Eu vou falar só um pouco de mim, só um pouco.

Eu já fiz um testamento desses antes, mas na época que escrevi, sabe, não sou a mesma pessoa hoje. As pessoas mudam com o tempo, e levei um tempo para aceitar isso. Há várias razões para que isso aconteça, ela pode estar sofrendo influência de alguma pessoa, banda, ou um estilo diferente de vida. Ou ela está crescendo como pessoa, que é o meu caso.

Quantas vezes olhamos para trás? Para as coisas que fizemos? Um monte, não é? Acredito que todos já fizeram isso. E é onde entra a famosa nostalgia. Mas do que eu sei? Absolutamente nada, dezesseis anos são apenas dezesseis anos que são apenas dezesseis anos.

Mas o que essa maluca está escrevendo? Bem, tudo começa com a mudança. Por que mudamos? Na verdade, eu não sei a resposta, mas eu tenho essa santa ignorância de continuar perguntando. Mas por quê? Porque livros, foi a mudança mas drástica da minha vida.

No contexto geral, eu não estaria aqui, se não fosse por um simples ato. Sabe quando nos dizem coisas, coisas que não ligamos, mas que quando a ideia persiste, ela nos persegue? Eu odiava ler e ainda mais de escrever. Na verdade, eu não suportava um livro, nem daqueles que tinham desenhos. Com tudo, em um belo dia, um amigo, começa a falar de livros, um determinado título que fez sucesso. E de uma certa forma, depois de sua persistência, aquilo passou a me perseguir. Em todos os lugares que eu ia, ele estava lá, me encarando, pedindo para que eu o folheasse ou até mesmo o tocasse. Foi um simples ato. Os livros, sempre estiveram perto, mas não o bastante para me cutucar, eram invisíveis para os meus olhos.

Porém é isso. A persistência vence no final. Aceitei o desafio de ler um livro. Parece simples, como ''Olha, leia um livro, é apenas um livro. Livro, palavra de cinco letras, fácil assim''. Mas ler um livro, não é apenas emitir o som das palavras em nossa mente, é você aceitar a entrar em um mundo que não é seu e usar um instrumento que cada um possui, uns mais evoluídos que outros, chamado imaginação. Foi uma experiência diferente, descobri assim, que podemos fantasiar e criar qualquer coisa, com a imaginação. Como o fantástico Einstein uma vez disse:

''A imaginação é mais importante que o conhecimento''

Mais uma vez, por quê isso? Foi o simples ato que, fez minhas lógicas e pensamentos mudarem. Se cada um, fizer esse simples ato, poderíamos mudar pessoas, e mostrar-lhes um mundo mais colorido, um mundo de conhecimentos e tudo mais. Vocês que gostam de ler, entendem. (E eu pareço uma velha falando essas coisas, mas okay).Leitura desperta a curiosidade, que leva a pessoa a ter vontade de escrever. Foi exatamente o que aconteceu comigo.

Eu não imaginaria mais o meu mundo sem palavras escritas por gênios, que são os escritores, não imagino e nem consigo viver em um mundo sem papel e caneta. Fico pensando na pessoa que eu seria, se não fosse os livros, talvez uma estátua? Ou talvez não estaria mais nesse mundo. Ler é bom, faz bem e não engorda.

Um dia, assim espero, serei tão grande quanto os autores que admiro, e serei mais, porque eu sonho alto, alto o suficiente para atravessar todos os limites, se é que existem limites para isso. Falo comigo todas as noites para ignorar opiniões alheias e seguir com aquilo que eu quero e que me faz bem. E um dia, irei publicar um livro e dedicar ele á minha mãe, que não tem confiança nos meus objetivos.

Mas tenho outros objetivos além desse. Eu quero direcionar e produzir cinema, e também me por no papel de outra pessoa em um filme, eu quero emocionar pessoas, não só com as minhas palavras, mas também usando minhas habilidades corporais. Quero sonhar acordada com vestidos, desenhar é um hobbie que eu entendo mas não o domino completamente, desenhar as minhas fantasias e trazê-las para a vida me faz sentir bem. Fora disso, eu sou um ser humano com a cabeça na lua, que ri até a barriga doer, que fala besteiras - bastante delas -, que é direta, que gosta de zoar de coisas bobas, que odeia injustiça e que surta com Taylor Swift e outras coisas que fãs malucas fazem.

São apenas cento e oitenta e seis meses de vida (02/06/13). Daqui há mais quinze anos, continuarei sem saber de nada. O mundo é um completo nada para entendermos.