Pov. Carter

Bem... Hoje é o dia que os campistas chegam do trabalho. E acaba o meu trabalho também. Mas só por eu conseguir terminar uma coisa e já me arranjam outra. Isso mesmo a missão. Isa, porque você foi ficar amiguinha da Rachel, hein? Que em breve nos iremos. Já que a profecia
estava obvia, fácil pra chuchu. Estranho isso. Geralmente ela é toda misteriosa e complicada. Mas só uma coisa ela não falou o lugar que nos teremos que ir para buscar a cabeça dura do meu pai. Mas olhe pelo lado bom. Se a gente não sabe pra aonde vai. Nos não vamos. Não que eu queira que meu pai esteja desaparecido. Por falar nisso como ele desapareceu. Assim de repente. Não faz sentido. Voltando o que eu quis dizer é que eu poderia descansar alguns dias. Não muitos. Só um fim de semana. Simples.

Fui ver no despertador que horas são. E já é meio dia. O quer dizer que estou atrasado. Sai correndo. Se não fico sem almoço. Lembrem-se estomago em primeiro lugar sempre. rsrsrs

Cheguei arfando. Peguei meu fôlego. E fiz tudo aquilo de pegar a comida e blah blah blah. Vocês entenderam.

-- Porque se atrasou?

-- Oi pra você também. – falei divertido. Ele bufou.

-- Oi, idiota. Porque se atrasou?

-- Fiquei pensando sobre a missão e perdi a hora. – falei e dei de ombros.

-- E como você soube?

-- Eu me escondi e ouvi tudo. – falei não dando muito caso.

-- Ou seja, você espionou a Isa. – falou num tom acusador.

-- E daí?

-- E daí? Que isso é errado!!! – falou num tom indignado.

-- Que seja. – falei rolando os olhos.

-- Eu acho que Isa não deveria ir nessa missão.

-- Porque não?

-- Porque é muito perigoso, ela não tem o treinamento necessário e... Ah ela tem CINCO anos. – falou irritado. Nem percebi nisso. Fazer o que o destino quer assim. Quem sou eu para negar?

-- Isso nem o maior dos problemas.

-- E o que seria? A profecia foi bem clara ate demais.

-- Mas ela não falou pra onde a gente vai. Idiota.

-- Hum... Não tinha pensado nisso. Estava mais preocupado com a Isa. – falou. Rolei os olhos. Claro que estava.

-- Falando nela. Cadê ela? – falei percebendo que ela não estava na mesa.

-- Sei la. Vai procura-la.

-- Por que eu?

-- Porque eu tenho aula de arco e flecha agora. E como Quiron te deu folga por causa da chegada dos outros. E vai logo que você só tem vinte minutos ate la.

-- Okay. – falei de ma vontade.

Procurei nas plantações de uva. Nada. Chalé? Nada. Parede de escalar? Nada. Enfim procurei em todos os cantos e nada dela. Não é possível!!! Onde ela foi se meter? Onde ela pode estar? Aquela safada. Só
falta um lugar, mas eu não acho que ela esteja la. Ultima tentativa. Casa grande.

Abri a porta. Comecei a procurar. E como Quiron estava dando aula de arco e flecha, ele não estava aqui. E meu pai claro que não estava aqui. Procurei, procurei e procurei ate ouvir um barulho de alguma coisa se quebrando. E fui pra única sala que ainda não fui. A sala proibida pelo a cabeça dura de quem? Do meu pai. Vai saber o porquê? Ele nunca deixou ninguém entrar la.

Abri a porta e não acreditei no que estava la dentro e nem em quem. O.O

Pov. Isa

Hoje sai mais cedo do almoço, nem vi Carter hoje. Por quê? Eu não estava com muita fome. E fui xeretar a casa grande. Queria ver o quarto do meu pai. Pra ver o quarto do meu pai. Talvez consiga ver os gostos dele e assim conhecê-lo melhor. Já que fiquei pouco tempo com ele. Lembra que eu queria saber TUDO sobre o meu pai? Enfim quero saber ate esses míseros detalhes. Estava procurando o quarto dele. Será que ele tem quarto? Claro que tem. Mas aonde esta? Fui tentar uma porta que ainda não tinha visto antes. Vai saber que eu acerto.

Abri a porta e encontrei uma coisa melhor do que o quarto dele. Eu encontrei uma adega. Perai mas o meu pai não foi proibido de beber vinho? Ahhh... Safadinho. Kkkkkk. Escondeu pra ninguém saber. Acho que vovó Zeus não vai ficar feliz sabendo que seu filho esta desobedecendo ele. Mas nossa tem um monte de garrafas de vinho.

Escutei passos entrando na casa grande. Fechei a porta comigo aqui dentro. Perai tem ate etiqueta. Peguei um vinho classificado: ruim. Em todos tinham uma etiqueta. Nossa ele perde bastante tempo classificando-os. Fui vendo algumas classificações devagar. Pra ninguém me pegar aqui. Parei com aquela garrafa dominada ruim. Esperei aquela pessoa ir embora. Se me pegarem aqui eu to ferrada. Devia estar na aula de arco e flecha. Eita, to matando aula. Comecei a me desesperar e a culpa me torturando. Comecei a tremer. E nesse treme-treme a garrafa caiu. Nãoooooo!!!!!!!!! Fudeu.

A pessoa imediatamente correu para aqui e abriu a porta. Carter. Primeiro ficou surpreso e depois bravo.

-- O que esta aprontando?

-- Nada.

-- Nada?

-- Não é o que esta pensando.

-- Não? Então você não saiu mais cedo e foi xeretar a casa grande. E ficou curiosa e abriu a porta proibida?

-- Ta desisto. Foi isso.

-- Aha.

-- Mas eu só queria saber mais do papai.

-- E acabou encontrando isso.

-- Exatamente. E acabei encontrando vinho. Você tem que ver tem um monte aqui. Aquele parece bom. – falei apontando para um vinho.

Carter olhou para seu relógio de braço.

-- Meus deuses!!!! Estou atrasado. – Isso vai embora e me deixa experimenta todos esses vinhos.

 – E você vem comigo. – Nãoooooo!!!!

-- Eu não preciso ir com você.

-- Claro que precisa. E ainda mais você nem devia estar aqui.

-- Verdade. Mas já que estou aqui. – falei. Ele rolou os olhos e me pegou no colo. Sabe como se eu fosse saco de batata? Então...

-- Eu não quero ir!!!!

-- Perguntei?

-- Não. Mas tinha ate etiqueta nos vinhos. Eu tinha que prova-los.

-- Como você disse tinha.

Fiquei chutando-o ate cansar e desistir.

-- Pra onde a gente vai?

-- Receber os campistas não ouviu?

-- Mas eu tenho aula de arco e flecha agora.

-- Já cabulou mesmo. Agora vai ficar comigo. – Droga!!!! Só me dei mal.

 Largou-me do seu lado e tivemos que receber uma porção de gente. Quer dizer Carter teve que recebê-los. Eu só fiquei do seu lado com uma cara de entediada ou de bosta. O que preferir. Ninguém mandou ficar xeretando. Mas agora eu tenho duas missões. Alem de ir atrás do meu pai, claro. Primeira: Conhecer melhor meu pai. E segunda: experimentar alguns vinhos daquela sala proibida.