Fairy Tail! Aratana Densetsu! escrita por Maya


Capítulo 52
Uns Aos Outros


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna-san! Venho com o capítulo de número 52, que teria ficado um pouco maior se o Word não fosse tão chato. Mas sinceramente o capítulo me agradou muito, e espero que lhes agrade também.
Fiquem com a música tema desse cap. e com ele próprio:
https://www.youtube.com/watch?v=n69h2XVY5nY



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/235990/chapter/52

Assim que o Grupo 4 e Nick chegaram à sede da Cait Shelter, um Kouji ainda inconsciente foi depositado no chão, para logo depois todos os cinco se sentarem para descansar.

A viagem fora longa, e os rapazes se revezaram para carregar o mago da Pegasus. Não se falou mais sobre as escamas de Nick, embora de vez em quando o rapaz sentisse os olhares preocupados e curiosos dos amigos. Percorreram todo o caminho praticamente mudos, falando só de vez em quando sobre qualquer coisa, até que chegassem ao seu destino.

Logo um mago da Cait Shelter os viu e correu para chamar alguém. Em seguida, os membros do Grupo 5 e Yuri chegaram. Foram até eles, os ajudaram a se levantar e os guiaram até os aposentos masculinos e femininos.

Ao entrar no quarto, Nick deitou-se e tentou relaxar. Não conseguiu; mesmo que as escamas tivessem sumido em minuto de seu braço, a imagem delas não sairia facilmente de sua cabeça. Aquilo não devia ter acontecido. Todo o seu poder de Dragon Slayer do Gelo deveria ter sido armazenado naquela lacrima. Mas e se ainda tivesse um pouco dentro do rapaz? E se, ao executar o Densetsu no Ryu, acabou realizando uma técnica secreta de Dragon Slayer?

Mais ou menos vinte minutos se passaram até que a porta se abrisse novamente. Luke, Misaki e Yano entraram.

– E então? – Começou Koichi. – O que aconteceu com vocês?

Misaki e Yano olharam para Luke, e este respondeu, sério:

– Vamos contar mais tarde, quando os outros chegarem.

– Está tudo bem, Luke? – Perguntou Nick.

O ruivo se virou para o amigo e abriu um sorriso.

– Tudo ótimo, Nicolas! E você? Parece que faz um século que não nos vemos!

Nick apenas sorriu enquanto Luke se aconchegava na cama de cima de seu beliche.

O tempo foi passando enquanto mais rapazes chegavam. Quando o quarto encheu, os recém chegados começaram a entrar em outro quarto vazio, e Nick ficou sem saber quem mais chegava. Tentou fechar os olhos para dormir, mas não conseguiu pegar no sono, ao contrário de Luke, que já roncava. Assim, apenas esperou.

Quando a porta se abriu novamente, era Yuri quem colocava a cabeça para dentro do quarto.

– Todos já chegaram – anunciou. – Vamos para o salão da guilda.

Nick se levantou num pulo, e saiu na frente de todos os outros.

Ao adentrarem o salão, viu que as garotas já estavam lá, sentadas a uma grande mesa preparada pelos membros da Cait Shelter. Procurou Yume; ela acenava para ele, indicando o lugar que guardara. Foi até lá e se sentou, sorrindo para a namorada, na tentativa de esconder sua preocupação. Por algum motivo, achou que ela tentava fazer o mesmo.

Na verdade, olhando ao redor, Nick percebia que todos estavam estranhos. Carregavam expressões abatidas e cansadas depois de sua respectiva jornada, mas ninguém abria a boca, o que era estranho considerando que a maioria ali era da Fairy Tail. Percebeu a presença de uma garota que desconhecia, e de... Kazuo?

O Dragon Slayer da Neve encontrou o irmão e foi até ele, ajoelhando-se ao seu lado. Nick parou de observar a cena quando Yuri finalmente começou a falar.

– Boa tarde, pessoal. – Ele sorriu. – Felizes com o reencontro?

Nem mesmo os mais animados das guildas fizeram mais do que acenar a cabeça ou murmurar um "sim". Yuri desfez o sorriso e seguiu com o discurso.

– Tenho certeza de que todos passaram por momentos difíceis e entendo que ninguém queira falar, mas é preciso. Sinto muito. Falar sobre o que aconteceu pode ajudar nesse final da missão. Alguém se voluntaria a começar?

Todos permaneceram calados. Por baixo da mesa, Nick apertou a mão de Yume firmemente, e ela retribuiu o gesto da mesma forma.

Depois de um silêncio que pareceu durar horas, Nadeshiko levantou a mão. Deivid olhou imediatamente para ela.

– Você não deveria contar sem que tenhamos certeza primeiro – aconselhou-a.

– Está tudo bem, Deivid-kun. – A garota suspirou e começou: – No começo da missão, nós fomos atacados e nos separamos. Deivid-kun encontrou eu e Neko e seguimos a viagem juntos. À noite... Aquele tal de Issei apareceu.

Os magos da Fairy Tail e da Eletro Magic se surpreenderam. Com o canto do olho, Nicolas viu Ace cerrando os punhos sobre a mesa.

– Ele e Deivid-kun começaram a lutar, e eu usei minha Fire Magic para separá-los. Mas aí o Issei disse que minhas chamas... Eram iguais a chamas de Dragon Slayer. – Nadeshiko fez uma pausa, enquanto os amigos continuavam a encará-la, assustados. – Então, eu pensei... Eu fui criada em –um laboratório. Os cientistas provavelmente usaram o DNA de alguém para me criar. E se esse DNA for do Natsu-san?

O silêncio voltou, até Ace quebrá-lo.

– Então você será tipo a minha tia? – Disse ele sorrindo de orelha a orelha. – "Nadeshiko Dragneel". Maneiro!

Alguns riram, aliviando a tensão na mesa. Nadeshiko também sorriu, vermelha.

– Mas isso pode ser sério, Ace – interveio Yuri. – Se o Issei quer matar todos os Dragneels, Nadeshiko pode ficar em perigo se tiver mesmo o DNA do Natsu-san.

– Foi exatamente o que ele disse – falou Deivid. – Disse que iria pesquisar, e se isso fosse verdade, ela não viveria por muito tempo.

A tensão voltou, junto com a raiva principalmente dos membros da Fairy Tail. Natasha e Koichi não completaram a história de Nadeshiko; nada demais acontecera a eles quando foram separados do grupo. Nick estranhou que Ace não tivesse se levantado e gritado uma ameaça a Issei; ao invés disso, permaneceu sentado e cabisbaixo, até também levantar a mão. Todos olharam para ele.

– Nosso grupo também se separou. Eu fui pego por Jet... Meu irmão gêmeo. – Ele parou enquanto todos absorviam a notícia. – Ele me levou para a Heartfilia Kozern. Nós lutamos enquanto desabafávamos, e depois da luta, fomos visitar o túmulo da obaa-chan. Lá, eu pedi que ele recontasse a história que o ojii-chan nos contou no dia em que morreu... A história de quando matou os pais do Issei.

Ninguém disse nada enquanto Ace trincava os dentes. Ele tremia de leve. Mia colocou sua mão sobre a dele, e o rapaz sorriu em agradecimento. Continuou:

– O ojii-chan realmente matou os pais dele. Foi um acidente, mas ele os matou...

Ace começou a tremer cada vez mais, e Mia o puxou para um abraço. Yuri esperou um pouco para perguntar a Elijah:

– E o que aconteceu no seu lado?

– Ah... Quando Ace foi embora, ficamos com o irmão de Mia, Dylan, e meu irmão, Malik.

O mago de madeira ergueu levemente as sobrancelhas, não parecendo tão surpresa quanto deveria por descobrir que Malik, que vira discutindo com Clay, da Quatro Cerberus.

Elijah contou que lutara contra o irmão e que o mesmo havia contado que Elijah é, na verdade, um Dreyar. Logo depois Mortis contou que começou a lutar com Dylan ao saber que ele era um mago da Realm of Darkness, a mesma guilda que destruiu a vila onde nascera.

Um por um, os outros magos foram contando o que aconteceu com seus respectivos grupos. Luke disse que lutaram contra Angus, o demônio devorador de almas, e contou a história de sua infância; Aiko falou sobre seu encontro com Isaac, outro mago da Realm of Darkness e assassino de Gray e Juvia; Hiromi, sobre seu reencontro com a namorada e a luta de Yume contra Kazuo; Satoshi, sobre a chegada em sua vila e sua luta contra o tal Mathias; Ruby, sobre sua luta contra seu irmão Leon e sua morte. O tempo passava enquanto cada contava o que havia acontecido. Após a história Shuichi, que disse que seu grupo também encontrou Issei, todos se viraram para Nick. Agora que reparava, só sobrava ele e o grupo de Diego.

– O que houve com você, Nick? – Perguntou Felicity.

Nicolas olhou para a amiga; ela parecia preocupada, assim como os outros. Sua apreensão devia estar estampada em seu rosto.

Olhou para Yume, que o encarava com um rosto preocupado, mas com um leve sorriso no rosto para encorajá-lo a falar. Nick tentou sorrir da mesma forma. Porém, apenas soltou sua mão e a juntou com a outra sobre a mesa. Desandou a falar sobre sua luta contra Kouji, escondendo a parte das escamas

Ao final, os magos continuaram a olhar para ele em silêncio.

– Hã... Mas e antes disso? – Indagou Ammy. – Você estava com sua irmã, não estava?

Não havia mais como enrolar. De cabeça baixa, Nick contou sobre sua passagem por Shirotsume, seu encontro com Kazumi e Kenta, seu treino com Hearther, e finalmente, sobre o seu passado.

Quando levantou a cabeça, o rapaz notou que todos o olhavam perplexos, com exceção de Yuri; seu amigo de infância o encarava com curiosidade, como se quisesse resolver um enigma.

– Podemos falar disso depois, Nick – disse o mago de madeira enfim. – Grupo 2, só falta vocês.

– Até que enfim! – Exclamou Eriol. – Pensei que nunca chegaria a nossa vez! Já estava explodindo de ansiedade.

Nick viu Eriol olhar para ele de relance e dando um breve sorriso. Queria quebrar um pouco da tensão. O mago de gelo agradeceu mentalmente.

Mas não funcionou. Durante toda a narrativa empolgada de Eriol sobre sua luta com Gabriel, os olhares se concentraram apenas em Nicolas. Apenas quando Diego interveio para falar sobre o segredo de Nonoka que o pessoal começou a prestar mais atenção no grupo.

–... Por isso, eu acho que essa aliança entre nossas guildas deve continuar de pé para todos podermos ajudar Nonoka, e nos ajudar futuramente quando for preciso – concluiu Diego. – Estão dentro?

– É óbvio que estamos dentro! – Gritou Natasha. – Mas você, Nonoka! Devia ter contado isso antes! Eu já teria quebrado a cara de cada um desses malditos cientistas, desses desgraçados que queimaram tua pele, desses...

– Acalme-se, priminha – interveio Yuri, fazendo a Dragon Slayer de Metal se calar após resmungar um "acalme-se você, priminho". Ele olhou para Nonoka. – Você devia mesmo ter contado. Pode sempre se abrir com a gente. Somos uma família não somos?

Nonoka sorriu, e Yuri retribuiu o sorriso. Nick riu de leve. Nunca vira o amigo olhando para alguém com tanto carinho.

– Bem... Kazuo – ele continuou, saindo do transe. – Você tem algo para nos contar, não tem?

Kazuo se levantou, saindo do lado do irmão inconsciente deitado em um colchão, respirou fundo e começou. Então, apenas Kazuo e Kouji eram irmãos de sangue, Ethan os adotou e os fez virarem Dragon Slayers de Quarta Geração, e fez o mesmo com Kenta depois? E como assim eles dividiam suas almas com seus dragões, e por isso provavelmente teriam que morrer?

Com exceção do pessoal do Grupo 9 e Akane, a garota que estava de pé, o espanto foi geral. Em meio ao susto, Nick tentava imaginar de qual geração seria. Não se lembrava de nenhum dragão, e tinha certeza de que a única lacrima que poderia ser instalada nele estava guardada em seu bolso, agora parecendo pesar uma tonelada.

Um longo silêncio se fez após Kazuo terminar de falar. Yume finalmente o quebrou:

– Mas talvez eles não precisem morrer. Se minha hipótese estiver certa... Derrotar Ethan tirará suas almas do poder dos dragões.

Yume contou resumidamente sua ideia. Parecia realmente determinada a não deixar os Nakamoto morrerem. Nicolas sentiu uma pontada de ciúmes.

Quando não havia mais ninguém para falar, Yuri tornou a se levantar.

– Acho que vamos precisar de um tempinho para absorver tudo antes de vermos a grande atração do dia. Vejo vocês mais tarde.

–--

A noite caiu, e Nick e Yume se afastaram de todos para finalmente terem um momento a sós. Não vendo ninguém ao redor, deitaram-se sobre a grama, de mão dadas, e contemplaram o céu estrelado em silêncio.

O rapaz ansiava por esse momento. Passou pouco tempo com Yume depois de iniciarem o namoro, e sentia falta dela. Estava feliz por saber que ela estava bem, por tê-la ao seu lado novamente.

– Você está bem?

Nick virou o rosto para encarar aqueles olhos verdes brilhantes que tanto adorava. Sorriu.

– Agora estou.

Yume sorriu de volta.

– Sabe que estou sempre aqui por você, não sabe?

– Sei. – O rapaz se aproximou da namorada para beijá-la. – Sempre soube.

A garota sorriu ainda mais e depositou a cabeça sobre o peito de Nick. Este a envolveu com um braço.

– Posso te fazer uma pergunta?

– Pode.

– Por que nunca tinha falado nada sobre ser uma Dragon Slayer até o Neko te descobrir?

Yume hesitou um pouco antes de responder.

– Eu tive medo. Por ser Dragon Slayer, eu perdi meu dragão... Minha mãe. Só tinha ela no mundo, entende? Eu sofri demais quando ela sumiu. Aí eu entrei na Fairy Tail, e o pessoal da guilda me tratou tão bem, como se sempre tivesse sido parte da família. Pensei que, se contasse que era uma Dragon Slayer, eles sumiriam também.

– Mas você treinou com a Midori-san, não treinou?

– Treinei. Ela me viu praticando algumas técnicas, e me chamou para treinar com ela e Ammy. Midori-sensei disse que, se eu não me sentia confortável em contar no momento, poderia contar quando estivesse completamente segura dos meus poderes.

A garota respirou fundo. Nick a abraçou com um pouco mais de força.

– Mas quando a Midori-sensei morreu, eu fiquei insegura. Parei de treinar tanto quanto antes. A Ammy continuou o treinamento e me aconselhou a fazer o mesmo, mas eu não consegui. Nunca tive total certeza sobre meus poderes de Dragon Slayer, e nunca tive segurança o bastante para contar a vocês. Quando o Lucky descobriu, eu já tinha amadurecido meus poderes, e estava perto de revelar. Ele facilitou um pouco.

– Você deveria ter orgulho de ser quem é, e não medo. É uma Dragon Slayer muito forte.

Yume esboçou um sorriso. O casal ficou em silêncio enquanto o rapaz refletia. Se ela confiou nele o suficiente para contar isso, ele não podia ficar escondendo segredos.

– Tem uma coisa que eu não contei pro pessoal.

– O que é?

– Depois que derrotei Kouji... Depois de fazer o Densetsu no Ryu... Escamas apareceram em meus braços.

Yume deu um gemido com o susto, e virou o rosto para encarar o namorado.

– Mas você disse que todo o seu poder de Dragon Slayer de Gelo tinha sido convertido para uma lacrima!

– Eu também pensei isso. Mas parece que sobrou um pouco.

– Acha que... Densetsu no Ryu foi uma Metsuryuu Ougi?

Nick assentiu.

– Se ainda tiver um pouco de Dragon Slayer dentro de mim... Não saberei como encarar isso. Quando a onee-chan me entregou a lacrima, eu optei por continuar sendo apenas um mago de gelo normal. Ser um Dragon Slayer...

– Ei. – Yume ergueu o tronco para poder olhar o amado nos olhos. Acariciou seu rosto. – Você não está sozinho nisso, lembra? Eu estou aqui. – E aproximou seu rosto do dele. – Eu te amo.

O loiro sorriu. Toda a angústia se extinguira, dando lugar à sensação calorosa que tinha ao lado de Yume desde que descobrira seus verdadeiros sentimentos por ela.

– Eu também te amo.

Eles se beijaram; um beijo terno e amoroso de um casal apaixonado...

– Nick-kun, Yume-chan, estão todos chamando para... Err...

O beijo foi interrompido e os dois olharam para Neko, envergonhados.

– Por que sou sempre eu quem flagra vocês dois?! Vou ficar traumatizado! O Lucky podia levar um susto desses também!

– Eh... Estão nos chamando para que, Neko? – Perguntou Nick, com um sorriso sem graça.

– Ah... Vocês conhecem esse pessoal. Estão fazendo uma festa. Ammy-chan e Dante-kun estão até lutando. Só faltam vocês.

–----

– Pega ela, Dante! – Gritavam Luke e Elijah.

– Acaba com ele, Ammy! – Gritavam Marry e Mortis.

No centro da multidão de magos, Ammy e Dante trocavam socos e pontapés. Ambos arfavam de cansaço, mas ainda assim sorriam. A luta era mais para comemorar a volta do Dragon Slayer do Veneno; não era a luta oficial entre os dois.

A torcida de Ammy vibrou quando a garota desferiu um soco no queixo de Dante e o deixou atordoado. Ela tentou derrubá-lo com uma rasteira, porém, ele se lançou para trás, fazendo o uso das mãos para voltar a ficar de pé rapidamente. Revidou logo em seguida investindo contra Ammy e socando sua cabeça de cima para baixo. Os rapazes gritaram.

– Cansada?

– Nem um pouco. E você, cobrinha? Parece exausto.

– Estou só começando.

Golpes se colidiam em total sincronia enquanto a maioria dos magos presentes gritava de empolgação. Eriol chegava a pular e dar socos no ar. Nem parecia que todos estavam tensos alguns minutos atrás.

– Vai nessa, Ammy! – Gritou Yume.

Como se tivessem ensaiado, os dois Dragon Slayers pularam para trás ao mesmo tempo e inflaram as bochechas. Um rugido de veneno saía de um lado no mesmo instante em que um rugido de ar saía do outro. Com o impacto, o solo se rachou e uma pequena cratera surgiu entre os dois lutadores.

Dante fechou os olhos para protegê-los da poeira que foi erguida, mas Ammy não teve a mesma preocupação. Aproveitou o descuido do amigo e avançou. Socou seu rosto com força e chutou seu peito para derrubá-lo.

– Terminou! – Gritou Eriol. – Como foi combinado, perderia aquele que fosse derrubado primeiro! Ammy Knightwalker é a vencedora! Dante Busujima perdeu de uma garota!

Todos riram, inclusive Dante. Elijah o ajudou a se levantar enquanto Ammy pulava animadamente, recebendo os parabéns de sua torcida.

– Não liga, Dante – consolou Elijah apoiando o braço no ombro do amigo. – Quando chegar a luta oficial, você pega ela!

– É! Nos dois sentidos! – Exclamou Luke enquanto apoiava o braço em seu outro ombro.

– Que...? Ei!

– Qual é! Você gosta dela desde o dia em que chegou a guilda. O mundo sabe disso! – Provocou Elijah.

– E ela também gosta de você – continuou Luke. – Tenho certeza!

O Dragon Slayer do Veneno ficou extremamente corado.

– Mas...

O usuário de Lightining Magic abriu um sorriso brincalhão.

– Bem vindo de volta, Dante.

Dante sorriu.

– É bom estar de volta.

– Pessoal! Um viva para o Dante, que não foi pego pelo Conselho e voltou para nos ajudar! – Gritou Luke.

Os membros da Fairy Tail, e até mesmo aqueles que não conheciam Dante, gritaram em saudação ao Dragon Slayer.

Quando Yume foi parabenizar Ammy, Nick olhou em volta. Todos estavam com um bom humor inacreditável, agora parecendo realmente contentes por reencontrarem seus companheiros. Aiko berrava com Koichi, que ainda não entendia o motivo da bronca, porém a puxou para um abraço e a calou; Hana correu até Misaki e pulou para abraçá-lo, quase o derrubando, mas o rapaz abraçou a pequena e logo depois foi abraçar Lothos e cumprimentar Shuichi; Elijah procurou Yui para ver se ela estava bem e ela se preocupou com seu ferimento no abdômen, mas ele a tranquilizou com um sorriso; Ace deixou Mia corada ao colocar seu braço em volta de seu pescoço; Neko tentava mais uma vez flertar Kay falando de peixes, deixando a Exceed sem saber o que dizer e fazendo Neko quase rolar de rir de seu fracasso; Sasha gritava com Diego enquanto dava tapas leves em seu peite, mas o rapaz logo substituiu a expressão confusa por um sorriso singelo; Eriol e Shirou choravam de rir enquanto trocavam piadas; Felicity tentava provocar Mortis tampando seus olhos com as mãos, embora a amiga apenas risse da brincadeira.

Nick sorriu. Aquilo era típico.

– Encontramos bons amigos, não?

O loiro se virou para encarar Yuri. Sorriu para o amigo de infância.

– Sim. Ótimos amigos. – E aumentou o sorriso. – E ótimas garotas, não?

Yuri ergueu uma sobrancelha.

– Está com outra garota além de Yume, Nicolas? Que horror.

– Hein? Não! Estou falando de você e Nonoka. Vi o jeito que olhou para ela hoje, mais cedo...

O mago de madeira o encarou por uns instantes antes de começar a rir.

– Entendeu errado! A Nonoka é como uma irmã. Quando entrou na guilda, eu e Natasha fomos os primeiros a fazer amizade com ela. É como se fosse da família.

O mago de gelo assentiu, ainda sorrindo; a vermelhidão no rosto de Yuri o desmentia.

– E a Natasha? Quando entrou na guilda? Você nunca contou que tinha uma prima quando éramos pequenos.

– Eu só a conhecia pelo nome. Ela entrou alguns meses depois de sua saída. Metalicana sumiu e seus pais, meus tios, morreram em um incêndio. Aí o Mestre Kevin a encontrou e nos encontramos pela primeira vez. Foi muita sorte; como meus pais sumiram, nós só temos um ao outro como família, e se o Mestre não tivesse a encontrado, continuaríamos separados.

– Entendi. Que bom para vocês.

Yuri assentiu e tocou no ombro do amigo.

– Você e a Hearther estão na mesma situação. Vocês só têm um ao outro como família.

Nick desviou o olhar.

– Você é um Evans – continuou o Collins. – Não há dúvidas disso. Não importa qual era o seu nome e seu sobrenome no passado, pois foram os Evans que lhe deram lar e carinho quando você mais precisou. Eles te adotaram. Te deram esse nome.

Os dois rapazes ficaram em silêncio por um tempo até o loiro desabafar:

– Eu gostaria de ter passado mais tempo com eles. Ou de me lembrar de meus pais verdadeiros.

– Eu sei como você se sente. Sofri muito tempo por causa de meus pais. Ainda sinto a falta dele.

Nick olhou para ele.

– Mas não era você quem dizia que estava feliz por eles terem sumido, pois nunca foram bons pais?

– Papo de menino orgulhoso. Eu sofri por causa do sumiço deles por muito tempo. Ainda sinto sua falta, mesmo que também não tenha convivido com eles por muito tempo também.

O loiro continuou a encarar o amigo, que observava a multidão de magos alegres. Nunca vira Yuri como um garoto que sofria por causa dos pais. Então, percebeu que ele conseguia disfarçar bem demais.

Pôs a mão em seu ombro, chamando a atenção do mago da Pegasus. Nick sorriu e o moreno sorriu de volta.

– E aquela luta, Yuri? Já estamos bem fortes, não é? Já está mais do que na hora de cumprir aquela promessa!

– Eu topo. Quando tudo isso acabar, lutaremos. Feito?

Yuri ergueu o punho, tocando com o de Nick.

– Feito.

– Beleza. Vai festejar. Temos muita coisa para fazer amanhã, e é bom que todos estejam descansados.

– Certo... Você não vem?

– Depois eu vou. Você me conhece; prefiro ficar só de olho.

Nick deu de ombros e acenou para o amigo, indo se juntar aos outros. Yuri acenou de volta e apoiou as costas numa árvore ali perto, observando a multidão que festejava sem se importar com a gravidade da atual situação.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

No próximo...
Mal parece que quase tudo está sendo enfim explicado e que a missão está acabando... Mas não podemos baixar a guarda agora. Ainda temos que lutar muito até podermos voltar para a guilda e esquecer de tudo.
Só que... Será que vamos esquecer do que aconteceu nesses dias? Duvido muito.
Mas não está na hora de pensar no que vem depois! Está na hora de lutarmos juntos, como um time, todos compartilhando seus sentimentos!
Está na hora de mostrarmos a força de nossa aliança!
Não perca o próximo:
"Light Guilds, Unidas!"
Soreha, sayounará!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fairy Tail! Aratana Densetsu!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.