Pov. Isa

Depois de um longo dia, tedioso pra falar a verdade. Eu fui dormir. Nada melhor do que uma ótima noite de sono depois de um tedioso dia. Não de um dia de trabalho como dizem. Que pensando bem faz mais
sentido que ate eu dormir. Levou muito tempo rolando para um lado. Acho que Hipnos esta de mal comigo. O que eu fiz? Enfim ainda estou rolando de um lado pro outro.

-- Mel, como eu faço para conseguir dormir? – perguntei. Sim, eu to falando com meu ursinho de pelúcia. Problem?

...... Cri..... Cri......Cri......

-- Responde!!!!!! – falei desesperada. Ai, você pensa porque ela ta falando com um objeto sem vida e ainda espera resposta? Ela tem vida sim!!!! Ela só esta um pouco tímida hoje.

-- Esquece Mel. Eu consigo sozinha. – falei. Antes de vocês pensarem que sou maluca. Eu NÃO sou maluca, ok?  Besta, talvez, mas não maluca.

Será que funciona contar carneirinho? Não custa nada tentar. Um carneirinho, dois carneirinhos, três carneirinhos,... Quarenta e dois carneirinhos. Cansei. Não funciona!!!! Haja paciência!!!! Eu não tenho.
Você tem?

Também dizem que ler um livro funciona para fazer você dormir. Só tem um problema. Eu não trouxe nenhum livro. Alem de eu não curtir ler. Então não funciona pra mim.

 Só tem uma coisa que posso fazer.

O que eu fiz de errado, Hipnos? O QUE? Eu só quero uma boa noite de sono!!!! Por favor!!!!!!!!! Eu não to pedindo muito!!!!!!! Vai dorminhoco!!!!!!! Me coloca para dormir!!!!!!! – Pensei. Quem sabe ele ouve?

“Okay. Sua chata. Eu te faço ir dormir, mas... Zzzzzzz...”

Que foi isso? Foi Hipnos mesmo? Jura? Eu sei que eu pedi, mas eu não achava que ele ia ouvir. Um bocejo. To cansada. Zzzzzz...

Sonho on:

No sonho tinha um lago grande, vários pinheiros, abetos e no fundo montanhas. Perto do lago estava minha mãe e eu tendo um piquenique. Ei, eu me lembro desse dia. Foi meu primeiro dia de férias do ano passado. Que eu queria ir à piscina, mas minha mãe me convenceu a ir aqui. Ela queria conhecer esse ponto turístico, o lago Rosu. Lembro que para me convencer ela teve que me dar sorvete depois. O eu observador chegou mais perto para ouvir a conversa.

-- Não te disse que ia ser divertido?

-- Disse, mas você ainda vai me dar o meu sorvete, né?  

-- Claro que sim, sua safada. – falou chegando perto e começando a fazer cócegas em mim. Bons tempos.

 As imagens de minha mãe e eu brincando foram desaparecendo. Mudando para uma caverna no alto de uma montanha.

Ela era toda escura se iluminava por uma fogueira no meio e no fim do corredor tinha uma porta escura com a maçaneta dourada. Perai é meu pai pendurado pelas mãos e pés na parede em cima da fogueira? É sim. As suas roupas foram rasgadas, só deixando um pano cobrindo a parte de baixo. Ele tinha hematomas em todo o corpo, um nariz sangrando, pálido,
estava mais velho com barba, bigode e cabelo brancos e longos, faminto, com sede e aparentava estar fraco. Meus deuses!!!! O que fizeram com ele?

Entrou um homem alto, musculoso, saudável e estava com uma cochinha de frango. Tentava ver o rosto, mas eu não consegui a iluminação tava ruim.  E parou em frente ao meu pai.

-- Você quer? – falou a voz sombria do cara. Levando a comida perto da boca do meu pai. Vi que ele tentou morder, mas antes de conseguir o fulano afastou a comida.

 -- Patético. – falou dando uma mordida na sua conchinha – Já pensou sobre a minha proposta?

-- Eu mantenho a minha reposta anterior. –falou convicto.

-- Você que sabe. Eu te avisei. – falou. Pegou um metal e colocou no fogo. O metal ficou vermelho e ele encostou-se ao peito do meu pai. Ele gritou de dor. Seus olhos estavam opacos, cheios de dor e escorreu uma lagrima. Uma lagrima também escorreu do meu olho.

Ate que ouvi uma voz que se destacou:

-- Isa!! Isa!!!! Isa acorda!!!!!!

Sonho off

Ah, é meu irmão me acordando. Que bom era só um sonho, ou melhor, um pesadelo.

-- O que? – falei me levantando rápido.

-- Você estava se mexendo muito, suando e gritando não.

-- Serio? – falei. Ele assentiu.

-- Tive um pesadelo.

-- Percebe-se. Quer me contar o que sonhou?

-- Parecia tão real. Que bom que só foi um pesadelo.

-- Isa, isso foi um sonho de semideus.

-- E daí? Qual a diferença com o sonho dos mortais?

-- Que vai acontecer num futuro próximo ou aconteceu. – falou assustado. Arregalei os olhos. Aquilo não foi só um sonho? A gente tem que ir atrás dele. To com medo do que aquele cara pode fazer.

Em seguida contei o sonho que envolvia meu pai. Não contei o da lembrança com minha mãe. Não achei importante.

-- Temos que ir nessa montanha o mais rápido possível. Você não teve nenhuma outra pista do lugar que temos que ir?

-- Não. Só uma lembrança do verão passado.

-- Pode ser uma pista. – falou e eu contei. Mas como uma lembrança pode ser uma pista?

-- Nos temos que ir para lago Rosu, na sua cidade natal.

-- Ahn? Mas só foi uma lembrança. Não quer dizer que temos ir la.

-- Você não vê? – Não. – Em uma daquelas montanhas do lago Rosu esta o nosso pai. Essa é a conexão entre os sonhos.

-- Ahhh... – Nunca conseguiria pensar nisso.

-- Vou falar com Quiron. – falou Polux.

Pois é Hipnos me deu uma noite de sono e de brinde um sonho de semideus. Não gostei. Só sei que eu e meus irmãos vamos fazer o possível e o impossível para resgatar o nosso pai.