Aurora Azul escrita por Dauntless


Capítulo 4
Capítulo 3 - Sempre a mesma tentativa


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas da minha vida!
Estão rolando muitas especulações ai de quem é essa loira misteriosa kkkkkkkkkk Uns dizem que é a Crystal, será será? Há cada capítulo, mais um passo perto para descobrir toda a verdade.



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Eu tinha que arrumar um jeito de sair da última aula extra que minha mãe havia armado para mim. Minha briga com Lauren havia piorado as coisas, ainda mais quando ela nos viu conversando. Me sinto totalmente um idiota, do jeito que agi na conversa... confesso que estava nervoso, mas cara, eu nunca fiquei nervoso conversando com uma garota antes.

Potato, Duck e Donald também estavam nessa de aulas de reforço.

Já tinham se passado vinte minutos e faltavam mais quarenta para terminar.

–Ai droga! Não irei aguentar essa merda - sussurrei para mim mesmo.

Estávamos sentados nas primeiras cadeiras das quatro fileiras. Sr. Lewis fazia discursos e mais discursos sobre o quão a história era importante e blá blá blá. Como professores de histórias poderiam ser tão... chatos?.

–Hey! - ouvi Duck murmurar, ele estava na primeira fileira, eu estava na quarta. Entre nós havia Donald e do meu outro lado, Potato.

–Que é? - abaixei minha cabeça encostando na carteira para poder vê-lo melhor.

–Vamos dar o fora daqui - disse

–Como? - falávamos baixo

–Peça para ir ao banheiro.

–O quê?

Sussurrávamos em meio ao discurso de papagaio.

–Peça para ir ao banheiro e não volte! Iremos um de cada vez, enquanto saímos o outro distraí, até sobrar apenas um.

–Ok! - respondi

–Você primeiro! E alcance sua mina. - piscou

Meus companheiros eram meus irmãos, eles eram leais, e sempre podíamos contar um com o outro. Os três sabiam agora do meu novo interesse, e eles sempre me apoiavam, sempre!

–Algum problema senhores? É algum tipo de deboche? - perguntou Lewis.

–Ann... nada, nenhum problema, é que sabe... estou com necessidades, posso ir ao banheiro? - comecei a enrolá-lo

–Rápido! Temos muito trabalho pela frente

Olhei para Duck e para os outros. Comecei a guardar as minhas coisas e Duck chamou a atenção dele.

–Senhor Lewis, você poderia me tirar uma dúvida?

Papagaio foi até Duck de costas para mim e sai cautelosamente da sala.

Eu não iria correr, se não as pessoas começariam a notar a minha presença. Com leves passos, caminhei em direção do extenso corredor e para o meu azar, eram cinco andares. Mas antes de tudo, chequei pela janela se alguém estava no pátio. Ninguém. Deveriam estar no estacionamento. Desci mais alguns lances de escada e corri os dois corredores.

–Senhor Mayer, posso ter uma conversinha com você? - Uma voz musical soou de uma sala enquanto eu corria.

Era Carmen.

–Me desculpe Carmen, mas eu realmente preciso ir, é muito urgente! - andei antes que ela me chamasse outra vez.

–Volte aqui Peter! Sei que está matando aula. - mulher esperta

–Tudo bem tudo bem, mas pode ser rápida? - perguntei franzindo os cenhos.

–Só me de alguns minutos - piscou e assenti entrando dentro de sua sala.

Carmen estava arrumando e organizando alguns materiais de arte como pincéis e tinta. Seu cabelo encaracolado estava prendido em um rabo de cavalo com trança. Carmen abaixou os óculos e se sentou em sua cadeira. A pequena professora indicou com o dedo para que eu também sentasse.

Peguei uma cadeira baixa que estava em um canto e coloquei-a em sua frente correndo.

–Cuidado menino, quanto mais pressa tiver, mais tempo levaremos. - deu uma pausa - Bem, eu te chamei aqui para conversármos sobre o seu futuro e...

–Essa conversa de novo não, por favor!

–Me deixe terminar, - começou a ficar fria, isso não era bom - Olha garoto, não importa mais quem conversou isso contigo, só estamos tentando te ajudar - Carmen me olhou com cara de sinceridade e de quem era inofencivo - a maioria dos seus amigos estão em faculdades agora, você sabia? Não parece mal para você?

–Olha, eu sei o que você irá me dizer, mas entenda que eu reconheci meus erros e estou tentando fazer o possível para concertá-los...

–Filho, alguns erros não podem ser simplesmente concertados, como atos do passado, - me deu um meio sorriso - não podemos voltar no tempo, então tente um recomeço! Faça disso tudo valer a pena. Você sempre foi um menino bom comigo e nunca tive problemas com você, mas se esforce com as outras pessoas. Aproxime-as de você invês de afastá-las, entendeu? Faça as coisas por você e pensando no seu melhor.

–Sim, eu entendi, mas... - olhei para a mesa dela mechendo os dedos - é como se todos me vissem diferente... quando cheguei, eu... vi nos olhos delas que... - o que eu estava fazendo? Ela era a minha professora!

–Não faça as pessoas terem medo de você e sim respeito por você Peter. Eu sei o tipo de menino que você é, já fui aluna, já convive muito com isso. Eu não quero que mude, você é inteligente e isso é bom! Mas quero que encare o mundo real, você tem uma longa vida pela frente.

–Eu sei, considerarei essa conversa, não se preocupe... an... posso ir agora? - perguntei me levantando. Eu nem sequer havia tirado a minha mochila das costas.

–É uma garota não é? Aposto que é a nova. Meninos tomam essas atitudes quando estão interessados em alguém, mas tome cuidado para não se apaixonar pela pessoa errada e entrar em um abismo. - Carmen sorriu para mim - Dianna é uma boa garota, não estrague tudo.

–A...

–Pode ir

Carmen era sinistra, ela sabia de tudo e mais um pouco do que acontecia nesse colégio. Posso dizer que essa mulher me conhece mais do que a minha mãe.

Alcancei o próximo lance de escada e finalmente estava no térreo. Muitos adolescentes estavam circulando pelo enorme pátio e senti alguém me puxando para tráz.

–Peter! Quanto tempo bro, cadê o resto da banda? Ficaram em Londres? - Eu conhecia aquela voz.

James me puxou para seu lado me abraçando com o braço. Jogador de futebol americano idiota.

–Oi para você também e para... - olhei para a turma que estava com ele. O mesmo de um tempo atrás. - oh, o que eu perdi nesse último ano

–Nós estamos aqui outra vez, com você amigão!

O que diabos eles estavam fazendo no Arcadia? Pensei ter me livrado de todos esses idiotas. Há alguma coisa errada, Lauren e sua turma, agora a de James... Tem algo nisso.

–Estamos todos juntos de novo, como nos veeeelhos tempos. Soube da briga? Está rolando lá no estacionamento, estamos indo pra lá agora, você não vem? - disse me soltando e me encarando.

–Claro - disfarcei a voz

Ok, chega de brincadeiras, isso é uma piada? é uma pegadinha? podem mostrar as câmeras escondidas, eu não estou achando graça disso. Lauren com James? Eu não estava surpreso, mas as mentiras... também não era para eu estar surpreso. Era melhor eu não esquentar com isso e deixar para lá, esses babacos não valem nada. Mas se James tocar um dedo em Dianna, eu parto para cima dele.

Saímos entres as lápides da entrada para o prédio e andamos até o segundo bloco do estacionamento.

A briga não havia começado, mas Lauren e sua turma estavam começando a incurralar Dianna. Ela estava do lado de um Toyota cinza . Deus, uma loira deusa grega do lado de um carro grego. Definitivamente ela era rica. Ou talvez milionária.

–Vai começar! Alguém trouxe a pipoca? - disse um dos idiotas do grupo de James.

Essa não, o que você irá fazer Peter?


~Dianna~

Que estranho, era impressção minha ou as pessoas estavam me incurralando. Haviam um grupo de meninas com o uniforme das líderes de torcidas vindo em minha direção e outra de garotos altos com casacos vermelhos escrito ''Titans'' na frente. Ah isso não vai ficar nada bem. E para a minha surpresa, Peter estava lá.

Guardei minha bolsa no carro e me preparei para o que estava vindo. Será isso implicância por causa do primeiro dia, por eu ser nova ou o quê? Meu dia estava sendo tão calmo e perfeio.

–Ora ora ora, a novata que logo não será mais loira. - disse a loira magricela que estava falava com Peter hoje mais cedo.

–Lauren certo? - perguntei

–Olha - mostrou estar surpresa - ela sabe meu nome, que grande honra! - ironizou.

–O que vocês querem? eu realmente preciso ir - sorri

– Na na na na na na - Lauren fez som com a língua - não antes de esclarecermos uma coisa - ironizou outra vez - Olha loira que não será mais loira, só há uma nessa escola e sou eu! Então aqui vai o meu conselho: - disse se aproximando de mim com os braços cruzados - você irá pintar seu cabelo mas não irá deixá-lo loiro, se não o fizer, sua vida será um inferno aqui no Arcadia até o seu último dia aqui nesse lugar, você me entendeu?

Soltei um sorriso e cruzei os meus braços.

Já percebi que essa garota seria um problema para os meus planos, mas como prometi, ninguém mais irá se aproveitar de mim ou me passar para trás.

–Eu entendi - falei

–Ótimo! Recado dado! - me deu um sorriso mas sumiu no mesmo tempo que apareceu.

–Mas tem um problema - ironizei e Lauren levantou uma sombrancelha - Não irei fazer isso - falei sarcásticamente.

–O quê?

–Você está surda? - perguntei e logo mudei minha expressão. O pessoal que estava envolta vaiou olhando para ela. Uma voz desconhecida soltou um ''Vai deixar?''

–Você sabe quem eu sou? - perguntou apontando para si mesma

–Na verdade, eu não sei. Mas você se parece com uma menininha mimada que deve conseguir tudo o que quer na hora que quiser - olhei-a com desprezo

Mais e mais pessoas se aglomeraram em nossa volta, estávamos conversando no pequeno corredor entre meu carro e um outro . Alguns curiosos até subiam em outros carros para conseguir ver.

De uma coisa eu sei, Lauren era popular - como qualquer líder de torcida - e aonde quer que ela vá, sempre terá público.

–É o primeiro dia, você que veio aqui e mandou eu descolorir o cabelo! Quer saber? Você não vale a pena. Eu não irei descolorir o meu cabelo porque acredito que tenha feito isso com outras garotas, vivi minha vida inteira com pessoas como você, e se realmente quer me destruir, vá em frente - falei soltando os braços - dê o seu melhor, porque eu não tenho medo de você.

Não dei mais um pio. Se aquela loira oxigenada falar mais alguma coisa, juro que ela ficaria com um osso fora do lugar. Entrei no carro e buzinei para que as pessoas saissem do caminho.

–VOCÊ VAI PAGAR POR TER FALADO COMIGO DESSE JEITO, VAI PAGAR! - gritou vindo atrás do carro, mas acelerei.

Legal, primeiro dia e eu já estava chamando atenção, agora eu sei porque as pessoas olhavam para mim como se eu fosse de um outro planeta. Elas já sabiam das regras, não era permitido loiras e como eu sou nova, eles sabiam que iria ter discussão e nenhum desgraçado me avisou, nem mesmo Peter.

Mas de qualquer forma, ela e nem eles serão os que irão destruir o meu plano.


~Will~

Eu havia deixado Nova York com um plano em mente. Sei que os soldados são fracos, mas eu tinha que vir para Phoenix e deter essa mulher que destruiu tudo aqui. O que me deixa aflito é o fato da outra parte não ter sofrido algum dano. Bem, eu não ligava se era o bem ou o mal, eu estava em um lado neutro, assim, não teria guerra entre as duas partes, a paz estaria sempre entre nós.

Desde que estou só, meu carro tem sido um bom companheiro para mim, já que não se confia em mais ninguém, amigos, família... Meu Toyota foi transferido para o Arizona junto.

Os Palmers tinha propriedades em todas as partes do mundo, tinhamos mansões e coberturas luxuosas em todo o canto. Todos, equipados com segurança e armamento. A casa em Phoenix ficava no alto das montanhas, isolada de todos, mas com uma belíssima vista de toda a cidade.

Era noite, as estrelas começavam a iluminar o céu, a lua estava bem no centro delas e isso significava começar com a operação ''Exterminar loira''. Tudo o que eu sabia sobre ela era que tinha cabelos loiros. Podia ser peruca, mas as imagens claras e o computador, confirmaram ser cabelos de verdade. A mulher havia um corpo escultural com mais ou menos 1,70 de altura. Era muito flexível e uma habilidade com armas.

Desliguei a Tv que não tinha nada de bom a essa hora e caminhei para a sala escondida, em uma parede falsa. Após digitar a senha, me sentei na enorme cadeira de couro.

–Computador, iniciar - disse.

A casa inteira era computadorizada e qualquer ordem era concedida.

Abri novamente as imagens das camêras e fui dando slow. Não daria para idêntificar nada do rosto, estava toda tapada por uma máscara desgraçada. Então olhei a bota que estava usando. Tinha um salto baixo, bem baixo e era cano alto.

–Computador, analise as roupas, me indique marca e matéria. - ordenei

–Analisando as roupas. Análise de roupas completa. - a robô disse.

A impressora começou a imprimir os dados das roupas e quando todo o papel saiu, analisei todas as marcas.

Como eu havia adivinhado, as roupas não tinham marca, apenas a bota.

–Computador, avise á base que não mecha em nada naquelas salas de operações, irei amanhã coletar evidências.




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Notas finais do capítulo

Vish, quase rolou um fight ai, mas a Dianna não tem muita paciência e esculaxou logo -,- ela tem coisas mais importantes a fazer do que ficar brigando com criancinhas. Reviews? Até



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