu. Depois ficou sério. - Carl deu notícias?
- Não! Jane, que fixação por esse homem! Porque tanto interesse assim? Eu estou menos interessada que você, se quer saber!
- Não? Tem certeza?
- Jane. Por favor. Ele está envolvido no caso... Nem que eu quizesse...
- E você quer?
Ela franziu as sobrancelhas. E então sorriu.
- Talvez.
- Mentirosa. Você não quer, não é? Não está nem aí pra esse cara!
- E se eu estivesse? O que tem de mais nisso? Por que você quer tanto saber?
Jane deu de ombros.
- Não gosto dele.
- Porque, Jane? Baseado em que? Ele nunca te fez nada!
- Ele é perfeito demais, Lisbon. Ninguém pode ser perfeito.
- Jane, ele não é perfeito!
- Sim, ele é. E pessoas assim, normalmente, estão escondendo algo incrivelmente doloroso. Que faria com que a palavra "perfeito" passasse longe na hora de descreve-lo.
- Jane, do que você está...
- Eu só estou preocupado com você.
Lisbon sabia que aquilo era ciúmes. Uma parte dela sabia. Mas era uma parte pequena. A outra parte estava com raiva. Muita raiva. Porque Jane podia aproximar-se de quem ele quisesse, da vadia que fosse, mas ela não podia nem falar com um cara -sendo que ela nem estava interessada nele realmente! Carl era bonito, tudo bem, e ela sabia que talvez, se desse uma chance, ele podia ser um cara maravilhoso, mas ela não estava disposta a dar essa chance. Por Jane. Ja tinha deixado isso bem claro. Enquanto isso, Jane nem havia dado-lhe satisfaçoes sobre as mulheres com quem saía. Erica, Kristina, Lorelei... Mas ela sequer podia ser desejada por outro homem! O que ele queria afinal? Ela não aguentou. Simplesmente ouviu as palavras saírem de sua boca;
- Pelo menos eu não dormi com ele.
Aquilo atingiu Jane como um raio.
- Lisbon, isso é diferente, eu... Sabia que ela era cúmplice de Red John.
- Ah, é. Diferente. Você disse que está preocupado comigo, acha que eu não fiquei preocupada com você? E eu não tive nada com o Carl! Nada, Jane!
O consultor estava meio sem ação.
- Acha que não fiquei preocupada quando aquela vadia me disse que estavam dormindo juntos? Eu implorei internamente pra que você dissesse que aquilo era mentira, Jane. E nada. E sabe o que é pior? Não é só ela! Lorelei, Erica, Kristina... Todas elas Jane! Uma "vidente" que você mesmo dizia ser vigarista, uma presidiária assassina e uma cúmplice de Red John! Acha que não é motivo suficiente pra eu me preocupar? Acha que não machuca saber que você prefere todas elas...- Teresa se interrompeu. O que estava fazendo? Havia explodido. Não, não, não podia explodir. Respirou fundo. Sabia que seus olhos a entregariam pro consultor, então virou-se de costas, passando a mão no cabelo e fingindo estar inquieta. - Quer saber? Não importa.
- Lisbon, eu não... Me desculpe, eu...
- Esquece Jane. - Ele notou que ela segurava as lágrimas. - Só.. Esquece, tá bom?
Lisbon disse, antes de sair em direção ao jardim.
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